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Plásticos ALÉXIA SILVEIRA CAROLINE DUARTE Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense Curso Bacharelado em Engenharia Química Disciplina de Ciência dos Materiais Profª Katia Lemos Castagno O que são? o Polímeros naturais são utilizados há muitos séculos; • Madeira, borracha, lã, algodão, couro... o Técnicas modernas de análises; o Segunda Guerra Mundial: • Polímeros Sintéticos. Celulose O que são? ◦ Plástico é comumente um sinônimo para polímero; ◦ Associação existente, possivelmente, porque o maior número de polímeros são plásticos. ◦ Segundo Callister, essa denominação vem, na verdade, da classificação de acordo com a aplicação final. “TODOS OS PLÁSTICOS SÃO POLÍMEROS, MAS NEM TODO POLÍMERO É PLÁSTICO.” O que são? ◦ O nome “plásticos” deriva da deformabilidade associada à fabricação destes produtos poliméricos. ◦ Podem apresentar uma grande variedade de combinações de propriedades. Histórico 1 8 3 8 Henri Victor Regnault teria descoberto o PVC por acidente 1913 Friedrich Heinrich August Klatte patenteou a polimerização para obtenção de PVC 1 9 0 7 Leo Baekeland Bakelite (primeiro plástico totalmente sintético) 1 9 3 5 Wallace Hume Carothers Náilon (poliamida) Patenteada em 1937 1 9 3 8 Roy J. Plunkett Teflon 1 9 4 1 W.K Birtwhistle e C.G Ritchiethey Poliéster (Terylene) Estrutura ◦ Existem literalmente milhares de plásticos, e os químicos de polímeros estão constantemente desenvolvendo novos polímeros; ◦ Em sua grande parte, os plásticos industriais consistem de carbono, hidrogênio; podendo conter também oxigênio, nitrogênio, cloro, flúor e enxofre; ◦ Quanto a estrutura podem sem divididos em Homopolímeros, Copolímeros e Termopolímeros. Estrutura Quando na polimerização é usado somente um tipo de monômero então teremos uma longa cadeia do mesmo mero. No entanto, quando na polimerização se combinam dois tipos de mero, o material é chamado de copolímero. Já se três meros separados se combinam para formar um material, ele é identificado com um terpolímero. Microestrutura Classificação quanto a microestrutura Termoplásticos Amorfos Semicristalinos Termorrígidos Ligacões altamente cruzadas Ligações levemente cruzadas Termoplásticos - Possuem cadeias predominantemente lineares - Eventualmente ramificadas - Possuem fraca interação intermolecular entre as moléculas adjacentes - O material amolece com o aumento da temperatura - Com a diminuição da temperatura as ligações se restabelecem. - Um novo aquecimento plastifica novamente o material permitindo a deformação e a moldagem. - Portanto os termoplásticos são reversíveis e remoldáveis - São versáteis e fáceis de utilizar Amorfos - Acima do ponto de amolecimento todos os plásticos apresentam estrutura amorfa (sem forma), com as moléculas enoveladas, entrelaçadas entre si. Plásticos amorfos: ◦ São transparentes, desde que não estejam presentes enchimentos ou pigmentos coloridos. ◦ Possuem um arranjo molecular desordenado ◦ Apresentam faixa de fusão mais ampla e não fundem tão facilmente quanto cristalinos no início do processo de amolecimento. ◦ Possuem ótima resistência à fluência e transparência. As regiões amorfas contribuem principalmente, para conferir ao plástico flexibilidade, maciez e elasticidade. Semi-cristalinos As propriedades dos plásticos predominantemente cristalinos são: ◦ Ótima resistência química ◦ Tem maior tendência a deformação ◦ Tem menor viscosidade no estado fundido A tendência à cristalinidade está bastante relacionada com o comprimento e a quantidade de ramificações da cadeia molecular dos polímeros. / Termofixos O aumento da temperatura degrada o material e não o amolece Como material de tomadas, telefones antigos e cabos de panela. Apresentam boa resistência à temperatura, estabilidade química e propriedades elétricas superiores aos dos termoplásticos. Possuem uma grande variedade de combinações de propriedades. Alguns são muito rígidos e frágeis enquanto outros são flexíveis, exibindo tanto deformações elásticas como plásticas quando são tensionados, e algumas vezes experimentam uma considerável deformação antes de fraturarem. Apresentam ligações químicas cruzadas Podem ser divididos em duas subcategorias: - Uma contém materiais com muitas ligações cruzadas, que tendem a ser rígidos e, muitas vezes frágeis. - A outra é constituída por materiais com poucas ligações cruzadas, que tendem a ser elásticos e macios. Processos de obtenção Petróleo e Nafta Polimerização em cadeia Polimerização em Cadeia ◦ Apenas o monômero e as espécies propagantes reagem entre si. ◦ A concentração do monômero decresce gradativamente durante a reação. ◦ Polímeros de alta massa molecular se formam desde o início da reação, não se modificando com o tempo. O período necessário para o crescimento de uma molécula de 1000 unidades repetidas, é da ordem de 10-2 a 10-3s. Polimerização por condensação Polimerização em Cadeia ◦ Quaisquer duas espécies presentes no sistema podem reagir. ◦ O monômero é todo consumido no inicio da reação ◦ Um longo tempo reacional gera polímeros com elevada massa molecular, que cresce durante a reação. ◦ As reações de iniciação, propagação e terminação, não possuem diferenças, ou seja, se processam com a mesma velocidade O tempo de reação para este tipo de polimerização são geralmente mais longos que para a de adição Processos de moldagem Processo de compressão: consiste em comprimir a mistura aquecida dentro da cavidade de um molde. Este processo é muito usado para termorrígidos. Processos de moldagem Processo de injeção: a mistura fundida é introduzida no molde por intermédio de pressão exercida por um êmbolo. Utilizado para fabricação de materiais termoplásticos. Processos de moldagem Processo de extrusão: a mistura polimérica passa através de uma matriz com o perfil do objeto desejado e é resfriada tornando- se sólida. Processo bastante comum na fabricação de tubos de poli(cloreto de vinila) e polietileno, tão utilizados em encanamento de água, esgotos etc. Processos de moldagem Processo de sopro: ideal para obtenção de peças ocas pela insuflação de ar no interior do molde. É muito usado na fabricação de frascos a partir de resinas termoplásticas. Propriedades Mecânicas Os plásticos são um grupo de polímeros que possuem propriedades mecânicas intermediárias entre aquelas apresentadas por elastômeros e pelas fibras. Altas taxas de deformação: o material apresenta comportamento rígido Baixas taxas de deformação: o material apresenta comportamento dúctil. - São fatores que interferem nas propriedades mecânicas: Ligações cruzadas: inibem o movimento das moléculas, aumentando a resistência do polímero e tornando-o mais frágil. Ligações intermoleculares secundárias: inibem o movimento molecular. Essas ligações são mais fracas que as ligações covalentes. Massa molar: a resistência mecânica aumenta com a massa molar (para valores relativamente baixas (<104) de massa molar). Propriedades Elétricas Possuem excelentes propriedades elétricas que variam do isolamento total à condução elétrica. ELÉTRICAMENTE ISOLANTES: ◦ Plásticos não modificados possuem propriedades inerentes de isolamento elétrico. ◦ Possuem uma alta resistência ou são completamente resistentes ao fluxo da corrente elétrica. ◦ São amplamente usados em aplicações tais como interruptores, soquetes de lâmpadas, cabeamento elétrico e quadrosde circuito. Para determinar a capacidade isolante de um plástico, o índice de rastreamento comparativo (CTI, do inglês Comparative Tracking Index) é usado frequentemente. Ele fornece uma declaração da resistência de isolamento elétrico da superfície de plásticos isolantes. Gráfico demonstrativo do índice de rastreamento comparativo Propriedades elétricas Plásticos termoplásticos podem ser modificados para fornecer uma gama de propriedades eletricamente condutoras, antiestáticas ou estáticas dissipativas. Os plásticos com propriedades elétricas são categorizados por sua resistência superficial específica, que é a resistência que o plástico exerce contra o fluxo de eletricidade na superfície. Isso é expresso pela razão entre a voltagem aplicada em volts (V) e a corrente criada em amperes (A) usando a lei de Ohm. Propriedades Térmicas Propriedades Térmicas: Plásticos em geral são maus condutores de calor e a capacidade de transferir/conduzir calor pode ser medida pela condutividade e pela difusibilidade térmicas. ◦ A capacidade de armazenar calor é avaliada pelo calor específico que é a quantidade de energia térmica requerida para elevar de 1°C a unidade de massa do material. ◦ Em comparação: os metais apresentam valores muito baixos (menores que 0,1 cal/g°C) enquanto os plásticos variam de 0,2 a 0,5. ◦ As alterações de dimensão devido às mudanças de temperatura são estimadas através da expansão térmica que é avaliada pelo coeficiente de dilatação térmica linear. ◦ É o valor médio da faixa de temperatura em que durante o aquecimento, desaparecem as regiões cristalinas. Este fenômeno só ocorre na fase cristalina, portanto só tem sentido de ser aplicada em plásticos semicristalinos. Propriedades Ópticas Estas propriedades podem informar sobre a estrutura e ordenação moleculares, bem como sobre a existência de tensões ou regiões sob deformação. As principais propriedades óticas relacionadas a materiais poliméricos são: Transparência ◦ apresentada por polímeros amorfos ou com baixo graus de cristalinidade, quantitativamente expressos pela transmitância, ◦ Pode alcançar 92%, para plásticos comuns (PET e PVC) Índice de refração ◦ A maioria dos polímeros tem índice de refração na faixa de 1,45-1,60, sendo exceções o PET (1,7) e a borracha natural (1,2), sendo que pro vidro é cerca de 1,5. Dependendo da aplicação, os plásticos podem entrar em contato com diferentes tipos de radiação. Quanto menor o comprimento de onda da radiação incidida sobre o plástico, maior a suscetibilidade a danos. Aplicações Aplicações Fluorcabonetos (PTFE) Vedações anticorrosivas, válvulas e tubulações para produtos químicos, revestimentos antiadesivos, peças de componentes eletrônicos para altas temperaturas. Polietilenos (PE) Garrafas flexíveis, brinquedos, copos, peças de baterias, bandejas de gelo, filmes para embalagem de materiais. Polipropilenos (PP) Garrafas esterilizáveis, filmes para embalagens, gabinetes de televisores, bagagens. Poliestirenos Caixas de baterias, brinquedos, painéis de iluminação interna, carcaças de utensílios. Poliésteres (PET) Fitas de gravação magnética, vestimentas, cabos de pneus de automóveis, recipientes de bebidas. Degradação - Difícil de ser compactado e gera um grande volume de lixo. - Como é à prova de fungos e bactérias, sua degradação é extremamente lenta, podendo demorar mais de 100 anos. - Quando o plástico cai nos oceanos, ele se fragmenta em pequenas partículas plásticas, os chamados microplásticos, que acabam participando da cadeia alimentar. - Pode causar entupimentos de valas e bueiros, que geram enchentes. - A poluição visual também é outro malefício causado pelos resíduos plásticos. Reciclagem Referências ASA/ ABS. Disponível em: https://prezi.com/nasixmxra-b6/asa-abs/. Acessado em 01/12. Berwig. E. Preparação e Caracterização De Filmes De Poliuretano Com Potencial Aplicação Na Liberação Controlada De Fármacos. Florianópolis. 2006. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/88706/234078.pdf?sequence=1. Acessado em: 30/11. Callister, W.D., Rethwisch, D.G. Ciência e Engenharia de Materiais: uma introdução. 8ª Ed. Rio de Janeiro, 2015. Como foi inventado o plástico. Disponível em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-foi-inventado-o-plastico/. Acessado em: 29/11. LOKENSGARD, E. Plásticos industriais ´Teoria e Aplicação’.5ºed. Norte Americana. Manrich, S. Processamento de termoplásticos. 1 ed, São Paulo: Artiliber Editora, 2005. 431 p. Piatti, T. M., Rodrigues, R.A.F. Plásticos: características, usos, produção e impactos ambientais. Maceió: EDUFAL, 2005. Disponível em: http://www.usinaciencia.ufal.br/multimidia/livros-digitais-cadernos-tematicos/Plasticos_caracteristicas_usos_producao_e_impactos_ambientais.pdf. Acessado em: 29/11. Plásticos modificados. Disponível em: https://www.ensingerplastics.com/pt-br/semiacabados/plasticos-modificados. Acessado em: 29/11. Plásticos. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABt7cAE/plasticos. Acessado em 01/12. Polímeros de engenharia. Disponível em: https://slideplayer.com.br/slide/1258843/. Acessado em 01/12. Polímeros. Disponível em: https://docplayer.com.br/21356403-Ciencia-e-tecnologia-de-materiais-prof-ms-patricia-correa-polimeros.html. Acessado em: 30/11. Shackelford, J. F. Introdução à ciência dos materiais para engenheiros. 6. ed. Americana. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008. Obrigada! DISPENSE O CANUDO! A NATUREZA AGRADECE!
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