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3ª PROVA PROPRIEDADES

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3ª PROVA PROPRIEDADES
Propriedades Térmicas da Madeira:
Dilatação Térmica: por a madeira ser um material higroscópico em sua composição, apresenta uma dilatação pelo aumento de temperatura, porém contrai devido sua secagem (retirada de água). No processo de dilatação o material não irá dilatar uniformemente pois existem diferentes coeficientes de dilatação linear (axial, radial e tangencial) que acordo com eixos e espécie utilizada. 
O coeficiente de dilatação linear AXIAL representa o “esticamento” da camada de celulose β1-4. Sendo que este valor independe da densidade e da espécie e será sempre menor que as dilatações radiais e tangenciais. 
O coeficiente de dilatação RADIAL depende da densidade, sendo que quanto maior a densidade, maior o valor da dilatação.
O coeficiente de dilatação linear TANGENCIAL é maior que o radial, devido a presença de pontuações que na parede radial é maior, logo há mais espaços vazios e por isso dilata menos. A presença de lignina que é maior na parede tangencial (a molécula de lignina é mais energética, conservando melhor a temperatura).
Porque saber a dilatação da madeira? A madeira possui baixa dilatação térmica comparada a outros materiais. Fabricação de compensados. 
Condutibilidade térmica: é a capacidade de condução/transporte de calor em 1m³ de material em um corpo qualquer. Quando existe uma variação de temperatura de 1ºC de um lado para outro. Sendo que a temperatura é conduzida de fora para dentro do material. 
	Material
	Condutibilidade
	Vácuo
	0
	Ar
	0,0216
	Isopor/lã de vidro (chapa isolante)
	0,035
	Araucária
	0,12
	Pau balsa
	0,054
	Tijolo
	0,4
	Água
	0,5
	Cobre
	50
	Ferro
	330
	Concreto
	1,75
	Chapa aglomerada**
	0,07-0,12
** esta variação ocorre em função da pressão utilizada, quanto maior a taxa de pressagem, menos ar o material possui, logo, menor a condução térmica. 
Madeira de baixa densidade possui menos matéria e mais ar, o qual funciona como isolante térmico, logo a condutibilidade térmica é menor.
Quando utiliza-se um material com alta condutibilidade deve-se aumentar a espessura da estrutura, como exemplo, um fogão normal (lã de vidro) e um fogão à lenha (paredes espessas de tijolo). 
Madeiras úmidas conduzem mais calor, pois a água passa a dominar a condução do calor. Qualquer alteração água-ar influencia na alteração da condutibilidade térmica. Quando se quer isolar calor utiliza-se madeira seca, com umidade entre 6 e 9%. Logo quando se conhece os processos de secagem da madeira é possível controlar sua condutibilidade. As células da superfície secam mais rápido isolando a condução térmica para o interior da madeira, dificultando sua secagem, com isso durante a secagem se umedece a madeira para expandi-la e facilitar a saída de água do interior. Quando se trabalha com partículas de madeira (chapa) a secagem é facilitada, pois a partícula em si é menos condutora de calor. 
Resistencia a transmissão de calor (1/k): 
Calcular o coeficiente de resistência de transmissão térmica de uma parede formada por 10cm de tijolo, 2cm de chapa isolante, um forro de araucária de 2,4cm. E os coeficientes entre ar e parede são 7 e 20 para externa e interna respectivamente. Calcular a participação no isolamento de cada camada para uma diferença de temperatura de 20ºC.
Propriedades mecânicas da madeira: comportamento do material quando submetido uma força externa junto a sua força interna, mas sem que ocorra ruptura nem deformação excessiva, de modo a se ter uma resistência adequada. Esta resistência depende da umidade, do ensaio feito e a direção de aplicação deste ensaio. 
TESÃO = FORÇA/ÁREA
Objetivos: caracterização para determinados usos, dimensionamento de peças estruturais, predizer a força necessária para romper o material durante o processamento mecânico da madeira (ex: corte). 
Fatores que afetam as propriedades mecânicas:
Umidade: quanto mais seca a madeira (abaixo do PSF), mais resistente é a mesma devido a atração entre as microfibrilas a qual aumenta quando se retira água do material. Para tração perpendicular à fibra o efeito de umidade não influencia no mesmo, pois a madeira é pouco resistente a tração perpendicular, pois neste ensaio só rompe a lamela média que é formada por lignina que é hidrofóbica. 
Densidade: demonstra a quantidade de matéria (parede celular) na madeira, logo, quanto maior a densidade maior a resistência do material. 
Temperatura: relacionada com a umidade. Quanto maior a temperatura, menor a umidade e maior a resistência. 
Grã: disposição dos elementos axiais do lenho. Quant mais paralelo é a aplicação da força em relação a grã, mais resistente o material
Presença de nós: quanto maior a quantidade de nós, menor a resistência, pois o nó representa uma descontinuidade das células, relacionada a grã do material, pois há uma variação no ângulo da grã com a formação dos nós. Depende do número, dimensão e disposição dos nós da madeira.
Duração da tensão: quanto maior o tempo de tensão, menor a resistência. Como exemplo uma viga de telhado onde a tensão ocorre por um longo tempo o material irá resistir menos, assim como as prateleiras (o peso dos livros com o tempo vão diminuindo a resistência do material). 
Fadiga: quanto maior o fadiga, maior a resistência. Submeter o material a diversas forças, impondo a fadiga no material para se romper. 
Apodrecimento: faz com que a resistência da madeira diminua. 
Microestrutura da parede celular: depende do tipo de ensaio que está sendo realizado, pois quanto mais paralelo for a aplicação da força em relação ao AMF, maior a resistência tanto a compressão (lignina) quanto a tração (celulose)
Macroestrutura da madeira: depende das proporções entre LI e LT, Cerne/Alburno/Medula, Madeira juvenil/adulta, base/topo. Sendo que quanto maior a proporção de LT mais resistente é madeira (pois as paredes celulares são mais espessas), logo madeiras adultas são mais resistentes assim como a medida que se afasta da medula se aumenta a resistência.

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