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INTERPRETAÇÃO DO HEMOGRAMA Profa. Ms Darcielle Bruna Dias Elias HEMOGRAMA �Avalia os elementos celulares dos sangue � Quantitativamente � Qualitativamente �Triagem e controle de doenças � Útil na avaliação das anemias além de evidenciar indicadores que podem ser correlaciona com infecções viróticas e bacterianas COMPÕE O HEMOGRAMA � Eritrograma � Contagem global de eritrócitos � Hematócrito � Hemoglobina � Cálculo dos índices hematimétricos � Histogramas de eritrócitos (analisador Coulter)� Histogramas de eritrócitos (analisador Coulter) � Análise do esfregaço sanguíneo � Leucograma � Contagem global de leucócitos � Contagem diferencial de leucócitos � Contagem global de plaquetas �Coleta � Preparo do paciente �Repouso �4 horas de jejum (prevenção à HEMOGRAMA Lipemia) � Punção �Evitar garroteamento prolongado �Evitar hemólise � Anticoagulante �EDTA Na+ ou K+ FATORES PRÉ-ANALÍTICOS � Anticoagulantes � Em geral, interferem no mecanismo de coagulação in vitro, inibindo a formação da protrombina ou da trombina � Os mais usados são:� Os mais usados são: � EDTA (ácido etileno diamino-tetracético) �Mantém carcaterísticas histo-morfológicas das células; Não altera o percentual de Ht, Hb, possibilita a contagem das células em até 24 após coleta, se refrigerada de 2 a 8°C � Citrato (provas da coagulação) � Heparina (sódio ou lítio) � Oxalato � Anticoagulante EDTA �Concentração: 1 a 2 mg/ml de sangue �Excesso de EDTA: �Desidratação e degeneração de hemácias e leucócitos COLETA DO HEMOGRAMA �Diminuição do hematócrito �Aumento da contagem de plaquetas � Armazenamento �Amostra a temperatura ambiente – 8 hora �Amostra refrigerada – 24 horas �OBS. Amostra refrigerada não serve para o VHS FATORES PRÉ ANALÍTICOS � Garroteamento : aproximadamente 1 minuto � Hemoconcentração � Variações do hematócrito (2 a 4% � Pseudoneutrofilia � Homogeneização da amostra � Condições do paciente: jejum, estresse� Condições do paciente: jejum, estresse FATORES FISIOLÓGICOS • Idade • Sexo • Raça • Gravidez • Exercícios físicos ESFREGAÇO SANGÜÍNEO Colocar gota de sangue total na extremidade de uma lâmina de vidro (A). Posicionar a borda de uma segunda lâmina (mantida a um ângulo de 45 graus) sobre a gota de sangue até que essa disperse (B). Posicionar a primeira lâmina em uma superfície plana e tracionar a segunda lâmina rápida e uniformemente para a outra extremidade da primeira (C). O esfregaço deve ter uma borda fina e irregular, como mostra a ilustração (D). �� Área de AnáliseÁrea de Análise ESFREGAÇO SANGÜÍNEO Cabeça Corpo Cauda HEMOGRAMA � Eritrograma � Leucograma � Plaqueta Resultado VR Resultado VR Hemácia 5,20 4 -5 milh/µl Leucócito Total 8.000 5.000 a 10.000/mm3 Hemoglobina Hematócrito 15,0 45 12-15 g/dl 36-45% Blasto Promielócito 0% 0% VCM HCM 86,5 28,8 80-100µ3 28 a 34 pg Mielócito Metamielócito 0% 0% CHCM 33,3 32-36% Bastonete Segmentado 68 0 a 5% 40 a 70% Eosinófilo 02 2 a 8%Morfologia Hemograma Eosinófilo Basófilo 02 2 a 8% 0 a 2% Linfócito atip. Linfócito 22 0 a 3% 20 a 40% Morfologia Monócito 08 2 a 8% Reticulócito 1,0 05 a 2% Morfologia Plaquetas 260.000 150.000 a 400.000/µl VHS 20 0 a 20mm/h ERITROGRAMA � Nº de hemácias � Hematócrito � Hemoglobina � Índices hematimétricos � Volume corpuscular médio (VCM)� Volume corpuscular médio (VCM) � Hemoglobina corpuscular média (HCM) � Concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM) � RDW � Reticulócitos � Análise morfológica ÍNDICES HEMATIMÉTRICOS � Volume corpuscular médio (VCM) � VCM = Ht x 10 (fl ) He � Hemoglobina corpuscular média (HCM) � HCM = Hb x 10 (pg )� HCM = Hb x 10 (pg ) He � Concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM) � HCM = Hb x 100 (%) Ht � RDW VVOLUMEOLUME CCORPUSCULARORPUSCULAR MMÉDIOÉDIO VCM VCM ((fLfL)) = = HtHt x 10x 10 Hem (milhões/mmHem (milhões/mm33)) Índices HematimétricosÍndices Hematimétricos EritrogramaEritrograma �� Valores de ReferênciaValores de Referência �� Adultos : 80 a 100 Adultos : 80 a 100 fLfL �� InterpretaçãoInterpretação < 80 < 80 fLfL MicrocitoseMicrocitose > 100 > 100 fLfL MacrocitoseMacrocitose HHEMOGLOBINAEMOGLOBINA CCORPUSCULARORPUSCULAR MMÉDIAÉDIA HCM (HCM (pgpg) = ) = HbHb x 10x 10 Hem (milhões/mmHem (milhões/mm33)) �� Valores de ReferênciaValores de Referência Índices HematimétricosÍndices Hematimétricos 28 a 32 28 a 32 pgpg �� InterpretaçãoInterpretação Aumento Aumento hipercrômicas (desuso)hipercrômicas (desuso) Diminuição anemias hipocrômicas Diminuição anemias hipocrômicas CCONCENTRAÇÃOONCENTRAÇÃO DEDE HHBB CCORPUSCULARORPUSCULAR MMÉDIAÉDIA CHCM (%) = CHCM (%) = HbHb x 100x 100 HtHt Valores de ReferênciaValores de Referência Índices HematimétricosÍndices Hematimétricos �� Valores de ReferênciaValores de Referência 32 a 36 %32 a 36 % �� InterpretaçãoInterpretação Aumento Aumento EsferocitoseEsferocitose HereditáriaHereditária Diminuição Anemias hipocrômicasDiminuição Anemias hipocrômicas ERITROGRAMAHem: 5,0 milhões/mm3 Hb: 14,5 g/dL Ht: 45% VCM: 90 fL HCM: 29 pg CHCM: 32,2% R e f e r ê n c i a Hem: 3,42 milhões/mm3 Hb: 9,9 g/dL Ht: 30% VCM: 88 fL HCM: 29 pg CHCM: 33% A n e m i a N N RDW: 13,5 RDW: 18,3 RDW: 21,2 ALTERAÇÕES DO HEMOGRAMA SÉRIE VERMELHA Alterações quantitativas Hb Policitemia � Patológicas Hb Hb Policitemia Anemia �Hematócrito > 55% Critérios de diagnóstico Policitemia Vol. Normal Sg Total Policitemias �Hematócrito > 47% Vol. Normal Eritrócitos Absoluta Relativa ANEMIAS Pode ou não haver alteração morfológica dos ertitrócitos Conceito Idade Sexo Altitude Gravidez � Número de hemácias � Hematócrito � Hemoglobina Gravidez Indicativo de Anemia (nível do mar) 6 meses - 5 anos - menor que 11g/dL 6 a 14 anos – menor que 12g/dl Homens e adultos - menor que 13 g/dl Mulheres adultas - menor que 12g/dl Anemias Vol. Normal Sg Total Absoluta RelativaVol. Normal Eritrócitos CLASSIFICAÇÃO - MORFOLÓGICA Anemia Normocítica Normocrômica Anemia Microcítica Hipocrômica Anemia Macrocítica CLASSIFICAÇÃO - FISIOPATOLÓGICA � Hemorragias � Perda sangüínea aguda � Perda sangüínea crônica � Diminuição de produção medular � Anemias hemolíticas � Anemia hemolítica intrínsica �Hereditárias �Hemoglobinopatias �Eritroenzimopatias Eritromembranopatias� Anemia aplástica � Anemias Carenciais �Anemia Ferropriva �Anemia Megalobálstica � Anemia de doenças crônicas � Distúrbios endócrinos � Distúrbios renais �Eritromembranopatias �HPN � Anemia hemolítica extrínseca �Imune �Não imune CLASSIFICAÇÃO - CINÉTICA Hipoproliferativas HiperproliferativasX IPR < 2,0 IPR >3,0 IPR - Índice de produção de reticulócitos Contagem de Reticulócitos Corrigida = Reticulócitos (%) x (Hematócrito/45) CASO 1 � Paciente com hemoglobina de 6g/dL e hematócrito de 18% tem uma contagem de reticulócitos de 4,5%. O exame demonstra uma anemia importante do tipo normocítica e normocrômica. À primeira vista a resposta da medula é adequada, pois a percentagemresposta da medulaé adequada, pois a percentagem de reticulócitos está aumentada em relação aos valores de referência. No entanto o cálculo de da CRC = 4,5X(18/45) = 1,8% revela uma resposta inadequada da medula óssea, indicando uma anemia do tipo hipoproliferativa como anemia aplástica ou de insuficiência renal ou ainda por deficiência de ferro, folato ou vitamina B12. ANEMIAS CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICO-FUNCIONAL Falta de Produção Anemias Carências Ferro, vit B12, Falta de tecido eritrocítico ProduçãoFerro, vit B12, folatos Invasão da MO Leucemias Mieloma metástase Agentes: Químicos benzeno Físicos: radiações Infecciosos, toxinas, Medicamentos Excesso de destruição Anemias Defeito do eritrócito Agressão ao eritrócito Parasitas: malária, Enzimopatias Hemoglobinopatias Talassemias Doenças de Membrana Parasitas: malária, Venenos, toxinas, Agentes físicos, calor, radiação, autoanticorpos, isoanticorpos Perdas hemorrágicas Anemias Agudas Crônicas hemorrágicasAgudas Espoliação do ferro Deficiência de substâncias essenciais Falta de produção CLASSIFICAÇÃO - MORFOLÓGICA/FISIOPATOLÓGICA Normocítica Normocrômica (VCM: 80-100fL) Macrocítica (VCM > 100fL) Comprometimento da síntese de DNA Microcítica Hipocrômica (VCM < 80fL) Comprometimento da síntese de Hemoglobina Diminuição da produção Medular Perda sangüínea aguda Aumento da destruição de eritrócitos Alterações na cadeia de aminoácidos da Hb Associação de condições de anemias microcíticas e macrocíticas Anemia Sideroblástica Síndrome Mielodisplásica Anemia de Doença Crônica Insuficiência Renal Crônica Hipotiroidismo Hemodiluição da Gravidez Hemólise VCM de 80 a 97 fL Anemia FerroprivaTalassemia Menor Anemia de Doença Crônica VCM < 80 fL RDW alto RDW baixo CLASSIFICAÇÃO VCM X RDW voltar Anemia Megaloblástica Hemólise Síndrome Mielodisplásica Drogas Antivirais Alcoolismo Hepatopatias Anemia Aplástica Drogas Antivirais Hipotiroidismo VCM > 97 fL Hemólise Hemorragia Aguda Wintrobe’s Clinical Hematology Failace, R. Hemograma CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DAS ANEMIAS Microcíticas (VCM<80fL em adultos) Macrocíticas (VCM >100fL ) Ferropriva Anemia secundária a infecções crônicas Anemia sideroblástica Talassemias Megaloblástica (VCM >100fL ) Normocíticas (VCM 80-100fL) Não megalobástica (Doenças hepáticas, Álcool, mielodisplasis, hipotireoidismo) Perda aguda de sangue Deficiência da eritropoese ANEMIASMICROCÍTICAS E HIPOCRÔMICAS �Anemia Ferropriva �Anemia de Doença Crônica �Anemia Sideroblástica Talassemias�Talassemias ESTADIOS DE DEFICIÊNCIA DE FERRO↓↓↓↓Ferritina ↓↓↓↓Ferro ↓↓↓↓Sat.transferrina A. Ferropriva Balanço negativo de ferro Perda; >necessidade; mobilizado do SER Eritropoiese deficiente Não há reserva Fe ↓ Fe e ↑ Capacidade total de fixação Quando Sat.Tf.< 15-20%� GV microcíticos ↓↓↓↓Hemoglobina ANEMIA FERROPÉNICA Quando Sat.Tf.< 15-20%� GV microcíticos e reticulócitos hipocrómicos Anemia ferropriva: Sat. Tf.< 10-15%; ↓Htc; ↓Hb Moderada: MO hipoproliferativa (10-13 g/dL Hb) Severa: (7-8 g/dL Hb) hipocromia e microcitose; poiquilocitose� eritropoiese ineficaz � hiperplasia da medula eritróide ETAPAS DA DEFICIÊNCIA DO FERRO ESTÁGIO 1 DEPLEÇÃO DE FERRO REDUÇÃO DE ESTOQUE NA MO E FÍGADO Hb DENTRO DOS LIMITES AUMENTO DA ABSORÇÃO DO FERRO, PACIENTE GERALMENTE ASSINTOMÁTICO REDUÇÃO IMPORTANTE DO ESTÁGIO 2 ERITROPOESE DEFICIENTE REDUÇÃO IMPORTANTE DO ESTOQUE DE FERRO FERRO SÉRICO BAIXO, TIBC ALTA, BAIXA SATURAÇÃO DE TRANSFERRINA HT PODE ESTAR NORMAL, PODE HAVER DISCRETA SEM ALTERAÇÃO MORFOLÓGICA FERRITINA E % SATURAÇÃO MUITO ALTA FERRO BAIXO, TIBC ALTA, PROTOPORFIRINA LIVRE ALTA Hb BAIXA, MICROCITOSE, HIPOCROMIA, RDW ALTO ESTÁGIO 3 ANEMIA COM DEFICIÊNCIA DE FERRO Sintomatologia específica � Glossite � Estomatite � Coiloníquia � Queilose A. Ferropriva � Queilose � Disfagia (Sínd. Plummer-Vinson) � Hematemeses � Hematoquésias, melenas, rectorragias �Menometrorragias Diagnóstico diferencial Talassémia A. Doença crónica A. Ferropriva crónica Fe sérico N Sat. Tf N Ferritina N/ ↑ CTFF ↓ A. Sideroblástica Ferro sérico N / A ANEMIAS MICROCÍTICAS DAIGNÓSTICO DIFERENCIAL Exame Anemia ferropriva Anemia de doenças crônicas Talassemias Anemia sideroblástica Ferro sérico diminuído normal normal aumentado TIBC aumentada diminuída normal Normal Ferritina diminuída Normal ou aumentada Normal ou aumentada aumentada RDW aumentado normal normal aumentado Ferro medular ausente presente presente presente CTLF - FE = TRANSFERRINA LIVRE SATURAÇÃO DA TRANSFERRINA = FE/CTLF X 100 � Síndrome clínica caracterizada pelo desenvolvimento de anemia em pacientes, com doenças infecciosas, inflamatórias crônicas ou neoplásicas � CAUSAS DE ADC � Infecções Crônicas � (fúngicas, bacterianas, virais) - Tuberculose, bronquiectasia, abcesso ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA - Tuberculose, bronquiectasia, abcesso � pulmonar, pneumonia � Endocardite, miocardite, osteomielite, � meningite � Doença inflamatória pélvica � Infecção pelo HIV, parvovírus B19 � Doenças Inflamatórias Crônicas � Artrite reumatóide, febre reumática, lupus � eritematoso sistêmico � Doença de Crohn, sarcoidose � Doenças Neoplásicas � Linfoma, Mieloma Múltiplo, Carcinoma Cançado et al., 2002 …eritropoiese NORMAL FeFe-Tf hemáciashemácias macrófagosmacrófagos PerdaPerda de de FeFe Fe da Fe da dietadieta M.O.M.O. HEPCIDHEPCID INAINA HIPÓXIHIPÓXI AA(-) … o que ocorre na ADC Carvalho; Baracar; Sgarbieri, 2006 … o que ocorre na ADC Carvalho; Baracar;Sgarbieri, 2006 … o que ocorre na ADC Carvalho; Baracar; Sgarbieri, 2006 … o que ocorre na ADC Carvalho; Baracar; Sgarbieri, 2006 IL-1 ↑ Lactoferrina Rápido lento ↑ Ferritina, RTf IL-1,IL-2,TNF-α Proteína transferrina livre (mais ávida pelo ferro) ↓Eritropoese = ↑ Ferritina Retenção de ferro Macrófagos (fígado e baço) Rápido lento Cançado et al., 2002 … o que ocorre na ADC Carvalho; Baracar; Sgarbieri, 2006 … o que ocorre na ADC Carvalho; Baracar; Sgarbieri, 2006 … o que ocorre na ADC Carvalho; Baracar; Sgarbieri, 2006 … o que ocorre na ADC Carvalho; Baracar; Sgarbieri, 2006 ILIL--66 ILIL--11αααααααα ILIL--11ββββββββ …anemia de Doenças Crônicas FNTFNT-- αααααααα ILIL--11ββββββββ Fat. Fat. OxidantesOxidantes ILIL--66 FeFe-Tf hemácihemáci asas PerdaPerda de de FeFe Fe da Fe da dietadieta M.O.M.O. HIPÓXIHIPÓXI AA HEPCIDINAHEPCIDINA LACTOFERRINLACTOFERRIN AA (transferrina(transferrina-- like)like) macrófagosmacrófagos (-) (+) ANEMIA SIDEROBLÁSTICA �Classificadas em formas: � Congênitas � Adquiridas �Caracterizam-se por: � Eritrócitos hipocrômicos no S.P. � M.O. rica em série vermelha � Ferro sérico elevado. ANEMIA SIDEROBLÁSTICA �Sideroblastos são precursores eritroblásticos que contem vários agregados de ferro não associado ao heme e localizados nas mitocôndrias desses eritroblastos. �Corpos de Pappenheimer→ hemácias com mitocôndrias sideróticas → precipitados de mitocôndrias sideróticas → precipitados de ferro→ sangue periférico �Sideroblasto em anel = mitocôndrias “carreadas” de ferro assume localização perinuclear nos eritroblastos → medula óssea ANEMIA SIDEROBLÁSTICA �Caracterizam-se pela presença de muitos sideroblastos em anel (presença de ferro acumulado ao redor dos núcleos,em especial dos eritroblastos ortocromáticos) �Eritropoese ineficaz�Eritropoese ineficaz �Hipocromia das hemácias circulantes. ANEMIA SIDEROBLÁSTICA CONGÊNITA �É uma raríssima doença recessiva ligada ao sexo. �Ocorre uma mutação no gene ALAS2 (enzima ácido δ-aminolevulínico sintetase), que causa insuficiente produção de heme nos eritroblastos. HEME B6B6 FerroFerro Globina s Hemoglobin Ribossomos PFB →UPBPFB →UPB →→ CPBCPB B6B6 Protoporfirina Protoporfirina + Ferro+ Ferro B6+glicina + Suc. CoA →àc.→àc.δ A. lev Hemoglobin a PFB=Porfobilinogênio UPB=Uroporfirinogênio CPB=Coproporfirinogênio Mitocôndria Mitocôndria Anemia sideroblástica Adquirida •Intoxicação pelo chumbo •Secundárias a drogas: isoniazida•Secundárias a drogas: isoniazida pirazinamida cicloserina •Alcoolismo •Anemia refratária TALASSEMIAS �As talassemias são caracterizadas por uma redução na produção de uma ou mais cadeias polipeptídicas que formam o tetrâmero de hemoglobina, resultando geralmente, no desenvolvimento de uma anemia microcítica edesenvolvimento de uma anemia microcítica e hipocrômica. �Os defeitos moleculares podem afetar a síntese das cadeias alfa, beta, delta ou gama, sendo que as alterações são classificadas de acordo com a cadeia globínica deficiente. FISIOPATOLOGIA �Diminuição na produção das globinas associada ao desequilíbrio na relação das cadeias �Deficiência da síntese da Hb gera microcitose e hipocromia �Cadeias de hemoglobinas inadequadas levam a�Cadeias de hemoglobinas inadequadas levam a diminuição da sobrevida do eritrócito→anemia �Eritrócitos danificados são destruídos pelos macrófagos na MO ou na circulação �Morte prematura dos precursores eritróides→eritropoese ineficaz CLASSIFICAÇÃO �A talassemia alfa é uma anemia hereditária que resulta da síntese deficiente de globina alfa. � tetrâmeros instáveis γ4 (Hb Bart’s) ou β4 ( Hb H), Talassemia Alfa � tetrâmeros instáveis γ4 (Hb Bart’s) ou β4 ( Hb H), com a conseqüente destruição acelerada de glóbulos vermelhos.; �Classificadas em 4 tipos de acordo com a deleção de cadeiaias alfa Robbins et al, 2000; Vallada, 2002. Fenótipo: �Portados Silencioso (-αααα/αααααααα) �Traço de Talassemia Alfa (-αααα/-αααα) Classificação das Talassemias Alfa �Traço de Talassemia Alfa (-αααα/-αααα) �Doença de Hb H (--/-αααα) �Hidropisia Fetal por Hb Bart’s (--/--) Vargas;Yamagushi, 2008 excesso de cadeias beta tetrâmeros instáveis (Hb Bart’s) - γγγγ 4 ( Hb H) - ββββ4( Hb H) - ββββ4 Precipitam no eritrócito Hemólise ELETROFORESE NA TALASSEMIA ALFA eletroforese pH alcalino Eletroforese pH neutro Naoum, 2009 TALASSEMIA BETA � Grupo heterogêneo de doenças causadas pela produção reduzida ou ausente de cadeias de globinas beta � Caracterizam-se por uma alteração quantitativa da síntese de globinas beta e são classificadas como: talassemias beta zero (ou talassemia β0) quando não há síntese de globinas, e talassemias beta mais (ousíntese de globinas, e talassemias beta mais (ou talassemia β+) quando há alguma taxa de síntese. �Consequentemente as globinas alfa, que são sintetizadas normalmente, acumulam-se nos eritrócitos, durante a eritropoiese - agregação e precipitação. �Os precipitados, formados em quantidades variáveis, danificam a membrana e destroem prematuramente essas células provocando a anemia. ALTERAÇÕES DE MEMBRANA Figura 1: Lesões nas membranas de eritrócitos de pessoa com talassemia beta causadas pela precipitação de globinas alfa livres. Essas globinas livres causam a lipoperoxidação da dupla camada lipo-protéica dos eritrócitos talassêmicos, reduzindo o tempo de vida dessas células. Talassemia beta menor Hb A2 aumentada Talassemia beta maior Redução da produção de cadeia beta α α α β δ γ Talassemia beta maior Hb A diminuida Hb Fetal aumentada Talassemia beta zero/beta zero ausência de Hb A Hb Fetal aumentada α α δ γ excesso de cadeias alfa precipitam insolúveis e instáveis formação de corpos de inclusão hemólise danificam a membrana do eritrócito Diagnóstico diferencial Beta talassemia minor Anemia ferropriva Anemia de doença crônica Beta talassemia maior Outras anemias hemolíticas Gebauer et al, 2005; Robbins et al, 2000; Wagner et al., 2005.