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Hemostasia: Definição e Mecanismos

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Hemostasia 
Prof. Me. Cláudio Silva Campos
Farmacêutico Bioquímico CRF 3239
DEFINIÇÃO
É o fenômeno fisiológico e dinâmico que 
procura manter o sangue fluido no interior 
dos vasos, bem como evitar sua saída 
para os tecidos vizinhos.(evitam trombose 
e a hemorragia).
Hemostasia 
Mecanismos da Hemostasia:
Hemostasia Primária: Agregação plaquetária aderida 
às fibras colágenas.(fatores influenciadores: 
Tromboxano A2, Fator von Willebrand, PAF, Cálcio, 
Serotonina, Enzimas Proteolíticas e ADP). Sua 
avaliação laboratorial pode ser feita através do tempo 
de sangramento. Depende das plaquetas e vasos e 
independe dos mecanismos de coagulação.
Hemostasia Secundária: é chamada de tempo 
plasmático, nesta fase os fatores plasmáticos da 
coagulação, interagem, formando o coágulo 
sangüíneo, que juntamente com o botão plaquetário e 
a vasoconstrição, mantém uma hemostasia mais 
eficiente e duradoura. 
Fatores da Coagulação
 Fator I FIBRINOGÊNIO
 Fator II PROTROMBINA
 Fator III TROMBOPLASTINA
 Fator IV CÁLCIO
 Fator V PRÓ-ACELERINA (fator lábil)
 Fator VII PRÓ-CONVERTINA (fator estável)
 Fator VIII C FATOR ANTI-HEMOFÍLICO A
 Fator VIII vW FATOR VON WILLEBRAND
 Fator IX FATOR ANTI-HEMOFÍLICO B
 Fator X FATOR STUART
 Fator XI FATOR ANTI-HEMOFÍLICO C (precursor da tromboplastina)
 Fator XII FATOR DE HAGEMAM (fator de contato)
 Fator XIII FATOR ESTABILIZADOR DA FIBRINA
 Précalecreína FATOR FLETCHER
 Cininogênio FATOR FITZGERALD-WILLIAMS
 Proteína C
 Proteína S
VII
Coágulo
XIII
Tromboplastina
tecidual - III
Via Extrínseca
X
Ca
Trombina
Fibrina
Fibrinogênio
Ca
V
Protrombina
Plasmina
Proteína C
XII
XIII
Colágeno
Trauma ?
Via Intrínseca
IX
XI
Trombina
Fibrinogênio
Ca
VIII
Protrombina
X Ca
V
Fibrina
Coágulo
Plasmina
AntiTrombina III
Proteína C
Proteínas dependentes da Vitamina K
Fator II
Fator VII
Fator IX
Fator X
Proteína S
Proteína C
A vitamina K é necessária na carboxilação terminal das 
proteínas acima.
Coagulograma 
 Tempo de Sangramento.
 Tempo de Coagulação.
 Retração do Coágulo.
 Tempo de Protrombina.
 Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado.
 Contagem de Plaquetas.
 Prova do Laço
Tempo de Sangramento
Método de Duke
Método de Ivy
Tempo de Sangramento Prolongado
 Púrpuras
 Plaquetopenias ( < 50.000/mm3)
 Defeitos qualitativos ( Doença de Von Willebrand, 
Bernard-Soulier, Trombastenia de Glanzmann )
 Uso de Inibidores plaquetários ( AAS, Dextran, 
Fenilbutazona e outros.)
Prova da resistência capilar ou Prova do Laço
Método de Rumpel - Leede
Valor de referência normal:
Menos de 5 petéquias por 25 cm2
Tempo de Coagulação
Método de Lee - White
Retração do Coágulo
Método qualitativo
Estabilidade da amostra
Teste horas Temperatura
Tempo de Trombina 4 15 a 25 °C
Fibrinogênio 8 15 a 25 °C
Tempo de Protrombina 4 15 a 25 °C
Tempo de Tromboplastina
Parcial Ativado 4 15 a 25 °C
OBS.: Manter a amostra em banho de gelo até a 
realização dos ensaios.
Técnica manual
 Material necessário:
1. Micropipetas e ponteiras.
2. Banho-maria a 37°C.
3. Reagentes.
4. Tubos de ensaio
5. Cronômetro.
6. Luminária.
Coagulômetro
 É um analizador de coagulação que aplica o princípio mecânico 
e optico na amostra testada. 
 Um feixe de luz atravessa a cuveta que contém o plasma, sendo 
detectado por um sensor óptico.
 Qualquer mudança na intensidade da luz transmitida é 
convertida em um sinal elétrico e depois transformado em 
unidades apropriadas (%, INR, segundos,mg/dl...) 
 Durante a análise um o misturador provê a homogeneidade do 
de plasma / reativo. Ao mesmo tempo o turbilhão formado 
assegura a detecção de pequenos coágulos de fibrina fora do 
alcance do detector óptico. 
Princípio da detecção
Cuveta
mixer
Lâmpada Detector
motor
Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado 
(TTPa)
Princípio do método: O plasma incubado com uma quantidade ótima 
de fosfolipídios (Substituto plaquetário) e um ativador de superfície( 
Kaolin, Celite, Ácido elágico...), induz a ativação do sistema intrínseco 
da coagulação (Fator XII). Com a adição de íons cálcio ocorre o 
processo de coagulação, o tempo medido após a ativação dos fatores é 
chamado de TTPa.
As variações do teste é minimizado pela padronização de concentra-
ções ótimas de fosfolipídios e ativador de superfície.
Significado diagnóstico:
1- Avaliação da via intrínseca da coagulação.
2- Monitoração da terapia com heparina.
Valores elevados são encontrados na deficiência dos fatores(XII, XI, 
IX, VIII, X, V, II e I ), Na presença do Anticoagulante lúpico, inibidor 
do fator VIII, na CIVD, Insuficiência hepática, presença de PDF, etc...
Formato de um laudo de TTPa
 ANALITO VALOR DE REFERÊNCIA
 Plasma Normal (N) :________s 30 a 45 s
 Plasma do Paciente (P):________s 30 a 45 s
 Relação P/N :_________ 1,00 a 1,25
 Método: Fibrinometria
TEMPO DE TROMBINA
Princípio do método: Uma solução de trombina 
exógena é adicionada ao plasma, transformando o 
fibrinogênio em fibrina originando deste modo um 
coágulo em um determinado tempo.
Significado diagnóstico:
1- Controle da heparinoterapia.
2- Controlar a terapêutica fibrinolítica.
3- Triagem para a deficiência de fibrinogênio.
Fibrinogênio
Princípio do método: O plasma normal se coagula com 
quantidades excessivas de trombina, esse tempo de coagulação 
depende consideravelmente da concentração de fibrinogênio na 
amostra.
Significado diagnóstico:
1- Avaliação de hipo ou afibrinogenemia adquirida ou congênita.
2- Avaliação de hiperfibrinogenemia transitória ou duradoura
1. Valores elevados
 Processos Inflamatórios 
Agudos
 Gravidez
 Uso de anticoncepcionais 
orais.
 Neoplasias
1. Valores diminuídos
 CIVD
 Insuficiência Hepática
 Fibrinólise primária ou 
secundária
 Hipofibrinogenemia
 Disfibrinogenemia
Produtos da Degradação da Fibrina e do 
Fibrinogênio – PDF
Durante a fibrinólise e a fibrinogenólise são liberados os produtos e 
degradação da fibrina (X,Y,D e E) e do fibrinogênio (PDF). A presença 
destes produtos ocorrem por vários processos de ativação do sistema 
fibrinolítico ( Fisiológico ou Patológico)
 Valores elevados:
 CIVD
 Trombose Venosa Profunda (TVP)
 Embolia Pulmonar
 Cirrose Hepática
 Carcinomas
 Terapêutica Trombolítica
 Obs.: A presença de Fator Reumatóide na amostra, leva a 
resultados falso positivos
PDF : D-DimerTest
 É um ensaio que avalia a presença de derivados de fibrina no 
plasma humano.
 Utiliza partículas de látex marcadas com um anticorpo altamente 
específico para o domínio D da fibrina.
 Valor de referência: Negativo -----------< 0,5 mg/L.
 Interferente: Presença de FR, Crise falcêmica.
 Outras técnicas: Imunoprecipitação, eletroforese PAGE
Tempo de Protrombina
Princípio do método: O processo de coagulação se inicia “in vitro” 
mediante a incubação do plasma com concentrações ótimas de 
tromboplastina e cálcio, o tempo gasto para a formação do coágulo é o 
tempo de protrombina.
Significado diagnóstico:
1- Avaliar o sistema extrínseco da coagulação 
( Fatores II, V, VII e X )
2- Monitorar a terapêutica com anticoagulantes orais.
3- Parâmetro de avaliação da função hepática.
Valores elevados são encontrados:
 Deficiência dos fatores,
 Terapêutica com anticoagulantes orais,
 Doenças hepáticas,
 Deficiência de vitamina K,
 CIVD, 
 Presença de PDF
RELAÇÃO NORMALIZADA INTERNACIONAL –INR
O INR (Relação Normalizada Internacional) é o sistema que proveu uma 
padronização dos reagentes,oferecendo melhores resultados 
laboratoriais 
Variações no TP devido a variações clínicas: Muitos aspectos clínicos 
podem interferir no teste, como drogas, dieta e estados de doenças.
1- Inibição do metabolismo de ACO: Fenilbutazona, Cotrimoxazol, 
Cimetidina...
2- Inibição da síntese de fatores de coagulação
Reativos comerciais têm valores de ISI descritos em a cada lote pelo 
fabricante. Quanto mais baixo o ISI, maior a sensibilidade do reativo. 
INR – International Normalized Ratio
Cálculo: 
ISI
TP do paciente (s)
INR =
TP do controle normal (s)
ISI: International Sensitivity Index
Anticoagulação Oral e o INR
 A utilização de anticoagulantes orais vem aumentando a cada 
ano, sendo direcionada a um grande número de indicações 
clínicas, prevenindo assim as doenças tromboembólicas.
 A margem terapêutica é muito estreita e está associada as 
variações individuais nas respostas a dosagens fixadas.
 Desta forma estas dosagens devem ser monitoradas 
frequentemente.O controle laboratorial da anticoagulação oral 
por derivados cumarínicos é feita através do Tempo de 
Protrombina (TP).
 Em 1983 a OMS padronizou o TP, considerando a relação entre 
os TPs do paciente e do controle normal, elevados ao Indice de 
Sensibilidade Internacional (ISI).
 O ISI foi determinado pela OMS através de um lote de 
tromboplastina de cérebro humano cuja referência é 1,0, este é 
o padrão de rastreamento a ser seguidos por todos fabricantes 
de reagentes.
Recomendações da OMS com relação ao 
Tempo de Protrombina
 Utilizar tromboplastina de maior sensibilidade, ou seja, 
com ISI menor ou igual a 1,2
 Calibrar cada lote de reagente e equipamentos de 
automação com um plasma de referência.
 Informar no laudo o INR, o ISI da tromboplastina 
utilizada, além dos valores de TP do controle normal e 
do paciente.
 Comunicar a mudança do valor do ISI. 
 Comunicar rapidamente ao clínico valores de INR 
maiores do que 6,0
Ação dos Anticoagulantes Orais
 Os anticoagulantes orais derivados do cumarol são 
absorvidos pelo intestino e metabolizados no fígado, 
tem meia-vida de 15 a 60 horas, atingindo sua 
concentração máxima entre 1 e 9 horas.
 Agem inibindo a utilização da vitamina K, impedindo 
a síntese dos fatores II, VII, IX e X.
 O intervalo entre o início da terapia e o efeito no TP 
é de 48 a 72 horas, embora a anticoagulação máxima 
seja atingida após 3 a 5 dias.
 A principal dificuldade no controle da terapia é a 
variação da sensibilidade das tromboplastinas 
comerciais em detectar a redução dos fatores de 
coagulação envolvidos
Variação comercial do ISI
 Reagent Manufacturer Source of reagent ISI
Innovin Dade Behring Human recombinant 0.96
Thromboplastin C Plus Dade Behring Rabbit brain 2.0 
PT Fibrinogen HS IL Test Rabbit brain 1.47 or 1.834
Simplastin Excel Organon Teknica Rabbit brain 2.07
Simplastin Excel Organon Teknica Rabbit brain 1.14
Ortho Brain Thromboplastin Ortho Rabbit brain 1.92 or 1.88
Recombiplastin Ortho Human recombinant 1.0
Thromborel S Dade Behring Human placenta 1.0 
ISI
INR=(23,5 / 10,5)
Reagente Origem ISI INR
Recombiplastin Placenta humana 1.0 2.1
PT Fibrinogen Cérebro de coelho 1.47 3.2
Dade C Cérebro de coelho 2.7 4.8
Índices Terapêuticos do INR
 INR ESTADO CLÍNICO
 2,00 A 3,00 Profilaxia e tratamento de TVP, 
cirurgias de alto risco, Embolia 
pulmonar, IAM, Proteses arteriais,
Válvulas cardíacas.
 3,00 a 4,00 Síndrome do anticorpo 
antifosfolipides
Formato de um laudo de TP
 ANALITO VALOR DE REFERÊNCIA
 Plasma Normal (N) :________s 11,0 a 13,5 s
 Plasma do Paciente (P) :________s 11,0 a 13,5 s
 INR :_________ 0,88 a 1,20
 Atividade protrombinica:________% > 70 %
Método: Fibrinometria
Causas de Erros
1- Amostra:
-Presença de microcoágulos.
2-Anticoagulante
-Tipo incorreto
-Desproporção amostra / anticoagulante.
3-Tempo limite
-Exceder o tempo de conservação da amostra
4-Equipamentos e reagentes
-Temperatura incorreta (Banho-Maria, reagentes, amostras).
-Ponteiras com resíduos.
-Equipamentos descalibrados (Coagulômetros, micropipetas).
-Reagentes contaminados ou expirados.
-Não uso de água grau reagente.
5- Uso incorreto da técnica.
Teste de Triagem para deficiência do 
Fator XIII
1- Material
 Material para punção venosa
 Tubos de ensaio ( 13 X 100 mm)
 NaCl 0,15 M
 Uréia 5 M
 CaCl2 0,025 M
 Banho-maria a 37°C
 Técnica:
 1- Identificar 2 tubos: 1° NaCl e o 2° Uréia
 2- Pipetar nos tubos 0,1 ml de plasma e 0,1 ml de CaCl2 e aguardar a 
coagulação a 37ºC.
 3- Após 30 minutos da formação do coágulo, adicionar nos respectivos 
tubos 1,0 ml de uréia e 1,0 de NaCl.
 4- Manter Incubado por 12 horas e observar o resultado 
Interpretação
 NaCl Uréia NaCl Uréia
 Controle Normal Def. Fator XIII
Princípio metodológico para dosagem 
de Fatores da coagulação
 Material:
 Plasma de referência 100%
 Plasma com uma deficiência específica
 Reagentes e tampão salina
 Princípio:
 A partir do plasma 100% é feita uma bateria de diluições: 100, 50, 25, 
...0,8%
 Mistura-se a 0,1 ml de cada diluição do plasma 100% com 0,1 ml do 
plasma deficiente, e determina o tempo de coagulação
 Plota-se uma curva de calibração: Porcentagem x %
 Faz-se a dosagem misturando o plasma teste com o plasma deficiente e se 
compara o resultado na curva de calibração.
Proteína S
É um glicoproteína de 70Kd, vitamina K dependente, produzida 
pelos hepatócitos e megacariócitos, descrita por DiScipio em 1977, 
que atua como cofator da proteína C.
Cerca de 60% da proteína S está ligada a proteína C4b do 
complemento e 40% circula livremente no plasma (forma ativa).
A diminuição dos níveis de Proteína S está correlacionada com o 
aumento do risco de trombose venosa.
Deficiência congênita
 Tipo I: Diminuição da 
concentração e da atividade.
 Tipo II: Concentração 
normal e diminuição da 
atividade ( Proteína 
mutante)
 Tipo III: Proteína S total 
normal e fração livre 
diminuída.
Deficiência adquirida
 Processos Inflamatórios 
agudos
 Doenças Hepáticas
 Uso de anticoagulantes orais
 Síndrome nefrótica
 Gestação
 Uso de anticoncepcionais 
orais.
Proteína S - Coagulométrica
 Plasma do paciente1:5
 Plasma deficiente de Proteína 
S 
 Proteína C ativada reagente
 Incubar 3 min. A 37°C
 Veneno de víbora
 Cronometrar a formação do 
coágulo.
Proteína S 
Tempo
 O veneno de víbora ativa os 
fatores X, V, II e I.
 A Proteína C em conjunto com a 
Proteína S, inativam os fatores V 
e VIII, prolongando o tempo de 
formação do coágulo.
 Valor de referência: 70 a 140 %
Proteína C
Foi descrita por Mammen em 1960, tem cerca de 56Kd e sua 
síntese ocorre nos hepatócitos. É um anticoagulante natural 
vitamina K dependente que inativa os fatores V e VIII na presença 
da Proteína S (cofator).
Pacientes com deficiência de Proteína C apresentam maior risco de 
sofrerem Trombose Venosa Profunda e embolia pulmonar.
Deficiência congênita
 Tipo I: Diminuição da 
concentração e da atividade.
 Tipo II: Concentração 
normal e diminuição da 
atividade( Proteína mutante)
Deficiência adquirida
 Deficiência de vitamina K.
 Uso de anticoagulantes 
orais.
 Doenças hepáticas.
 Processo inflamatórios 
agudos.
 CIVD
Proteína C- Coagulométrica
 Plasma diluído 1:10.
 Plasma com proteína C deficiente.
 Ativador da proteína C ( Veneno de víbora de Russel).
 Ácido elágico + Fosfolípidios. 
 Incubar por 4 min.A 37°C.
 Adicionar CaCl2 pré aquecido a 37°C e cronometrar a formação do 
coágulo.
 O veneno de víbora ativa a Proteína C, a qual inibi o Fator V e VIII.
 A proteína C do paciente e ativada pelo veneno, o tempo de formação 
do coágulo é medido frente ao plasma deficiente usado na curva de 
calibração.
 Quanto maio a quantidade de proteína C do paciente maior o tempo 
para formação do coágulo.
 Valor de referência; 70 a140 % de atividade.
Anti-Trombina III
Foi descrita por Brinkhous em 1939, ela é uma alfa 2 globulina com 
cerca de 58Kd, cuja a síntese é realizada no fígado e células 
endoteliais.
É um co-fator da heparina, que inibe a ação da trombina e do fator
X.
 Deficiência congênita
 Tipo I: Diminuição da 
concentração e atividade
 Tipo II: Concentração norma 
e atividade diminuída
 Deficiência adquirida
 Hepatite crônica, cirrose.
 Uso de anticoncepcionais 
orais.
 CIVD
 Síndrome hemolítico 
urêmica.
 Síndrome nefrótica
Anti trombina III– Método Coagulométrico
 Plasma diluído 1/50
 Trombina do reagente
 Incubar 4 min a 37°C
 A anti trombina do plasma irá 
inativar a trombina.
 Quanto maior a concentração 
de Anti trombina, maior o 
tempo para formação do 
coágulo
 Fibrinogênio do reagente
 Tampão do kit
 Incubar 2 min. A 37°C
 Misturar e determinar o tempo 
de formação do coágulo.
 Normalidade: 80 a 120 % de 
atividade de anti trombina III.
Anticoagulante Lúpico – Anti Cardiolipina
São anticorpos anti-Fosfolipídios e estão associados a doenças 
tromboembólicas.A síndrome antifosfolipídica foi descrita por 
Hugles em 1985.
Podem estar presentes em pacientes sem doença de base, 
em portadores de doenças auto-imunes, doenças neurológicas, 
podem surgir após infecções (virais ou bacterianas), além de poder 
apresentar uma origem medicamentosa.
 Aspectos clínicos:
 Trombocitopenia.
 Abortos de repetição.
 Trombose venosa ou arterial.
Método de captura para Imunoglobulina (Ig)
Anticorpo
Anti-Ig Ig lavagem antígeno lavagem 
Conjugado Lavagem Substrato
Reação 
de cor
Homocisteína
A homocisteína é um aminoácido envolvido no metabolismo das 
vitamina B6, vitamina B12 e ácido fólico.
Defeitos no seu metabolismo leva o acúmulo de metionina, 
homocisteína, dímeros de homocisteína e outros metabólitos 
sulfurados em diversos tecidos. 
O defeito mais comum é a deficiência da enzima Cistationina 
Beta-sintetase. 
Portadores da hiperhomocisteinemia tem maior prevalência de 
Trombose venosa profunda e tromboembolismo, além de 
doenças coronarianas.
Gene mutante da Protrombina – G20210
 Em 1996 foi descrita uma alteração no nucleotídio 20210 do gene 
da protrombina.
 Essa mutação constitui um importante fator de risco genético para 
trombose arterial( Doença coronariana, AVC isquemico) e venosa( 
TVP e Embolia pulmonar).
 Incidência: 1 a 4% da população caucasóide apresenta a forma 
heterozigótica ( um gene normal e um mutante)
 Método: Reação da cadeia de polimerase (PCR)
Resistência da Proteína C Ativada
 Em 1993 Dahlback descreveu uma anomalia hereditária para a 
proteína C, que esta associada ao aumento do risco de trombose 
venosa profunda, o qual foi chamado de resistência da proteína C 
ativada.
 Causa: Mutação no gene do fator V, pela substituição da glutamina 
pela arginina na posição 506 ( Arg506 – Gln506).
 A proteína mutante foi denominada de Fator V de Leiden.
 Método: Reação em cadeia da polimerase (PCR).
Fator V de Leiden
Contagem manual de plaquetas
1- Material
Método de Fonio
 Lanceta descartável
 Lâmina para esfregaços
 Solução de MgSO4 a 14%
 Corante Leishman
2- Técnica
 Colocar 1 gota de MgSO4 sobre uma lâmina.
 Fazer assepsia do local e puncionar com a lanceta.
 Acrescentar 1 gota de sangue ao MgSO4 e fazer um esfregaço e corar
 Contar 1.000 eritrócitos em vários campos anotando também o número 
de plaquetas.
3- Cálculo
N° de plaquetas por mm3 = N° de plaquetas x N° de eritrócitos por 
mm3
1000 
Contagem Eletrônica de Plaquetas
 Solução a ser analizada
vácuo
Volts
eletródos
Impulso / 
tempo
Agregação Plaquetária
 As função plaquetária pode ser avaliada “in vitro” em resposta a 
uma bateria de agentes estimulantes.
Principais agregantes:
ADP
Colágeno
Ácido aracdônico
Ristocetina
Epinefrina
Trombina
Instruções de coleta para os testes de 
Agregação Plaquetária
 Coletar se possível sem garroteamento.
 Usar escalpe.
 Desprezar os primeiros 0,5 ml de sangue.
 Coletar em tubo de polipropileno com citrato de sódio a 
3,8% na proporção de 1:9.
 Iniciar o teste em 30 minutos.
Resposta a um agregante
 Ristocetina
100
 0 30 300s
 ADP
100
 0 30 
300s
Agregação e a Interpretação
 Tromblatenia de Glanzmann
 Síndrome de Bernard Soulier
 Defeito no receptor do colágeno
 Deficiência de grânulos alfa
 Diminuição acentuada com 
todos agregantes, exceto a 
ristocetina.
 Acentuadamente diminuída 
com ristocetina.
 Diminuída com colágeno
 Diminuída com todos 
agregantes
	 Hemostasia 
	Número do slide 2
	Número do slide 3
	Fatores da Coagulação
	Número do slide 5
	Via Extrínseca��
	Via Intrínseca��
	Proteínas dependentes da Vitamina K��
	Coagulograma 
	Tempo de Sangramento
	Prova da resistência capilar ou Prova do Laço�Método de Rumpel - Leede
	Estabilidade da amostra
	Técnica manual
	Coagulômetro
	Princípio da detecção
	Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado (TTPa)
	Formato de um laudo de TTPa
	Número do slide 18
	 Fibrinogênio� Princípio do método: O plasma normal se coagula com quantidades excessivas de trombina, esse tempo de coagulação depende consideravelmente da concentração de fibrinogênio na amostra.�Significado diagnóstico:�1- Avaliação de hipo ou afibrinogenemia adquirida ou congênita.�2- Avaliação de hiperfibrinogenemia transitória ou duradoura���
	Produtos da Degradação da Fibrina e do Fibrinogênio – PDF��Durante a fibrinólise e a fibrinogenólise são liberados os produtos e degradação da fibrina (X,Y,D e E) e do fibrinogênio (PDF). A presença destes produtos ocorrem por vários processos de ativação do sistema fibrinolítico ( Fisiológico ou Patológico)
	PDF : D-DimerTest
	Tempo de Protrombina
	RELAÇÃO NORMALIZADA INTERNACIONAL –INR��O INR (Relação Normalizada Internacional) é o sistema que proveu uma padronização dos reagentes, oferecendo melhores resultados laboratoriais � �Variações no TP devido a variações clínicas: Muitos aspectos clínicos podem interferir no teste, como drogas, dieta e estados de doenças.�1- Inibição do metabolismo de ACO: Fenilbutazona, Cotrimoxazol, Cimetidina...�2- Inibição da síntese de fatores de coagulação��Reativos comerciais têm valores de ISI descritos em a cada lote pelo fabricante. Quanto mais baixo o ISI, maior a sensibilidade do reativo. � �� 
	INR – International Normalized Ratio
	Anticoagulação Oral e o INR� 
	Recomendações da OMS com relação ao Tempo de Protrombina
	 Ação dos Anticoagulantes Orais
	Variação comercial do ISI 
	 ISI�INR=(23,5 / 10,5)�
	Índices Terapêuticos do INR
	Formato de um laudo de TP
	Causas de Erros
	Teste de Triagem para deficiência do Fator XIII
	Interpretação
	Princípio metodológico para dosagem de Fatores da coagulação
	 Proteína S�É um glicoproteína de 70Kd, vitamina K dependente, produzida pelos hepatócitos e megacariócitos, descrita por DiScipio em 1977, que atua como cofator da proteína C.�Cerca de 60% da proteína S está ligada a proteína C4b do complemento e 40% circula livremente no plasma (forma ativa).�A diminuição dos níveis de Proteína S está correlacionadacom o aumento do risco de trombose venosa. 
	Proteína S - Coagulométrica
	 Proteína C��Foi descrita por Mammen em 1960, tem cerca de 56Kd e sua síntese ocorre nos hepatócitos. É um anticoagulante natural vitamina K dependente que inativa os fatores V e VIII na presença da Proteína S (cofator).�Pacientes com deficiência de Proteína C apresentam maior risco de sofrerem Trombose Venosa Profunda e embolia pulmonar.
	Proteína C- Coagulométrica
	 Anti-Trombina III�Foi descrita por Brinkhous em 1939, ela é uma alfa 2 globulina com cerca de 58Kd, cuja a síntese é realizada no fígado e células endoteliais.�É um co-fator da heparina, que inibe a ação da trombina e do fator X.
	Anti trombina III– Método Coagulométrico
	Anticoagulante Lúpico – Anti Cardiolipina��São anticorpos anti-Fosfolipídios e estão associados a doenças tromboembólicas.A síndrome antifosfolipídica foi descrita por Hugles em 1985.�Podem estar presentes em pacientes sem doença de base, em portadores de doenças auto-imunes, doenças neurológicas, podem surgir após infecções (virais ou bacterianas), além de poder apresentar uma origem medicamentosa.
	Número do slide 43
	 Homocisteína��A homocisteína é um aminoácido envolvido no metabolismo das vitamina B6, vitamina B12 e ácido fólico.��Defeitos no seu metabolismo leva o acúmulo de metionina, homocisteína, dímeros de homocisteína e outros metabólitos sulfurados em diversos tecidos. ��O defeito mais comum é a deficiência da enzima Cistationina Beta-sintetase. ��Portadores da hiperhomocisteinemia tem maior prevalência de Trombose venosa profunda e tromboembolismo, além de doenças coronarianas.���
	Número do slide 45
	Gene mutante da Protrombina – G20210
	Resistência da Proteína C Ativada
	Fator V de Leiden
	Contagem manual de plaquetas
	Contagem Eletrônica de Plaquetas
	Agregação Plaquetária
	Instruções de coleta para os testes de Agregação Plaquetária
	Resposta a um agregante
	Agregação e a Interpretação

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