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Emenda é um processo formal de mudança da Constituição, por meio de atuação de certos órgãos, mediante determinadas formalidades estabelecidas na própria Constituição para o exercício do poder reformador. É a modificação de certos pontos, submetida a certos obstáculos e formalidades, para se adaptar e permanecer atualizada diante de relevantes mudanças sociais. O processo se inicia com a apresentação de uma PEC (Projeto de Emenda Constitucional), de autoria de um ou um grupo de parlamentares. Ela tem iniciativa coletiva: mínimo de 1/3 dos Senadores Federais, ou mínimo de 1/3 dos Deputados Estaduais ou mais da metade das Assembleias Legislativas. E tem também uma iniciativa individual, quando o Presidente da República, sozinho, encaminha ao Congresso Nacional uma proposta de alteração da Constituição. Muito importante saber é que, para a PEC, não se fala em Casa Revisora, como acontece nas outras matérias legislativas. Isso porque o texto que sair aprovado para ser incorporado na nossa Constituição Federal deve ter sido aprovado igualmente nas duas Casas. Então, pode acontecer um pingue-pongue, ou seja, se a Câmara altera a nossa PEC, ela volta e se dá o tratamento de PEC nova. Se o Senado altera o texto que veio da Câmara, a PEC volta para lá e tem tratamento de PEC nova. E assim por diante. Isso não acontece com outras matérias; só para a PEC. Quando a tramitação estiver completa, a proposta de emenda à Constituição se transforma em Emenda Constitucional. A Emenda é numerada e promulgada pelas Mesas da Câmara e do Senado. Fonte: https://nave.wordpress.com/2012/01/13/como-funciona-uma-proposta-de-emenda-a-constituicao- pec/ Acessado em 08/04/2015 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL TÍTULO IV - Da Organização dos Poderes CAPÍTULO I - DO PODER LEGISLATIVO Seção VIII - DO PROCESSO LEGISLATIVO Subseção II - Da Emenda à Constituição I - um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; 513 deputados -> 1/3=171 81 senadores -> 1/3= 27 II - o Presidente da República; III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando- se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. Assembleia Legislativa de uma unidade federativa (26 estados + DF) é o órgão de representação do Poder Legislativo dos estados através dos deputados estaduais. § 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de: - intervenção federal = em caráter estritamente excepcional, pode a União intervir nos Estados- membros e no Distrito Federal nas hipóteses relacionadas no art. 34 da CF/88 como, por exemplo, para manter a integridade nacional ou repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra. - estado de defesa = é uma situação de emergência na qual o Presidente da República conta com poderes especiais para suspender algumas garantias individuais asseguradas pela Constituição cuja suspensão se justifica para restabelecer a ordem em situações de crise institucional e nas guerras - estado de sítio = é decretado objetivando preservar ou restaurar a normalidade constitucional, perturbada pelos seguintes fatos: comoção grave de repercussão nacional; ineficácia da medida tomada durante o estado de defesa; declaração de estado de guerra ou resposta à agressão armada estrangeira. § 2º - A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. Dois turnos = discussão e votação de proposições por duas vezes. § 3º - A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados é responsável pela direção dos trabalhos legislativos e dos serviços administrativos da Casa. Compõem-se de Presidente, dois Vice-presidentes e Secretaria, com quatro secretários e quatro Suplentes. A Mesa composta pelo Presidente, Primeiro e Segundo Vice-Presidentes e quatro Secretários e mais quatro Suplentes. Art. 60 Quem pode propor: § 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: Não permite argumentação, discussão porque tenta ocasionar o fim de algo, extinguir, abolir, revogar. São cláusulas pétreas, que não podem ter alteração. I - a forma federativa de Estado. Autonomia= auto-organização, autogoverno e auto administração. Federalismo por movimento centrífugo (segregação ou desagregação) No Brasil, Marechal Floriano Vieira Peixoto instituiu, por meio do Dec. Nº 1 de 15/11/1889, a República e o Federalismo. Formada por uma ordem soberana e quatro ordens políticas autônomas (União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal). Art. 1º, I da CF: A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de direito e tem como fundamentos a soberania [...] II – o voto direto, secreto, universal e periódico, expressão do princípio democrático; III – a separação dos Poderes; tratando de proibir a supressão de qualquer dos poderes do Estado – Legislativo, Executivo e Judiciário bem como de resguardar as atribuições básicas dadas à eles. IV – os direitos e garantias individuais. No entanto, exclusivamente aqui, pode sim haver emendas, desde que estas alterações sejam em benefício destes direitos, ou seja, a emenda não pode restringir direitos, mas sim ampliá-los. Art. 1º, II, III, IV e V. Exemplos: Direito sociais, bem como os direitos fundamentais além daqueles declarados no Título II da CF, os direitos fundamentais decorrentes de tratados internacionais de que o Brasil seja parte, apesar da controvérsia doutrinária e jurisprudencial, têm, em nosso entender, eminência constitucional. § 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. Irrepetibilidade de PEC = a matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada, na mesma sessão legislativa/ano. A sessão legislativa ordinária é o período de atividade normal do Congresso a cada ano, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. Cada quatro sessões legislativas, a contar do ano seguinte ao das eleições parlamentares, compõem uma legislatura. Já a sessão legislativa extraordinária compreende o trabalho realizado durante o recesso (ver verbete) parlamentar, mediante convocação. Cada período de convocação constitui uma sessão legislativa extraordinária.
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