Buscar

Apostila Defesa Técnica e autodefesa direitos do acusado

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU 
NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO - FAVENI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA 
 DEFESA TÉCNICA E AUTODEFESA: 
DIREITOS DO ACUSADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESPÍRITO SANTO 
 
 
2 
 
DIREITOS DO ACUSADO 
 
Sabemos que o processo penal é e aparelhado de numerosas garantias que tem por 
finalidade assegurar ao réu o mais amplo direito de defesa, sendo seu principal 
fundamento A LIBERDADE, bem jurídico tolhido com a aplicação da pena a que se 
visa com a instauração do processo penal. 
 
Destacam-se como direitos do acusado: 
a) o direito de ver respeitada sua integridade física e moral (art. 5º XLIX, da CF/88); 
 
b) o direito de ser processado e julgado pela autoridade competente (art. 5º,LIII 
CF/88); 
 
 
 
3 
 
c) o direito de não ser privado de sua liberdade ou de seus bens sem o devido 
processo legal (art. 5º LIV, da CF/88); Garante-se ao acusado a submissão a um 
processo justo, no qual serão observados os princípios do contraditório, da ampla 
defesa, do tratamento paritário dos sujeitos processuais, da publicidade dos atos 
processuais etc. 
 
d) o direito ao contraditório e a ampla defesa, e aos recursos a ela inerentes (art. 5º 
LV, da CF/88); A norma prevista no inciso LV do mencionado artigo ("aos litigantes, 
em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o 
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes") assegura a 
bilateralidade dos atos processuais e o livre exercício do direito de defesa. 
O exercício do direito de defesa pressupõe a ciência por parte do acusado acerca da 
imputação que em face dele é dirigida. Daí conclui-se que o réu tem direito a citação. 
 
Uma vez chamado a participar do processo e cientificado da acusação, pode o 
acusado reagir a acusação, exercendo sua defesa, a qual engloba a autodefesa e a 
defesa técnica. 
 
A autodefesa, cujo exercício é facultativo, subdivide-se em dois aspectos: direito de 
audiência (faculdade de interferir diretamente na convicção do julgador. 
Ex.:interrogatório e possibilidade de interposição de recurso pelo próprio acusado) e 
direito de presença (faculdade de presenciar todos os atos do processo). 
 
 
 
4 
 
Essa modalidade de defesa constitui direito do acusado, que poderá comparecer em 
juízo e exercer pessoalmente o contraditório. Seu comparecimento, contudo, não é 
obrigatório, exceto naqueles atos que não podem ser realizados sem sua presença, 
hipótese em que poderá ser determinada a condução coercitiva (art. 260 do CPP). 
 
Pode o réu, como forma de exercício da autodefesa, permanecer silente, circunstância 
que, entretanto, não poderá pesar em seu desfavor, nos termos do art. 5º, LXIII, da 
CF. 
 
Caso se opere a citação pessoal e ocorra a contumácia (deixar o acusado de 
comparecer injustificadamente a qualquer ato do processo), será decretada a revelia, 
o que implicara a não cientificação do réu acerca dos atos processuais posteriores. 
Caso não ocorra a contumácia, o réu terá direito de ser notificado ou intimado a 
respeito de todos os atos processuais. 
 
A defesa técnica, é indispensável e deve ser exercida por pessoa habilitada. 
 
e) o direito a que se presuma sua inocência até o trânsito em julgado da sentença 
penal condenatória (art. 5º LVII, da CF/88); 
 
f) o direito de não ser submetido a identificação criminal quando civilmente 
identificado, salvo nas hipóteses previstas em lei (art. 5º LVIII, da CF/88); 
 
 
 
5 
 
g) O direito de ser submetido a um julgamento público, salvo no que for necessário 
para preservar a intimidade ou os interesses sociais (art. 5º LX, da CF/88); 
 
h) O direito de não ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e 
fundamentada da autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão 
militar ou crime propriamente militar, definidos em lei (art. 5º LXI, da CF/88); 
 
i) O direito de ser informado de seus direitos quando preso (art. 5º LXIII, da CF/88); 
 
j) O direito de permanecer calado (art. 5º LXIII, da CF/88); O silêncio do imputado não 
importará em confissão ficta, nem poderá ser usado em seu prejuízo (art. 186 do 
CPP); 
 
k) o direito de ser citado e intimado dos atos processuais; 
 
l) o direito de não ser preso, quando a lei admitir liberdade provisória, com ou sem 
fiança (art. 5º LXVI, da CF/88); 
 
m) o direito de tomar conhecimento da identidade dos responsáveis pela sua prisão 
ou por seu interrogatório policial, quando preso (art. 5º LXIV, da CF/88); 
 
 
 
6 
 
n) O direito de ser assistido gratuitamente por tradutor quando desconheça o idioma 
(art. 223 do CPP, em consonância com 5º LV, da CF/88); 
 
o) zero direito de não ter admitida contra si prova obtida por meio ilícito, 5º LVI, da 
CF/88); 
 
p) o direito de não ser obrigado a depor contra si mesmo, nem a se declarar culpado 
(decorrente do art. 5º LXIII, da CF/88); 
 
q) O direito a assistência jurídica integral e gratuita, no caso de não dispor de recursos 
(art. 6º LXXIV da CF/88); 
 
r) O direito a um processo com duração razoável e a meios que assegurem a 
celeridade de sua tramitação (art. 5º, LXXVIII da CF/88). 
 
s) Direito de entrevistar-se reservadamente com o defensor antes da realização do 
interrogatório (art. 185, parágrafo 5º do CPP). 
 
Obs.: esses direitos fundamentais do acusado estão dispostos na CF/88, e por força 
do art. 5º § 2º, os direitos fundamentais garantidos na CF não excluem outros que 
decorram: a) do regime e dos demais princípios por ela adotados ou b) dos tratados 
internacionais aos quais o Brasil tenha aderido. O rol de direitos estabelecidos no art. 
5º, não é taxativo, admitindo interpretação ampla (§ 2º, primeira parte) e a 
 
 
7 
 
complementação por força de legislação infraconstitucional e de tratados e 
convenções internacionais, dentre os quais se destaca, em matéria processual penal, 
a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, que referenda boa parte das 
garantias acima mencionadas. 
 
Acerca da controvertida questão do nível hierárquico das normas advindas de tratados 
e convenções internacionais, a Emenda Constitucional n. 45/2004 veio resolver em 
parte o dissenso doutrinário e jurisprudencial, estabelecendo, pela inserção do § 3º no 
art. 5º, que os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos 
aprovados em cada Casa do Congresso Nacional, em 2 turnos, por 3/5 dos votos dos 
respectivos membros, Equivalerão às emendas constitucionais. 
 
Sempre que forem violados esses direitos, poderá o réu lançar mão do habeas corpus, 
para a tutela contra violência ou coação, atual ou iminente, que afronte sua liberdade 
de locomoção (art. 5º, LXVIII) ou do mandado de segurança, para a defesa de direito 
líquido e certo não amparado por habeas corpus ou por habeas data (art. 5º, LXIX). 
 
Obs2: Sobre o assunto, porém, paira intensa polêmica, tendendo a doutrina ao 
entendimento de que a pessoa jurídica não pode ser sujeito ativo de delitos penais. 
Adotando-se tal entendimento, torna-se impossível a figuração de pessoa jurídica 
como réu no processo penal, em face da relação instrumental que este desempenha 
no que tange as relações jurídicas penais materiais. 
 
 
8 
 
A CF prevê, em seu art. 5º, diversos direitos subjetivos, do qual é titular o sujeito 
passivo da ação penal, como: a) Direito ao devido processo legal. 
REFORMAS PENAIS (VI): defesa efetiva e interrogatório 
 
Luiz Flávio Gomes 
Doutor em Direito Penal pela Faculdade de Direito da Universidade Complutense de 
Madri, Mestre em DireitoPenal pela USP, Diretor-Presidente do Instituto de Ensino 
Jurídico IELF (www.ielf.com.br) 
 
A defesa efetiva e o interrogatório constituem o objeto de um outro projeto de reforma 
do CPP. Do devido processo legal (CF, art. 5º, inc. LIV) faz parte o direito de defesa, 
que deve ser ampla (CF, art. 5º, inc. LV). A defesa desdobra-se, como se sabe, em 
(a) autodefesa (possibilidade de o acusado defender-se por si mesmo, ativamente − 
no interrogatório, por exemplo − ou passivamente − permanecendo em silêncio) e (b) 
defesa técnica. 
 
 
 
9 
 
A primeira é dispensável (pode o acusado não querer autodefender-se), já a segunda 
é imprescindível. Todo acusado tem direito à assistência de um advogado (caso não 
o seja). Isso deriva da necessidade de se colocarem as partes (acusação e defesa) 
em pé de igualdade (par conditio), dando-lhes as mesmas “armas”, ônus e faculdades 
processuais. 
 
Mas não basta, dentro do modelo de processo penal desenhado pelo Estado 
Constitucional e Democrático de Direito, a presença de um defensor no processo. A 
defesa precisa ser concreta, real, efetiva, isto é, fundamentada. Todos os argumentos 
da acusação devem ser rebatidos, na medida em que puderem sê-lo. Já não condiz 
com o moderno processo a defesa levada a cabo de modo puramente formal, 
superficial (escrevendo-se singelamente “que o acusado é inocente” etc.). 
 
Recorde-se que a falta de defesa leva inexoravelmente à nulidade do processo. 
Quanto à defesa deficiente depende: comprovando-se prejuízo, anula tudo, em caso 
contrário, não (Súmula 523 do STF). 
 
No que se relaciona com o interrogatório as modificações sugeridas são profundas: 
(a) as partes poderão intervir, leia-se, poderão fazer reperguntas (hoje só o juiz faz o 
interrogatório); (b) promove-se, desse modo, o contraditório; (c) o interrogatório 
continua sendo sobretudo um especial momento de autodefesa; (d) o Estado tem o 
dever de apresentar o preso para o interrogatório (mesmo porque, tudo passa a ser 
concentrado numa audiência única); (e) o juiz tem o dever de cientificar o acusado de 
 
 
10 
 
que ele pode ficar calado (direito ao silêncio), (f) as partes podem requerer novo 
interrogatório etc. 
 
De modo explícito fica esclarecido que o silêncio do imputado não poderá ser 
interpretado em seu prejuízo (desse modo, fica corrigido o antagonismo existente hoje 
entre o CPP − art.186 − e a Constituição Federal, que assegura o direito de ficar 
calado). Já não se discute que a parte final do artigo 186 do CPP não foi recepcionada 
pela Constituição de 1988, entretanto, parte da jurisprudência ainda não compreendeu 
isso. Lamentavelmente, ainda há juiz ou Tribunal afirmando que o silêncio do acusado 
é revelador da sua culpabilidade, porque se fosse inocente não teria deixado passar 
em branco (in albis) a oportunidade de fazer o seu protesto. O juiz que assim procede 
precisa ler mais a Constituição! 
 
Remarque-se que única presunção válida no curso do processo penal é a da 
inocência. Quem faz a acusação é que tem que provar. O acusado não precisa 
comprovar sua inocência. O silêncio deve sempre ser visto como autodefesa 
(passiva), não como indício de culpabilidade. 
 
Uma outra relevante novidade é a seguinte: o interrogatório passa a ser concebido em 
duas partes (a primeira versa sobre a pessoa do acusado, com o escopo de permitir 
uma futura individualização da pena; a segunda relaciona-se com os fatos imputados). 
 
 
 
11 
 
Na atualidade o ato do interrogatório (em geral) é dotado de uma pobreza franciscana. 
Nada revela sobre a vida do acusado e muito pouco diz sobre os fatos. O que se 
pretende é modificar todo esse panorama, seja para adequá-lo à Constituição, seja 
para desfazer uma série de equívocos jurisprudenciais, particularmente os 
decorrentes de se supor que o silêncio do acusado significa confissão. Na verdade, 
não existe confissão ficta ou presumida na processo penal. O princípio da presunção 
de inocência conduz à exigência de que a prova produzida vá além da dúvida 
razoável. 
 
Artigo publicado no Mundo Jurídico (www.mundojuridico.adv.br) em 
01.04.2003 
 
ARTIGO PARA LEITURA 
 
 
12 
 
 
SILÊNCIO E MENTIRA NO INTERROGATÓRIO 
 
George Maia Santos. Advogado associado ao IBCrim 
O tema proposto, a rigor, não merecia novas considerações diante de tantas 
discussões já travadas. Contudo, percebe-se que mesmo no Novo Quadro 
Constitucional, no qual os direitos e garantias do homem imperam frente aos ideais 
conservadores, infelizmente, o direito de calar, ainda não adquiriu sua plenitude. Daí 
a importância de novamente trazer a lume novos debates, pois, como já disse Paulo 
Freire1: "este é um tempo em que, mais até do que falar, é preciso falar a palavra 
certa. Falar a palavra que atua, que transforma, é já começar a transformar". 
É sabido que o Código de Processo Penal, datado de 1941, foi elaborado sob o 
influxo das ideias positivistas emergentes no final do século XIX e início do século 
passado, que propugnavam pela prevalência dos interesses repressivos do Estado 
sobre os interesses individuais fundamentais. Isto é, foi criado num período retrógrado 
 
 
13 
 
em que o Direito Penal era instrumento de punição, castigo e vingança. O Processo 
Penal visava apenas evitar o erro judiciário, ignorando qualquer direito inerente à 
pessoa humana. A liberdade do réu era limitada pelas ideias totalitárias que 
imperavam no direito canônico. 
Vale ressaltar o item II da Exposição de Motivos do Codex Adjetivo, que 
impregnado pelas ideias positivistas, assevera: "Urge que seja abolida a injustificável 
primazia do interesse do indivíduo sobre o da tutela social. Não se pode continuar a 
contemporizar com pseudodireitos individuais em prejuízo do bem comum. O 
indivíduo, principalmente quando vem de se mostrar rebelde à disciplina jurídico-penal 
da vida em sociedade, não pode invocar, em face do Estado, outras franquias ou 
imunidades além daquelas que o assegurem contra o exercício do poder público fora 
da medida reclamada pelo interesse social. [...] É restringida a aplicação do in dubio 
pro reo".² 
Por outro lado, a Constituição Federal de 1988, inspirou-se em ideais 
democráticos, nos quais as liberdades públicas³ imperam e constituem limitações 
impostas ao próprio Poder Estatal. Por isso, o conflito entre estes dois ordenamentos 
– constitucional democrático e processual autoritário – revela-se diariamente, em 
diversos institutos processuais. Um destes importantes institutos é o direito ao 
silêncio. 
Assim é que, enquanto o art. 5º, inciso LXIII, da Constituição Federal, assegura 
que "o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer 
calado...", o art. 186 do Código de Ritos dispõe que "antes de iniciar o interrogatório, 
o juiz observará ao réu que, embora não esteja obrigado a responder às perguntas 
 
 
14 
 
que lhe forem formuladas, o seu silêncio poderá ser interpretado em prejuízo da 
própria defesa", permitindo o art. 198 do mesmo diploma legal que o silêncio 
constitua para o juiz elemento de convicção. Ora, nada mais esdrúxulo. É o que se 
depreende dos ensinamentos de Ada Pellegrini4: "Fazer do silêncio do réu elemento 
que pode ser interpretado em prejuízo da defesa significa valorá-lo como indício de 
culpa. Ora, é evidente que do silêncio não podem deduzir-se presunções que superem 
a presunção de inocência do réu, consagrado na Declaração dos Direitos do Homem 
e do Cidadão da O.N.U. (art. 9º). Ressalte-se, enfim, que quem não reconhece a 
existência de presunções ou ficções pró-réu no processo penal, com muito maior 
razão afasta toda e qualquer presunçãoou ficção que lhe seja contrária". 
Nessa vereda, cumpre trazer a lume as lições do mestre Mirabete5: "Essa 
ressalva, porém, foi revogada pelo art. 5º, LXIII, da Constituição Federal, que prevê o 
direito de permanecer calado, sem qualquer restrição, proibindo, assim, que decorra 
do silêncio qualquer consequência desfavorável ao acusado (nemo tenetur se 
detegere). Decorre, aliás, dos princípios de presunção de inocência, do 
contraditório e da ampla defesa". 
No mesmo sentido Tourinho Filho6 reconhece haver a Constituição Federal de 
forma explícita, consagrado o direito ao silêncio quando preleciona que "o acusado 
tem a faculdade de responder, ou não, às perguntas que lhe forem formuladas pelo 
Juiz. É a consagração do direito ao silêncio que lhe foi conferido 
constitucionalmente como decorrência lógica do princípio do nemo tenetur se 
detegere e do da ampla defesa. É possível que o Magistrado tenha uma impressão 
desfavorável quando o acusado guardar silêncio, entretanto, não se pode admitir 
 
 
15 
 
que tal impressão desfavorável se converta em indício para um decreto 
condenatório. O acusado é um único árbitro da conveniência, ou não, de responder. 
E ninguém pode impedir-lhe o exercício desse direito. Muito menos de ameaçá-lo, 
sob a alegação de que o seu silêncio poderá prejudicar lhe a defesa. Do contrário, 
a defesa não estaria sendo ampla, nem respeitado o seu direito ao silêncio". 
Outro entendimento não poderia haver. Isto porque, no plano do direito material, 
no direito à intimidade, que, por sua vez, enquadra-se entre os direitos que 
constituem atributo da personalidade, insere-se o direito ao silêncio. 
Quanto ao direito à intimidade, Paulo José da Costa Júnior7 ensina que "é o 
direito de que dispõe o indivíduo de não ser arrastado para a ribalta contra a vontade. 
De subtrair-se à publicidade e de permanecer recolhido na sua intimidade. [...] 
Portanto, não é o direito de ser reservado, ou de comportar-se com reserva, mas o 
direito de manter afastados dessa esfera de reserva olhos e ouvidos indiscretos, e o 
direito de impedir a divulgação de palavras, escritos e atos realizados nessa esfera". 
Desta feita, o direito ao silêncio é direito inato, inerente ao acusado, devendo ser 
entendido no campo do processo penal como a proteção constitucionalmente 
assegurada contra a autoincriminação, de sorte a não se poder concluir 
desfavoravelmente ao interrogado, pelo simples fato de ter-se calado, isto é, de 
abster-se de prestar declarações, em especial das que possam incriminá-lo. 
 
 
16 
 
 
Sem dúvida, o direito em tela se insere na regra do devido processo legal, em 
suas garantias do exercício da ampla defesa, do contraditório e da chamada 
presunção de inocência. Ademais, o direito ao silêncio integra a autodefesa do 
incriminado, consubstanciada no direito de audiência. Portanto, tem ele o direito de 
fornecer subsídios à defesa técnica, mas, como aquela é dispensável e renunciável, 
pode, também, como forma de defesa, preferir o silêncio. 
Assim, "o réu, sujeito de defesa, não tem obrigação nem dever de fornecer 
elementos de prova que o prejudiquem. Pode calar-se ou até mentir. Ainda que se 
quisesse ver no interrogatório um meio de prova, só o seria em sentido meramente 
eventual, em face da faculdade dada ao acusado de não responder. A autoridade 
judiciária não pode dispor do réu como meio de prova, diversamente do que ocorre 
com as testemunhas; deve respeitar sua liberdade, no sentido de defender-se 
 
 
17 
 
como entender melhor, falando ou calando-se, e ainda advertindo-o da 
existência da faculdade de não responder".8 
Ressalte-se que a autodefesa do acusado adiciona-se à defesa técnica, na 
medida em que o silêncio pode resultar de orientação do defensor como alternativa e 
estratégia de defesa. Igualmente, o direito ao silêncio conecta-se à regra do 
contraditório, na medida em que, para o pleno exercício daquele, não é suficiente a 
ciência formal da acusação, mas que o incriminado tenha perfeita consciência do que 
está lhe sendo imputado para que, quando interrogado, saiba se lhe é conveniente 
falar ou calar, produzir ou não determinada prova ou, ainda, praticar ou não atos 
lesivos à sua defesa. 
Sobre mais, o direito ao silêncio relaciona-se com a presunção de inocência, 
tendo em vista que esta impede que o exercício daquele seja interpretado em desfavor 
de quem o exerce. É que diante da presunção de inocência, ao acusado cabe a opção 
de fornecer ou não a sua versão pessoal sobre os fatos que são objetos de prova. Daí 
porque se proclamar que "do seu silêncio [do acusado] não podem deduzir-se 
presunções que superem a presunção de inocência do réu. Do contrário, 
nenhum réu ousaria exercer aquele direito ao silêncio, elevado à categoria de 
direito fundamental do homem. Que direito fundamental é esse que, se exercido, 
pode complicar-lhe a posição no processo? Evidente que a Magna Carta não quis 
estabelecer ou construir uma armadilha para os acusados, mas, simplesmente, 
conferir-lhes um direito, e ninguém poderá ser prejudicado quando exerce o seu 
direito".9 
 
 
18 
 
Sendo assim, vulnera a regra constitucional todas as disposições legais que, de 
forma direta ou dissimulada, pretendem forçar o acusado a confessar, pois o direito 
ao silêncio é uma garantia constitucional de que ninguém é obrigado a depor contra 
si mesmo, a produzir provas ou praticar atos lesivos à sua defesa. 
Quanto à solução do choque existente entre a Lei Maior e a lei ordinária, este se 
resolve pela prevalência da primeira sobre a segunda, e tal supremacia nasce da 
rigidez que caracteriza nossa Constituição. 
Frisem-se os dizeres de José Afonso da Silva10: "Nossa Constituição é rígida. 
Em consequência, é a lei fundamental e suprema do Estado brasileiro. Toda 
autoridade só nela encontra fundamento e só ela confere poderes e competências 
governamentais. [...] Do princípio da supremacia da Constituição resulta o da 
compatibilidade vertical das normas da ordenação jurídica de um país, no 
sentido de que as normas de grau inferior [no caso as processuais penais] somente 
valerão se forem compatíveis com as normas de grau superior, que é a 
Constituição. As que não forem compatíveis com ela são inválidas, pois a 
incompatibilidade vertical resolve-se em favor das normas de grau mais elevado, 
que funcionam como fundamento de validade das inferiores". 
Por tais razões, "a segunda parte do art. 186 do Codex Instrumental – o seu 
silêncio poderá ser interpretado em prejuízo da própria defesa –, bem assim o art. 198 
do mesmo diploma – o silêncio do acusado não importará confissão, mas poderá 
constituir elemento para a formação do convencimento do juiz – não mais prevalecem 
frente à Constituição Federal de 1988, por representarem uma limitação a direito 
 
 
19 
 
público subjetivo constitucional".¹¹ Insista-se, lei inferior (Código de Processo Penal) 
não pode limitar o que lei superior (Carta Magna) não quis fosse limitado. 
 
Destarte, os atos produzidos sem a observância do direito ao silêncio, são 
absolutamente nulos, por contrariarem norma de teor constitucional e, eventual 
argumentação de legalidade destes atos, não pode prevalecer, pois de norma 
ordinária inconstitucional não pode nascer ato juridicamente válido. 
Felizmente, já se avolumam em nossos tribunais decisões reconhecendo que o 
silêncio do acusado não pode ser tomado contra ele. O próprio Supremo Tribunal 
Federal assim decidiu: "Qualquer indivíduo que figure como objeto de procedimentos 
investigatórios policiais ou que ostente, em juízo penal a condição jurídica de 
imputado, tem dentre as várias prerrogativas que lhe são constitucionalmenteasseguradas, o direito de permanecer calado. 'Nemo tenetur se detegere'. Ninguém 
pode ser constrangido a confessar a prática de um ilícito penal. O direito de 
 
 
20 
 
permanecer em silêncio insere-se no alcance concreto da cláusula 
constitucional do devido processo legal. E nesse direito ao silêncio inclui-se até 
mesmo por implicitude, a prerrogativa processual de o acusado negar, ainda que 
falsamente, perante a autoridade policial ou judiciária, a prática da infração penal".¹² 
Importante também a decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul: 
"Ementa: Processual Penal. Interrogatório. Direito ao silêncio. Nulidade. Agressão aos 
princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório. 1. Nulo é o processo 
em que o acusado foi advertido, quando do interrogatório, sobre ônus que seu 
silêncio poderia implicar. Tal alerta, em que pese ancorado no art. 186 do CPP, 
agride o direito constitucional do réu exercer a sua defesa da maneira que 
melhor entender, inclusive de calar (art. 5º, LXIII, da CF), bem como pretende 
consagrar a presunção de culpa, ao avesso da Constituição, que optou pela 
presunção de inocência. Igualmente, o atendimento a disposição codificada faz 
ressuscitar a inquisitória busca (sem limites) da confissão, agredindo o direito a 
intimidade do cidadão-réu. 2. A unanimidade, decretaram a nulidade do feito a partir 
do interrogatório do acusado".¹³ 
Vê-se, assim, que os tribunais reconhecem o preceito constitucional de que o 
acusado pode calar-se. Conquanto, na prática, a realidade é outra, vez que a 
advertência ainda continua sendo feita e o silêncio transformado em terrível arma 
contra o acusado. Alguns Magistrados chegam, inclusive, a tomar o silêncio como uma 
possível confissão, enquanto outros se apressam em declarar que caso o acusado 
permaneça em silêncio a sua condenação será inevitável e sua pena exacerbada aos 
limites. 
 
 
21 
 
Os tempos hodiernos não mais admitem interrogatórios inquisitivos. É preciso 
destruir as concepções medievais do "olho por olho, dente por dente". Não pode 
ser o interrogatório uma "máquina da verdade" em que se busca do interrogado 
unicamente a confissão, sua própria destruição. Não se pode exigir, até por ser contra 
a natureza humana, que alguém se auto incrimine. Vive-se num Estado Democrático 
de Direito em que as garantias e direitos fundamentais prevalecem. Por mais terrível 
que tenha sido o crime, o acusado, e até mesmo o condenado, não perdem jamais a 
sua condição de seres humanos e ela deve ser sempre respeitada, particularmente 
pelos aplicadores do Direito, os quais, lamentavelmente, no mais das vezes, são os 
que menos se preocupam. 
Quanto ao direito de mentir, Stefano Costa14, citado por José Frederico 
Marques é definitivo em dizer que "o réu não é obrigado a depor contra si próprio e 
tem o direito de responder mentirosamente ao juiz que o interroga". 
É importante que se entenda que o direito de mentir do acusado está muito 
próximo da omissão, posto que não o possui o direito de criar situações fantasiosas 
com o exclusivo intuito de dificultar as investigações. A garantia concedida ao acusado 
de não dizer a verdade, corolário do direito de calar-se, não representa um salvo 
conduto para que possa mentir indiscriminadamente. Não se admite ao acusado criar 
situações que comprometam terceiros, tampouco que estabeleçam entraves 
completamente falsos e impedidores do processo de apuração dos fatos ou do normal 
desenrolar da instrução criminal, impedindo que a Justiça chegue a verdade. A 
proteção legal vincula-se a sua própria defesa e aos fatos e atos com ela relacionados. 
 
 
22 
 
Assim, "o que de fato tem o acusado, é o direito de não revelar nenhum elemento 
que facilite a obtenção de provas contra si, afinal seria, como já se disse, contra a 
natureza humana e animal pretender que alguém produza provas que encaminhem 
ao reconhecimento, comprovação e valoração de culpabilidade".15 Isto é, no que for 
pertinente a sua autodefesa, pode o interrogado mentir. Nisto, doutrina e 
jurisprudência são assentes, até porque é antinatural exigir-se do acusado que 
produza elementos que o condene. 
 
Nesses termos, sábia a lição de Beccaria16: "Outra contradição entre as leis e 
os sentimentos naturais é exigir de um acusado o juramento de dizer a verdade, 
quando ele tem o maior interesse em calá-la. Como si o homem pudesse jurar de 
boa-fé que vai contribuir para a sua própria destruição! Como si, o mais das vezes, 
a voz do interesse não abafasse no coração humano a da religião! Consulte-se a 
experiência e se reconhecerá que os juramentos são inúteis, pois não há juiz que não 
convenha que jamais o juramento faz o acusado dizer a verdade. A razão faz ver que 
 
 
23 
 
assim deve ser, porque todas as leis opostas aos sentimentos naturais do homem são 
vãs e conseguintemente funestas". 
Por outro lado, não há qualquer compromisso legal, no sentido de ser o acusado 
obrigado a dizer a verdade. "Não presta ele qualquer compromisso ou juramento de 
dizer a verdade, e isto pelo simples fato de que não está obrigado a dizê-la, e a fim de 
evitar-lhe toda a coação moral, que poderia constrangê-lo a declarar contra si 
mesmo".17 
Para Magalhães Noronha18, "[...] o acusado pode mentir e negar a verdade, 
pois não é obrigado a depor contra si. Mesmo mentindo, o juiz criminal, conhecedor 
do processo e com a experiência que tem, poderá encontrar em suas negativas e 
atitudes, elementos de convicção. Aliás, negando a imputação, será ele convidado a 
indicar as provas da verdade de suas declarações". 
Já Hélio Tornaghi19 expõe que "[...] o réu pode até mentir. Não se trata de um 
direito de mentir, nem há que falar em direito (subjetivo), neste caso. O que há é que 
a mentira do réu não constitui crime, não é ilícito: o réu é livre de mentir porque, 
se o fizer, não sofrerá nenhuma sanção. Mas, convém explicar: o réu é livre de mentir 
para se defender, não para se acusar [...]". 
Resta, pois, dizer que "sendo o interrogatório ao menos em parte, meio de 
defesa, o acusado pode mentir e negar a verdade. Não há um verdadeiro direito de 
mentir, tanto que as eventuais contradições em seu depoimento podem ser apontadas 
para retirar qualquer credibilidade das suas respostas. Mas o acusado, não presta 
compromisso de dizer a verdade, como testemunha, e sua mentira não constitui 
 
 
24 
 
crime, não é ilícito. O réu é livre para mentir porque, se o fizer, não sofrerá 
nenhuma sanção. Essa liberdade, porém, é concedida apenas em benefício de 
sua defesa, pois se ele atribui a si próprio crime inexistente ou praticado por 
outrem, comete o delito de autoacusação falsa (art. 342 do CP)".20 
Portanto, verifica-se que, apesar do direito de mentir, haja vista ser 
descompromissado com a verdade, "é definitivamente proibido ao acusado mentir 
acerca dos fatos ou pessoas que não envolvam exclusivamente sua defesa, pois a 
proteção legal não abarca um ilimitado direito à mentira e, como já reiterado, em caso 
de mentira que procure prejudicar o andamento processual e que verse matéria 
diversa da sua defesa, será ele responsabilizado nos limites da lei".21 
De igual modo não é lícito ao Juiz "agir como vilão, armando ciladas para o réu; 
nem como Javert, perseguindo-o, encurralando-o".22 Ao que acrescenta o mestre 
Tornaghi23: "É preciso que o acusado fale e responda conscientemente e com toda a 
liberdade, sem engano e sem temor. O juiz não deve dirigir ao acusado perguntas 
vagas, obscuras, equívocas ou insidiosas. Devem ser evitadas perguntas sugestivas, 
que trazem engatilhada a resposta. O juiz não é um inquisidor preocupado em sondar 
as profundezas d'alma. Tambémnão é um psicanalista que remexe nos escaninhos 
do inconsciente. Ele deve se portar, no interrogatório, como o bom professor no exame 
do aluno. E desaconselhável o emprego de método associativo ou constelatório, do 
Lie detector, do Processo de expressão motora de Lúria, do soro da verdade, da 
narcoanálise, da hipnose. Desnecessário dizer que a tortura seria hoje inaceitável. [...] 
Todos esses métodos fazem do homem, coisa e, assim, o reduzem à condição de 
escravo. 
 
 
25 
 
O interrogatório do acusado não é experiência levada a cabo num objeto, 
mas observação feita numa pessoa. O réu não é coisa. O processo é uma relação 
jurídica, de que um dos sujeitos é o réu". 
 
Lembrando, ainda, o mestre que "a obrigação do réu de dizer a verdade 
(Wahrheitspflicht) é própria do sistema nazista. Nem o fascismo – e nesse ponto honra 
lhe seja feita – o acolheu".24 
Enfim, há a necessidade de respeitar o acusado em todos os momentos 
processuais, por mais grave seja o delito cometido. O direito que possui o réu de calar 
e, dentro dos limites de sua defesa, de mentir, não é uma questão ideológica, política 
ou religiosa, mas fundamentalmente uma característica do ser humano. Não seria 
razoável exigir-se de nenhum homem o contribuir em sua acusação. Ao contrário, tal 
atitude agrediria aos mais elementares princípios de sobrevivência humana. "Até os 
animais irracionais quando em perigo valem-se de todos os esquemas a seu alcance 
para garantir sua integridade. Ora, o homem, dotado de inteligência que é, não seria 
diferente".25 
 
 
26 
 
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS 
(1) In Boletim IBCCRIM, São Paulo, ano 11, n. 129, p. 1, ago. 2003. 
(2) BRASIL. Código de processo penal. Obra coletiva de autoria da Editora 
Saraiva com a colaboração de Antônio Luiz de Toledo Pinto e Márcia Cristina Vaz dos 
Santos Windt. 38. ed. São Paulo: Saraiva, 1998. p. 6. 
(3) Liberdades Públicas são o conjunto de poderes de autodeterminação 
(negativos ou positivos), reconhecidos e garantidos pelo ius positum, que tornam o 
indivíduo um ser capaz de ter e exigir a concretização de seus direitos frente ao 
Estado. 
(4) GRINOVER,Ada Pellegrini. Interrogatório do réu e direito ao silêncio. Ciência 
Penal, São Paulo, v. 3, n. 1, p. 29, 1976. 
(5) MIRABETE, Julio Fabbrini. Código de processo penal interpretado. 4. ed. 
São Paulo: Atlas, 1996. p. 241. 
(6) TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo penal. 19. ed. rev. e atual. 
São Paulo: Saraiva, 1997. v. 3. p. 273. 
(7) MOURA, Maria Thereza Rocha de Assis; MORAIS, Maurício Zanoide de. 
Direito ao silêncio no interrogatório. Revista Brasileira de Ciências Criminais, São 
Paulo, v. 2, n. 6, p. 137, abr./jun. 1994. 
(8) GRINOVER, op. cit. p. 21. 
(9) TOURINHO FILHO, op. cit. p. 273-274. 
 
 
27 
 
(10) SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. São Paulo: 
Revista dos Tribunais, 1991. p. 45. 
(11) MOURA, Maria Thereza Rocha de Assis; MORAIS, Maurício Zanoide de, 
op. cit. p. 139. 
(12) BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Habeas Corpus n. 68.929-0/SP. 
Relator: Min. Celso de Mello. Julgamento: 22 set. 1991. Órgão Julgador: Primeira 
Turma. Disponível em: . Acesso em: 10 maio 2003. 
(13) RIO GRANDE DO SUL. Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Apelação 
Criminal n. 70.004.922.043. Relator: Des. Amilton Bueno de Carvalho. Órgão 
Julgador: Quinta Câmara Criminal. Julgamento: 20 nov. 2002. Disponível em: . Acesso 
em: 10 maio 2003. 
(14) COSTA, Stefano. Il dolo processuale in tema civile e penale. [S.I.: s.n.], 
1930. p. 24 apudMARQUES, José Frederico. Elementos de direito processual penal. 
Campinas - São Paulo: Bookseller, 1998. p. 298. 
(15) VAROTO, Renato Luiz Mello. Da verdade no interrogatório:a mentira 
consentida. Pelotas: Editora Universitária/UFPel, 2000. p. 118. 
(16) BECCARIA, Cesare. Dos delitos e das penas. Rio de Janeiro: Athena 
Editora, 1937. p. 69-70. 
(17) ACOSTA, Walter P.. O processo penal. 22. ed. Rio de Janeiro. Editora do 
Autor Ltda., 1995. p. 222. 
 
 
28 
 
(18) NORONHA, E. Magalhães. Curso de direito processual penal. 23. ed. São 
Paulo: Saraiva, 1995. p. 108. 
(19) TORNAGHI, Hélio Bastos. Instituições de processo penal. 2. ed. rev. e 
atual. São Paulo: Saraiva, 1978. p. 20. 
(20) MIRABETE, Julio Fabbrini. Processo penal. 8. ed. rev. e atual. São Paulo: 
Atlas, 1998. p. 282. 
(21) VAROTO, op. cit. p. 125. 
(22) TORNAGHI, op. cit. p. 21. 
(23) Ibid., p. 20-25. 
(24) Id. 
(25) VAROTO, op. cit. p. 135.

Continue navegando