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pre historia-primeira aula

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O VESTUÁRIO NA
PRÉ-HISTÓRIA
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Grandes
Movimentos
Glaciais 
Paleolítico
Inferior
“pedra lascada” 
Paleolítico
Superior ou
Mesolítico 
Neolítico
“pedra polida” 
Idade dos Metais
Origem da 
Escrita
c.3.500 a.C.
PRÉ-HISTÓRIA 
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Caverna de Lascaux, França. c. 15.000 -10.000 a.C.
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Cena de animais, caverna de Lascaux, França, c.15.000 a 10.000 a.C.
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Bisão do Salão Negro, Caverna de Niaux, França. c.15.000 a 10.000 a.C.
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Caverna Valtorta, Espanha, 
c. 8.000 a 3.000 a.C. 
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Rupestra é uma proposta para louças, suas formas assimétricas rompem com velhos conceitos e fazem uma conexão entre as pessoas e sua memória mais primitiva. As imagens pintadas nas peças são reproduções de pinturas rupestres encontradas em cavernas da Serra da Capivara.
A coleção é produzida na Oficina de Cerâmica Serra da Capivara, localizada nas imediações do Parque Nacional Serra da Capivara, o maior sítio arqueológico do Brasil, localizado no sul do Piauí. O Parque Nacional Serra da Capivara é reconhecido pela Unesco como Patrimônio Mundial.
A linha Rupestra foi desenvolvida durante o mestrado sobre criatividade em design, que Cristiane Dias realizou em 1998, na Central Saint Martins College of Art and Design, em Londres. A linha é vendida em todo o Brasil, na  Tok & Stok. (Fonte: http://raruti.com.br/2011/04/rupestra/)
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Dólmen, Anta de S. Geraldo,
Portugal. c. 5000 – 3000 a.C.
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Stonehenge, no sul da Inglaterra, primeiro estágio da construção em 3100 a.C. 
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Vênus de Lespugne, França. Obra em marfim, do período Paleolítico. 
C. 21.000 a.C. 
Reprodução em resina.
Costas, esta tanga é considerada uma das mais antigas representações têxteis da História, provavelmente feita com fios torcidos.
VÊNUS DE LESPUGNE
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Vênus de Willendorf, pedra, Áustria, c. 15.000-10.000 a.C. 
VÊNUS DE WILLENDORF
Cabelo trançado 
ou touca.
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Por que cobrimos nossos corpos com roupas?
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PROTEÇÃO
“(...) nas últimas culturas paleolíticas vivia-se junto às grandes geleiras que cobriam a maior parte do continente. Em tais circunstâncias, apesar dos detalhes das roupas poderem ter sido determinados por implicações sociais e psicológicas, o motivo principal para se cobrir o corpo era afastar o frio, uma vez que a natureza fora avara com a proteção natural do homo sapiens.” (LAVER, 1996, p.08)
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A COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL DOS TRAJES
“O homem primitivo começa a fundar uma sociedade quando aprende a exprimir-se através de sons e gestos, mas por outro lado funda uma sociedade e uma cultura também no momento em que inventa um instrumento, descobre a gruta, vibra a primeira amigdala. E a amigdala não comunica, ‘mas serve para’. Ora a pele de urso ou de um lobo com que nosso homem se cobre pela primeira vez, não pode pertencer à categoria das coisas que ‘servem para’, mas antes à das coisas que ‘dizem que’?” (ECO, 1989, p.13)
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PODER
“Tinha frio e cobria-se, não há dúvida. Mas também não há dúvida que no espaço de poucos dias depois da invenção do primeiro trajo de peles, se terá criado a distinção entre os bons caçadores, munidos das suas peles, conquistadas pelo preço de uma dura luta, e os outros, os inaptos, os sem-peles. E não é preciso muita imaginação para imaginar a circunstância social em que os caçadores terão envergado as peles, já não para proteger-se do frio, mas para afirmar que pertenciam à classe dominante.” (ECO, 1989, p.15)
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PUDOR
“Abriram-se os olhos de ambos; e percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira, e fizeram cintas para si.” (Bíblia, Livro Gênesis, 3:07)
¨(...) E ele disse: Ouvi a Tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me. (...) E fez o Senhor Deus a Adão e a sua mulher túnicas de peles, e os vestiu.” (Bíblia, Livro Gênesis, 3:10 e 21)
Dürer, Adão e Eva, 
água-forte, 1504.
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MAGIA
Em sua adoração aos ancestrais, o homem primitivo “precisava representar suas relações com o mundo dos espíritos através de danças e cerimônias dramáticas semelhantes, nas quais ele próprio poderia assumir temporariamente o papel de armadilha do espírito, disfarçando-se com máscaras e vestes de confecção elaborada (...) As máscaras com certeza constituem o capítulo mais fértil da arte primitiva, e também um dos mais enigmáticos”. (JANSON, 1996, p. 18-21)
Máscaras da península de Gazelle, Nova Bretanha, Pacífico Sul. 
Espíritos dos animais: estranhamento.
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ADORNO/SEDUÇÃO
Vênus de Kostenki, marfim de mamute, Rússia, c. 30000 a15000 a.C. 
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Em abril de 2004 uma descoberta intrigante: encontraram na caverna sul-africana de Blombos, perto da Cidade do Cabo, um colar de 75.000 anos. 
Formado por 41 conchas, todas elas com furos no mesmo lugar, sinaliza um momento cultural importantíssimo na Pré-história.
A descoberta reforça a ideia que os seres humanos na África desenvolveram há muito tempo comportamentos considerados modernos, não só biológico, como também cultural e cognitivo. Desmistificando alguns argumentos que a capacidade de usar símbolos só se desenvolveu na Europa cerca de 40.000 anos.
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A pintura corporal indígena é um dos mais antigos adornos humanos. Estes ornamentos exprimem a concepção tribal, a categorização social e a cosmogonia dos agrupamentos.
Ao observarmos seus grafismos, detalhamentos, simbolismos e habilidade técnica, percebemos que são manifestações estéticas sofisticadas. 
À esquerda, india Kadiwéu, rio Nabileque, Mato Grosso do Sul
À direita, grafismos das aldeias Karajá. localizadas nos estados de Tocantins e Mato Grosso, no Brasil Central.
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Alexander McQueen
Primavera/Verão 2003
Primavera/Verão 2006, masculino.
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AS TRIBOS DO OMO / ÁFRICA
O vale baixo do Omo, situada na parte baixa do lago Turkana, foi declarado Patrimônio da Humanidade em 1980. Existe neste lugar um jazigo paleontológico entre os mais importantes da África. Contém restos de hominídeos de entre 1,7 e 4 milhões de anos, entre eles os fósseis mais antigos conhecidos do Homo Sapiens, de uns 195.000 anos. 
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O rio Omo, sobre um triângulo Etiópia-Sudão-Quênia, na África, é uma região vulcânica que fornece uma imensa paleta de pigmentos: ocre vermelho, caulim branca, verde cobre, amarelo luminoso ou cinzento das cinzas. 
 
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Nos confins da Etiópia, o alemão Hans Sylvester fotografou durante seis anos tribos onde homens, mulheres, crianças, velhos, são gênios de uma arte ancestral. 
 
Livros:
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Eles tem o dom da pintura, e o seu corpo é uma imensa tela. A força da sua arte é definida em três palavras: os dedos, a velocidade e a liberdade. 
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Desenham com as mãos abertas, da extremidade das unhas, às vezes com uma extremidade de madeiras, cobrem-se de colmo, um caule esmagado. 
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Gestos vivos, rápidos, espontâneos, para além da infância, este movimento essencial que procuram os grandes mestres da arte quando aprenderam muito e tentam esquecer tudo. 
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H. STERN
Lançada a coleção Miscigens, inspirada pelo estilo miscigenado do famoso músico brasileiro, Carlinhos Brown. Desta parceria nasceram joias inspiradas em esteiras de palha, turbantes e instrumentos musicais. 
Fonte: http://www.hstern.com.br/institucional/hs_timeline.aspx
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Desenvolvimento dos materiais na Pré-História
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PELES E COURO
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“(...) Grandes quantidades de agulhas, feitas de marfim de mamute, de ossos de rena e de presas de leão-marinho foram encontradas em cavernas paleolíticas, onde foram depositadas há 40.000 anos. Algumas são bem pequenas e primorosamente trabalhadas. Essa invenção tornou possível costurar pedaços de pele para amoldá-los ao corpo. O resultado foi o tipo de vestimenta ainda hoje usado por esquimós”. (LAVER, 1996, p.10-11) 
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Filme “A guerra do fogo”. Dir. Jean-Jaques
Annaud, 1981. 
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Primitivismo: Revista Arena Homme + , capa e editorial criados pelo fotógrafo Nick Knight, inspiração na coleção masculina Outono / Inverno 07-08 de John Galliano.
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FELTRAGEM
“(...) Nesse processo, desenvolvido na Ásia central pelos ancestrais dos mongóis, lã ou pelos são penteados, molhados e colocados em camadas sobre um esteira. Em seguida, enrola-se a esteira com força e bate-se nela com uma vara. Os pelos ou a lã são, dessa forma, compactados, e o feltro produzido é quente, maleável e durável, podendo ser cortado e costurado a fim de se fazerem roupas, tapetes e tendas.” (LAVER, 1996, p.11) 
Método tradicional mongol de feltragem, o feltro é usado em trajes e na cobertura de tendas. 
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Produtos em feltro disponíveis no site http://www.flickr.com/photos/v-art/
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TECIDOS
Vibras animais: lã de ovelhas é o material têxtil mais antigo, c. 7.000 a.C. O animal é tosquiado, as fibras são fiadas, e o fio tecido num tear.
Fibras vegetais linho (c.6.000 a.C.), cânhamo e, posteriormente, o algodão (c.3000 a.C.). Demandam cultivo. 
A tecelagem também requer moradia fixa. Supõe-se que esse processo originou-se da cestaria, o método de sobe-e-desce dos gravetos foi aplicado aos fios.
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A tecelagem, ou tecedura, consistem em entrecruzar dois grupos de fios, o urdume com a trama. A urdidura é um grupo de fios longitudinais e a trama forma um grupo de fios transversais.
O tecido produzido em forma retangular era enrolado na cintura, ou preso nos ombros com um broche.
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Yves Saint Laurent
Em 1967 YSL lança sua coleção África, que foi sua primeira abordagem étnica, referência que torna-se recorrente em inúmeras peças futuras.
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OTZI – O HOMEM DO GELO
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Sapatos
Boné
Capa
Calças
Casaco
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Há evidências do cuidado bastante detalhado para a preparação do vestuário com o qual o Homem do Gelo se vestia contra o frio.
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57 TATUAGENS 
Símbolos decorativos, religiosos, ou, devido à localização no corpo, marcas terapêuticas, semelhantes à acupuntura.
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Referências Bibliográficas
BOUCHER, François. História do Vestuário no Ocidente. São Paulo: Editora Cosac Naify, 2010. 
BRAGA, João. História da Moda: uma narrativa. São Paulo: Editora Anhembi-Morumbi, 2009.
ECO, Umberto. O hábito fala pelo monge, in Psicologia do Vestir. 3. ed. Lisboa: Assírio e Alvim, 1989.
CHATAIGNIER, Gilda. Fio a fio: tecidos, moda e linguagem. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2006.
JASON, Anthony F. Iniciação a História da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 2006
LAVER, James. A roupa e a moda. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 1989.
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Prof. Flávio Bragança
E-mail: braganca.flavio@gmail.com
@FlavioBraganca
flavio.braganca
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