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SRH/DPF/RS Setor de Recursos Humanos Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota. (Madre Teresa de Calcutá). 1 Aposentadoria no Setor Público 2 Aposentadoria no Setor Público 3 Conceitos Aposentadoria: é o desligamento da atividade profissional, com direito a provento integral ou proporcional. Proventos integrais: quando as parcelas dos proventos correspondem às parcelas que compõem a remuneração do cargo efetivo. No caso de cálculo pelo média será observada a remuneração contributiva. 4 4 Conceitos Proventos proporcionais: o cálculo dos proventos será proporcional ao tempo de serviço/contribuição ou percentual de 70% a 95%, correspondente à remuneração do cargo efetivo. No caso de cálculo pelo média será observada a remuneração contributiva. 5 5 Conceitos Proventos calculados com base na média aritmética: no cálculo é considerada a média aritmética simples das maiores remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência a que esteve vinculado. Corresponde a 80% de todo o período contributivo desde a julho/1994. 6 6 Conceitos Paridade: é uma garantia constitucional que assegura ao aposentado a correção dos seus proventos na mesma data e nos mesmos índices do reajuste concedidos aos servidores em atividade. 7 7 Aposentadoria – Art. 40 CF/1988 Redação Original 8 Aposentadoria – Art. 40 CF/1988 Redação Original O servidor será aposentado: I - por invalidez permanente (proventos integrais ou proporcionais) II - compulsoriamente, aos 70 anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço; 9 9 Aposentadoria – Art. 40 CF/1988 Redação Original O servidor será aposentado: III - voluntariamente: a) aos trinta e cinco anos de serviço, se homem, e aos trinta, se mulher, com proventos integrais; b) aos trinta anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor, e vinte e cinco, se professora, com proventos integrais; 10 10 Aposentadoria – Art. 40 CF/1988 Redação Original O servidor será aposentado: III - voluntariamente: c) aos trinta anos de serviço, se homem, e aos vinte e cinco, se mulher, com proventos proporcionais a esse tempo; d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos sessenta, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de serviço. 11 11 EC nº 20/1998 Estabeleceu limites de idade para aposentadoria integral: 60 anos para homem e 55 para mulher; Exigência de 10 anos de serviço público e 5 anos no cargo para aposentadoria por idade e tempo de contribuição; 12 12 EC nº 20/1998 Acabou com a aposentadoria proporcional (ingressos após 16/12/1998); Criou a regra de transição, art. 8º para os servidores que ingressaram até 16/12/1998, estabelecendo um pedágio de 20% para as aposentadorias integrais e 40 % para as proporcionais. 13 13 EC nº 20/1998 Transformou tempo de serviço em tempo de contribuição. Proibiu a acumulação de proventos com remuneração de cargo efetivo (exceto os acumuláveis) e o recebimento de mais de uma aposentadoria. 14 14 Acumulação de Cargos É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI (teto) do art. 37, CF/88. 15 Acumulação de Cargos 16 EC nº 41/2003 Extinguiu a paridade entre ativos e aposentados para aqueles que se aposentarem na regra geral do art. 40 da CF/1988 e na regra de transição dos art. 2º e 6º da EC 41/2003. Cálculo das aposentadorias com base nas remunerações utilizadas para as contribuições ao regime de previdência. 17 17 EC nº 41/2003 Extinguiu a aposentadoria proporcional da regra de transição da EC nº 20/1998. Nova regra de transição (art. 2º) para aposentadoria integral para os servidores que ingressaram antes da publicação da EC nº 20/1998. 18 18 EC nº 41/2003 Instituiu regra de transição (Art. 6º) para os que ingressaram antes de sua publicação. Criou o abono de permanência. Alterou a forma de cálculo das pensões: 100% até o teto do RGPS acrescido de 70% da parcela excedente. 19 19 EC nº 41/2003 Instituiu a incidência da contribuição previdenciária sobre a parcela de aposentadorias e pensões que excede o teto do RGPS. Obrigatoriedade da contribuição previdenciária dos servidores públicos estaduais e municipais (a alíquota não pode ser inferior a dos servidores da União). 20 20 EC nº 47/2005 Regra de transição (art. 3º) para aposentadoria integral para os servidores que ingressaram antes da publicação da EC 20/1998, resguardando a paridade. Dobrou o limite de isenção da contribuição previdenciária para aposentados e pensionistas portadores de doença incapacitante. 21 21 EC nº 47/2005 Permitiu a aposentadoria especial para os portadores de deficiência e os que exerçam atividades de risco ou sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. Restabeleceu a paridade entre servidores ativos e inativos, exceto para aqueles que se aposentarem na regra geral do art. 40 da CF, e na regra de transição do art. 2º do EC nº 41/2003. 22 22 EC nº 70/2012 Alterou a forma de cálculo e de correção dos proventos da aposentadoria por invalidez dos servidores públicos que ingressaram no serviço público até 31/12/2003. Os proventos serão calculados com base na remuneração do cargo efetivo em que se der a aposentadoria. 23 23 EC nº 70/2012 Recálculo das pensões derivadas das aposentadorias desses servidores. Os proventos de aposentadoria desses servidores serão reajustados na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade. 24 24 EC nº 70/2012 As pensões derivadas dessas aposentadorias serão reajustadas na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade. Normatização: ON n º 6, de 25 de julho de 2012. 25 25 Exemplos – Revisão EC 70/2012 Servidor 1 Aposentadoria em 26/03/2007 26 Média ÚltimaRem. Provento 1.781,13 1.594,18 1.594,18 Prov.mar/2012 Revisão Aumento 2.078,98 2.427,10 348,12 Exemplos – Revisão EC 70/2012 Servidor 2 Aposentadoria em 27/05/2005 27 Média ÚltimaRem. Provento 6.158,66 5.527,10 5.527,10 Prov.mar/2012 Revisão Aumento 7.203,90 8.515,88 1.311,98 Exemplos – Revisão EC 70/2012 Pensionista 1 Pensão em março/2012: R$ 4.642,55 Após a revisão: R$ 11.374,64 Aumento de: R$ 6.732,09 28 Dados Cadastrais Data de ingresso no serviço público Data de nascimento Data do primeiro emprego Provimento de cargo (PCA) 29 Dados Cadastrais Tempo anterior de serviço (TAS) Funções exercidas Afastamentos Licença Prêmio por Assiduidade Contribuições de PSS 30 Regras de Aposentadoria 31 31 Regra Geral: Aposentadoria Voluntária 32 Regra Geral: Aposentadoria Voluntária (integral) 33 Art. 40, §1º, inciso III, alínea “a” da CF/1988 33 Regra Geral: Aposentadoria Voluntária (integral – Magistério Inf./Fund./Médio) 34 34 Regra Geral: Aposentadoria Voluntária (proporcional) 35 35 Regra Geral: Aposentadoria por invalidez 36 Regra Geral: Aposentadoria por invalidez 37 Proventos proporcionais ao tempo de contribuição. Quando for decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável (art. 186 da Lei nº 8.112/1990), proventos integrais. Ingresso até: 31/12/2003 Cálculo: ultima remuneração do cargo efetivo (paridade) Ingresso após: 31/12/2003 Cálculo: Média aritmética 37 Regra Geral: Aposentadoria Compulsória 38 Regras de Transição 39 Art. 2º da EC nº 41/2003 40 Art. 6º da EC nº 41/2003 41 Ingresso até 31/12/2003 Proventos Integrais Paridade Remuneração do Cargo Efetivo Art. 3º da EC nº 47/2005 42 Ingresso até 16/12/1998 Proventos Integrais Paridade Remuneração do Cargo Efetivo Pensãocom paridade total O tempo de contribuição excedente reduz a idade mínima na razão de 1 para 1 LC 51/1985 e LC 144/2014 43 Proventos Integrais Paridade Remuneração do Cargo Efetivo APOSENTADORIA ESPECIAL 44 O Policial Federal, em virtude das atividades prejudiciais à saúde e à integridade física que exerce, será aposentado: Voluntariamente, com proveitos integrais, após 30/25 anos de contribuição, desde que conte, pelo menos 20/15 anos de exercício em atividade de natureza estritamente policial; Compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de serviço, aos 65 anos (sessenta e cinco) anos de idade, qualquer que seja a natureza dos serviços prestados. Proporcionalmente, o servidor que tenha implementado os 20 (vinte) anos, se homem, e 15 (quinze) anos, se mulher, de tempo de exercício em atividade estritamente policial, a base de cálculo deverá ser o tempo de serviço exigido para a aposentadoria integral, isto é, 30 (trinta) anos. Exemplo: Um policial rodoviário federal aposentado compulsoriamente, com 28 (vinte e oito) anos de serviço, sendo 20 (vinte) anos em atividade estritamente policial, seus proventos serão calculados na proporção de 28/30 ou 10220/10950. PENSÃO ESTATUTÁRIA As mudanças feitas pela MP 664/14, vigentes a partir de 01/03/2015, na parte referente ao regime próprio de previdência, somente atingem os servidores públicos federais. Para que haja mudança nas outras esferas, deve haver leis nos respectivos entes. 45 PENSÃO ESTATUTÁRIA 1) Carência: o servidor deverá ter feito 24 contribuições mensais para que os beneficiários tenham direito à pensão. Exceto, se ocorrer morte por acidente do trabalho, doença profissional ou do trabalho. Portanto, mesmo que o servidor tenha passado o período de carência, ou seja, já tenha contribuído por 24 meses, se ele se casar e morrer, por exemplo, um ano depois, em regra sua esposa não terá direito à pensão, salvo se a morte decorreu de acidente ocorrido após o casamento (intenção é inibir o casamento com pessoa gravemente doente e que não tem prognóstico médico de muito tempo de vida), ou se sua esposa, exemplificando, sofreu um acidente, após o casamento, e ficou impossibilitada de trabalhar. 46 PENSÃO ESTATUTÁRIA 2) O cônjuge ou companheiro como beneficiário da pensão: 2.1) não haverá direito à pensão se o casamento ou o início da união estável tiver ocorrido há menos de dois anos da data do óbito do instituidor do benefício, salvo nos casos em que: - o óbito do segurado seja decorrente de acidente posterior ao casamento ou início da união estável; ou - o cônjuge, o companheiro ou a companheira for considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade remunerada que lhe garanta subsistência, mediante exame médico-pericial, por doença ou acidente ocorrido após o casamento ou início da união estável e anterior ao óbito. 47 PENSÃO ESTATUTÁRIA Portanto, mesmo que o servidor tenha passado o período de carência, ou seja, já tenha contribuído por 24 meses, se ele se casar e morrer, por exemplo, um ano depois, em regra sua esposa não terá direito à pensão, salvo se a morte decorreu de acidente ocorrido após o casamento (intenção é inibir o casamento com pessoa gravemente doente e que não tem prognóstico médico de muito tempo de vida), ou se sua esposa, exemplificando, sofreu um acidente, após o casamento, e ficou impossibilitada de trabalhar. 2.2) a pensão somente será vitalícia se a expectativa de sobrevida do cônjuge (considerando a expectativa de sobrevida à idade, divulgada pelo IBGE, vigente na data do falecimento) for igual ou menor do que trinta e cinco anos. A tabela introduzida pela MP: 48 PENSÃO ESTATUTÁRIA Expectativa de sobrevida à idade x do cônjuge, companheiro ou companheira, em anos (E(x)) Duração do benefício de pensão por morte (em anos) 55 < E(x) 3 50 < E(x)<55 6 45 < E(x)<50 9 40 < E(x)<45 12 35 < E(x)<40 15 E(x)<35 vitalícia 49 O que essa tabela significa? De acordo com a nova regra para a pensão por morte do servidor federal, o cônjuge somente terá direito à pensão vitalícia se a expectativa de sobrevida à idade for menor ou igual a 35 anos. Se for maior do que 35 anos e menor ou igual a 40 anos, a duração da pensão será de 15 anos. Se for maior do que 40 anos e menor ou igual a 45 anos, a pensão durará 12 anos. E assim o tempo de duração da pensão vai diminuindo, conforme a ocorre o aumento da expectativa de vida, até chegar ao menor prazo que a pensão poderá ter, que é de 3 anos, para quem tem expectativa de vida maior do que 55 anos. 50 O que quer dizer isso na prática? O IBGE, anualmente, divulga a chamada "Tábua Completa de Mortalidade - ambos os sexos", onde é apontada qual a expectativa de vida que uma pessoa em uma determinada idade tem. Assim, na Tábua vigente, constante da Resolução nº 3 do IBGE, de 27/11/2014. Por exemplo, uma pessoa com 21 anos de idade tem expectativa de vida de 55,8 anos e, por outro lado, para quem tem 50 anos, a expectativa de vida é de 29,8 anos. Considerando a tábua vigente, somente o cônjuge que tiver 44 anos de idade terá direito à pensão vitalícia (expectativa de vida de 35 anos). Agora, se tiver de 43 a 39 anos, a pensão durará 15 anos. E assim segue até a idade de 21 anos, quando a pensão do cônjuge terá duração de, apenas, 3 anos. 51 Esses são os pontos que considero de maior repercussão, dentre os que sofreram alteração na Lei nº 8.112/90. Para anotar: a) as mudanças no Estatuto dos servidores federais ocorreram nos artigos 215, 217, 218, 222, 223 e 225, tendo havido a revogação do art. 216 e dos §§ 1º a 3º do art. 218 (o caput continua, mas com nova redação); b) a parte que interessa ao Direito Administrativo da MP 664/14 são o art. 3º, o art. 5º, III, e o art. 6º, I. Segue o link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Mpv/mpv664.htm 52 Regime de previdência complementar 53 Regime de Previdência Complementar 54 Regime de Previdência Complementar 55 Regime de Previdência Complementar Contribuição (Adesão): 56 Regime de Previdência Complementar Contribuição (sem adesão): 57 Regime de Previdência Complementar 58 Consultas – Matéria RH CONLEGIS: https://conlegis.planejamento.gov.br Resenha de Recursos Humanos Lei nº 8.112/1990 - Comentada Legislação Para receber a resenha de Recursos Humanos: canal.segep@planejamento.gov.br 59 OBRIGADO 60 60 OBRIGADO 61 61 OBRIGADO 62 62 Cleuza Menezes Setor de Cadastro – Aposentadorias e Pensões Departamento de Polícia Federal SRH/DPF/RS E-mail: cleuza.cmsm@dpf.gov.br 63