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Cecília Desafio Profissional 2017.1 PDF (1)

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP 
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
CURSO DE LETRAS 
LÍNGUA INGLESA V, MÉTODOS E ABORDAGENS NO ENSINO DE 
LÍNGUA INGLESA, LINGUÍSTICA TEXTUAL, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, 
PROJETO DE EXTENSÃO À COMUNIDADE. 
 
Francisca Cecília Vasconcelos Carneiro Costa - RA: 9676469515 
 
 
 
 
 
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA DA LÍNGUA PORTUGUESA E 
INGLESA: CONHECER PARA APRENDER. 
 
 
ELIZÂNGELA JARA 
 
 
 
 
 
 
 
 
SOBRAL - CEARÁ 
 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP 
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
CURSO DE LETRAS 
LÍNGUA INGLESA V, MÉTODOS E ABORDAGENS NO ENSINO DE 
LÍNGUA INGLESA, LINGUÍSTICA TEXTUAL, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, 
PROJETO DE EXTENSÃO À COMUNIDADE. 
 
Francisca Cecília Vasconcelos Carneiro Costa - RA: 9676469515 
 
 
 
 
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA DA LÍNGUA PORTUGUESA E 
INGLESA: CONHECER PARA APRENDER. 
 
Desafio Profissional apresentado como requisito parcial para 
obtenção de notas das disciplinas Língua Inglesa v, Métodos 
e Abordagens no Ensino de Língua Inglesa, Linguística 
Textual, Variação Linguística e Projeto de Extensão à 
Comunidade, curso de Letras, modalidade online da 
Universidade Anhanguera-Uniderp. 
ELIZÂNGELA JARA 
 
 
 
 
SOBRAL - CEARÁ 
 
 
2 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1- INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 03 
 
2- REFLEXÃO SOBRE A POSTURA DO PROFESSOR FRENTE À DIVERSIDADE 
LINGUÍSTICA ......................................................................................................................... 05 
 
3- CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 08 
 
4- REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 09 
 
ANEXO I .................................................................................................................................. 11 
 
ANEXO II ................................................................................................................................ 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
As variações linguísticas podem ser entendidas por meio de sua história no tempo 
(variação histórica) e no espaço (variação regional). Assim, além do português padrão, há outras 
variedades de usos da língua cujos traços mais comuns podem ser evidenciados no linguajar dos 
alunos nas salas de aulas, ficando deste modo claro o fenômeno de mescla linguística, qual o 
Brasil é objeto. Portanto este projeto de variação linguística visa levar os alunos a conhecerem o 
uso da língua materna e as modalidades na sua forma oral e escrita. Apresentando um ensino 
dinâmico da variação diatópicas, onde o foco seja a compreensão da interferência da fala na 
escrita. 
Diante das concepções vigentes sobre as concepções de língua, linguagem e discurso, 
pontuadas pela linguística textual e pela pragmática, faz-se repensar o ensino de língua materna 
mediante contextos situacionais de uso concreto da linguagem, abrangendo muito mais que 
leituras teóricas no livro didático, tendo em vista que "a língua não é uma abstração: muito pelo 
contrário, ela é tão concreta quanto os mesmos seres humanos de carne e osso que se servem dela 
e dos quais ela é parte integrante" (BAGNO, 2002). 
Sabe-se que o preconceito linguístico ora observado na maioria de nossas escolas e nos 
meios de comunicação tem relação com as variações linguísticas presentes em todo o Brasil, 
influenciadas por fatores regionais ou socioeconômicos nas quais os indivíduos estão inseridos. 
Nesse sentido Bagno (1998) afirma que uma grande parcela dos alunos que utilizam o 
português denominado de “não-padrão” fazem parte de famílias desfavorecidas economicamente 
sem quaisquer acesso a uma educação de qualidade. 
O português não-padrão é a língua da grande maioria pobre e dos analfabetos do nosso 
povo, [...]. É também, consequentemente, a língua das crianças pobres e carentes que 
frequentam as escolas públicas. Por ser utilizado por pessoas de classes sociais 
desprestigiadas, marginalizadas, oprimidas pela terrível injustiça social que impera no 
Brasil- país que tem a pior distribuição da riqueza nacional em todo mundo-, o PNP é 
vítima dos mesmos preconceitos que pesam sobre essas pessoas. Ele é considerado 
“feio”, “deficiente”, “pobre”, “errado”, “rude”, “tosco”, “estropiado”. (BAGNO,1998, 
pag.28) 
De acordo com ideia acima citada Bartoni - Ricardo (2004, p.34) afirma que: 
 
No Brasil de hoje, os falares de maior prestígio são justamente os usados nas regiões 
economicamente mais ricas. (...) são fatores históricos, políticos e econômico que 
conferem o prestígio a certos dialetos ou variedades regionais e, consequentemente, 
alimentam rejeição e preconceito em relação a outros. 
 
4 
 
 
Segundo a autora os fatores econômicos vivenciados pelos alunos têm grande influência 
na formação de sua linguagem e que essas diferenças no modo de falar é o que gera a 
discriminação e preconceito na sociedade provocado por aqueles se denominam falantes do 
português padrão. 
A língua inglesa é tida com uma das mais faladas no mundo. Por possuírem influências 
culturais e, ao longo do tempo, sofrerem mudanças morfológicas, sintáticas e consequentemente 
semânticas, a língua passa também por um processo de variação linguística. Como afirmam 
Harold e Rocha (apud LIMA, 2009): “estudar as variações linguísticas quer dizer estudar as 
raízes, a morfologia, a semântica das palavras, a forma como elas são nomeadas e conduzidas 
socialmente”. Em outras palavras, o estudo das variações linguísticas está relacionado ao 
processo histórico da língua ou a sua amostragem diacrônica. Assim, tendo como base a ideia de 
que uma língua possui modos diferentes de ser ‘falada’, utilizamos as vertentes do inglês, língua 
esta que é requisito do currículo das escolas públicas e privadas do Brasil e do mundo, 
focalizando duas das variações linguísticas que atualmente são as mais utilizada em sala de aula: 
o American English e o British English, bem como a relação entre elas e como se pode apresentar 
uma abordagem usando essas duas variantes, essencialmente fonético-fonológicas. As maiores 
diferenças entre o inglês britânico e americano estão na pronúncia e no vocabulário. Diferenças 
que se configuram como fonético-fonológicas, que vão desde uma enunciação mais aberta da 
vogal ‘a’, até uma mais forte (ou não) do ‘r’, são alguns dos diferenciais entre essas vertentes. 
A escola no seu papel de socializadora tem o dever de procurar formas de amenizar a 
problemática relacionada ao preconceito e dificuldade de aprendizagem dos alunos, elaborando 
ações que visem integrar as diferentes variantes linguísticas dentro e fora do contexto escolar, 
para que assim se amplie a visão dos alunos e até mesmo dos professores com relação aos 
diferentes falares nas distintas situações comunicativas. 
Sendo assim, pretendemos com o referido projeto proporcionar ao aluno, por meio da 
pesquisa, o conhecimento sobre a língua materna e suas variedades linguísticas para que os 
alunos possam aprender e assim não sofrer com preconceitos. 
 
 
 
5 
 
 
2. REFLEXÃO SOBRE A POSTURA DO PROFESSOR FRENTE À DIVERSIDADE 
LINGUÍSTICA 
 
O professor precisa estar ciente de seu papel frente à realidade social, econômica, 
tecnológica que ocorre atualmente. Estamos vivendo no mundo da globalização, o que torna as 
coisasfora da escola muito mais atraentes, pois esta ainda continua ministrando aulas 
desinteressantes e maçantes, que em nada oportunizam ao aluno a reflexão e o desenvolvimento 
do senso crítico. 
Promover aprendizagem não é uma tarefa fácil para a atual função docente, o que 
demanda compromisso e responsabilidade bem como, estar disposto a buscar novas 
metodologias, através da formação continuada, cabendo, portanto à escola oferecer aos seus 
professores momentos de atualização profissional. Por outro lado, vale lembrar que a escola não é 
a única responsável pela formação continuada de seus professores, mas sim uma parceira, quando 
também cabe ao professor, buscar autonomamente a sua formação continuada. Esta parceria, com 
certeza, tende a proporcionar a melhoria na qualidade do ensino. 
Segundo Heerdt (2003, p. 70), “Evidenciam-se, uma série de desafios, alguns inéditos, 
que precisam ser assumidos e incorporados na prática docente. A mudança, o novo, o 
questionamento, o diferente, quase sempre são causa de insegurança e medo. Mas é necessário 
ousar e enfrentar”. 
Partindo das ideias de Bagno (2001), para se trabalhar a gramática tradicional dentro de 
sala de aula, é necessário partir do princípio que essa gramática não é algo fechado. Assim, é 
comum que as mudanças ocorram, lembrando, claro, que nosso país está repleto de diversidades 
culturais, diversidades essas que fazem com que os nossos falares sejam diversificados. 
Historicamente, há muitos imigrantes que foram transportados para o nosso país no passado, além 
da grande quantidade de indígenas que nele residem. 
No entanto, é importante que se esclareça que embora estejamos nos referindo ao Brasil, 
todas as línguas* variam. Onde existem pessoas, existe variação. Assim, a diversidade linguística 
não é um fenômeno unicamente local, daí a heterogeneidade ser inerente a qualquer língua. 
Bagno (2003) ressalta que: 
 
 
6 
 
 
A língua falada é um tesouro onde é possível encontrar coisas muito 
antigas, conservada ao longo dos séculos, e também muitas inovações, 
resultante das transformações inevitáveis por que passa tudo que é humano 
e nada mais humano do que a língua [...] (BAGNO, 2003, p.24). 
 
Isso, consequentemente, fará com que o aluno veja o seu contexto de vida e, assim, 
possa conhecer as mais diversas facetas de sua língua materna. Dessa maneira, o professor 
despertará um maior interesse discente, induzindo-o a procurar fazer paralelos entre o texto 
escrito, de acordo com a gramática tradicional, e o texto não escrito assim, entre o texto de uma e 
de outras regiões, entre os textos do presente e do passado. 
Ou seja, é necessário mostrar que as diferenças culturais geram diferenças na fala de 
cada indivíduo, apontando que não existe o certo e o errado quando se fala do uso de línguas. 
Entretanto, é preciso levar em conta fatores situacionais de uso linguístico, isto é, fatores 
exofóricos que solicitam uma linguagem mais específica. Em outras palavras, no momento do 
uso linguístico, é imprescindível considerarmos o contexto do texto, para nos adequarmos à 
situação comunicativa. 
Outra forma de fazer com que o aluno tenha um maior conhecimento sobre a gramática 
tradicional e sobre a variação da língua é estimular a leitura. Todavia, para incentivar o ato da 
leitura é preciso partir não apenas do professor, mas também dos pais dos alunos. Neste caso, no 
processo de formação de um aluno leitor, escola e família, juntos, desempenham funções 
precípuas. 
É preciso que o professor utilize outras formas para trabalhar o conteúdo, não se 
prendendo assim apenas aos recursos que as escolas disponibilizam, buscando sempre renovações 
que os auxiliem no processo de ação docente. Sabe-se que estudar a língua é um desafio para os 
pesquisadores. No que tange ao ensino de língua materna, esse desafio nos parece ainda maior, 
pois sabemos que dentro da linguística existem noções muito variadas, mas todas de extrema 
importância para o cotidiano de sala de aula. Algumas dessas noções encontram-se no campo de 
estudos da Sociolinguística, por estudar a fala induzindo-nos a articular esta manifestação 
linguística com seu contexto social o que é fascinante, mas ao mesmo tempo difícil. O discente 
deve perceber que cada indivíduo possui a sua própria maneira de falar, que a fala que aprende 
com os seus pais sofre influências extralinguísticas no que se refere às regiões, aspectos culturais 
e ao contexto onde o indivíduo está inserido na sociedade, o que conduz todos a adquirir uma 
maneira singularizada de falar. No entanto, a fala não é criada, e sim desenvolvida pouco a 
 
7 
 
 
pouco. Por tal motivo, quando os alunos chegam à sala de aula e encontram pessoas que falam de 
diversas maneiras é comum que se sintam confusos. 
Dessa forma, o professor deve se utilizar da diversidade na fala dos seus alunos para 
mostrar como a gramática é algo importante, pois se ela fosse descartada de vez das aulas de 
Língua Portuguesa, o professor teria que estudar as estruturas gramaticais na fala de cada aluno, o 
que seria uma tarefa quase impossível. 
O professor deve saber lidar com essas diferenças, optando por um ensino de inclusão, 
onde a prioridade é incentivar o desenvolvimento das práticas de letramento dos discentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
3. CONCLUSÃO 
 
 
Desenvolveu-se nesse projeto uma reflexão em torno das Variantes Linguísticas através 
de diversos gêneros textuais. 
O trabalho da educação linguística consiste em revelar aos alunos, a existência de outros 
modos de falar e escrever, diferentes daqueles que os educandos trazem de sua vivência familiar 
e comunitária. Cabe à escola ampliar esse repertório linguístico através da sua inserção no mundo 
da cultura letrada. Ensinar a ler e a escrever é a tarefa número um da educação linguística. 
Antunes afirma que cabe ao professor de Língua Portuguesa reconhecer e expandir a 
competência linguística e comunicativa dos seus alunos, sem que haja a repreensão aos “erros” 
ou a zombaria dos sotaques “engraçados e nem a imposição de uma norma padrão pautada na 
decoreba maçante da gramática normativa”. Deve-se sim, ensinar gramática, mas partindo 
daquilo que o aluno sabe para chegar ao domínio do que ele precisa saber, privilegiando a 
dimensão integral, social e coletiva do seu desenvolvimento comunicativo alcançado. 
Que a escola saiba trabalhar e acolher as diferenças dos alunos com o maior respeito por 
aqueles que as apresentam, não por estar fazendo concessões ou ser compassiva, mas sim porque 
a diferença é a parte mais significativa daquilo que nos faz iguais. (ANTUNES, 2007, p.109). 
É preciso entender também que o aluno é um ser social, que precisa saber os usos da 
linguagem de acordo com sua aplicabilidade e aceitabilidade no contexto social. O professor, 
então, deve valorizar os conhecimentos linguísticos prévios do aluno, mas não permanecer preso 
a tais conhecimentos. É necessário ampliar o repertório linguístico dos alunos das camadas 
populares, oferecer a eles inclusive o conhecimento e a utilização da linguagem padrão. 
Somente com a valorização da linguagem dos alunos das classes populares poderemos 
contribuir para a melhoria do processo ensino-aprendizagem dos mesmos, num trabalho contínuo 
de ação-reflexão-ação sobre a linguagem. 
 
9 
 
 
4. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFIA 
 
_____. DOLZ, J. Os gêneros escolares – das práticas de linguagem aos objetos de ensino. In: 
SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. e colaboradores. Gêneros orais e escritos na escola. [Tradução e 
organização: Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro]. Campinas-SP: Mercadode Letras, 2004. 
(Conforme possível verificar no anexo 1 deste trabalho pág. 15) 
 
______. Preconceito linguístico: O que é, como se faz. 15.ed. São Paulo: Loyola, 2002. 
 
ANTUNES, I. Língua, texto e ensino: outra escola possível. - São Paulo: Parábola, 2009. 
(Conforme possível verificar no anexo 1 deste trabalho pág. 15) 
 
BAGNO, M. Preconceito Linguístico: O que é, como se faz. São Paulo: Loyola, 1998. 
 
BAGNO, M., GAGNÉ, G., STUBBS, M. Língua materna: letramento, variação e ensino. - 
São Paulo: Parábola, 2002. 
 
BAGNO, Marcos. A norma Culta da Língua & Poder na sociedade brasileira. São Paulo: 
Parábola Editora, 2003. 
 
BAGNO, Marcos. Gramatica histórica: do latim ao português brasileiro. Brasília: Unb, 2007. 
 
BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz? 45.ed.São Paulo: Loyola,2006. 
 
BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: O que é, como se faz? São Paulo: Loyola; 1999. 
 
BORTONI- RICARDO, Stella Maris. Educação em língua materna: a sociolinguística em sala 
de aula. São Paulo: Parábola, 2004. 
 
 
10 
 
 
BORTONI-RICARDO, Stella Maris. Nós Chegemu na escola, e agora? Sociolinguística e 
educação. São Paulo: Parábola Editorial, 2005. 
 
FERNANDES, Carla D. O ensino de língua inglesa e a questão cultural. In: LIMA, Diógenes 
Cândido (Org.). Ensino e aprendizagem de língua inglesa Mercado das Letras: Associação de 
Leitura no Brasil, 2001. 
 
HEERDT, Mauri Luiz, Coppi. Paulo de. Como Educar Hoje? reflexões e propostas para uma 
educação integral. São Paulo : Mundo e Missão,2003. p. 34,69,70, 
 
POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas, SP. (Conforme 
possível verificar no anexo 1 deste trabalho pág. 15) 
 
SHNEUWLY, B. Gêneros e tipos de discurso: considerações psicológicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO 1 
PROJETO DE EXTENSÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP 
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
CURSO DE LETRAS 
LÍNGUA INGLESA V, MÉTODOS E ABORDAGENS NO ENSINO DE 
LÍNGUA INGLESA, LINGUÍSTICA TEXTUAL, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, 
PROJETO DE EXTENSÃO À COMUNIDADE. 
 
Francisca Cecília Vasconcelos Carneiro Costa - RA: 9676469515 
 
 
 
 
 
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA DA LÍNGUA PORTUGUESA E 
INGLESA: CONHECER PARA APRENDER. 
 
 
ELIZÂNGELA JARA 
 
 
 
 
 
 
 
 
SOBRAL - CEARÁ 
 
 
13 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP 
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
CURSO DE LETRAS 
LÍNGUA INGLESA V, MÉTODOS E ABORDAGENS NO ENSINO DE 
LÍNGUA INGLESA, LINGUÍSTICA TEXTUAL, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, 
PROJETO DE EXTENSÃO À COMUNIDADE. 
 
Francisca Cecília Vasconcelos Carneiro Costa - RA: 9676469515 
 
 
 
 
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA DA LÍNGUA PORTUGUESA E 
INGLESA: CONHECER PARA APRENDER. 
 
Desafio Profissional apresentado como requisito parcial para 
obtenção de notas das disciplinas Língua Inglesa v, Métodos 
e Abordagens no Ensino de Língua Inglesa, Linguística 
Textual, Variação Linguística e Projeto de Extensão à 
Comunidade, curso de Letras, modalidade online da 
Universidade Anhanguera-Uniderp. 
 
ELIZÂNGELA JARA 
 
 
 
 
SOBRAL – CEARÁ 
2017 
 
14 
 
 
1. TÍTULO 
Variação Linguística da Língua Portuguesa e Inglesa: Conhecer para Aprender. 
 
2. LOCAL 
 
Escola Jarbas Passarinho 
 
3. PÚBLICO-ALVO 
Turma: 9º Ano do Ensino Fundamental II 
Turnos: Matutino 
Disciplinas: Língua Portuguesa e Língua Inglesa 
 
4. JUSTIFICATIVA 
 
Este projeto se torna importante por sentirmos a necessidade de proporcionar aos nossos 
alunos um momento de pesquisa e conhecimento das inúmeras e ricas variedades linguísticas 
existentes em nosso imenso Brasil tanto na língua portuguesa como na língua inglesa. 
Desta maneira, pensamos enquanto docentes em mediar este conteúdo através de aulas 
lúdicas, pesquisa e trabalho audiovisual e músicas. Justificamos também a realização deste 
trabalho por entendermos e defendermos que a diversidade linguística cultural precisa ser 
respeitada e apreciada pelo brasileiro. Todavia, ainda há grande preconceito linguístico, cultural e 
social em nosso país. 
 É preciso, no entanto, orientar os alunos para perceber essas diferenças e saber as 
situações em que se pode usar cada tipo de linguagem; tudo isso sem supervalorizar uma nem 
outra. Principalmente no mundo em que vivemos em que a linguagem da internet vem 
conquistando mais espaço e é preciso esclarecer aos alunos que, de certa forma, tudo pode ser 
falado ou escrito, dependo dos interlocutores, da situação de comunicação e do objetivo 
almejado. E só se chega a essa conclusão de que toda variação tem sua importância quando se 
estuda melhor sobre essa questão. 
 
01 
 
15 
 
 
5. OBJETIVOS 
 
5.1 - Objetivos Gerais: 
 
Através da realização das atividades aqui descritas, os alunos deverão adquirir e ampliar 
conhecimentos sobre a Variação Linguística, em especial a Variação Diatópica, percebendo que 
uma língua pode apresentar diferenças internas e, ao mesmo tempo, ser uma só. 
Identificar a diversidade linguístico-cultural presente na língua inglesa, utilizando 
música e jogos educativos. 
 
5.2 - Objetivos Específicos: 

 Estudar a Variação Diatópica existente entre alguns estados brasileiros; 
 Realizar uma atividade diferente, que estimule uma participação mais ativa dos alunos; 
 Favorecer a compreensão dos alunos de que, apesar das diferenças de nossa língua, 
nenhuma forma de variação deve ser inferiorizada, nem subjulgada; 
 Aguçar as habilidades oral e escrita dos alunos através de apresentações; 
Mostrar algumas diferenças nos vocabulários e ortografia do inglês britânico e o 
americano com aula ilustrativa; 
 Deixar clara a ideia de que, mesmo com todas as variações, a Norma Padrão é 
necessária em algumas situações. 
 
 
 
 
 
 
02 
 
16 
 
 
6. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
Esse projeto foi idealizado para aplicação na Escola Jarbas Passarinho com os alunos do 
9º Ano, no primeiro semestre de 2017. 
O tema variação linguística está presente em todas as aulas, de qualquer que seja a 
disciplina e todos os professores, como afirma Antunes, (2007, p.123), devem ter uma ampla 
competência linguística, porque não apenas na aula de português, mas as de inglês precisam ser 
entendidos, sintetizados e incorporados a nosso repertório de informação. O ponto de partida foi a 
sua apresentação do projeto no dia do planejamento dos professores da área de Linguagens e 
Códigos, no qual colegas professores, equipe pedagógica da escola se inteiraram sobre o assunto 
e como seria o trabalho com as variedades linguísticas na sala de aula escolhida. 
Partiu-se do pressuposto de que a atividade escrita é essencialmente uma prática social. 
De acordo com Schneuwly e Dolz (2004), as práticas de linguagem caracterizam, ao mesmo 
tempo, o reflexo e o principal instrumento de interação social. É a realidade social, portanto, que 
determina o uso da linguagem e lhe confere, de fato, relevância. 
A produção desse projeto teve como objetivo propor ao professor atividades que 
abordassem o tema Variações Linguísticas em diferentes gêneros textuais. Sabe-se que os 
professores de Língua Portuguesa e Língua Inglesa precisam sempre encontrar métodos 
interessantes e envolventes para queseus alunos entendam as regras gramaticais em textos vivos, 
coerentes, interessantes e bem produzidos, textos esses, tanto na linguagem oral, quanto na 
escrita, dos mais variados gêneros. 
Para Possenti (2001, p.84), boa estratégia para ensinar língua e gramática é a prioridade 
absoluta para a leitura, para a escrita, a narrativa oral, o debate e todas as formas de interpretação 
(resumo, paráfrase, etc). Parece paradoxal, mas não se incluem entre as atividades as lições de 
nomenclatura e de análise sintática e morfológica, tão estranhamente praticadas. 
O primeiro momento foi realizado com os alunos, aulas expositivas para poder situá-los 
e dizer sobre importância do estudo do conteúdo. Foi mostrado ao educando, por meio de vídeo, 
as cinco regiões do país, enfocando os estados que compõem cada região, como também 
entrevistas às pessoas desses estados enfatizando o falar de cada um, no caso, dialetos e sotaques. 
03 
 
17 
 
 
Foram abordados também os diversos fatores causadores da variação da língua como: 
históricos, regionais, classe social etc. 
Atividade 01: Foi feito uma atividade com a leitura de uma história em quadrinho do 
personagem Chico Bento na qual a professora teve uma reação típica dos “professores 
tradicionais” que acreditavam que deveriam corrigir severamente os usos da língua que diferem 
da norma considerada “culta”. A atividade ocorreu de maneira tranquila. 
Atividade 02: A atividade começou com uma canção popular muito envolvente que aos 
poucos encantou a todos. A música era o “Cuitelinho”, que ao ser passada e tocada no data show 
fez com que todos “entrassem” no cenário e vivenciassem a beleza e o encantamento da bela 
paisagem que ali era exibida. Com isso, puderam perceber uma das classificações, classificada 
pela Sociolinguística, como diatópica, ou seja, modo de falar de lugares diferentes (zona urbana 
e zona rural). 
Atividade 03: A variação diamésica, comparação entre a língua falada e a língua escrita, 
foi o foco central dessa atividade. Ao lerem o texto de Jô Soares: “Português é fácil de aprender 
porque é uma língua que se escreve exatamente como se fala” perceberam que, em nosso dia a 
dia, muitas das palavras ali escritas são exatamente transcrição da fala e que há diferenças entre 
fala e escrita. O texto de Carlos Drummond de Andrade “Aula de Português” confirmou o que foi 
estudado de uma maneira poética e envolvente. 
Atividade 04: Através do uso do Datashow foi feito uma demonstração das diferenças de 
vocabulário e ortografia do inglês Americano e Britânico. Os alunos copiaram no caderno e 
depois foi pedido como tarefa de casa que fizessem uma pesquisa com mais palavras. Foi feito 
um jogo (quiz) com as palavras, onde os alunos identificaram quais eram americanas e britânicas. 
Diferenças de vocabulário 
Português Inglês Americano Inglês Britânico 
advogado lawyer solicitor, barrister 
agenda appointment book diary 
aluga-se for rent to let 
alumínio aluminum aluminium 
04 
 
18 
 
 
Português Inglês Americano Inglês Britânico 
apartamento apartment flat 
armário closet wardrobe 
avião airplane aeroplane 
balas candy sweets 
banheiro lavatory/bathroom toilet 
batas fritas (formato longo) french fries chips 
beringela eggplant aubergine 
biscoito, doce cookie biscuit 
calçada sidewalk pavement, footpath 
calças pants trousers 
caminhão truck lorry 
cara (pessoa, rapaz) guy bloke, guy 
carona ride lift 
carteiro mailman postman 
centro (de uma cidade) downtown city centre, town centre 
CEP zipcode postcode 
chupeta pacifier dummy 
cinema movie theater cinema 
consultório doctor's office surgery 
conta corrente checking account current account 
currículo resume curriculum vitae 
elevador elevator lift 
estacionamento parking lot car park 
05 
 
19 
 
 
Português Inglês Americano Inglês Britânico 
estrada de chão dirt road unpaved road 
farmácia drugstore chemist's 
fila line queue 
fita adesiva scotch tape sellotape 
fogão stove cooker 
forno oven cooker 
fralda diaper nappy 
futebol soccer football 
gasolina gas (gasoline) petrol 
lanterna flashlight torch 
lapiseira mechanical pencil propelling pencil 
lata de lixo garbage can bin 
lixeiro garbage collector dustbin man 
lixo garbage litter, rubbish 
mamãe mom, mommy mum, mummy 
matemática math maths 
metrô subway underground, tube 
outono fall autumn 
pneu tire tyre 
ponto (final de frase) period full stop 
porta-malas trunk boot 
recepção front desk reception 
refrigerante pop, soda soft drink, pop, fizzy drink 
06 
 
20 
 
 
Português Inglês Americano Inglês Britânico 
restaurante industrial cafeteria canteen, staff restaurant 
silenciador, surdina muffler silencer 
sindicato labor union trade union 
sobremesa dessert pudding, dessert 
telefone celular cell phone mobile phone 
Diferenças na ortografia 
Inglês Americano Inglês Britânico 
center centre 
theater theatre 
liter litre 
fiber fibre 
realize realise 
analyze analyse 
apologize apologise 
color colour 
honor honour 
labor labour 
odor odour 
catalog catalogue 
dialog dialogue 
jewelry jewellry 
traveler traveller 
07 
 
21 
 
 
Inglês Americano Inglês Britânico 
woolen woollen 
skillful skilful 
fulfill fulfil 
check cheque (bank note) 
curb kerb 
program programme 
specialty speciality 
story storey (of a building) 
tire tyre (of a car) 
pajamas pyjamas 
defense defence 
offense offence 
license licence 
burned burnt (or burned) 
dreamed dreamt (or dreamed) 
smelled smelt (or smelled) 
spelled spelt (or spelled) 
spoiled spoilt (or spoiled) 
inquiry enquiry (or inquiry) 
skeptical Sceptical 
inflection Inflexion 
 
08 
 
22 
 
 
Atividade 05: A música ”Asa Branca” cativou os alunos. É conhecida e por todos foi 
cantada. Perceberam a riqueza do vocabulário cultural mesmo sendo escrito em linguagem 
estigmatizada. Analisaram a história ali contada do retirante; a história de vida dos escritores: 
Luiz Gonzaga e Patativa do Assaré. 
Perceberam, ao trabalharem os textos, tanto o da música quanto o da poesia, que eles 
exemplificavam bem a variação diastrática, ou seja, o modo de falar das diferentes classes 
sociais. 
Nessa atividade também foi salientada a questão o “r” retroflexo que ocorre em 
determinadas regiões do país, o “r” vibrado nas palavras “porta”, “sorvete”, “curva”, etc. 
 Atividade 06: Foi realizado na escola, com a participação da série envolvida no projeto, 
um momento cultural, no qual os alunos apresentaram aos demais um pouco da cultura de cada 
região, através da dança, música, teatro, poemas, e, principalmente, enfatizando os dialetos e 
sotaques dos estados pesquisados pertencentes às cinco regiões do Brasil. 
 Os recursos utilizados durante a execução desse projeto foram: quadro branco, 
piloto, Datashow, computadores (laboratório de informática), cola, tesoura, lápis de cor, tinta, 
revistas, papel metro, cartolina, tesoura, papel ofício, atlas, gramáticas, dicionários, músicas e 
livros de história. 
O presente projeto desenvolveu as seguintes estratégias: 
* Apresentação da proposta de trabalho à coordenação da escola, colegas e alunos; 
* Divisão da turma em cinco grupos, apresentação das palavras a serem pesquisadas e 
sorteio dos estados a serem trabalhados por cada grupo (orientação geral sobre o trabalho); 
* Aula expositiva sobre a origem da língua portuguesa e os principais aspectos 
relacionados à Variação Linguística; 
* Sugestão de que os alunos, além de pesquisarem em sites, entrem em chats e conversem 
(entrevistem)pessoas do estado do qual seu grupo está encarregado, buscando descobrir as 
variações que procuram; 
* Revisão do material encontrado e registrado pelos alunos, com o auxílio do professor de 
cada disciplina envolvida. 
* Apresentação dos grupos em sala, para os professores envolvidos, visando correção de 
eventuais problemas; 
10 
 
23 
 
 
* Apresentações no auditório para toda a escola, seguida da exposição dos cartazes e 
painéis confeccionados; 
* Elaboração de um relatório avaliativo pelos alunos; 
* Leitura dos relatórios e discussão dirigida sobre os processos, a elaboração do trabalho e 
o resultado final. 
Esse projeto foi organizado e desenvolvido para o (9º ano), do Ensino Fundamental II, 
com possibilidade de ser adequado para ser aplicado junto a outras séries. Apesar de estar mais 
voltado para a Língua Portuguesa e Inglesa (pesquisa e construção de textos acerca da questão da 
Variação Linguística), esse projeto abrangerá outras áreas tais como: Geografia (localização, 
clima, relevo, vegetação do estado escolhido), História (fatores e personalidades históricas 
importantes) e Artes (confecção de painéis e cartazes), contribuindo, assim, para uma efetivação 
da intertextualidade. 
Os alunos foram avaliados no decorrer de todo o projeto, tendo em vista a participação, 
pontualidade, criatividade e responsabilidade do trabalho grupal, além do trabalho de pesquisa 
com relação ao tema. 
 
 
7. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MES/ETAPAS Fev Març Abril 
Escolha do tema X 
Levantamento bibliográfico X 
Apresentação do projeto X 
Coleta de dados X 
Análise dos dados X 
Organização do roteiro/partes X 
Redação do trabalho X 
Revisão e redação final X 
Entrega do trabalho X 
11 
 
24 
 
 
8. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFIA 
 
_____. DOLZ, J. Os gêneros escolares – das práticas de linguagem aos objetos de ensino. In: 
SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. e colaboradores. Gêneros orais e escritos na escola. [Tradução e 
organização: Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro]. Campinas-SP: Mercado de Letras, 2004. 
 
ANTUNES, I. Língua, texto e ensino: outra escola possível. - São Paulo: Parábola, 2009. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO 2 
QUESTÕES NORTEADORAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
1. É inegável a existência de diferença de falares, por exemplo, é possível destacar que há 
formas diferentes no Sul do país em comparação ao Nordeste. Além da variação geográfica, 
cite outros três fatores que podem motivar a variação linguística. 
Em relação à variação geográfica, estão relacionadas à espacialidade, as mudanças de 
pronúncia, vocabulário e estrutura sintática que ocorrem em comunidades linguísticas maiores 
que falam o mesmo idioma, como ocorre entre os falantes do sul e do nordeste do Brasil. 
A variação social está ligada à capacidade verbal que membros de mesmo grupo 
sociocultural da comunidade vão assemelhando de acordo com fatores como: o nível 
socioeconômico do indivíduo, o grau de educação, a idade e o sexo, fatores que podem ocorrer 
isolados ou relacionados. Cabe observar que a variação social não prejudica a compreensão entre 
indivíduos, o que pode acontecer na variação regional. Ademais, o uso de certas variantes pode 
indicar o nível socioeconômico e cultural das pessoas, no entanto, nada impede que o indivíduo 
de um grupo menos favorecido atinja o padrão de prestígio de acordo com as relações culturais e 
profissionais, por exemplo, “o intercâmbio cultural e profissional entre indivíduos de meio 
diverso possibilita a adaptação das formas de expressão de um para outro grupo” (CAMACHO, 
1988, p.33). 
Variação estilística está relacionada ao uso individual, ou seja, as variações do estilo 
linguístico que cada indivíduo utiliza dependendo das variações das situações de comunicação, a 
linguagem é adequada de acordo com determinada finalidade, dessa forma tem-se: a relação 
familiar, a profissional, o grau de intimidade, o tipo de assunto tratado, os receptores. “Tal 
adequação decorre de uma seleção dentre o conjunto de forma que constitui o saber linguístico 
individual, de um modo mais ou menos consciente” (CAMACHO, 1988, p.34). 
Variações diacrônicas ocorrem na língua inglesa de diversas formas, algumas palavras 
mudam totalmente o significado e a sua estrutura morfológica permanece inalterável, como por 
exemplo: a palavra "Awful" há mais ou menos 300 anos representava um adjetivo com o 
significado de "Awe plus full", ou seja, qualificava algo ou alguém por ser "temível" "reverente" 
"cheio de temor". Historicamente a palavra "awefull" sofreu um processo de modificação 
morfológica chamada de aglutinação, ou seja, houve perda de fonema na estrutura linguística da 
palavra na forma original. Após um incêndio num prédio em Londres, a palavra "Awful", já 
modificada, recebeu um novo significado, o de "terrível" como hoje a usamos semanticamente. 
(Norman Moss, ONLINE). 
01 
 
27 
 
 
 
2. A variação linguística não se restringe ao cenário nacional, mas é presente em outros 
idiomas, como no inglês. Posto isso, cite dois exemplos de variação linguística observados no 
português e dois exemplos observados no inglês. 
 
Variação Histórica - Aquela que sofre transformações ao longo do tempo. Como por exemplo, a 
palavra “Você”, que antes era vosmecê e que agora, diante da linguagem reduzida no meio 
eletrônico, é apenas VC. O mesmo acontece com as palavras escritas com PH, como era o caso 
de pharmácia, agora, farmácia. 
 
Variação Regional (os chamados dialetos) - São as variações ocorridas de acordo com a cultura 
de uma determinada região, tomamos como exemplo a palavra mandioca, que em certas regiões é 
tratada por macaxeira; e abóbora, que é conhecida como jerimum. 
Destaca-se também o caso do dialeto caipira, o qual pertence àquelas pessoas que não tiveram a 
oportunidade de ter uma educação formal, e em função disso, não conhecem a linguagem “culta”. 
(site: mundo da educação) 
Inglês 
Padrão Variação Tipo de diferença 
I’ve read the book. I’ve the book read. (Irish) Ordem das palavras. 
She likes my brother. She like my brother. (African American) Eliminação de 
redundância. 
Time: /taim/ Time: /taɛm/ ou /ta:m/ (South African) Fonética. 
 
 
 
 
 
 
 
 
02 
 
28 
 
 
3. Frente às diferentes formas de falar, o professor deve interferir em eventuais manifestações 
de julgamentos ou preconceito? 
Sim. O professor deve interferir usando como exemplo, a fala do aluno, para mostrar 
essa diferença e não como erro para se corrigir, esclarecendo que não existe uma única forma de 
se falar português, apresentando ao aluno as diversas variedades do português e as situações que 
devem ser utilizadas, ressaltando a importância de respeitar as diversas variações que o português 
adquiriu em cada região do país e em cada grupo socioeconômico. 
Agindo assim, não somente estamos conscientizando os nossos alunos, enriquecendo os 
seus dialetos, mas também aumentando o leque de suas possibilidades linguísticas, que 
associadas aos seus contextos de uso podem tornar esses alunos usuários muito mais conscientes 
e competentes quanto aos diversos usos da língua. 
 
4. Diante do cenário de diversidade linguística, o professor deve ocupar-se com a norma 
padrão da Língua Portuguesa? 
 
Cabe ao professor mostrar ao aluno as diferenças entre variação padrãoou norma culta e 
a variedade não padrão ou língua não padrão, para que o aluno perceba que não existe uma única 
forma de expressão. 
 
5. Qual deve ser, portanto, a postura do professor frente à diversidade linguística? 
Ao trabalhar a diversidade linguística, o professor precisa ter cautela ao atribuir erro de 
linguagem para não reforçar o preconceito linguístico com atitudes de desvalorização da 
linguagem daqueles alunos que pertencem às camadas populares. Dizer a um aluno que sua fala é 
errada, ou sugerir que sua forma de se expressar verbalmente é inferior, será o mesmo que dizer 
que seus pais, seus irmãos, seus amigos, enfim, que seu grupo social também fala errado e 
também é inferior. É preciso entender que a linguagem é veículo de comunicação, e, mas do que 
isso, é por meio dela que os indivíduos se identificam no seu meio social. Negar sua linguagem é 
distanciá-los das suas origens. 
É preciso entender que o aluno é um ser social, que precisa saber os usos da linguagem 
de acordo com sua aplicabilidade e aceitabilidade no contexto social. O professor, então, deve 
valorizar os conhecimentos linguísticos prévios do aluno, mas não permanecer preso a tais 
03 
 
29 
 
 
conhecimentos. É necessário ampliar o repertório linguístico dos alunos das camadas populares, 
oferecer a eles inclusive o conhecimento e a utilização da linguagem padrão. Somente com a 
valorização da linguagem dos alunos das classes populares poderemos contribuir para a melhoria 
do processo ensino-aprendizagem dos mesmos, num trabalho contínuo de ação-reflexão-ação 
sobre a linguagem. 
04

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