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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA CURSO DE LETRAS LÍNGUA INGLESA V, MÉTODOS E ABORDAGENS NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA, LINGUÍSTICA TEXTUAL, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, PROJETO DE EXTENSÃO À COMUNIDADE. Francisca Cecília Vasconcelos Carneiro Costa - RA: 9676469515 VARIAÇÃO LINGUÍSTICA DA LÍNGUA PORTUGUESA E INGLESA: CONHECER PARA APRENDER. ELIZÂNGELA JARA SOBRAL - CEARÁ 1 UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA CURSO DE LETRAS LÍNGUA INGLESA V, MÉTODOS E ABORDAGENS NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA, LINGUÍSTICA TEXTUAL, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, PROJETO DE EXTENSÃO À COMUNIDADE. Francisca Cecília Vasconcelos Carneiro Costa - RA: 9676469515 VARIAÇÃO LINGUÍSTICA DA LÍNGUA PORTUGUESA E INGLESA: CONHECER PARA APRENDER. Desafio Profissional apresentado como requisito parcial para obtenção de notas das disciplinas Língua Inglesa v, Métodos e Abordagens no Ensino de Língua Inglesa, Linguística Textual, Variação Linguística e Projeto de Extensão à Comunidade, curso de Letras, modalidade online da Universidade Anhanguera-Uniderp. ELIZÂNGELA JARA SOBRAL - CEARÁ 2 SUMÁRIO 1- INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 03 2- REFLEXÃO SOBRE A POSTURA DO PROFESSOR FRENTE À DIVERSIDADE LINGUÍSTICA ......................................................................................................................... 05 3- CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 08 4- REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 09 ANEXO I .................................................................................................................................. 11 ANEXO II ................................................................................................................................ 25 3 1. INTRODUÇÃO As variações linguísticas podem ser entendidas por meio de sua história no tempo (variação histórica) e no espaço (variação regional). Assim, além do português padrão, há outras variedades de usos da língua cujos traços mais comuns podem ser evidenciados no linguajar dos alunos nas salas de aulas, ficando deste modo claro o fenômeno de mescla linguística, qual o Brasil é objeto. Portanto este projeto de variação linguística visa levar os alunos a conhecerem o uso da língua materna e as modalidades na sua forma oral e escrita. Apresentando um ensino dinâmico da variação diatópicas, onde o foco seja a compreensão da interferência da fala na escrita. Diante das concepções vigentes sobre as concepções de língua, linguagem e discurso, pontuadas pela linguística textual e pela pragmática, faz-se repensar o ensino de língua materna mediante contextos situacionais de uso concreto da linguagem, abrangendo muito mais que leituras teóricas no livro didático, tendo em vista que "a língua não é uma abstração: muito pelo contrário, ela é tão concreta quanto os mesmos seres humanos de carne e osso que se servem dela e dos quais ela é parte integrante" (BAGNO, 2002). Sabe-se que o preconceito linguístico ora observado na maioria de nossas escolas e nos meios de comunicação tem relação com as variações linguísticas presentes em todo o Brasil, influenciadas por fatores regionais ou socioeconômicos nas quais os indivíduos estão inseridos. Nesse sentido Bagno (1998) afirma que uma grande parcela dos alunos que utilizam o português denominado de “não-padrão” fazem parte de famílias desfavorecidas economicamente sem quaisquer acesso a uma educação de qualidade. O português não-padrão é a língua da grande maioria pobre e dos analfabetos do nosso povo, [...]. É também, consequentemente, a língua das crianças pobres e carentes que frequentam as escolas públicas. Por ser utilizado por pessoas de classes sociais desprestigiadas, marginalizadas, oprimidas pela terrível injustiça social que impera no Brasil- país que tem a pior distribuição da riqueza nacional em todo mundo-, o PNP é vítima dos mesmos preconceitos que pesam sobre essas pessoas. Ele é considerado “feio”, “deficiente”, “pobre”, “errado”, “rude”, “tosco”, “estropiado”. (BAGNO,1998, pag.28) De acordo com ideia acima citada Bartoni - Ricardo (2004, p.34) afirma que: No Brasil de hoje, os falares de maior prestígio são justamente os usados nas regiões economicamente mais ricas. (...) são fatores históricos, políticos e econômico que conferem o prestígio a certos dialetos ou variedades regionais e, consequentemente, alimentam rejeição e preconceito em relação a outros. 4 Segundo a autora os fatores econômicos vivenciados pelos alunos têm grande influência na formação de sua linguagem e que essas diferenças no modo de falar é o que gera a discriminação e preconceito na sociedade provocado por aqueles se denominam falantes do português padrão. A língua inglesa é tida com uma das mais faladas no mundo. Por possuírem influências culturais e, ao longo do tempo, sofrerem mudanças morfológicas, sintáticas e consequentemente semânticas, a língua passa também por um processo de variação linguística. Como afirmam Harold e Rocha (apud LIMA, 2009): “estudar as variações linguísticas quer dizer estudar as raízes, a morfologia, a semântica das palavras, a forma como elas são nomeadas e conduzidas socialmente”. Em outras palavras, o estudo das variações linguísticas está relacionado ao processo histórico da língua ou a sua amostragem diacrônica. Assim, tendo como base a ideia de que uma língua possui modos diferentes de ser ‘falada’, utilizamos as vertentes do inglês, língua esta que é requisito do currículo das escolas públicas e privadas do Brasil e do mundo, focalizando duas das variações linguísticas que atualmente são as mais utilizada em sala de aula: o American English e o British English, bem como a relação entre elas e como se pode apresentar uma abordagem usando essas duas variantes, essencialmente fonético-fonológicas. As maiores diferenças entre o inglês britânico e americano estão na pronúncia e no vocabulário. Diferenças que se configuram como fonético-fonológicas, que vão desde uma enunciação mais aberta da vogal ‘a’, até uma mais forte (ou não) do ‘r’, são alguns dos diferenciais entre essas vertentes. A escola no seu papel de socializadora tem o dever de procurar formas de amenizar a problemática relacionada ao preconceito e dificuldade de aprendizagem dos alunos, elaborando ações que visem integrar as diferentes variantes linguísticas dentro e fora do contexto escolar, para que assim se amplie a visão dos alunos e até mesmo dos professores com relação aos diferentes falares nas distintas situações comunicativas. Sendo assim, pretendemos com o referido projeto proporcionar ao aluno, por meio da pesquisa, o conhecimento sobre a língua materna e suas variedades linguísticas para que os alunos possam aprender e assim não sofrer com preconceitos. 5 2. REFLEXÃO SOBRE A POSTURA DO PROFESSOR FRENTE À DIVERSIDADE LINGUÍSTICA O professor precisa estar ciente de seu papel frente à realidade social, econômica, tecnológica que ocorre atualmente. Estamos vivendo no mundo da globalização, o que torna as coisasfora da escola muito mais atraentes, pois esta ainda continua ministrando aulas desinteressantes e maçantes, que em nada oportunizam ao aluno a reflexão e o desenvolvimento do senso crítico. Promover aprendizagem não é uma tarefa fácil para a atual função docente, o que demanda compromisso e responsabilidade bem como, estar disposto a buscar novas metodologias, através da formação continuada, cabendo, portanto à escola oferecer aos seus professores momentos de atualização profissional. Por outro lado, vale lembrar que a escola não é a única responsável pela formação continuada de seus professores, mas sim uma parceira, quando também cabe ao professor, buscar autonomamente a sua formação continuada. Esta parceria, com certeza, tende a proporcionar a melhoria na qualidade do ensino. Segundo Heerdt (2003, p. 70), “Evidenciam-se, uma série de desafios, alguns inéditos, que precisam ser assumidos e incorporados na prática docente. A mudança, o novo, o questionamento, o diferente, quase sempre são causa de insegurança e medo. Mas é necessário ousar e enfrentar”. Partindo das ideias de Bagno (2001), para se trabalhar a gramática tradicional dentro de sala de aula, é necessário partir do princípio que essa gramática não é algo fechado. Assim, é comum que as mudanças ocorram, lembrando, claro, que nosso país está repleto de diversidades culturais, diversidades essas que fazem com que os nossos falares sejam diversificados. Historicamente, há muitos imigrantes que foram transportados para o nosso país no passado, além da grande quantidade de indígenas que nele residem. No entanto, é importante que se esclareça que embora estejamos nos referindo ao Brasil, todas as línguas* variam. Onde existem pessoas, existe variação. Assim, a diversidade linguística não é um fenômeno unicamente local, daí a heterogeneidade ser inerente a qualquer língua. Bagno (2003) ressalta que: 6 A língua falada é um tesouro onde é possível encontrar coisas muito antigas, conservada ao longo dos séculos, e também muitas inovações, resultante das transformações inevitáveis por que passa tudo que é humano e nada mais humano do que a língua [...] (BAGNO, 2003, p.24). Isso, consequentemente, fará com que o aluno veja o seu contexto de vida e, assim, possa conhecer as mais diversas facetas de sua língua materna. Dessa maneira, o professor despertará um maior interesse discente, induzindo-o a procurar fazer paralelos entre o texto escrito, de acordo com a gramática tradicional, e o texto não escrito assim, entre o texto de uma e de outras regiões, entre os textos do presente e do passado. Ou seja, é necessário mostrar que as diferenças culturais geram diferenças na fala de cada indivíduo, apontando que não existe o certo e o errado quando se fala do uso de línguas. Entretanto, é preciso levar em conta fatores situacionais de uso linguístico, isto é, fatores exofóricos que solicitam uma linguagem mais específica. Em outras palavras, no momento do uso linguístico, é imprescindível considerarmos o contexto do texto, para nos adequarmos à situação comunicativa. Outra forma de fazer com que o aluno tenha um maior conhecimento sobre a gramática tradicional e sobre a variação da língua é estimular a leitura. Todavia, para incentivar o ato da leitura é preciso partir não apenas do professor, mas também dos pais dos alunos. Neste caso, no processo de formação de um aluno leitor, escola e família, juntos, desempenham funções precípuas. É preciso que o professor utilize outras formas para trabalhar o conteúdo, não se prendendo assim apenas aos recursos que as escolas disponibilizam, buscando sempre renovações que os auxiliem no processo de ação docente. Sabe-se que estudar a língua é um desafio para os pesquisadores. No que tange ao ensino de língua materna, esse desafio nos parece ainda maior, pois sabemos que dentro da linguística existem noções muito variadas, mas todas de extrema importância para o cotidiano de sala de aula. Algumas dessas noções encontram-se no campo de estudos da Sociolinguística, por estudar a fala induzindo-nos a articular esta manifestação linguística com seu contexto social o que é fascinante, mas ao mesmo tempo difícil. O discente deve perceber que cada indivíduo possui a sua própria maneira de falar, que a fala que aprende com os seus pais sofre influências extralinguísticas no que se refere às regiões, aspectos culturais e ao contexto onde o indivíduo está inserido na sociedade, o que conduz todos a adquirir uma maneira singularizada de falar. No entanto, a fala não é criada, e sim desenvolvida pouco a 7 pouco. Por tal motivo, quando os alunos chegam à sala de aula e encontram pessoas que falam de diversas maneiras é comum que se sintam confusos. Dessa forma, o professor deve se utilizar da diversidade na fala dos seus alunos para mostrar como a gramática é algo importante, pois se ela fosse descartada de vez das aulas de Língua Portuguesa, o professor teria que estudar as estruturas gramaticais na fala de cada aluno, o que seria uma tarefa quase impossível. O professor deve saber lidar com essas diferenças, optando por um ensino de inclusão, onde a prioridade é incentivar o desenvolvimento das práticas de letramento dos discentes. 8 3. CONCLUSÃO Desenvolveu-se nesse projeto uma reflexão em torno das Variantes Linguísticas através de diversos gêneros textuais. O trabalho da educação linguística consiste em revelar aos alunos, a existência de outros modos de falar e escrever, diferentes daqueles que os educandos trazem de sua vivência familiar e comunitária. Cabe à escola ampliar esse repertório linguístico através da sua inserção no mundo da cultura letrada. Ensinar a ler e a escrever é a tarefa número um da educação linguística. Antunes afirma que cabe ao professor de Língua Portuguesa reconhecer e expandir a competência linguística e comunicativa dos seus alunos, sem que haja a repreensão aos “erros” ou a zombaria dos sotaques “engraçados e nem a imposição de uma norma padrão pautada na decoreba maçante da gramática normativa”. Deve-se sim, ensinar gramática, mas partindo daquilo que o aluno sabe para chegar ao domínio do que ele precisa saber, privilegiando a dimensão integral, social e coletiva do seu desenvolvimento comunicativo alcançado. Que a escola saiba trabalhar e acolher as diferenças dos alunos com o maior respeito por aqueles que as apresentam, não por estar fazendo concessões ou ser compassiva, mas sim porque a diferença é a parte mais significativa daquilo que nos faz iguais. (ANTUNES, 2007, p.109). É preciso entender também que o aluno é um ser social, que precisa saber os usos da linguagem de acordo com sua aplicabilidade e aceitabilidade no contexto social. O professor, então, deve valorizar os conhecimentos linguísticos prévios do aluno, mas não permanecer preso a tais conhecimentos. É necessário ampliar o repertório linguístico dos alunos das camadas populares, oferecer a eles inclusive o conhecimento e a utilização da linguagem padrão. Somente com a valorização da linguagem dos alunos das classes populares poderemos contribuir para a melhoria do processo ensino-aprendizagem dos mesmos, num trabalho contínuo de ação-reflexão-ação sobre a linguagem. 9 4. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFIA _____. DOLZ, J. Os gêneros escolares – das práticas de linguagem aos objetos de ensino. In: SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. e colaboradores. Gêneros orais e escritos na escola. [Tradução e organização: Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro]. Campinas-SP: Mercadode Letras, 2004. (Conforme possível verificar no anexo 1 deste trabalho pág. 15) ______. Preconceito linguístico: O que é, como se faz. 15.ed. São Paulo: Loyola, 2002. ANTUNES, I. Língua, texto e ensino: outra escola possível. - São Paulo: Parábola, 2009. (Conforme possível verificar no anexo 1 deste trabalho pág. 15) BAGNO, M. Preconceito Linguístico: O que é, como se faz. São Paulo: Loyola, 1998. BAGNO, M., GAGNÉ, G., STUBBS, M. Língua materna: letramento, variação e ensino. - São Paulo: Parábola, 2002. BAGNO, Marcos. A norma Culta da Língua & Poder na sociedade brasileira. São Paulo: Parábola Editora, 2003. BAGNO, Marcos. Gramatica histórica: do latim ao português brasileiro. Brasília: Unb, 2007. BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz? 45.ed.São Paulo: Loyola,2006. BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: O que é, como se faz? São Paulo: Loyola; 1999. BORTONI- RICARDO, Stella Maris. Educação em língua materna: a sociolinguística em sala de aula. São Paulo: Parábola, 2004. 10 BORTONI-RICARDO, Stella Maris. Nós Chegemu na escola, e agora? Sociolinguística e educação. São Paulo: Parábola Editorial, 2005. FERNANDES, Carla D. O ensino de língua inglesa e a questão cultural. In: LIMA, Diógenes Cândido (Org.). Ensino e aprendizagem de língua inglesa Mercado das Letras: Associação de Leitura no Brasil, 2001. HEERDT, Mauri Luiz, Coppi. Paulo de. Como Educar Hoje? reflexões e propostas para uma educação integral. São Paulo : Mundo e Missão,2003. p. 34,69,70, POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas, SP. (Conforme possível verificar no anexo 1 deste trabalho pág. 15) SHNEUWLY, B. Gêneros e tipos de discurso: considerações psicológicas. 11 ANEXO 1 PROJETO DE EXTENSÃO 12 UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA CURSO DE LETRAS LÍNGUA INGLESA V, MÉTODOS E ABORDAGENS NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA, LINGUÍSTICA TEXTUAL, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, PROJETO DE EXTENSÃO À COMUNIDADE. Francisca Cecília Vasconcelos Carneiro Costa - RA: 9676469515 VARIAÇÃO LINGUÍSTICA DA LÍNGUA PORTUGUESA E INGLESA: CONHECER PARA APRENDER. ELIZÂNGELA JARA SOBRAL - CEARÁ 13 UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA CURSO DE LETRAS LÍNGUA INGLESA V, MÉTODOS E ABORDAGENS NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA, LINGUÍSTICA TEXTUAL, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA, PROJETO DE EXTENSÃO À COMUNIDADE. Francisca Cecília Vasconcelos Carneiro Costa - RA: 9676469515 VARIAÇÃO LINGUÍSTICA DA LÍNGUA PORTUGUESA E INGLESA: CONHECER PARA APRENDER. Desafio Profissional apresentado como requisito parcial para obtenção de notas das disciplinas Língua Inglesa v, Métodos e Abordagens no Ensino de Língua Inglesa, Linguística Textual, Variação Linguística e Projeto de Extensão à Comunidade, curso de Letras, modalidade online da Universidade Anhanguera-Uniderp. ELIZÂNGELA JARA SOBRAL – CEARÁ 2017 14 1. TÍTULO Variação Linguística da Língua Portuguesa e Inglesa: Conhecer para Aprender. 2. LOCAL Escola Jarbas Passarinho 3. PÚBLICO-ALVO Turma: 9º Ano do Ensino Fundamental II Turnos: Matutino Disciplinas: Língua Portuguesa e Língua Inglesa 4. JUSTIFICATIVA Este projeto se torna importante por sentirmos a necessidade de proporcionar aos nossos alunos um momento de pesquisa e conhecimento das inúmeras e ricas variedades linguísticas existentes em nosso imenso Brasil tanto na língua portuguesa como na língua inglesa. Desta maneira, pensamos enquanto docentes em mediar este conteúdo através de aulas lúdicas, pesquisa e trabalho audiovisual e músicas. Justificamos também a realização deste trabalho por entendermos e defendermos que a diversidade linguística cultural precisa ser respeitada e apreciada pelo brasileiro. Todavia, ainda há grande preconceito linguístico, cultural e social em nosso país. É preciso, no entanto, orientar os alunos para perceber essas diferenças e saber as situações em que se pode usar cada tipo de linguagem; tudo isso sem supervalorizar uma nem outra. Principalmente no mundo em que vivemos em que a linguagem da internet vem conquistando mais espaço e é preciso esclarecer aos alunos que, de certa forma, tudo pode ser falado ou escrito, dependo dos interlocutores, da situação de comunicação e do objetivo almejado. E só se chega a essa conclusão de que toda variação tem sua importância quando se estuda melhor sobre essa questão. 01 15 5. OBJETIVOS 5.1 - Objetivos Gerais: Através da realização das atividades aqui descritas, os alunos deverão adquirir e ampliar conhecimentos sobre a Variação Linguística, em especial a Variação Diatópica, percebendo que uma língua pode apresentar diferenças internas e, ao mesmo tempo, ser uma só. Identificar a diversidade linguístico-cultural presente na língua inglesa, utilizando música e jogos educativos. 5.2 - Objetivos Específicos: Estudar a Variação Diatópica existente entre alguns estados brasileiros; Realizar uma atividade diferente, que estimule uma participação mais ativa dos alunos; Favorecer a compreensão dos alunos de que, apesar das diferenças de nossa língua, nenhuma forma de variação deve ser inferiorizada, nem subjulgada; Aguçar as habilidades oral e escrita dos alunos através de apresentações; Mostrar algumas diferenças nos vocabulários e ortografia do inglês britânico e o americano com aula ilustrativa; Deixar clara a ideia de que, mesmo com todas as variações, a Norma Padrão é necessária em algumas situações. 02 16 6. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Esse projeto foi idealizado para aplicação na Escola Jarbas Passarinho com os alunos do 9º Ano, no primeiro semestre de 2017. O tema variação linguística está presente em todas as aulas, de qualquer que seja a disciplina e todos os professores, como afirma Antunes, (2007, p.123), devem ter uma ampla competência linguística, porque não apenas na aula de português, mas as de inglês precisam ser entendidos, sintetizados e incorporados a nosso repertório de informação. O ponto de partida foi a sua apresentação do projeto no dia do planejamento dos professores da área de Linguagens e Códigos, no qual colegas professores, equipe pedagógica da escola se inteiraram sobre o assunto e como seria o trabalho com as variedades linguísticas na sala de aula escolhida. Partiu-se do pressuposto de que a atividade escrita é essencialmente uma prática social. De acordo com Schneuwly e Dolz (2004), as práticas de linguagem caracterizam, ao mesmo tempo, o reflexo e o principal instrumento de interação social. É a realidade social, portanto, que determina o uso da linguagem e lhe confere, de fato, relevância. A produção desse projeto teve como objetivo propor ao professor atividades que abordassem o tema Variações Linguísticas em diferentes gêneros textuais. Sabe-se que os professores de Língua Portuguesa e Língua Inglesa precisam sempre encontrar métodos interessantes e envolventes para queseus alunos entendam as regras gramaticais em textos vivos, coerentes, interessantes e bem produzidos, textos esses, tanto na linguagem oral, quanto na escrita, dos mais variados gêneros. Para Possenti (2001, p.84), boa estratégia para ensinar língua e gramática é a prioridade absoluta para a leitura, para a escrita, a narrativa oral, o debate e todas as formas de interpretação (resumo, paráfrase, etc). Parece paradoxal, mas não se incluem entre as atividades as lições de nomenclatura e de análise sintática e morfológica, tão estranhamente praticadas. O primeiro momento foi realizado com os alunos, aulas expositivas para poder situá-los e dizer sobre importância do estudo do conteúdo. Foi mostrado ao educando, por meio de vídeo, as cinco regiões do país, enfocando os estados que compõem cada região, como também entrevistas às pessoas desses estados enfatizando o falar de cada um, no caso, dialetos e sotaques. 03 17 Foram abordados também os diversos fatores causadores da variação da língua como: históricos, regionais, classe social etc. Atividade 01: Foi feito uma atividade com a leitura de uma história em quadrinho do personagem Chico Bento na qual a professora teve uma reação típica dos “professores tradicionais” que acreditavam que deveriam corrigir severamente os usos da língua que diferem da norma considerada “culta”. A atividade ocorreu de maneira tranquila. Atividade 02: A atividade começou com uma canção popular muito envolvente que aos poucos encantou a todos. A música era o “Cuitelinho”, que ao ser passada e tocada no data show fez com que todos “entrassem” no cenário e vivenciassem a beleza e o encantamento da bela paisagem que ali era exibida. Com isso, puderam perceber uma das classificações, classificada pela Sociolinguística, como diatópica, ou seja, modo de falar de lugares diferentes (zona urbana e zona rural). Atividade 03: A variação diamésica, comparação entre a língua falada e a língua escrita, foi o foco central dessa atividade. Ao lerem o texto de Jô Soares: “Português é fácil de aprender porque é uma língua que se escreve exatamente como se fala” perceberam que, em nosso dia a dia, muitas das palavras ali escritas são exatamente transcrição da fala e que há diferenças entre fala e escrita. O texto de Carlos Drummond de Andrade “Aula de Português” confirmou o que foi estudado de uma maneira poética e envolvente. Atividade 04: Através do uso do Datashow foi feito uma demonstração das diferenças de vocabulário e ortografia do inglês Americano e Britânico. Os alunos copiaram no caderno e depois foi pedido como tarefa de casa que fizessem uma pesquisa com mais palavras. Foi feito um jogo (quiz) com as palavras, onde os alunos identificaram quais eram americanas e britânicas. Diferenças de vocabulário Português Inglês Americano Inglês Britânico advogado lawyer solicitor, barrister agenda appointment book diary aluga-se for rent to let alumínio aluminum aluminium 04 18 Português Inglês Americano Inglês Britânico apartamento apartment flat armário closet wardrobe avião airplane aeroplane balas candy sweets banheiro lavatory/bathroom toilet batas fritas (formato longo) french fries chips beringela eggplant aubergine biscoito, doce cookie biscuit calçada sidewalk pavement, footpath calças pants trousers caminhão truck lorry cara (pessoa, rapaz) guy bloke, guy carona ride lift carteiro mailman postman centro (de uma cidade) downtown city centre, town centre CEP zipcode postcode chupeta pacifier dummy cinema movie theater cinema consultório doctor's office surgery conta corrente checking account current account currículo resume curriculum vitae elevador elevator lift estacionamento parking lot car park 05 19 Português Inglês Americano Inglês Britânico estrada de chão dirt road unpaved road farmácia drugstore chemist's fila line queue fita adesiva scotch tape sellotape fogão stove cooker forno oven cooker fralda diaper nappy futebol soccer football gasolina gas (gasoline) petrol lanterna flashlight torch lapiseira mechanical pencil propelling pencil lata de lixo garbage can bin lixeiro garbage collector dustbin man lixo garbage litter, rubbish mamãe mom, mommy mum, mummy matemática math maths metrô subway underground, tube outono fall autumn pneu tire tyre ponto (final de frase) period full stop porta-malas trunk boot recepção front desk reception refrigerante pop, soda soft drink, pop, fizzy drink 06 20 Português Inglês Americano Inglês Britânico restaurante industrial cafeteria canteen, staff restaurant silenciador, surdina muffler silencer sindicato labor union trade union sobremesa dessert pudding, dessert telefone celular cell phone mobile phone Diferenças na ortografia Inglês Americano Inglês Britânico center centre theater theatre liter litre fiber fibre realize realise analyze analyse apologize apologise color colour honor honour labor labour odor odour catalog catalogue dialog dialogue jewelry jewellry traveler traveller 07 21 Inglês Americano Inglês Britânico woolen woollen skillful skilful fulfill fulfil check cheque (bank note) curb kerb program programme specialty speciality story storey (of a building) tire tyre (of a car) pajamas pyjamas defense defence offense offence license licence burned burnt (or burned) dreamed dreamt (or dreamed) smelled smelt (or smelled) spelled spelt (or spelled) spoiled spoilt (or spoiled) inquiry enquiry (or inquiry) skeptical Sceptical inflection Inflexion 08 22 Atividade 05: A música ”Asa Branca” cativou os alunos. É conhecida e por todos foi cantada. Perceberam a riqueza do vocabulário cultural mesmo sendo escrito em linguagem estigmatizada. Analisaram a história ali contada do retirante; a história de vida dos escritores: Luiz Gonzaga e Patativa do Assaré. Perceberam, ao trabalharem os textos, tanto o da música quanto o da poesia, que eles exemplificavam bem a variação diastrática, ou seja, o modo de falar das diferentes classes sociais. Nessa atividade também foi salientada a questão o “r” retroflexo que ocorre em determinadas regiões do país, o “r” vibrado nas palavras “porta”, “sorvete”, “curva”, etc. Atividade 06: Foi realizado na escola, com a participação da série envolvida no projeto, um momento cultural, no qual os alunos apresentaram aos demais um pouco da cultura de cada região, através da dança, música, teatro, poemas, e, principalmente, enfatizando os dialetos e sotaques dos estados pesquisados pertencentes às cinco regiões do Brasil. Os recursos utilizados durante a execução desse projeto foram: quadro branco, piloto, Datashow, computadores (laboratório de informática), cola, tesoura, lápis de cor, tinta, revistas, papel metro, cartolina, tesoura, papel ofício, atlas, gramáticas, dicionários, músicas e livros de história. O presente projeto desenvolveu as seguintes estratégias: * Apresentação da proposta de trabalho à coordenação da escola, colegas e alunos; * Divisão da turma em cinco grupos, apresentação das palavras a serem pesquisadas e sorteio dos estados a serem trabalhados por cada grupo (orientação geral sobre o trabalho); * Aula expositiva sobre a origem da língua portuguesa e os principais aspectos relacionados à Variação Linguística; * Sugestão de que os alunos, além de pesquisarem em sites, entrem em chats e conversem (entrevistem)pessoas do estado do qual seu grupo está encarregado, buscando descobrir as variações que procuram; * Revisão do material encontrado e registrado pelos alunos, com o auxílio do professor de cada disciplina envolvida. * Apresentação dos grupos em sala, para os professores envolvidos, visando correção de eventuais problemas; 10 23 * Apresentações no auditório para toda a escola, seguida da exposição dos cartazes e painéis confeccionados; * Elaboração de um relatório avaliativo pelos alunos; * Leitura dos relatórios e discussão dirigida sobre os processos, a elaboração do trabalho e o resultado final. Esse projeto foi organizado e desenvolvido para o (9º ano), do Ensino Fundamental II, com possibilidade de ser adequado para ser aplicado junto a outras séries. Apesar de estar mais voltado para a Língua Portuguesa e Inglesa (pesquisa e construção de textos acerca da questão da Variação Linguística), esse projeto abrangerá outras áreas tais como: Geografia (localização, clima, relevo, vegetação do estado escolhido), História (fatores e personalidades históricas importantes) e Artes (confecção de painéis e cartazes), contribuindo, assim, para uma efetivação da intertextualidade. Os alunos foram avaliados no decorrer de todo o projeto, tendo em vista a participação, pontualidade, criatividade e responsabilidade do trabalho grupal, além do trabalho de pesquisa com relação ao tema. 7. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO MES/ETAPAS Fev Març Abril Escolha do tema X Levantamento bibliográfico X Apresentação do projeto X Coleta de dados X Análise dos dados X Organização do roteiro/partes X Redação do trabalho X Revisão e redação final X Entrega do trabalho X 11 24 8. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFIA _____. DOLZ, J. Os gêneros escolares – das práticas de linguagem aos objetos de ensino. In: SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. e colaboradores. Gêneros orais e escritos na escola. [Tradução e organização: Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro]. Campinas-SP: Mercado de Letras, 2004. ANTUNES, I. Língua, texto e ensino: outra escola possível. - São Paulo: Parábola, 2009. 12 25 ANEXO 2 QUESTÕES NORTEADORAS 26 1. É inegável a existência de diferença de falares, por exemplo, é possível destacar que há formas diferentes no Sul do país em comparação ao Nordeste. Além da variação geográfica, cite outros três fatores que podem motivar a variação linguística. Em relação à variação geográfica, estão relacionadas à espacialidade, as mudanças de pronúncia, vocabulário e estrutura sintática que ocorrem em comunidades linguísticas maiores que falam o mesmo idioma, como ocorre entre os falantes do sul e do nordeste do Brasil. A variação social está ligada à capacidade verbal que membros de mesmo grupo sociocultural da comunidade vão assemelhando de acordo com fatores como: o nível socioeconômico do indivíduo, o grau de educação, a idade e o sexo, fatores que podem ocorrer isolados ou relacionados. Cabe observar que a variação social não prejudica a compreensão entre indivíduos, o que pode acontecer na variação regional. Ademais, o uso de certas variantes pode indicar o nível socioeconômico e cultural das pessoas, no entanto, nada impede que o indivíduo de um grupo menos favorecido atinja o padrão de prestígio de acordo com as relações culturais e profissionais, por exemplo, “o intercâmbio cultural e profissional entre indivíduos de meio diverso possibilita a adaptação das formas de expressão de um para outro grupo” (CAMACHO, 1988, p.33). Variação estilística está relacionada ao uso individual, ou seja, as variações do estilo linguístico que cada indivíduo utiliza dependendo das variações das situações de comunicação, a linguagem é adequada de acordo com determinada finalidade, dessa forma tem-se: a relação familiar, a profissional, o grau de intimidade, o tipo de assunto tratado, os receptores. “Tal adequação decorre de uma seleção dentre o conjunto de forma que constitui o saber linguístico individual, de um modo mais ou menos consciente” (CAMACHO, 1988, p.34). Variações diacrônicas ocorrem na língua inglesa de diversas formas, algumas palavras mudam totalmente o significado e a sua estrutura morfológica permanece inalterável, como por exemplo: a palavra "Awful" há mais ou menos 300 anos representava um adjetivo com o significado de "Awe plus full", ou seja, qualificava algo ou alguém por ser "temível" "reverente" "cheio de temor". Historicamente a palavra "awefull" sofreu um processo de modificação morfológica chamada de aglutinação, ou seja, houve perda de fonema na estrutura linguística da palavra na forma original. Após um incêndio num prédio em Londres, a palavra "Awful", já modificada, recebeu um novo significado, o de "terrível" como hoje a usamos semanticamente. (Norman Moss, ONLINE). 01 27 2. A variação linguística não se restringe ao cenário nacional, mas é presente em outros idiomas, como no inglês. Posto isso, cite dois exemplos de variação linguística observados no português e dois exemplos observados no inglês. Variação Histórica - Aquela que sofre transformações ao longo do tempo. Como por exemplo, a palavra “Você”, que antes era vosmecê e que agora, diante da linguagem reduzida no meio eletrônico, é apenas VC. O mesmo acontece com as palavras escritas com PH, como era o caso de pharmácia, agora, farmácia. Variação Regional (os chamados dialetos) - São as variações ocorridas de acordo com a cultura de uma determinada região, tomamos como exemplo a palavra mandioca, que em certas regiões é tratada por macaxeira; e abóbora, que é conhecida como jerimum. Destaca-se também o caso do dialeto caipira, o qual pertence àquelas pessoas que não tiveram a oportunidade de ter uma educação formal, e em função disso, não conhecem a linguagem “culta”. (site: mundo da educação) Inglês Padrão Variação Tipo de diferença I’ve read the book. I’ve the book read. (Irish) Ordem das palavras. She likes my brother. She like my brother. (African American) Eliminação de redundância. Time: /taim/ Time: /taɛm/ ou /ta:m/ (South African) Fonética. 02 28 3. Frente às diferentes formas de falar, o professor deve interferir em eventuais manifestações de julgamentos ou preconceito? Sim. O professor deve interferir usando como exemplo, a fala do aluno, para mostrar essa diferença e não como erro para se corrigir, esclarecendo que não existe uma única forma de se falar português, apresentando ao aluno as diversas variedades do português e as situações que devem ser utilizadas, ressaltando a importância de respeitar as diversas variações que o português adquiriu em cada região do país e em cada grupo socioeconômico. Agindo assim, não somente estamos conscientizando os nossos alunos, enriquecendo os seus dialetos, mas também aumentando o leque de suas possibilidades linguísticas, que associadas aos seus contextos de uso podem tornar esses alunos usuários muito mais conscientes e competentes quanto aos diversos usos da língua. 4. Diante do cenário de diversidade linguística, o professor deve ocupar-se com a norma padrão da Língua Portuguesa? Cabe ao professor mostrar ao aluno as diferenças entre variação padrãoou norma culta e a variedade não padrão ou língua não padrão, para que o aluno perceba que não existe uma única forma de expressão. 5. Qual deve ser, portanto, a postura do professor frente à diversidade linguística? Ao trabalhar a diversidade linguística, o professor precisa ter cautela ao atribuir erro de linguagem para não reforçar o preconceito linguístico com atitudes de desvalorização da linguagem daqueles alunos que pertencem às camadas populares. Dizer a um aluno que sua fala é errada, ou sugerir que sua forma de se expressar verbalmente é inferior, será o mesmo que dizer que seus pais, seus irmãos, seus amigos, enfim, que seu grupo social também fala errado e também é inferior. É preciso entender que a linguagem é veículo de comunicação, e, mas do que isso, é por meio dela que os indivíduos se identificam no seu meio social. Negar sua linguagem é distanciá-los das suas origens. É preciso entender que o aluno é um ser social, que precisa saber os usos da linguagem de acordo com sua aplicabilidade e aceitabilidade no contexto social. O professor, então, deve valorizar os conhecimentos linguísticos prévios do aluno, mas não permanecer preso a tais 03 29 conhecimentos. É necessário ampliar o repertório linguístico dos alunos das camadas populares, oferecer a eles inclusive o conhecimento e a utilização da linguagem padrão. Somente com a valorização da linguagem dos alunos das classes populares poderemos contribuir para a melhoria do processo ensino-aprendizagem dos mesmos, num trabalho contínuo de ação-reflexão-ação sobre a linguagem. 04
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