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Resumo do Livro Maneira de Pensar o Urbanismo

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Universidade Eduardo Mondlane 
Faculdade de Arquitectura e Planeamento Físico 
Cadeira de Laboratorio III – Planeamento Fisico 
Docente: Domingos Macucule e Benilda Reis 
Discente: Jacinto Nhantumbo 
II ano - I semestre 
Resumo do livro de Le Corbusier 
Maneira de pensar o Urbanismo 
 
 
Resumo do livro “Maneira de pensar o urbanismo” de Le corbusier 
Introdução 
 
A obra literária do Arquitecto, Urbanista e artista contemporâneo Francês Le Corbusier, com 
título MANEIRA DE PENSAR O URBANISMO, está estruturada em dez capítulos que de 
forma expositiva e explicativa expressam os pensamentos do autor perante ao urbanismo 
moderno. Os problemas do traçado urbano que le corbusier usou para o seu estudo, são os 
que se faziam sentir no seu país, devastado pela guerra na época, embora ele também levava 
em consideração estudos feitos anteriormente por outros pensadores do urbanismo e também, 
o seu plano poderia servir para outras cidades do mundo. Do capítulo I ao VI, o livro 
apresenta as ideias desse urbanismo moderno e a partir do capítulo VII ao X, são 
apresentadas as aplicações dos seus planos. Este resumo estará especificamente voltada as 
ideias, pensamentos e pareceres do autor quanto a maneira de pensar o urbanismo – do 
capítulo I – VI. 
“Le Corbusier é um nome consagrado na história da Arquitectura Francesa e um dos maiores 
artistas contemporâneos. Devem-se as primeiras tentativas sistemáticas de devolução da 
sociedade moderna ao seio da harmonia, arrebatando-a a incoerência em que se debate. Numa 
era em que tudo é disponível, as máquinas, os transportes, a organização industrial, a 
administração, a ciência pura e a ciência aplicada, em que tudo é praticamente preexistente, 
impõe-se uma tarefa ciclópica, esta de trazer o homem ao bom senso da forma harmónica, 
primeiro passo para a felicidade verdadeira, que se opõe a felicidade de um mundo novo 
preestrururadamente feliz. Eis o que neste livro, com uma clareza sumamente corajosa, se 
expõe como paradigma de reconstrução do terreno batido.” 
Texto extraído da contracapa do livro 
 
Capítulo I: Os anos de 1943 e seguintes 
 
Ponto de inflexão entre os erros e o renovamento porque é a partir daqui que o urbanismo e a 
arquitectura passam a ser pensados em simultâneo, juntos fazendo o renovamento de um 
urbanismo antes pensado de forma incoerente segundo o autor, esta época é ligada 
inteiramente ao sector da construção. 
Aqui o Urbanista quase não se distingue do Arquitecto embora a divisão de tarefas se torna 
mais notária pois o Urbanista apenas organiza os espaços Arquitectonicos escolhendo o lugar 
e o destino dos volumes a serem projectados pelo Arquitecto, e interliga-os a uma rede de 
circulação. Equanto que o Arquitecto cria espaços e decide a respeito da circulação e projecta 
os edifícios. 
O urbanismo passou a se desenvolver a uma velocidade notável com o nascimento da 
civilização maquinista aos avanços tecnológicos e industriais na época. A partir de 1940 com 
as guerras, a Franca passa por uma crise global que afectou também o sector da construção e 
Resumo do livro “Maneira de pensar o urbanismo” de Le corbusier 
tiverem curto tempo para planificar as construções do pais que foram afectadas por essa 
guerra. Foi nesta correria que se dá a interligação entre o campo e a cidade de forma 
desordenada e constituiu mais um problema que tinha de ser solucionado a todo custo através 
de uma linha de conduta satisfatória entre eles. Perante este dilema todos queriam conduzir a 
opinião pública quanto aos problemas urbanísticos que enfrentava o píis, embora estes 
mesmos não fossem urbanistas. Todavia, naqueles 3 anos os Arquitectos eram responsáveis 
de estabelecer planos de reconstrução das cidades e planos das aldeias em todo o pais, e foi ai 
então que o Arquitecto se interessa pelo Urbanismo e quando se interligam, os planos de 
reconstrução e os de construção apresentam uma clareza e coerência nunca antes vista. 
 
Capítulo II: Ponto de vista técnico, espiritual e solidariedade de ambos 
 
Com o decorrer das novas invenções e inovações alguns quiseram barrar o caminho a fim de 
que elas não os perturbassem e foi neste momento que apela-se para o Espiritual “arvorando-
o” em adversário da Técnica, apelou-se ainda para a sensibilidade pois ela fora maltratada e 
ofendida pelos produtos do tecnismo. Foi um momento de guerra entre a técnica e a 
sensibilidade e da técnica contra a espiritualidade. Depois de vários debates, se conciliarm os 
dois conceitos e passaram a actuar um com outro harmonicamente. “A técnica alarga o 
campo da poesia e ela já não e adversaria do espiritual, o espirito ocupa uma posição mais 
desligada dos factos materiais e nesta harmonia caminhava naturalmente a vida na 
continuidade, sequência e nunca em oposição entre eles”. Criado o laço de união entre a 
técnica, espírito e solidariedade, nascem duas decisões reveladoras de bom senso: 
Entre o “Sim” e o “Não”: onde se optar pelo “Sim” seria alcançar objectivos desconhecidos 
mas que exprimissem harmonia as realidades presentes na época. Optar pelo “Não” 
significaria ir contra a corrente natural da vida, seria o mesmo que impedir a sociedade 
moderna de viver ao seu ritmo e atingir o seu equilíbrio. 
 
Capítulo III: Uma nova sociedade maquinista 
 
O século XIX, quando as grandes invenções e ciências evoluem, dando desse modo ao 
surgimento das grandes maquinarias em massa. Tal evolução das máquinas afectou os hábitos 
e costumes da sociedade, naquela época grande agitação se apoderou do homem. Embora 
assim, as máquinas trouxeram grandes benefícios a cidade como a electricidade que venceu a 
noite, a expansão dos limites da cidade ligando umas as outras através de transportes mais 
rápidos e eficientes, o comboio e o avião. Embora do outro lado humano, rompe-se a unidade 
familiar e as bases tradicionais das relações humanas, partindo o casal pela manha dirigindo-
se aos postos de trabalho, levando uma vida de contrastes violentos diários. 
Resumo do livro “Maneira de pensar o urbanismo” de Le corbusier 
A revolução Arquitectónica consumou-se: no domínio da construção, o efeito das descobertas 
científicas e determinante, expresso por alguns elementos Arquitectónicos revolucionários, 
elementos esses que hoje chamamos de 5 elementos da Arquitectura moderna, são: 
1.Planta Livre: através de uma estrutura independente permite a livre locação das paredes, já 
que estas não mais precisam exercer a função estrutural. 
2.Fachada Livre: resulta igualmente da independência da estrutura. Assim, a fachada pode 
ser projetada sem impedimentos. 
3.Pilotis: sistema de pilares que elevam o prédio do chão, permitindo o trânsito por debaixo 
do mesmo. 
4.Terraço Jardim: recupera o solo ocupado pelo prédio, transferindo-o para cima do prédio 
na forma de um jardim. 
5.Janelas em fita: possibilitadas pela fachada livre, permitem uma relação desimpedida com 
a paisagem. 
 
Capítulo IV: As regras humano e natureza 
 
Neste capítulo, o autor faz a comparação de forma metafórica entre Arquitectura e Urbanismo 
com a Biologia, enaltecendo a Biologia como intermédia da natureza ditando as regras da 
construção e onde a Biologia diz que a vida se desenvolve de dentro para fora e a 
Arquitectura e o Urbanismo obedecem a mesma regra. A obra humana deve sobretudo 
procurar, redescobrir e reencontrar a unidade com a natureza, e para encontrar essa harmonia 
a obra humana (construção) deve tornar-se solidária com a obra natural. Deste modo a 
construção é designada por elementos reunidos para fins uteis e que são outros tantos órgãos 
coerentes como em organismos naturais, e a unidade que existe na natureza e no homem e a 
leique da vida as obras. 
 
Capítulo V: Aquisição dum equipamento 
 
Diz-se aqui de princípio que habitação é um equipamento e que as ferramentas estarão ao 
serviço das funções. Nas cidades antigas, as casas estavam todas aglomeradas umas as outras 
e os caminhos eram estreitos para que possibilitassem sombra, etc., eram também fortificadas 
por muralhas para se defenderem dos invasores mais, com a invenção do avião e sua 
utilização na guerra para bombardeamentos aéreos das cidades, estas cometeram a ter espaços 
mais espaços livres e abertos e poucas aglomerações para evitar grandes perdas durante os 
bombardeamentos. Isso influenciou de tal modo que as cidades foram ganhando 
características como, edifícios estreitos mais altos e abolição de pátios. 
Resumo do livro “Maneira de pensar o urbanismo” de Le corbusier 
Foram estas coisas que naquela época caminhavam para a vanguarda de iniciativas 
Arquitectónicas e Urbanísticas providas de outras causas e nesta época, a França procurava 
garantir a eficiência e para isso definiu-se primeiro a função de uma priori que não era a 
glorificação das técnicas, pelo contrário, a sua colocação ao serviço do bem-estar dos 
homens. Após o arrebatamento do primeiro ciclo maquinista, este ponto de vista seria então o 
fruto de uma nova filosofia. Com as velocidades dos transportes e telecomunicações, a 
sociedade ficou afectada, o caminhar a pé seria então o objectivo desejável a influenciar o 
traçado urbano das cidades. 
 
Capítulo VI: Criação de um equipamento de urbanismo para uso da 
sociedade maquinista 
 
1.Unidade habitacional: alojamento e prolongamento do alojamento 
O autor defende que se as comodidades essenciais fazem parte da vida quotidiana, elas 
devem estar bem próximas das células habitacionais. Essas comodidades podem ser: 
Materiais: abastecimentos, serviços, entre outros e Espirituais: creche, escola, jardim, etc. 
Com respeito a função, tempo-distância, reestabelecem-se as condições humanas na evolução 
da maneira nova de construir, fazendo uma reforma as edificações das cidades jardins 
verticais, ignorando completamente os conceitos da cidade jardim horizontal. Com o 
ordenamento das células habitacionais na vertical, aquilo que a cidade jardim procurava, aqui 
é conseguido onde a organização dos serviços comuns explicam as razões destas se 
chamarem cidades jardins verticais. Os aspectos climáticos aqui são devidamente estudados e 
por esse motivo os edifícios são bem orientados. 
 
2.Unidade de trabalho: a zona de trabalho e separada da zona habitacional 
As fábricas, industrias e oficinas, com a intervenção Arquitectónica e Urbanística não serão 
áreas apenas de trabalho de produção, haverá presença também do verde em abundante que 
servirão de ponto de concentração de fecundas iniciativas, lugar de lazer nas horas vagas e de 
conversas. 
O escritório estará no coração das circulações urbanas e devem estar próximos uns dos outros 
embora insolados das habitações, estes escritórios estarão situados em um “bairro comercial” 
e em um único edifício denominado “centro comercial”, para garantir a rapidez valorizando o 
tempo. Esta será a cidadela mais movimentada da cidade com maior fluxo populacional. 
 
3.Unidade de lazer: conta com um centro de divertimento para 100 00 pessoas com teatros, 
e pracas de festivais; equipamento de lazer espiritual, e que estas coisas todas, serão os 
Resumo do livro “Maneira de pensar o urbanismo” de Le corbusier 
vestígios conservados da actual rua, lugar de formigueiro desordenado mas a que deu forma e 
ordem em estado de plena eficácia. 
 
4.Unidade de circulação: Horizontal e vertical 
Horizontal: dissipar a confusão das velocidades naturais (passo humano) e mecânicas 
(automóveis). Isso consiste num conceito que o autor diz “quanto mais rápido for o débito, 
mais rectas serão as vias e mais abertas as curvas” e nenhum estacionamento será tolerado 
nesta via recta, eles terão pontos estratégicos concebidos para tal juntos dos edifícios que 
servem. O cruzamento dos veículos rápidos serão feitos em sentido único em encruzilhadas 
circulatórias ou em cruzamentos postos em diferentes níveis (estradas aéreas). As vias 
primárias (auto-estradas) serão abertas sem portagem e segundo a rede mais directa, 
simplificada ligada ao solo, embora em completa independência dos imóveis. O acesso a 
estes imóveis é feito por uma rede de distribuição ramificada sobre as vias de trânsito onde 
cada ramificação forma um parque de estacionamento na sua extremidade. 
A circulação combinada das viaturas e peões, de circulação lenta, ficará localizada a volta dos 
pontos definindo grandes serviços públicos da cidade, armazéns, etc., e esta estrada será 
denominada park-way, sobretudo ela tem uma preocupação mais plástica que funcional do 
trânsito. 
Vertical: concepção das habitações em altura de forma a ganhar terreno livre ao seu redor. 
 
5.Unidade de paisagem: alargado os quarteirões contíguos ela provoca espontaneamente a 
libertação do solo, a cidade vai se transformando aos poucos num parque. 
 
Notas conclusivas 
 A maneira de ver a cidade que Le Corbusier tinha era considerada racionalista; 
 Seus conceitos causaram grande influência sobre o urbanismo; 
 Ele defendia que as cidades do futuro (hoje), deveriam consistir em grandes blocos de 
apartamentos assentes em pilotis, deixando o terreno vago em baixo para parques de 
estacionamento; 
 Surgiu a ideia dos bairros-jardins que juntos transformavam a cidade em um grande 
parque; 
 Defendia que o homem possuía as mesmas necessidades em qualquer cultura; 
 As ideias de Le Corbousier na maneira de ver o urbanismo foram motivos de debates 
na época embora alguns países usaram o seu plano, como é o caso da cidade de 
Brasília, mas a cidade para Le Corbusier devia separar as áreas de trabalhar, divertir e 
dormir. Isso não seria muito funcional porque a distância a ser percorrida para 
aquisição de um serviço por exemplo, era enorme e além do mais a cidade foi pensada 
a escala do automóvel.

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