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Apresentação slides - aula 1-1

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RELAÇÕES DE TRABALHO I
DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO
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PROF. FLÁVIO DANTAS
Professor da UNIJORGE
Advogado.
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Significado da palavra TRABALHO
O que é TRABALHO?
Origem da palavra trabalho: 
Do Latim  Trepalium ou Tripalium  instrumento de tortura, (sofrimento, dor).
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Formação Histórica no Mundo: ESCRAVIDÃO
Trabalho como tortura (Tripalium):
ESCRAVIDÃO (antiguidade): 
1ª forma de trabalho (1º momento): forçado e gratuito. 
O escravo era tido como coisa (objeto). Não era sujeito de direitos.
Relação entre o sujeito titular de direitos (dono) e a coisa (escravo).
O Trabalho não tinha significado de realização pessoal.
Os escravos faziam o trabalho duro enquanto os outros podiam ser livres.
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Formação Histórica no Mundo: FEUDALISMO
FEUDALISMO (servilismo): Idade Média
2º momento: servidão (forma branda de escravidão)
Ausência de liberdade: 
Senhores (donos da terra) X Servos (trabalhadores das terras)
Proteção x Prestação de Serviço Vitalício com pagamento da Corvéia
Trabalho  sentido pejorativo.
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Formação Histórica no Mundo: CORPORAÇÕES DE OFÍCIO (1/2)
CORPORAÇÕES DE OFÍCIO (séc. XII - Idade Média - Moderna)
3º Momento: declínio da servidão; crescimento do comércio; crescimento das cidades
Busca de emprego nas cidades  colonos reunem-se em associações com os artesãos 
Mais liberdade ao trabalhador, porém, para atender aos interesses das corporações.
Associações de pessoas qualificadas para trabalhar numa determinada função; assemelhavam-se às empresas (exemplo: corporação dos construtores e dos artesãos)
Rígida hierarquia com três categorias de membros: os mestres, os companheiros e os aprendizes
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Formação Histórica no Mundo: CORPORAÇÕES DE OFÍCIO (2/2)
CORPORAÇÕES DE OFÍCIO (séc. XII - Idade Média - Moderna)
Baixa produtividade nas oficinas (trabalho manual)
Jornada de trabalho de até 18 horas por dia
Revolução Francesa (1789): condenava as corporações por entendê-las incompatíveis com os ideais de liberdade (dentre eles: o direito ao trabalho).
Impasse entre os companheiros e mestres (impossibilidade de progressão)
Lei Le Chapelier (1791): Extinguiu as corporações.
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Formação Histórica no Mundo: REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (1/4)
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (Séc. XVIII): (Movimento de mudança econômica, social, política e cultural) 
1º momento: Migração de trabalhadores para os centros industriais;
Mecanização dos meios de produção (substituição de mão-de-obra humana pela máquina)
Aumento da produção Progresso e acumulação
Consequência: Diminuição dos postos de trabalho Crise do desemprego
Liberdade contratual (regras do empregador) (baixos salários x longas jornadas)
Exploração : trabalho de mulheres e menores com menores salários; péssimas condições de trabalho,
Trabalhador (despreparado ) X máquina
Problemas Sociais: indigência, acidentes de trabalho, doenças 
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Formação Histórica no Mundo: REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (2/4)
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (Séc. XVIII):
Surgimento das ideias socialistas: em resposta aos problemas econômicos (Questão social); criticava o capitalismo e o liberalismo; defesa de uma organização que privilegiasse as classes mais pobres (proletariado).
Concentração de massa de trabalhadores nas fabricas (consciência de grupo - objetivos comuns)
Movimentos de protesto organizados; rebeliões; reivindicações por melhores condições de trabalho
Primeiras Reivindicações de trabalhadores através de sindicato (ideia de justiça social)
Promoção de greves e enfrentamentos violentos (massas X força policial)
Governos: primeiras concessões (reconhecimento do trabalho operário)
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Formação Histórica no Mundo: REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (3/4)
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 
Apoio da Igreja: Encíclica Rerum Novarum – coisas novas (1891), Papa Leão XIII: Tenta estabelecer regras mínimas para o trabalho , estabelecendo as obrigações dos patrões e empregados
3º Momento: Intervenção Estatal  melhorar as condições de trabalho; proteger o mais fraco (compensar as desigualdades)  realizar “O Bem-estar social”
Primeiras normas de proteção ao trabalhador: Lei de Peel (1802) – Inglaterra; França 1813 e 1814;
Liberdade de associação profissional (França 1884): extinção da Lei Chapelier;
Após 1ª Guerra (1914-1918): Emerge o movimento de Constitucionalização dos Direitos Sociais (Constitucionalismo social), com a inclusão de normas de interesse social; direitos fundamentais, direitos trabalhistas etc.;
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Formação Histórica no Mundo: REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (4/4)
PRIMEIRAS NORMAS CONSTITUCIONAIS TRABALHISTAS 
1ª CONSTITUIÇÃO – DO MÉXICO (1917): jornada de oito horas, proibição de trabalho a menores de 12 anos, limitação da jornada dos menores de 16 anos a seis horas etc.
2ª CONSTITUIÇÃO – DE WEIMAR (1919): participação dos trabalhadores nas empresas, liberdade de coalização, representação; seguros sociais etc.
Tratado de Versalhes (1919): criação da OIT; regular as relações de trabalho no mundo (convenções e recomendações); 
A Carta Del Lavoro no ano de1927, na Itália: sistema corporativista/centralizador; Brasil (Getúlio Vargas - 1930);
Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948): estabelece a limitação do trabalho, férias remuneradas, repouso, lazer etc.;
Separação entre econômico X social: CF/1988. Liberdade sindical (com restrição).
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Formação Histórica no Brasil (1/4)
Origem: na abolição da escravatura e na imigração de trabalhadores europeus.
Primeiros Diplomas legais:
Constituição do Império de 1824: apenas aboliu as corporações de Ofício (liberdade de profissões e ofícios);
Lei do Ventre Livre (1871): os nascidos do ventre de escrava já não eram mais escravos;
Lei Saraiva Cotegibe (1885): que libertou os escravos com mais de 60 anos de idade;
Lei Áurea (1888): Abolição a escravidão no Brasil;
Constituição Federal de 1891: liberdade de associação, sem armas;
Decreto 1.313/1891: tratavam do trabalho dos menores;
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Formação Histórica no Brasil (2/4)
Decreto nº 979/1903: sindicatos rurais (1ª norma brasileira sobre o tema);
Sindicatos urbanos (1907);
lei estadual nº 1.869, de 10/10/1922: criou, em cada comarca de São Paulo, um Tribunal Rural;
Ministério do Trabalho Industria e Comércio (1930)
Decreto regulamentador do trabalho das mulheres (1932);
Decreto sobre o salário mínimo (1936);
Justiça do Trabalho (1939).
Constituição de 1934: 
1ª a tratar especificamente do Direito do Trabalho (constitucionalismo social): jornada de 8 horas, proteção do trabalho das mulheres, férias etc.
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Formação Histórica no Brasil (3/4)
Constituição de 1937:
Estado intervencionista (regime ditatorial inspirada na Carta Del Lavoro de 1927 – Itália – sistema corporativista – facista): sindicato único, imposto sindical (atual contribuição sindical); poder normativo dos tribunais (evitar entendimento direto entre trabalhadores e empregadores), proibição da greve;
Sistematização das normas trabalhistas: 
Decreto 5.452/1943 (Consolidação das Leis do Trabalho – CLT); não é um código novo!
Constituição de 1946 (democrática): 
Greve, repouso semanal remunerado, estabilidade e participação dos empregados nos lucros das empresas; retirada da Justiça do Trabalho do Poder Executivo; 
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Formação Histórica no Brasil (4/4)
Constituição de 1967: Manteve os direitos trabalhistas estabelecidos nas Constituições anteriores
Leis 5.859/72 (empregados domésticos);
Lei 5.889/73 (trabalhador rural); 
Lei 6.019/74 (trabalhador temporário);
Constituição de 1988 (arts. 7º a 11º - direitos trabalhistas)
Separação dos direitos sociais da ordem econômica (“Dos Direitos Sociais”); (Dos Direitos e Garantias Fundamentais”).
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Conceito e Denominação do Direito Individual do Trabalho
O que é o Direito do trabalho? Para que serve? Quem pode usá-lo?
Conceito: Segundo Maurício Godinho Delgado: 
“o
complexo de princípios, regras e institutos jurídicos que regulam, no tocante às pessoas (empregador e empregado; trabalhadores e tomadores de serviço) e matérias envolvidas, a relação empregatícia de trabalho, além de outras relações laborais normativamente especificadas”.
Conceito ampliado após a EC nº: 45/2004: passou a incluir a relação entre trabalhadores e os tomadores de seus serviços.
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Subdivisão do Direito do Trabalho
Direito Material e Direito Processual do Trabalho.
Direito Material
Direito Individual do Trabalho: Tutela os sujeitos da relação de emprego (empregado e empregador) e contrato de trabalho;
Direito Coletivo do trabalho: Tutela as relações coletivas do trabalho, organização sindical, negociações coletivas e os instrumentos normativos (CCT e ACT)
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Fontes do Direito do Trabalho: CLASSIFICAÇÃO
Fontes materiais e Fontes formais
Fontes Materiais
Momento pré-jurídico; acontecimentos históricos, fatos sociais, econômicos ou políticos. (Ex.: greves).
Fontes Formais
É a norma já construída, materializada e exteriorizada (positivada).
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Classificação: FONTES FORMAIS (1/2)
Fontes Formais heterônomas: São aquelas produzidas e materializadas por um agente externo, um terceiro, em geral o Estado, sem a participação imediata dos destinatários principais das regras jurídicas. Exemplos:
CF/88, 
Emendas à Constituição (art. 60, da CF/88);
Lei complementar;
Lei ordinária;
Medida provisória;
Decretos;
Sentença normativa;
Súmulas vinculantes editadas pelo STF (art. 103-A, CF/88).
Tratados e Convenções internacionais (dependem de ratificação interna);
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Classificação: FONTES FORMAIS (2/2)
Fontes Formais autônomas: exercício da autonomia privada. Participação dos destinatários das regras produzidas, sem interferência do agente externo, do terceiro. 
Ex.: Convenções Coletivas de Trabalho, Acordo Coletivo do Trabalho e Usos e Costumes (art. 8º da CLT).
Usos: Prática habitual adotada em determinada relação jurídica (contrato de trabalho). Ex.: não trabalhar habitualmente aos sábados.
Costumes: Regra não escrita  Prática em determinado vínculo social habitual. Ex.: Fila.
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Figuras Jurídicas Polêmicas (1/4)
Sentença Arbitral/Laudo arbitral: terceiro (arbitro) decide o conflito coletivo  cria norma jurídica (fonte formal heterônoma - majoritária).
Art. 114, §1º da CF/88 – “Frustrada a negociação coletiva as partes deverão escolher árbitros”
Obs.: somente para conflitos coletivos (indisponibilidade dos direitos trabalhistas)
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Figuras Jurídicas Polêmicas (2/4)
Regulamento empresarial: não é fonte formal. Consiste em condições gerais do contrato, a que adere o empregado. Ato unilateral de vontade do empregador. Exceção: regulamento bilateral (participação dos empregados)  fonte formal autônoma (doutrina majoritária).
Jurisprudência (divergência): Não é fonte do D.T. (doutrina tradicional)  ausência de abstração, generalidade e impessoalidade – forma de interpretação dos tribunais.
É fonte formal (doutrina moderna – Godinho)  art. 8º CLT: fonte normativa supletiva
Súmula vinculante: São fontes formais (impessoais, abstratas e gerais).
Princípios Jurídicos (doutrina majoritária) : é fonte formal do direito face sua natureza normativa. O art. 8º da CLT estabelece ser fonte supletiva/ subsidiária do D.T. 
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Figuras Jurídicas Polêmicas (3/4)
Doutrina: não pode ser considerada fonte do Direito, uma vez que não vincula os magistrados e demais operadores do Direito.
Equidade: O art. 8º, da CLT, estabelece a equidade como fonte supletiva do Direito do Trabalho.
Não é um método nem uma técnica de interpretação.
Consiste na aplicação de uma regra semelhante para o caso em exame, no caso de lacuna (Pinto Martins)
É um pressuposto lógico da atividade interpretativa e aplicação da norma jurídica. (Não é fonte formal do direito)
Significa justiça perfeita, meta ideal do legislador, na elaboração da norma jurídica, e do juiz, na aplicação do direito (guia do juiz). 
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Figuras Jurídicas Polêmicas (4/4)
Analogia: Não é fonte do Direto. É método de integração jurídica (art. 8º, CLT)
Cláusulas Contratuais: Não são fontes de Direito do Trabalho (Godinho). 
Ausência de abstração, generalidade e impessoalidade  direcionada a todos.
Compõem-se de cláusulas concretas específicas e pessoais  entre as partes contratantes.
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Hierarquia entre as Fontes Normativas (1/2)
O critério geral (comum):
Fundamento de validade: norma hierarquicamente superior.
Constituição: vértice do ordenamento (Pirâmide de Kelsen):
Constituição;
Emendas á Constituição;
Lei complementar e ordinária;
Decretos;
Outros atos normativos;
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Hierarquia entre as Fontes Normativas (2/2)
Critério no Direito do Trabalho: 
Vértice  norma mais favorável (é variável).
Não será necessariamente a CF ou a lei, mas a norma mais favorável ao empregado.
Exceção: normas proibitivas e imperativas (cogentes) oriundas do Estado. (Ex.: Súmula 375 do TST: Os reajustes salariais previstos em norma coletiva de trabalho não prevalecem frente à legislação superveniente de política salarial - normas de ordem pública).
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Princípios do Direito do Trabalho
Conceito
 Princípios: São elementos de sustentação do ordenamento jurídico, os quais se ligam aos valores que o direito visa realizar.
Direito do Trabalho (entendimento majoritário): art. 8º da CLT  princípio somente tem força normativa supletiva (no caso de lacuna) função integrativa.
Funções:
Informativa ou Construtiva: servem de inspiração ao legislador (fonte material do direito).
Interpretativa: Auxiliam na interpretação da norma jurídica;
Normativa: aplicam-se na solução de casos concretos, em caso de lacuna normativa (o princípio atua como norma).
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Princípio Constitucional aplicável ao Direito do Trabalho
Princípio da Dignidade Humana
O ser humano como um fim em si mesmo, não podendo ser utilizado como meio para atingir determinado objetivo.
Veda-se a coisificação do homem, ou, no caso, do trabalhador.
Impõe limites ao poder diretivo do empregador e veda a discriminação nas relações de trabalho. 
Garante-se o mínimo necessário ao ser humano (direito natural. Ex.: vida, dignidade). caso da 2ª Guerra: positivismo jurídico  legalização do genocídio na Alemanha (força normativa dos princípios).
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Princípios Gerais do Direito aplicáveis ao Direito do Trabalho
Princípio da Boa-fé objetiva: Tanto empregado quanto empregador devem agir, em sua relação, pautados pela lealdade e boa-fé.
Aplica-se tanto no momento pré contratual, contratual e pós contratual (conclusão).
Princípio da razoabilidade: Agir com bom senso, no caso concreto, sempre que a lei não tenha previsto determinada circunstância. 
	Necessidade x adequação
Ex.: A punição (poder disciplinar) deve ser proporcional a infração (Razoabilidade).
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Princípios Peculiares do Direito do Trabalho
Princípio da Proteção (Protetor): consiste na utilização da norma e da condição mais favoráveis ao trabalhador. Subdivide-se em:
Princípio da norma mais favorável:
Art. 620 da CLT: “as condições estabelecidas em Convenção, quando mais favoráveis, prevalecerão sobre as estipuladas em acordos”.
Determina a aplicação da norma mais favorável ao trabalhador, independente do seu posicionamento na escala hierárquica (inspirada na teoria de Hans Kelsen).
Exceção:
Normas proibitivas estatais (exemplo: fixação dos prazos prescricionais – art. 7º, XXIX, da CF/88).
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Princípios Peculiares do Direito do Trabalho
Princípio da Proteção  Princípio da Norma mais Favorável
Critérios para identificação da norma mais favorável: 
Teoria da acumulação: seleciona-se os dispositivos mais favoráveis ao trabalhador, indistintamente. 
Teoria do conglobamento: busca-se o conjunto normativo mais favorável (confronto em bloco). É o critério adotado
de forma majoritária pela jurisprudência. 
Teoria do Conglobamento orgânico ou por institutos ou conglobamento mitigado: defende que a norma mais favorável deve ser buscada mediante a comparação das diversas regras sobre cada instituto ou matéria, respeitando-se o critério da especialização. 
Questão: uma CCT e ACT, ambas aplicáveis a um grupo de trabalhadores. Qual a norma mais favorável?
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Princípios Peculiares do Direito do Trabalho
Princípio in dubio pro operário/ in dubio pro misero: Havendo a possibilidade de duas interpretações para uma mesma norma, deverá o interprete escolher aquela que se mostre mais favorável ao empregado. 
Exceção: Não se aplica ao direito processual e no campo probatório; verificar quem tem o ônus da prova no caso concreto, de acordo com as regras do Código de processo civil (art. 333) e da CLT (art. 818).
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Princípios Peculiares do Direito do Trabalho
Princípio da Condição mais benéfica: 		
Impede a alteração contrato desfavorável ao obreiro;
Vantagens conquistadas, mais benéficas, não podem ser modificadas para pior (direito adquirido);
Obs.: A vantagem pode ser concedida de forma expressa (normas já existentes etc.) ou tácitas (prática habitual - dispensa do trabalho aos sábados);
Previsão: art. 468, da CLT; Súmulas 51, I,;277 (Ultratividade da norma coletiva) e 288 do TST.
Limites: Normas de ordem pública: Regulam situações especiais - podem impedir a incorporação da vantagem ao contrato de trabalho (proteção da saúde do obreiro). Ex.: Normas de Proteção à Saúde e Segurança do Trabalhador – alteração do horário noturno, com supressão do adicional.
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Princípios Peculiares do Direito do Trabalho
Princípio da Primazia da Realidade/ contrato- realidade: Os fatos prevalecem sobre os ajustes formais. 
Prevalência da verdade real em face da verdade formal. 
Previsão: CLT, art. 9º: “Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação”.
Princípio da Continuidade (art.7º, da CF/88): contratos por prazo indeterminado (regra).
Súmula 212 TST: “O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado.”
Exemplos de manutenção do contrato de trabalho: a) Garantias às gestantes, cipeiro, acidentado. b) sucessão de empregadores (arts. 10 e 448 da CLT). 
Mitigação ao Princípio da Continuidade da Relação de Emprego: FGTS (CF/1988, art. 7º, I) – possibilidade de dispensa imotivada.
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Princípios Peculiares do Direito do Trabalho
Princípio da inalterabilidade contratual lesiva: proibição de alterações do contrato de trabalho que tragam prejuízo ao empregado. 
Previsão legal: 
	"Art. 444 da CLT: “As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, às convenções coletivas que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes”.
		“Art. 468 da CLT: “Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e, ainda assim, desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia”.
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Princípios Peculiares do Direito do Trabalho
Princípio da Intangibilidade Salarial: Proíbe qualquer forma de restrição à livre disposição do salário pelo empregado.
Salário = Natureza alimentar (sustento da família).
Exceção: Irredutibilidade salarial, salvo disposto em convenção ou acordo coletivo, conforme previsto no art. 7, VI, da CF/88.
Princípio da Irrenunciabilidade: informa que direitos trabalhistas são, em regra, irrenunciáveis, indisponíveis e inderrogáveis.
Objetivo: proteger o trabalhador da supremacia do empregador.
Ex.: súmula 276 TST:“O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego”.
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