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Rio de Janeiro 
DIREITO DO TRABALHO I 
Professor: José Carlos Leite 
 
Unidade 1 - INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
1.1. Origem e evolução do Direito do Trabalho 
1.2. Conceito de Direito do Trabalho, características, natureza jurídica 
1.3. A inter-relação com demais ramos do Direito e outras ciências 
1.4. Princípios peculiares ao Direito do Trabalho. 
1.5. Fontes do Direito do Trabalho 
 
2 - RELAÇÃO DE TRABALHO E RELAÇÃO DE EMPREGO 
2.1. Conceito e distinção 
2.2. Requisitos da relação de emprego 
2.3. Espécies de trabalhadores sem vínculo de emprego: autônomo, eventual, avulso, estagiário, empreiteiro, 
voluntário, representante comercial autônomo 
 
Unidade 3 - SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO 
3.1. Empregado - conceito e definição legal 
3.1.1. Empregados urbanos 
3.1.2. Empregados rurais 
3.1.3. Empregados domésticos 
3.2. Empregador : conceito e definição legal 
3.2.1. Empregador, empresa e estabelecimento: conceito e distinções e empregador pessoa física 
3.2.2. Poderes do empregador: de comando e disciplinar 
3.2.3. Grupo econômico e suas alterações legislativas 
3.2.4. Sucessão trabalhista: requisitos e efeitos dentro do contrato de trabalho 
 
 
 
CONTEÚDO 
Unidade 4 - CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO 
4.1. Conceito, natureza jurídica, características 
4.2. Elementos essenciais do contrato individual de trabalho: nulidade e efeitos 
4.2.1. Agente capaz: idade mínima para o trabalho e normas de proteção ao menor 
4.2.2. Objeto lícito 
4.2.3. Forma prescrita ou não defesa em lei: ingresso na administração pública 
4.3. Duração do contrato de trabalho 
4.3.1. Contrato por prazo indeterminado 
4.3.1.1. Contrato de Trabalho em Teletrabalho 
4.3.2. Contrato por prazo determinado (a termo): regras gerais 
4.3.2.1. Contrato de experiência 
4.3.2.2. Contrato de aprendizagem 
4.3.2.3. Contrato de safra 
4.3.2.4. Contrato de obra certa 
4.3.2.5. Contrato por prazo determinado da Lei nº 9.601/98 
4.3.2.5. Contrato de Trabalho Intermitente 
4.4. Contrato de trabalho temporário da Lei nº 6.019/74 e alterações da Lei 13467/2017 
4.5. Terceirização com as alterações da Lei 13.429/2017 
4.6. Cooperativa 
 
Unidade 5 - ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO 
5.1. Alteração unilateral e bilateral 
5.2. Jus variandi e o jus resistentiae 
5.3. Promoção, rebaixamento, reversão: cargo de confiança e suas alterações 
5.4. Transferência provisória e definitiva 
5.5. Suspensão do contrato de trabalho: conceito, espécies e efeitos 
5.6. Interrupção do contrato de trabalho: conceito, espécies e efeitos 
 
Unidade 6 - SALÁRIO E REMUNERAÇÃO 
6.1. Remuneração: salário e gorjeta - conceito e distinção 
6.2. Salário 
6.2.1. Salário mínimo, salário básico, piso salarial: conceito e distinções 
6.2.2. Normas de proteção salarial, irredutibilidade, intangibilidade salarial (descontos no salário) 
6.2.2. Salário in natura 
6.2.3. Sobressalário: gratificações legais, comissões e importância fixa 
6.2.4. Prêmios, percentagens, abonos, diárias de viagem, ajuda de custo, adicionais 
6.2.3.1. Adicionais de insalubridade e periculosidade 
6.2.4. Salário complessivo 
6.2.5. Participação nos lucros 
6.2.6. Gratificação natalina 
6.3. Meios e formas de pagamento de salários 
6.4. Equiparação salarial, e desvio de função e as alterações legislativas 
 
Unidade 7 - DURAÇÃO DO TRABALHO 
7.1. Limitação do tempo de trabalho: fundamentos e objetivos 
7.2. Jornada de trabalho e horário de trabalho 
7.3. Jornadas especiais: bancário, telefonista, cabineiro de elevador, turnos ininterruptos de revezamento, 
aprendiz, intermitente 
7.4. Horas extras e variações de horário 
7.5. Compensação de horário: semanal, mensal e semestral (banco de horas) 
7.6. Empregados excluídos do capítulo da duração: trabalhador externo e gerentes 
Bibliografia Básica 
 
Cassar, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 16ª ed. Revista, Atualizada e Ampliada. São 
Paulo: Método, 2018 
 
Amauri Mascaro Nascimento. Iniciação ao Direito do Trabalho. 41 edição. Rio de Janeiro: 
editora LTR, 2018. 
 
Carlos Henrique Bezerra Leite. Curso de Direito do Trabalho. 10 edição. Rio de Janeiro: 
Saraiva, 2018. 
 
 
Bibliografia Complementar 
 
Delgado, Maurício Godinho. Delgado, Gabriela Neves. A Reforma Trabalhista no Brasil. 2ª 
Edição. São Paulo: Ltr, 2018. 
 
Junior, José Cairo. Curso de Direito do Trabalho. 15ª Edição. São Paulo: JusPodivum, 2018. 
http://www.estacio.br/reforcoacademico 
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Aula 1 
Origem e Princípios 
ORIGEM DO DIREITO DO TRABALHO 
 Trabalho vem do latim tripalium, espécie de 
instrumento de tortura de três paus ou canga que 
pesava sobre os animais. 
A primeira forma de trabalho foi a escravidão, 
em que o escravo era considerado apenas uma 
coisa, não tendo qualquer direito, muito menos 
trabalhistas. 
EVOLUÇÃO MUNDIAL 
• Num segundo momento, encontramos a Servidão. 
 Era a época do Feudalismo, em que os senhores feudais davam 
proteção militar e política aos servos, que eram livres, mas ao 
contrário, tinham que prestar serviços na terra do senhor feudal. 
 Os servos tinham de entregar parte da produção rural aos 
senhores feudais em troca de proteção que recebiam e do uso da 
terra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nessa época, o trabalho era considerado um castigo. Os nobres não trabalhavam. 
 
• Num terceiro plano, encontramos as Corporações 
de Ofício, em que existiam três personagens: os 
mestres, os companheiros/oficiais e os 
aprendizes. 
 Os mestres eram os proprietários das oficinas; 
 
 Os companheiros eram trabalhadores que 
recebiam salários dos mestres; 
 Os aprendizes eram os menores que recebiam dos 
mestres o ensino metódico do ofício ou profissão. 
• Havia nessa fase da história um pouco mais de 
liberdade ao trabalhador, os objetivos, porém, 
eram os interesses das corporações mais do que 
conferir qualquer proteção aos trabalhadores. 
 Revolução Francesa 
• Em 1789 as corporações de ofício foram suprimidas pela 
Revolução Francesa, pois foram consideradas incompatíveis com 
os ideal de liberdade do homem. Logo após a Revolução Francesa , houve o início da liberdade 
contratual. 
O Decreto d’Allarde suprimiu de vez as corporações de ofício, 
permitindo a liberdade de trabalho. 
Origem 
• O direito do trabalho nasce como reação ao 
cenário que se apresentou com a REVOLUÇÃO 
INDUSTRIAL: 
 
• Inglaterra – 1775 até 1820; 
• exploração desumana do trabalho; 
• classe trabalhadora se mobiliza no séc. XIX 
pedindo proteção e direitos trabalhistas. 
• Transformou o trabalho em emprego; 
• Os trabalhadores de maneira geral passaram a trabalhar por salários; 
• Surgimento da máquina a vapor como fonte energética; 
• Invenção da Máquina de Fiar e do Tear Mecânico; 
• Substituição do trabalho manual pelo trabalho com uso de máquinas; 
• Extinção de vários postos de trabalho causando desemprego; 
• Os trabalhadores começam a reunir-se, surge as associações de trabalhadores, 
para reivindicar melhores condições de trabalho e de salários, redução da jornada 
de trabalho, exploração de menores e mulheres; 
• O Estado deixa de ser abstencionista, para se tornar intervencionista, 
interferindo nas relações de trabalho; 
Marcos internacionais 
• 1802 – pela 1ª vez, na Inglaterra, é fixado o prazo 
máximo de 12 horas de jornada de trabalho. 
 
• 1919 – Constituição Alemã de Weimar traz 
direitos trabalhistas. - Na mesma data cria-se a 
OIT. 
 
• 1948 – Declaração Universal dos Direitos dos 
Homens. Oriundo da Revolução Francesa. 
 
OIT 
• Organização Internacional do Trabalho; 
• Sede em Genebra, Suíça; 
• Instituída através do Tratado de Versailles - 1919; 
• Organismo neutro, supra-estatal, que institui 
regras de obediência mundial de proteção ao 
trabalho; 
• Baseia-se em argumentos humanitários, políticos 
e econômicos. 
 
 Evolução no Brasil: 
• A Lei do Ventre Livre dispôs que, a partir de 
28/09/1871, os filhos dos escravos seriam 
livres; 
• A Constituição de 1824, apenas tratou de abolir 
as corporações de ofício (art.179, XXV, pois 
deveria haver liberdade de ofícios e profissões; 
• Em 13/05/1888, foi assinada pela Princesa 
Isabel a Lei Áurea, que abolia a escravatura. 
• Inicialmente, as Constituições brasileiras 
versavam apenas sobre a forma do Estado e o 
sistema de governo. Posteriormente, passaram 
a tratar de todos os ramos do direito e 
especialmente, do direito do trabalho, como 
ocorre em nossa Constituição atual; 
 
• A partir de 1930, começa a surgir uma política trabalhista idealizada 
por Getúlio Vargas; 
• A Constituição de 1934 é a primeira constituição brasileira a tratar 
especificamente do Direito do Trabalho, com influência do 
constitucionalismo social. Garantia da liberdade sindical (art.120), isonomia 
salarial, salário mínimo, jornada de trabalho de 8 horas, proteção do 
trabalho das mulheres e menores, repouso semanal, férias remuneradas 
(§ 1º do art. 121); 
• Em 1º de maio de 1943, foi editado o Decreto-lei nº 5.452, aprovando 
a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
• Em 5-10-1988, foi aprovada a atual Constituição , que trata dos direitos 
trabalhistas nos arts. 7º a 11. 
• Introdução da Lei 13.467/17 
 
• Conceito de CLT: 
 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) pode ser 
conceituada como um compilado de leis, em um 
único documento, em que constam as principais 
normas, referentes às relações individuais e 
coletivas, entre empregado e empregador. 
CLT e CRFB/1988 
• Entre 1949 e 1964 tem-se ampliação do mercado 
industrial interno e crescente mão de obra assalariada. 
• A CLT trouxe os direitos mínimos e fundamentais para a 
sobrevivência mínima dos trabalhadores. 
• A CF/88 trouxe o artigo 6º e 7º destinados a proteção do 
trabalhador. 
Conceito de Direito do Trabalho 
• “É um sistema jurídico permeado por institutos, valores, 
regras e princípios dirigidos aos trabalhadores 
subordinados, aos empregadores, empresas tomadoras 
de serviço, para tutela do contrato mínimo de trabalho e 
de suas obrigações decorrentes, sempre norteados por 
princípios constitucionais, principalmente da dignidade 
da pessoa humana”. Vólia Bomfim Cassar. 
Natureza Jurídica 
• A natureza jurídica do direito do trabalho é 
complexa – 4 acepções. 
 
• 1. Direito Público: possui normas imperativas, o 
Estado determina regras mínimas – art. 9º, CLT. 
 
• 2. Direito Privado: contrato entre particulares 
feito entre sujeitos privados. (majoritária) 
 
• 3. Direito Social: tem finalidade social, por 
amparar os hipossuficientes, caráter protetivo. 
 
• 4. Direito Misto: enquadra o direito do 
trabalho como público e privado ao mesmo 
tempo, por conter ambas as normas. 
 
Divisão do Direito do Trabalho: 
 
• Direito Individual do Trabalho: 
• Relação entre empregado e empregador. 
• Direito Coletivo do Trabalho: 
• Relação entre grupo de empregados e grupo de 
empregadores; 
• Envolve as categorias de empregado e 
empregadores. 
Relações do Direito do Trabalho com 
outros Ramos do Direito 
• O Direito é único e não comporta fragmentações, seus 
ramos apesar de autônomos são interdependentes e 
coexistem em harmonia. Vejam os exemplos: 
 
• a) Direito Constitucional – vide art. 7º da CF. 
• b) Direito Civil – origem do contrato de trabalho. 
• c) Direito Internacional – OIT 
• d) Direito Previdenciário e Tributário – FGTS, PIS. 
• e) Direito Penal – penas para delitos no trabalho. 
• f) Direito Empresarial – mudança da estrutura empresarial. 
 
Princípios podem ser conceituados como proposições 
diretoras de uma ciência, as quais todo o 
desenvolvimento posterior dessa ciência deve estar 
subordinado. 
 
No universo jurídico, temos inúmeros princípios 
considerados como regras ou preceitos, utilizados pelos 
juízes e juristas, como alicerce para a exata 
compreensão do Direito. 
 
Além dos princípios gerais de direito, temos princípios 
específicos referentes ao Direito do Trabalho. 
Princípios 
Princípios do Direito do Trabalho 
• 1. Princípio da Proteção: consiste na utilização da norma 
e da condição mais favorável ao trabalhador. Princípio que tenta 
corrigir as desigualdades entre empregado e empregador. 
 Tende a proteger os menos abastados, para evitar a sonegação dos direitos 
trabalhistas destes. 
 
 Para compensar esta desproporcionalidade econômica desfavorável ao 
empregado. O Direito do Trabalho lhe destinou uma maior proteção jurídica. 
 
 Está caracterizado pela intensa intervenção estatal nas relações entre empregado 
e empregador, o que limita em muito, a autonomia da vontade das partes. 
 
 O Estado legisla e impõe regras mínimas que devem ser observadas pelos agentes 
sociais. Estas formarão a estrutura basilar de todo contrato de emprego. 
 
 
• Seus subprincípios são: 
a) Princípio da Norma mais Favorável; 
b) Princípio da Condição mais Benéfica; 
c) Princípio in dubio pro operario. 
a) Princípio da Norma mais Favorável: havendo duas 
normas aplicáveis a um caso concreto, o intérprete deve 
utilizar a norma mais favorável ao empregado. 
novas leis devem dispor de maneira mais benéfica ao 
trabalhador. 
havendo várias normas a serem aplicadas numa escala 
hierárquica, deve-se observar a que for mais favorável ao 
trabalhador. 
b) Princípio da Prevalência da Condição mais 
Benéfica: busca-se na relação de emprego, a criação de 
condições e regras, mais benéficas ou trabalhador, como 
também, as vantagens já conquistadas, benéficas ao 
trabalhador, não podem ser modificadas a trazerem prejuízo 
ao trabalhador. 
 
vantagens já conquistadas, que são mais benéficas ao 
trabalhador, não podem ser modificadas para pior. É a 
aplicação da regra do direito adquirido (art. 5º, XXXVI, da 
Constituição Federal. 
Exemplo: Contrato de trabalho estabelece labor das 8 horas às 17 horas, de 
segunda a sexta-feira, com uma hora de intervalo para refeição e das 8 horas às 12 
horas aos sábados, com descanso aos domingos, respeitando o limite legal de 44 
horas semanais. Todavia, nos últimos anos o empregadorpermitiu que o 
empregado Manoel da Silva cumprisse, de segunda a sexta-feira, a jornada de seis 
horas, concedendo folga dos os sábados e domingos. 
Ao permitir que o empregado usufrua desta condição que lhe é mais favorável 
(trabalhar menos horas, com folgas também aos sábados) que aquela prevista no 
contrato de trabalho e na lei, o empregador limitou seu poder potestativo de 
variar o contrato e vinculou-se ao cumprimento desta nova condição mais 
favorável ao trabalhador, por tacitamente ajustada pela habitualidade (repetição 
no tratamento benéfico). 
 
Essas benesses se incorporam de forma definitiva ao contrato de trabalho. 
Não pode mais o patrão exigir o labor de oito horas diárias e o trabalho aos 
sábados, conforme ajustado na admissão e no contrato escrito. 
 Se o fizer, deverá pagar ao trabalhador , duas horas extras diárias, além das 
horas trabalhadas aos sábados também como extras. 
c) Princípio do “In Dúbio Pro Operário”: segundo 
este princípio, havendo dúvida quanto à interpretação de 
uma lei ou de um caso concreto, deve o intérprete decidir a 
favor do empregado; 
Há explícita necessidade de se observar as seguintes condições: 
• a) somente quando exista dúvida sobre o alcance da norma legal; 
• b) sempre que não esteja em desacordo com a vontade do 
legislador. 
Devem estar presentes alguns pressupostos, quais sejam: 
• Pluralidade de normas jurídicas; 
• Validade das normas em confronto; 
• Aplicabilidade das normas concorrentes ao caso concreto; 
• Maior favorabilidade, para o trabalhador, de uma das normas em 
cotejo. 
• 2. Princípio da Primazia da Realidade: Para o 
direito do trabalho, os fatos são sempre mais 
importantes que os ajustes formais, ou seja, a 
verdade real prevalece sobre a verdade formal. 
Concede, portanto, valor maior ao que 
aconteceu do que está escrito. 
Exemplo1: Um empregado é rotulado de autônomo pelo 
empregador, possuindo contrato escrito de representação 
comercial com o último, o que deve ser observado realmente são 
as condições fáticas que demonstrem a existência do contrato de 
trabalho. 
Exemplo2: Cartões de ponto não noticiam labor extra, apesar de 
assinados pelo empregado. Entretanto, o trabalhador sempre 
trabalhou duas horas extras por dia. Se comprovar o fato, este 
prevalecerá sobre os controles de ponto. 
Exemplo3: Empregado recebe R$ 2.300,00 mensais. Todavia, seus 
contra cheques consta apenas o valor do salário mínimo, sendo a 
diferença paga “por fora”. Se comprovar o valor do real salário 
pago, este fato prevalecerá sobre os recibos saláriais. 
• 3. Princípio da Continuidade: 
 Prioriza os contratos de trabalho por prazo indeterminado, 
trazendo assim, situações específicas em que é possível a 
contratação por prazo determinado. 
 
 Presume-se que o contrato de trabalho terá validade por 
tempo indeterminado, ou seja, haverá a continuidade da 
relação de emprego. 
 
 A ideia geral é a de que se deve preservar o contrato de 
trabalho do trabalhador com a empresa, proibindo-se, por 
exemplo, uma sucessão de contratos de trabalho por prazo 
determinado. 
• 4. Princípio da Inalterabilidade Contratual 
Lesiva: 
 
• São vedadas alterações no contrato de trabalho que 
tragam prejuízos ao empregado. 
• Alterações favoráveis podem. 
• Artigos 444 e 468 da CLT. 
Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das 
partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao 
trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades 
competentes. 
Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas 
condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou 
indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta 
garantia. 
A Reforma Trabalhista permitiu uma série de alterações 
contratuais, mesmo que prejudiciais ao empregado, como 
analisado a seguir. 
 Autorização indireta para alteração do trabalho continuo para trabalho 
intermitente, desde de que por ajuste escrito – art. 452-A da CLT 
 Supressão ou redução de direitos pela flexibilização dos direitos trabalhistas por 
meio das normas coletivas (art. 611-A da CLT. 
 Supressão da gratificação de função de confiança mesmo após dez anos, caso o 
empregado seja revertido ao cargo efetivo – art. 468, § 2º, da CLT. 
 Retirada da natureza salarial e permitida a supressão do auxílio-alimentação, 
das ajudas de custo, de diárias de viagem ou prêmios por determinação do 
empregador que antes os concedia por liberalidade – art. 457, § 2º, da CLT. 
 Retirada da natureza salarial das gratificações, salvo a de natal, art 457, §§ 1º e 
2º, da CLT. 
• 5. Princípio da Irredutibilidade Salarial: não 
se admite o impedimento ou restrição à livre 
disposição do salário pelo empregado. Tal 
princípio baseia-se na natureza alimentar do 
salário. 
Art. 7º, da CF: - São direitos dos trabalhadores (...) além 
de outros: VI – irredutibilidade do salário, salvo o 
disposto em convenção ou acordo coletivo; 
• 6. Princípio da Irrenunciabilidade: 
Os direitos trabalhistas não são renunciáveis, ou 
seja, o trabalhador não pode renunciar, por 
exemplo, ao recebimento do salário em razão de 
a empresa para a qual trabalha passar por 
dificuldades financeiras. 
 O art. 9º da CLT estabelece que “serão nulos de pleno 
direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, 
impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos 
trabalhistas”. 
Fontes do direito do trabalho 
Conceito: 
 
Meio pelo qual o Direito Trabalho se forma, se origina e estabelece suas normas 
jurídicas. 
 É a partir da fonte que se cria o direito e, como este, a obrigação e a 
exigibilidade ao cumprimento desta. A fonte formal regulamenta o 
comportamento das pessoas que, por sua vez, têm que ter ciência do direito 
que as obriga naquele momento. 
 São importantes para que empregado e empregador se conscientizem de que, 
além da força obrigatória do contrato de trabalho, existem outros regramentos 
que têm força coercitiva e que devem ser respeitados e cumpridas. 
Importância do assunto 
Fontes do direito do trabalho 
• Dentre as classificações comuns das fontes de 
direito, nos interessa a classificação tradicional 
em fontes formais e materiais. 
FORMAL 
MATERIAL 
FORMAL AUTÔNOMA 
FORMAL HETERÔNOMA 
Fontes Materiais 
• São aquelas ligadas ao conteúdo e ao fato social que dá 
origem ao direito positivo. É o momento pré-jurídico, o 
contexto social, psicológico, econômico, histórico que dá 
origem às normas. 
• Exemplo: 
 As reivindicações dos trabalhadores por melhores 
condições de trabalho. 
 Greves. 
 Pressões dos empregadores em busca de seus interesses 
econômicos ou para a flexibilização das regras rígidas 
trabalhistas. 
 
Fontes Formais 
• São as formulações jurídicas criadas para 
regulamentação do fato social. Sucedem as fontes 
materiais. Estas fontes são caracterizadas pela 
abstração, impessoalidade e imperatividade (norma 
cogente). 
 
Fontes Formais Autônomas: formadas pela 
participação direta dos destinatários das normas. 
 
• São elas: Convenção Coletiva (SxS) e Acordo 
Coletivo (SxE), Regulamento de empresa e usos/ 
costumes. 
Fontes Formais Heterônomas 
• Estas, normalmente, emanam da atuação estatal, ou 
seja, são formadas pela intervenção de um agente 
externo – O Estado que pode impor ou interferir na 
criação da norma. 
• São elas: 
• Constituição, leis em geral, decretos expedidos pelo 
Poder Executivo, sentença normativa, e súmulas 
vinculantes. 
• Art.8º, § 2º da CLT. 
a) Constituição – ( regras, valores e princípios); 
b) Leis – leis ordinárias, medidas provisórias; 
c) Decretos – expedidos pelo executivo; 
d) Tratados e convenções internacionais – desde que ratificados 
no Brasil. 
e) Sentença normativa – Art. 114, §2º da CF; 
f) Convenção e Acordo Coletivo; 
g) Laudo ou sentença arbitral coletiva– Art. 114, §1º da CF; 
h) Regulamento da empresa; 
i) Súmula vinculante 
j) Costume 
Fontes Formais segundo sua hierarquia formal. 
Métodos de interpretação ou 
integração da lei 
• São eles: 
• Analogia; 
• Jurisprudência; 
• Equidade; 
• Princípios do direito; 
• Direito comparado; 
• Doutrina; 
 
ATENÇÃO! 
Art. 8º, CLT - As autoridades administrativas 
e a Justiça do Trabalho, na falta de 
disposições legais ou contratuais, decidirão, 
conforme o caso, pela jurisprudência, por 
analogia, por eqüidade e outros princípios e 
normas gerais de direito, principalmente do 
direito do trabalho, e, ainda, de acordo com 
os usos e costumes, o direito comparado, 
mas sempre de maneira que nenhum 
interesse de classe ou particular prevaleça 
sobre o interesse público. 
§ 1º O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho. (Redação dada 
pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
§ 2o Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal 
Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão 
restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam 
previstas em lei. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
§ 3o No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça do 
Trabalho analisará exclusivamente a conformidade dos elementos essenciais do 
negócio jurídico, respeitado o disposto no art. 104 da Lei no 10.406, de 10 de 
janeiro de 2002 (Código Civil), e balizará sua atuação pelo princípio da 
intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva. (Incluído pela Lei nº 
13.467, de 2017) 
• Analogia; 
• Jurisprudência; 
• Equidade; 
• Direito comparado; 
• Doutrina; 
• Costume; 
• Uso; 
virtude de quem ou do que (atitude, comportamento, fato etc.) manifesta senso de justiça, 
imparcialidade, respeito à igualdade de direitos. 
relação de semelhança entre coisas ou fatos distintos. 
conjunto das decisões e interpretações das leis feitas pelos tribunais superiores, adaptando as 
normas às situações de fato. 
conjunto de ideias, opiniões, conceitos que servem de sustentação para teorias e interpretações 
da ciência jurídica; 
prática reiterada e/ou habitual de atos específicos e determinados de uma relação jurídica 
específica, não se tratando de uma fonte material, e sim formal autônoma 
verifica-se que, num contexto mais amplo, uma empresa, categorias, regiões, etc., podem adotar 
práticas habituais, firmando assim um modelo, ou um critério de conduta geral, impessoal. 
método de trabalho ou pesquisa que permite comparar elementos do direito de diferentes .

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