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GUIA DE ESTUDO
UNIDADE I
1
UNIDADE I
APRESENTAÇÃO
Aluno(a) EAD, seja bem-vindo(a)! Às aulas da disciplina de Filosofia da Educação.
Para iniciar as nossas aulas de Filosofia da Educação, gostaríamos de propor uma 
compreensão sobre a construção e contribuição do conhecimento racional, lógico, 
coerente e rigoroso da Filosofia do Ocidente. Vamos realçar os princípios da filosofia 
presentes na sociedade, em sua forma de pensar, sentir e agir baseados na reflexão 
filosófica por meio da prática. 
Gostaria de convidar você, aluno(a) EAD, para analisar o conteúdo da disciplina de 
Filosofia da Educação sem sair do seu ambiente virtual, pois, com a ajuda da tecno-
logia, podemos interagir com o ambiente de estudo de forma prazerosa e edificante.
Aqui vamos apreender como surgiu a filosofia, o seu sentido, importância e como ela 
contribuiu para a construção do conhecimento do homem no mundo. Em primeiro 
lugar vamos analisar onde encontramos as origens da filosofia e enxergar o valor 
e o sentido dessa ciência em nossa sociedade. Para complementar os nossos 
estudos, poderemos fazer uso, como apoio pedagógico, do livro texto de Filosofia 
da Educação/ Biblioteca Universitária da Editora Pearson Education do Brasil, São 
Paulo, 2014. 
2
A ORIGEM E O SENTIDO DA FILOSOFIA
Mesmo antes de fazer referência à Filosofia em si, e especificamente à Filosofia da 
Educação, faz-se necessário explicar como o homem, em sua caminhada de vida, 
compreendia o mundo por meio das reflexões. Muito embora nosso estudo tenha 
como finalidade refletir sobre a Educação, é a Filosofia da Educação que vai elabo-
rar essa atitude filosófica. Você irá conhecer, ao longo do nosso curso, as particula-
ridades de que trata essa parte da Filosofia. É bom lembrar que foram os gregos os 
primeiros filósofos do Ocidente. Mas não podemos esquecer que o Oriente sempre 
demonstrou, ao longo do tempo, sua forma de pensar o mundo com atitude filosófi-
ca. Para tanto, vale realçar as figuras de Confúcio e Lao Tsé na China, de Buda na 
Índia e Zaratustra na Pérsia, contudo suas teorias sempre estiveram mais ligadas à 
religião do que a um pensamento racional.
Muito antes da filosofia se estabelecer como forma racional de entender o universo e 
tudo que o constitui, surge uma forma de pensar por meio da imaginação e da fanta-
sia: aqui se estabelecia o Mito, como expressão e justificativa para os questionamen-
tos humanos.
O mito surgiu bem ante da filosofia -- foi como forma de explicar a origem do 
universo e de tudo que nele existia justificando assim sua existência. A palavra Mito 
vem do grego mytheos, que significa narrativa contada a outro por meio da crença. 
As relações do mito com a realidade se dava por meio das crenças divinas, ou seja, 
crença nos deuses, pois, para cada dúvida sobre a coisa, existia na mitologia uma 
justificativa em um deus. Por exemplo: Os homens não entendiam a origem das 
pragas sobre as plantações, então a deusa da fertilidade, Ártemis, a protetora da 
natureza estaria insatisfeita com as atitudes dos homens e não teria protegido os 
cultivos, desse modo, as pragas se apoderaram dos víveres.
As divindades gregas possuíam sentimentos, desejos e a elas eram atribuídos 
poderes mágicos e soberanos em virtude da imortalidade dos deuses. Sendo 
os homens seres mortais, estavam em condição inferior e de submissão aos 
deuses, esse era o grande embate que viveram os homens do mundo antigo até 
despertarem para a filosofia. É bem verdade que o mito respondia as dúvidas sobre 
tudo que existia no mundo, inclusive sobre a existência humana e sua ligação 
com a natureza como, por exemplo: compreender as catástrofes, os fenômenos 
da natureza, as pragas, as doenças dentre outros. Era muito comum nessa época 
fazer oferenda aos deuses como forma de agradecimento pelo livramento de uma 
epidemia numa cidade, ou ainda pelo sucesso de uma boa colheita de alimentos.
3
A figura abaixo mostra a imagem da deusa Ártemis, a protetora da natureza.
Fonte: http://sereduc.com/djA1uv
Aos poucos os homens vão conquistando o mundo e desmistificando cada vez 
mais a natureza. Nesse processo entendemos a passagem do mito para a razão, é 
quando o mito não mais responde as dúvidas dos homens, e surge a filosofia. Ela 
desmistifica a realidade racionalizando o mundo. Assim, a filosofia demonstra o seu 
poder como forma de interpretar o mundo e as coisas que existem nele. E Também, 
a filosofia pode se manifestar por meio da poesia, da arte e do teatro, bem como 
outras formas de expressão do pensamento.
Vamos agora fazer uma visita às origens da filosofia. A filosofia teria surgido apro-
ximadamente no ano VII ou VI a.C. na região da Ásia menor, na Grécia antiga, na 
cidade de Atenas. Foi por meio dos questionamentos sobre a natureza que os ho-
mens, não mais satisfeitos com as respostas dadas através dos mitos, resolveram 
duvidar e investigar o universo. Aí surgiram os primeiros filósofos, os chamados 
pré-socráticos ou filósofos da natureza. Tales de Mileto é um deles e também consi-
derado o primeiro filósofo da história da Filosofia, juntamente com outros como: Pi-
tágoras, Heráclito, Parmênides, Demócrito, investigaram a natureza e os fenômenos 
que despertavam o conhecimento sem atribuições divinas. Você poderá encontrar 
mais sobre as grandes conquistas dos pré-socráticos, além da relação entre mito e 
filosofia, das páginas 3 a 11 do livro. Nele você vai encontrar o que se entende por 
mito e filosofia: Introdução à Filosofia, de Paulo Ghiraldelli Jr. Monole, Barueri- SP, 
2003. Esse material encontra-se disponível na Biblioteca Virtual.
A imagem, se refere ao Parthenon ou Partenão. Foi um 
templo da deusa grega Atena, construído no século V a.C. 
na acrópole de Atenas. Fazendo uma leitura dessa ima-
gem, podemos destacar um simbolismo de poder dos deu-
ses gregos vinculados à fortaleza dos edifícios, além de 
que o Parthenon é considerado um dos maiores monu-
mentos culturais do mundo.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Partenon
4
A palavra Filosofia foi criada pelo filósofo Pitágoras, que vivia em Samos, cidade 
da antiga Grécia. Ele pensava e afirmava que todo homem por natureza deseja o 
conhecimento, e assim, etimologicamente, criou a palavra filosofia com origem nas 
palavras gregas: Philos + Sofia = Filosofia, que quer dizer ‘amigo da sabedoria’. 
Desse modo, Pitágoras explica que todo aquele que busca o saber é um filósofo e 
exerce a prática do filosofar. É interessante que você conheça um pouco mais sobre 
as origens da filosofia, como viveram os filósofos, seus pensamentos e práticas de 
vida. Para isso visite o link a seguir, ele vai te permitir uma investigação preciosa 
sobre o assunto acima abordado:
http://www.mundoeducacao.com/filosofia/origem-filosofia.htm
Mas a filosofia não deseja o saber por saber; ela se preocupa com o rigor do 
pensamento por meio da razão, investiga o saber isolando a possibilidade do falso, 
da opinião e da imaginação, negando tudo que é fantasioso ou mitológico. Portanto, 
a Filosofia é uma ciência que vai além do físico, como dizia Aristóteles, ela é 
metafísica, é a ciência primeira. Porque ela explicava que o problema do homem não 
é a vida, mas o problema do homem está no Ser, e esse pode ser solucionado por 
meio das experiências, através das deduções lógicas e racionais dos problemas. 
O recurso a seguir não é complementar para seus estudos, porém, se você quer 
saber mais sobre a origem do ser, veja no link a seguir: 
http://www.pucsp.br/pos/cesima/schenberg/alunos/paulosergio/filosofia.html
Para uma leitura interessante e prazerosa, veja o vídeo sobre a origem da filosofia 
no Youtube (o vídeo tem uma duração de aproximadamente 2 minutos): 
http://www.youtube.com/watch?v=YxuwrgZaIBs
Muito embora a filosofia não trate de questões economicamente viáveis em termos 
de lucro, como emana o sistema econômico capitalista,ela tem demonstrado, ao 
longo do tempo, que sua utilidade e importância se encontram implícitas no cotidiano 
do homem moderno. Para tanto, vale realçar que a atitude filosófica está em tudo 
como, por exemplo: a ética surgiu com Sócrates no século VI a.C. e ainda hoje é 
professada, porém confundida com práticas morais inconsequentes ou ainda valoriza 
apenas no discurso, porque na prática é ignorada pelos homens em sociedade. 
Outro exemplo que podemos destacar é a grade obra de Jean Jacques Rousseau, 
“O Contato Social”, que influenciou a Revolução Francesa. E mais: o pensamento 
dos filósofos alemães do século XIX e XX teria influenciado, terminantemente, para 
os regimes políticos nacionalistas e, consequentemente, gerado comportamentos 
separatistas e preconceituosos durante e depois da Segunda Guerra mundial. Além 
dos crimes políticos, étnico e os de genocídio contra a humanidade, como exemplo: 
o caso contra os judeus. Portanto, se pensar sobre política tem importância, filosofia 
é importante; se pensar sobre uma melhor educação tem importância, então filosofia 
é importante; se pensar sobre tudo o que existe no universo é importante, então a 
filosofia tem sua importância, desde que se pense com o rigor do pensamento. Para 
você ilustrar seu conhecimento, sobre a importância da filosofia na vida prática, veja 
na íntegra a leitura do estudo no site a seguir: 
http://www.cfh.ufsc.br/~mafkfil/ewing.htm
5
Como exercício de aprendizagem, disponibilizamos um Fórum de discussões 
acadêmicas com a intenção de refletirmos um pouco mais sobre a Filosofia da 
Educação, visite o fórum no ambiente virtual do aluno. 
Fonte: Introdução à Filosofia, textos básicos de Filosofia e Ciências Humanas. Paulo 
Ghiraldelli Jr. Manole, Barueri, SP, 2003.
Eros, Thauma e Aporia
Depois de construirmos um conhecimento sobre a passagem do mito para a filosofia, 
o seu surgimento e importância, vamos conhecer Eros, como deus grego, e sua 
importância para a filosofia da educação, além de analisar o Thauma e a Aporia na 
construção do conhecimento humano.
Eros, para os gregos -- para os romanos ele é conhecido como Cúpido – é 
considerado deus do amor. Eros nasceu da relação entre o deus Poros e a deusa 
Pínia ou Penuria. Conta a mitologia que Zeus, o maior de todos os deuses gregos, 
iria dar uma festa no Olimpo para comemorar o nascimento da deusa Afrodite. Lá 
todos os deuses e deusas deveriam estar presentes, mas as deusas pediram a Zeus 
que vetasse a presença da deusa Penuria, porque essa deusa era considerada 
pelas outras mal educada, não possuía modos para comer e além do mais andava 
mal vestida e esfarrapada. Então, o deus Zeus vetou a entrada de Penuria na 
festa. Enquanto isso existia um deus chamado Poros, muito engenhoso e fanfarrão, 
que gostava de curtir as festas do Olimpo até o fim, estava Poros no final da festa 
largado nas almofadas e apreciando um bom vinho, quando surge Penuria comendo 
restos de comida, então aí começa uma sedução por parte do deus e Penuria cede 
aos seus encantos. Dessa relação amorosa nasce Eros com características da 
mãe, onde aparece com roupas esfarrapadas, faminto e com muita engenhosidade 
adora fazer as pessoas flertarem. Por isso chamado deus do amor, para justificar 
a origem do Amor. Sobre a biografia do deus Eros poderemos ver mais sobre o 
que a mitologia grega trata a respeito dos deuses. Tais como as relações de poder, 
os sentimentos e a interferência na vida prática das pessoas. Isso não apenas 
no passado longínquo, mas sobre a conservação de valores ligados aos mitos e 
conservados até hoje. Sendo assim, leia o que diz o texto apenas sobre o deus Eros 
e faça uma reflexão com a unidade 1, veja no link: 
http://www.infoescola.com/biografias/eros/
6
Para Empédocles, filósofo pré-socrático, Eros, o deus grego do Amor era 
descendente do Caos, pois era considerado como uma divindade primordial. 
Enquanto o Caos era o representante do vácuo primitivo reinante no Universo, Eros 
é a energia que organiza e unifica o universo.
Agora faremos uma análise sobre a mitologia grega e usando o mito de Eros, 
deus do Amor, vamos refletir sobre a sua ligação com a Filosofia da Educação. É 
importante fazer uma leitura sobre a metáfora do deus Eros e sua ligação com a 
Educação, pois, o deus do amor, em sua trajetória e ação no mundo, provoca o 
desejo de conhecer. Desse modo, fica a indicação para uma pesquisar posterior 
sobre o estudo no link: http://www.hottopos.com/videtur18/gilda.htm
Thauma
O que se entende por Thauma? O pensamento filosófico tem sua origem no 
Thauma, pois, na origem da palavra, significa espantar-se, admiração ou a 
perplexidade por algo ou alguma coisa. Daí, o desejo de conhecer e aprofundar o 
conhecimento sobre o mundo. O homem se admira da natureza e a investiga.
O espanto é muito usado pelos filósofos gregos, especialmente pelos socráticos, 
Platão e Aristóteles. Quando em suas reflexões filosóficas, apontam o mistério da 
existência humana e é, a partir daí, que se referem à percepção humana. Sobre 
essa questão podemos afirmar as percepções como: a linguagem, desde as formas 
mais simples até as mais complexas formas de comunicação humana; também, a 
manifestação da arte em sua multiplicidade de demonstração de criar; além das 
manifestações da natureza e dos sentimentos humanos. Aqui vai a sugestão para 
uma reflexão sobre as manifestações do espanto humano enquanto a surpresa do 
conhecimento. Para tanto, você poderá ler na íntegra o texto a seguir, 
Veja o link http://www.recantodasletras.com.br/redacoes/4336716: 
Aporia
O que se entende por Aporia? Podemos afirmar que Aporia, segundo a etimologia 
grega, significa “ausência de poros”, ou seja, aquilo que não tem saída, solução, e 
que está sem caminho, mas, ao mesmo tempo, é uma espécie de enigma, embora 
seja considerado mais lógico do que mágico ou espiritual. 
É diante da Aporia que o pensador insiste em descobrir o verdadeiro saber das 
coisas. Aqui não estamos tratando de verdade enquanto verdade em si mesmo, 
pois a verdade de um pode não ser a verdade para outro. Mas estamos falando 
da verdade lógica das coisas, pois a verdade não é a do filósofo, mas o que 
nosso entendimento responde como lógica e coerência. Desse modo, Aporia é 
de suma importância, pois, sem caminho e sem resposta, isso nos faz insistir nas 
investigações filosóficas. Se você desejar investigar um pouco mais sobre Aporia, 
veja o link a seguir, ele tratará informações explicativas que justificarão a importância 
e argumentação necessária para esse aporte teórico do desejo humano. 
7
Muito embora não seja obrigatória a leitura do texto que se encontra no link para 
complementação da unidade 1, ele serve para contemplar conhecimentos. Para 
maior investigação do que se entende por Aporia, siga o link: 
http://sereduc.com/3U5dT9
A partir de agora, você poderá encontrar, no ambiente virtual do aluno, exercícios de 
aprendizagem, nos quais sentirá que está tendo o retorno do que está estudando e 
dos conhecimentos que tem construído.
Considerando os atributos do deus Eros como a referência do amor por algo, por 
alguém e por alguma coisa; da Aporia como algo sem solução, mas que, sendo 
assim, nos estimula a buscar um caminho; e do Thauma como o verdadeiro espanto 
para com a realidade, podemos ir ao encontro do que chamamos reflexão e prática 
da educação.
Como foi citada no início do nosso estudo, a Filosofia da Educação é parte da 
Filosofia que se preocupa em refletir as práticas pedagógicas. Desse modo, qual o 
conceito de Filosofia da Educação, o que é Filosofia da Educação? Podemos dizer 
que a Filosofia da Educação está para a reflexão teórica das formas de compreender 
as práticas pedagógicas. Bem como ela visa fundamentar teoricamente a prática 
pedagógica de determinada educação. O filósofo da educação justifica a atividade 
do pedagogo. Esseconceito encontra-se na Fonte: Filosofia da Educação. Paulo 
Ghiraldelli Jr. Barueri , SP,Manole,2003, pp.34.35.
Como conclusão desse primeiro momento sobre o deus Eros, aquele que pelo poder 
do amor pode educar e buscar soluções para a compreensão e o saber das coisas, 
ainda contemplando o saber, podemos buscar na Aporia as dúvidas pela falta de 
solução dos problemas da educação e completamos nosso objetivo com o Thauma, 
buscando as formas de conhecimentos por meio do espanto da realidade.
A história da filosofia mostra que, com o passar do tempo, os filósofos foram se 
organizando e formando escolas do pensamento. Essas escolas tinham como 
objetivo estudar as ideias e formar teorias sobre o mundo. As escolas filosóficas 
tinham sempre um líder como representante, que concentrava os seus discípulos ou 
seguidores. Como exemplos de escolas filosóficas: Escola Pitagórica, de Pitágoras; 
Escola Atomista, composta por Demócrito e Leucipo, e outras.
Para melhor compreensão, devemos realçar que a filosofia dividiu-se em dois 
grandes períodos. Um chamado período Pré-Socrático, antes de Sócrates, ou 
período da Filosofia da Natureza, em que os filósofos estavam preocupados em 
estudar os fenômenos da Physis ou a natureza em si mesmo. E outro, chamado de 
Período Antropológico ou Socrático, cujo momento se inicia com Sócrates, quando 
os seus seguidores irão estudar o homem e as competências humanas, tais como a 
ética, política, os sentimentos dentre outros.
A partir de agora, vamos fazer uma reflexão sobre as primeiras formas de pensar 
o mundo. Em primeiro lugar vamos analisar o que pensava Heráclito de Éfeso e 
depois Parmênides de Eléia. O primeiro era considerado como pai do mobilismo, o 
segundo ficou conhecido pelo seu monismo. Agora vamos entender como cada um 
deles pensou as suas teorias.
8
Heráclito
Sendo Heráclito um filósofo pré-socrático, e não tendo deixado muito escritos, 
apenas fragmentos, ele ficou conhecido pela teoria do mobilismo. Essa teoria 
tratava de que a origem de todas as coisas está no elemento primário da natureza, 
o Fogo. É pelo fluxo da transformação do fogo, que tudo muda o tempo todo. Em 
seus pensamentos, dizia Heráclito: “Não se pode entrar num mesmo rio duas vezes, 
porque, quando o homem entrar no rio pela segunda vez, nem o rio é o mesmo, nem 
o homem é mais o mesmo”. Desse modo, para Heráclito, as coisas e o mundo estão 
em constante movimento e mudam o tempo todo. 
Parmênides
Parmênides de Eléia foi considerado o pioneiro do monismo, escola filosófica que 
influenciou o pensamento de Platão, criou sua própria escola filosófica e desprezava 
as opiniões pessoais dos homens, pois afirmava que a opinião em nada construía, 
somente atrofiava as formas do pensamento. A teoria filosófica de Parmênides vem 
de encontro ao pensamento de Heráclito, pois em suas análises estão concentradas 
os princípios da importância, da diferença, do ser e do não ser. Ser e pensar 
é a mesma coisa, não é possível provar a existência do não ser e o ser é a 
realidade ao nosso redor inalterável e imóvel.
Sócrates e a Maiêutica
A partir de agora, vamos encontrar com o mais instigante filósofo de toda história da 
filosofia: Sócrates. Ele vem nos proporcionar um saber por meio do questionamento, 
por meio do método da Maiêutica, que em grego quer dizer “aquele que conduz a luz 
do conhecimento”.
O questionamento socrático é também chamado o incômodo de Sócrates. Seu 
método, a Maiêutica, foi atribuído à postura profissional que tinha sua mãe por 
parteira: ela ajudava as criancinhas a chegar ao mundo, trazendo-as à luz da 
vida, enquanto Sócrates trazia os jovens à luz do conhecimento por meio do 
questionamento. Muito embora Sócrates não tenha deixado um legado escrito, foi 
seu discípulo Platão quem escreveu sobre o que ele deixou. Na obra: “A República” 
de Platão, o autor descreve uma apologia a seu mestre – ela se encontra no sétimo 
livro: “O Mito da Caverna” ou também conhecida como “Alegoria da Caverna”. 
Nela vemos uma metáfora que trata da forma como se desperta para buscar uma 
solução viável para a educação. Conta Platão que, estando os homens presos e 
acorrentados em uma caverna desde os seus nascimentos, não conseguiam ver 
o que se passava fora da caverna, pois apenas uma pena luz passava pela fresta 
da caverna: tudo que eles conseguiam ver eram apenas sombras distorcidas da 
realidade. Um dia um dos prisioneiros consegue soltar as amarras e sai. Quando 
chega lá fora, vê tudo muito diferente do que ele via antes de sair de lá. Então, ele 
volta e conta o que viu para seus companheiros. Mas ele não foi entendido, e o 
matam. 
9
O texto escrito por Platão, sobre o “Mito da Caverna”, é de fundamental importância, 
pois o texto trata de várias interpretações sobre a realidade, no que diz respeito à 
filosofia da educação. Para tanto, vale realçar as percepções do mundo ideal e do 
mundo real. Desse modo, veja, na íntegra, o texto. Ele contempla o nosso estudo da 
unidade 1, e está disponível no link a seguir, veja a tradução do texto e o estilo em 
diálogos: http://www.usp.br/nce/wcp/arq/textos/203.pdf
A imagem abaixo trata do julgamento de Sócrates, aqui ele é acusado pelo crime 
de corrupção da juventude. As acusações estavam centradas na forma de Sócrates 
questionar a cultura da sociedade ateniense, assim, ele acabou contraindo muitas 
inimizades -- o que culminou na sua condenação. Embora tendo ele direito à defesa, 
não aceitou, pois sabia que seus algozes armariam outra cilada para liquidá-lo.
Fonte: http://sereduc.com/7afiw6
Aqui fica um questionamento, uma leitura sobre a Alegoria da Caverna, mas também 
podemos fazer uma analogia com a educação. A leitura é opcional, sendo assim, 
visite o link: http://www.univ-ab.pt/~vcardoso/articles/Il_re_ed.html
Sócrates se interessa pela existência humana, ele faz uma ironia ao trabalho de 
parteira da sua mãe, quando compara com a Maiêutica, pois, ninguém é mestre 
de ninguém, apenas auxiliamos pessoas a chegarem à luz, a si mesmo, por meio 
da reflexão e dos questionamentos. Seu método dialético serviu, sem dúvida, para 
desmontar os falsos conhecimentos, tanto no que diz respeito à busca da verdade 
como para a construção da própria ética em sociedade.
Para tanto, a contribuição do pensamento ainda permanece apesar dele não deixar 
nada escrito, devido a sua morte precoce, pois ele teve de tomar veneno induzido 
pelo poder aristocrático da época. O pensamento de Sócrates influenciou e ainda 
influencia o pensamento ocidental.
A Paidéia como forma de educação
Dando continuidade a nossa investigação filosófica sobre a educação, na Grécia 
antiga a ideia de cuidar estava diretamente ligada à educação dos filhos, sendo 
que essa deveria ser dispensada a tarefa do Estado. A educação estava presente 
primeiramente na família grega, depois era costume desenvolver as potencialidades 
das crianças visando serem eles bons cidadãos, pois a Grécia sempre foi modelo 
de democracia, especialmente em Atenas. É tanto que a palavra Paidéia em grego 
10
significa “criação de meninos”, levando em consideração que criar é cuidar, e cuidar 
é educar para o bem. Sendo assim, a ideia de cuidar estava ligada a ideia de 
cultivar, mas no sentido de cultura, formação, conhecimento e, consequentemente, 
educação. A educação do grego estava centrada na formação do bem e do belo. 
Logo, a formação educacional do grego acumulava outros conhecimentos como as 
artes, o teatro, a matemática, a música, a poesia, a physis (natureza) e a política.
Fonte: http://sereduc.com/LWY1Nq
A dialética, como campo de investigação da filosofia, pode representar as mais 
variadas formas de interpretação da realidade, para tanto, você poderá ler de 
imediato e constatar o que diz respeito à importância do diálogo na formação e 
edificação do conhecimento humano, assim sendo, veja o que diz o link a seguir:http://www.infoescola.com/filosofia/dialetica/
Depois de uma breve leitura sobre a dialética, segundo a história da filosofia, 
depois da morte de Sócrates, seu discípulo Platão criou uma teoria chamada 
teoria do mundo das ideias que vem justificar a origem do conhecimento. Muito 
embora Platão tenha sido aluno dileto de Sócrates, ele também foi influenciado pela 
escola pitagórica e produziu inspirações a partir dos pensamentos de Heráclito e 
Parmênides. 
Segundo Platão em sua teoria do “Mundo das Ideias”, a realidade em si não é 
percebida pelos nossos sentidos, isso porque o que nós percebemos da realidade 
são apenas impressões imediatas ou as formas, apenas aparências. Pois é no 
mundo das ideias que se encontra o inteligível, ou seja, as ideias. De acordo com 
Platão, quando nascemos, encarnamos, nós esquecemos o nosso passado, e, 
algumas vezes, nós nos lembramos de algo ou de algumas coisas, mas também 
às vezes não lembramos. Aqueles que lembram mais, esses são os mais atentos 
à realidade essencial, enquanto que aqueles que lembram pouco estão mais no 
mundo sensível, ou seja, no mundo das aparências. Foi a partir daí que Platão 
concluiu que o mundo das ideias apresenta a natureza primeira e inalterável. Para 
tanto, a teoria do mundo das ideias de Platão colabora com as primeiras formas de 
pensar a origem do conhecimento humano. (Fonte: Introdução à Filosofia, textos 
básicos de Filosofia e Ciências Humanas. Paulo Ghiraldelli Jr. Manole, Barueri, 
SP, 2003.)
Mas, enquanto Platão estava pensando a origem do conhecimento e justificava 
por meio da sua teoria do mundo das ideias, Aristóteles, seu discípulo, grande 
companheiro e seu maior refutador, ou seja, questionador, pensava o contrário de 
seu mestre. Aristóteles entendia a realidade como ela era em si mesma: para ele a 
abstração sobre o mundo e as coisas faz com que as ideias sejam formadas dentro 
da mente de cada ser humano. Por isso o pensamento de Aristóteles é mais o real 
que o imaginário, enquanto Platão é o imaginário. Enquanto Platão olha para o alto, 
o imaginário; Aristóteles olha para o chão, o real. 
11
Veja a figura abaixo ilustrando bem essa passagem da história do pensamento 
ocidental.
Aristóteles, em sua obra A Metafísica, constitui um caminho para a formação 
do conhecimento. Nela estão os cinco princípios básicos, de onde ele parte das 
sensações até chegar à ciência em si. Para ele, o conhecimento começa com os 
sentidos, em seguida vamos percebendo, depois memorizamos e representamos 
essas sensações e, por fim, experimentamos. É aí que nós elaboramos as nossas 
compreensões sobre o mundo e tudo que nele se encontra.
Aristóteles foi considerado o pai da ciência, por ele ter constituído um cabedal de 
conhecimentos, pois ele passou por toda a área do conhecimento, desde a ética, 
linguagem, poesia, matemática, arte, música, ciências da natureza e biológicas. 
Pelo que vimos até agora, tanto na construção dos conceitos de mito como de 
filosofia, podemos considerar que estamos no caminho para compreender o 
desejo do saber do homem no universo. Isto é o que chamamos da chave para 
o aprendizado humano. Além do mais, podemos afirmar que os responsáveis 
pelas investigações filosóficas sobre as coisas e o mundo sempre estiveram 
dispostos a buscar esse saber por meio da razão, ou seja, pela investigação 
filosófica. Sendo assim, fica a certeza de que concluímos a unidade 1.
Com a bagagem de material que foi disponibilizado para você até o momento, 
procure realizar os exercícios que se encontram no ambiente virtual do aluno -- eles 
irão ajudar a construir mais conhecimentos.
12
Referências Bibliográficas
GHIRALDELLI, Paulo Jr. Introdução à Filosofia, textos básicos de Filosofia e 
Ciências Humanas. Paulo Ghiraldelli Jr. Manole, Barueri, SP, 2003.
______, Filosofia da Educação, Ática, São Paulo, 2006.
VASCONCELOS, José Antônio. Fundamentos de Filosóficos da Educação. 
Manole, Barueri, SP, 2003.
CESCON, Everaldo; NODARI, Paulo César. Temas de Filosofia da Educação. 
EDUCS, Caxias do Sul, RS, 2009.

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