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Psique Edição 152

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A BUSCA PELO EQUIL~BRIO 
EMOOONAL NA VIDA M10DERNA 
IJi ! • • , • ,. . 
FIL0S0FlCO 
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Acesse www.iescal'a.com.br 
1 ;edit,oraeSicilaoficia 1 
O objetivo de Voltaire ao elaborar seu Di,cioniá rio 
Filosófico é l.u ta r contra tabus seculares e milenares, 
a fim de abrir as mentes para o mundo e o mundo 
p,ara o espírito crítico .. Ou1 pelo menos~ para a reOexão, 
p,ara o uso real e sem medos da _própria razão .. 
, 
Lafonte 
O editorial 
/ ________ _ 
Otimismo, esperança e 
emoções posit ivas 
..-i..._ abe aquda \relha mã."!dma de enxer~v o copo meio, cheio 100 meio vazio? 
Un1a analogia que 'revela a fomia de ,como encarmnos a \'ida .. pois esse 
· · componarnento parece ser n1iais sério do que pensamos.. 
&"1:udos na ã:rea da Neurociêncla :revelam ,que manter uma posttb'a otimis-
ta pode p.rot,eger o ,cérebro. aruxiliaodo no aurmento de nosso ll,e1n.-estar. T:.1.01bém 
melhora o desempenho ao trabalhoi, ía1,•or-eoe nossa saúde contrra depn:ssão ,e AVC, 
auxilia na rccupc.Ta,ç-lo do1 cãncieli de tinama, entre 'tMtos outros beneficios ger-J.dos 
pelo hábito de oonstruir ,experiências eanociona:i posítiva.s. 
?-.-las o artigo de capa desta edição da Psique Ciêmcia&Vida afir-
inra que ser otimista não1 ré negar a realidade ,ou fechar os ollios 
para os impasses <JUe 'ternos que eufrent:ru- cotiidianamenrte, con10 
muitos acredlita-m. 
St.--goodo l\ liriam 'Rodrigues, psic6loga especialista em l-1edici-
:oa Comportaimen.t:.d e aurora do r,eÃ~º~ ttser oti1nista é unla pos-
tura dianme da 11i~ que é fruto de pensa1nentos, que nos !mm à 
ação. É a bUSC'a para lidar e so'lurionar os problemas~ PortJnto, 
nesse sentido1o não, in1por.tam o ê~to Olll fi-acasso frente a uma 
:niova artuaçào. O importante é que o, od misn10 ajuda a sennos 
tinais eriati,.,,os ,e !hábeis diante do en.frentrunento das adversidades 
e se C31i'acteri2.3 pela oooduta. de não desistir. 
E por führ· em1 otimms_1110. ainda há mais uma boa motkia: essa 
,tisl1o positi\'a pode s.er aprem.dida e treinada, -afinal o o&ebro é 
plástico C' se reorganiza 
IEntiio, vista-se do seu melhor soniso1 e prepru,e-s.e para ler ,este 
artigo que pode fazer ,~ocê ver o mundo de outra. maneint. 
Boa leituraf 
Gláucia 'V'io1a 
ZUW"J:.facebook.rom/Portal&pacodt&btr 
+'Eu SfJll um oti1111~rto., l "-rliio nze parece 
1111-11w 1Itzl ser ,ott'fm coisa.~ 
fY~ttJ11 Ourdti/1 
"" . su1nano 
CAPA 
ENT1REVISTA 
Psicólogo Leonardo ~faseam 
se posiciona rontra o excesso 
de· medicalização. uma pratica 
cu]~ura! dos tempos modemos 
SEÇÕES 
06 El-1 CA?\.1PO 
1811' FOCO 
10 PS[COPEDAGOCJA 
32 PERF1t. 
34LJYR05 
SO UTILIDADE PÚBLICA 
52 NEUROCJtNCL~ 
54 R.ECUR50S HUJ\l.ANOS 
62 D1'rà LrfE'R.o\RJO 
64 C]NF..At-\ 
80 EJ\.,1 CONTATO 
82 PSIQUI.ATRlA FOREI'JSE 
Ter um cérebro otimista 
Já está pro,tado que wna 
visão posi6,~ e esperançosa 
da \iida ajuda na aquisição 
de bem-estar,, melhora 
aperfonnance 
profissional 1e a soode 
MATÉRIAS 
22 
O cuidado 
com a autoestima 
1Col.ocar io amor-pmprio 
,t!ffi primeirro plano pode 
ser a 1cltave p-dra o sucesso 
douatrunentodecawsde 
,obes,idade 
Apoio e mo,cional 
em quatro patas. 
Alguns animais. 
especialmente os 1a1cho1TOS, 
são 111Sados oom frequência 
no~ de kr"pías para 
inútncros problemas 
lnfaincia vulnerável 
Pesqm5adores se 
debruçim sobre a 
significarti.,ra e\'OillÇID 
dai ocorrência de 
psicopatologia.5 etn 
crianças e adolescentes 
DOSSI~: UM MUND1O 
EM V8-00IDADE 
A pl'OCW'a pelo 10C}Ufilôrio emocional 
está rada vez mais em pauta para. qu.e o 
ser humano enrontre seu bem-e.ruv 
""' A RELI UIA 
ARELfQUIA 
Uvro: A ~efiquia 
Nú1m,ero de página5: 180 
Editora: Lafionte 
4
~Ele é o Proust da língua portu:guesa~ afirmou 
ufillft o jornal The New York Times ao se referir a Eça de 
Queiros. Assim como o escritor fra.11cês, o ma.is 
in1.portante romancista português do sku1o XIX 
trabalha su.a 1Utrat1va a pa1tir da obseintaçio das 
·,ridas mterio:r e exterior de seus personagens. sem 
perider o o1lh,air ,crítico dos \ralores e costumes,, da 
política e da religião. Com a obra A Rel'áquiu;, e]e 
concorreu ao prêmilo D. Luis da Academia Real de 
Ciêndas. E.m 18S7, época da publicação do livro, 
Eça já entendia que seu tempo era consumido 
pelas incertezas, da intdigéncia e angustiado pelos 
~ormentos do dinheiro. Como llllDl 1rerda.deiro 
À v1enda nas ban,cas e, na l,ojai Escala: www.escala.com.br 
.. 
em campo, 
EVOLUÇÃO PRÓ-PREGUIÇA 
.AP() SÉC 
H !\i'I.A 
LO I PRE ER\.A)JDO E rE,RGL~ 
O1S REJE;IT.A:\] -~TI\ TID .. ..\DE : Fi IDCA 
R.ecen ~es e~t udtu da. British Columbia (R U) p,u.bl~cados na .re .... ~~a cien líliica 
,.l'r,.Vr.rm.ipJyt~Dlo&,· mo,:;,tram e c-xplic31m cstí.lt'Ístmcaas que apont:un p.iira o fato drc- que, 
mesmo dia n!e de iqúmcras poUticalj. p úblkas pró-fito cs..s.. cs1arfo1mos nM tornan-
do menos a1ti,.-o:s: fisicammtc. IL"rn fcnõmie-nm iqu os cicntis'tas -c-lltamcam dC' •paira-
doMo do e~eref,c,i(]II': 
Não Sie 'tratai da vida ml(ldernai. expi icarn o e1JVolvidos . • i\ q ueSitlo é ervolut i,ra: 
eorus4;;rv3Ji' energi:a tem, sido essencial pãTa. :a s.o brevm1,r&tci:.l! dos hum31110.s~ po,~ per-
m ttill à espédic m3is cfidênc[a cm 'bUS<..-a de comida e abrigo~ e ina comp~[çào pmr 
pan::ci11To;s ;scxu-ai~r;, e fog-a idos pric;da~ ove.•,. 
Pua chegar a essa conc1usio. foram rccrntado jovems ad1!1rltos. aos ,q1111:iis. f'or.am. 
mostradas em iurna tela pequ~na , imag~ns. de lttmvid ade ou inatividade fiska. O 
ii!ndiv[d1!11os tinb :un qlll.e mov~ um. .li-V~r 0 mais rápido po síYel e11Jil dLreç-Jo às fotos 
da ativídade ílsica e !onge das imagens de ínati,•tdade. 
Em'bor.a os: 'lit'Vlun táirios fo_5:5em mais ripidos em .s,e, m@VCT em di:re,çfio a. foto!i. 
atiws, a mcd ição de su 11, :a,tfa,tiic! ade ceretlra I por· dcti1iocnccf al()
1
gnma mo~trou c:r~e 
(aizer i~so exi~:1 m1ais csforçe menlal ,dos pw-ticipantcs, 
As -p,o1 iticas púb1 cca pr(f)-.exerdrio~ porêm~ '.mli podem cessar. pois, assim como 
allll.o.s dle treino pru-a a rese:r"'a de eneigia no.s tomara1n 111n:aü preguiçosos. ,outras 
cen U!ua& ou milhares: de :ums fOdrt:m se.r c:n.i.t-ill!is. DO t!!lll".dl2.ámént,o de uov,Oc.'I, bibi-
tos ltlit nc:~. Saber que: autom:itic:ami:;ntc nosso rcéJicbro noi k,ta }Vdnl ai prcb'\11'1,3 já é 
um p'1.S-S-Oi p.amri,11 mu:cbr o !ll'itmo. 
p ARA SABER &tMS: 
Boris Che,,-al, Eda 11pur-Ji. Nioo!as Bunai. Jaromjl Fnn.sard, Julkn Ch1n1~iil. D-Jn, 
Or-sho!füs.. Rémi [tad~ l\·tanhtitu P. Boisgontie-r. Avoidincg sed,enrlali)f be'h:1-.·ior-s re-
qumrrcs more c:onieal r,esourccs dum a\.·ofd] ng ph} ica1 acthí1ty: .\n E EG study. 
NNliopsydiology~ ~ 119~ p, 68,. 21IU . ~ DO[: 10.10L6/j~newro;p~chologial0l8.107.029 
por lussara Goyono 
:\JF. O. CÊtULA. ZU ~18]. 
Pcsiqu isadlfD res d:J h·fayo CI Lnic 
(IEUA~ pub]ic31ra'm rcccnt.cmcntc: 
oo :revi ta !Vaturr um le,.antamento 
,em que mostram os tipo.s de 
,cé!hdas dl\.00 ! \-idos em dot:'tlç-.as 
,de-geneTafr•,nu I igadr,!Jis, ao 
,çnv1o~hccimonto. Em k1II , JtUdo 
os dreriuistas., por rn1en,•então 
farmacológica, con s.eguiiram 
imped~r ,qllte "";células 2-JUmbis"' r(que 
n:lô mOrR:r:n,, m as n!lo ~êcuitain 
:;,uas ,f,.:mçtks n ormalmcn te) sç 
aOll.lmutassem cm ,c-é[ula:s. cer,cbriris. 
1e1i.ritando perdias cogni, ~vas, O lesle 
fo1i (eito em ,ca.mu.ndon.g,os. em um 
modelo qrue hnilava a1>pecios ,da 
,doenÇ3 de Alzllei:mer. 
No tes-tc. os neurônfos H,·res 
dors · zumbis'lt roraliJll C.'li,IJ1a2CS de 
dim in1111Ír ai :agregaç-Jo de pr€)t,eín11 
·tau . e\dtu a sua m~lll'te e a perda de 
memória. _r,.,•Ias :n.em sõ o sintomas 
,de AI 2.h dmer c,·oh1.tem na pr,esença 
,dcs:.li :is, '"'células .zumbi.s .. ., t aimbém 
,cll::lm:ada.s de scn.çs,ccntcs - doenr.is 
como oste:m11rtrrte. ate!ll'o.s-derose e 
P.iuit~ns, , nestão 110 1rol dos mafo 
,que chega:m. com a kiad,e e que 
poc:lermám :ser evmlado!l ,é'ôffl o 
aprimoTI1mCilillo d~:s-a rd,e.sco berta. 
PARA J\BER MAJ : 
Tyl@:tiJ. Bussian. Asef Aziz. Charlton 
F. ]\f ~11 er. Barrbara L. s\\ien slm. J a.n 
::\I~ v::m Dc::u r-sen ~ llarllfc;:n J. Eb ler. 
Çlc:arancc oi u ncsocn1~· g1iail ccHs. 
pre"'ents tau-de:pendent pathoiiogy 
and c0gnJt~ve dedinie. Naiw-e.. 211) 1,8:, 
DO[:: 110.1038/s-a:15 6-Ol8;a1054l-y 
MEMÓRIA 
!\CION.:U\tlE TO DE 
1 ÉLU ~"', DO JPO A.MPO 
DE , TEKDi\DO 
Eswdo TeCCnte publicado pela rc\TÍ!W 
&imr.e, soblie as chamadas -pbce oeU:i' do1 hi-
pocampo. ou .. células d'.e lorn11". em tr.tdru~, 
lt'()S9eira, revela eomo são adonadas para nos 
aj,txbr ~ trajetos. TrunMm as cha.machs a3u-
las de cngrarn3i até ortrà-0, redtmdas 3J um dpo, 
de cêlwla de local. tivenm eu &ncioname.nw, 
dCS\1!11&! do." mostr...mdo que ,operam de forma 
distinta das ··p~ce ,ire™,~ 
Mgwms ,ronclusoo! for.am obtidas a_ptks 
pesquisas <Cffl'll ·ratos que mostrmmn ,como :sc:u:s 
o&ebros funcianovam em S1tua.ções que enVGl-
via:rn a ccploraçfio ,e o reconJ,ccimen:to ide u_m 
esp.aÇQ. co'locan~os em gaiofas dife1emtes e 
otisenrandc seu. mmpo.rrom nito. 
Os pesquisadores usaram mêtodtos optoge .. 
!lléfiMI ('ará identiflCJ.r ~ ct"ifu:lá~ que t'J'l:à\.'(tm 
ativas, durante;: esse:: 
tcm_po 1e,. portanto. 
oontnbufram pa_rn 
a me.mm.ia. 1Qum-
do ,os ntc:s foram 
roloc.:idos em uma 
segunda gariolla dif e-
(""Cnte. a:s c&uJ.a.s do 
cngrnm:.11 pcmianc-
ceraJll inativas - elas 
já est:wrun ~nmpa-
das"' com a mcmú-ria amleriór~ di: <n1lw ambiente. 
Foram atnr3das. apenas p;1m a mr:mórfa db ccm-
te<to emJ sí, nio1 para locais especifiros~ 1el'l(fU3ntio, 
as cSufas de locaL por outro lado. ficar.uia ~ 
9:as durante~ ~1m-açJG. criando e aftla~do 
um. imapai espacial. No entimto,., reconhecer UDl 
ClOlli~o oo a.mbiente lliiâo requer pet,eoJrtt ou 
Q.1)1onr, portanto, ~ célu&ls de kK;alizaçio pmie-
ocm 5a'.' dístíntas d:is caubs de manória. 
p .MlA SA.B'Elll l\fA.lS 
~a Z. TM.akt\ Hongshen He, Anupratá.;p 
Tomar, b..uc Niisato. Mhur J. Y. Hu~g~ "Jlto-
mas J. J\ fcHugJ\. lbc nippoc3m~I ,cngr:am 
maps experiem:e iiut ll1l)t pboo, Scienu. 11. 361 
1(64001). p. 392: DO[: l 0.106/scienre.aat5391 
1SONO E AP'RENDIZADO 
.:i\·l.ELH()R OP ~() É ES'fL"DAR A ORDi\00 
A bipnopedfa, oo a eapaci<hde de aprend~ d1J1rran1me o ono~ poplllarriZ> 
da nos mr1os 1960, nAo seria umiJ opç-lo eficaz de aprend~zlldo. Já iem desuso 
dei.·ido à étl)rn d_e ei.iidleticias. cieimitffi.ell dll!' :rua ,él€iL'fl.1:~ o m~odêl acaba de 
ser enterrado <lc \ 't:7. por· um c;tudo liCC'eliltcmcntc pubfü,-.ado no periódico 
Scitrtll}ic ~f(JTII. 
1\•fuito emlora 1~.nras pes.quLsas tenlham mostrado que a :sodações do 
tipo estímt!rlo~f!f!ftexo podem ser 001\Solídadas em hi1111mos e ani:mai.!I ,du-
1r11,nte o sono. não es.ta,·a daro :Se esse pe,r,rodo perm3tiria aprendSwos rinais 
ttomp.1,exos.. 0 1 estudo em 1questão, po:r sua \ie"""L., 1c:!emonstrou que estes não 
seriam passiveis, uma ,;,~ que. mesmo captando sOfl , nOS$o <.lé:Rbro é m,-
npJZ de Grganiz:.1-los em 'Seqllêm:ia dura__mte o soJilo profu:m.fo1. 
A rondn ~o íoi poss~\•e} atrarvés de magnetoeneefalvgr.:iia (JJ.·1 EG} 
~tiUzada em v,ofontárii0s. enquanto eram e.'1)ostos a ftuxos rãptdos de 
sons pWro • or_g-J.J!líi~dos a1eatoriam,ente f)ll estrurrnr-.Jdos de t:affl íorma 
iquc o 8uxo arudilii\'Oi pud~sse Sit:r esmatistic:amemc ª'-'111'111pad0 cm ronjun.-
11:05 de três ,c:lemcn to&. 
Durnntc o sono dç ond~s lentas,. 3S rçspostas do ~~ EG no cétcbro dc-
Imo11straram 31 detecção presenrada ide som isolados.. m(lS, lli\enlrmrn.1 res.posl" 
11.a l't'fiecindo a~p.arnentJo estaü!.tiC-01 Ji na \.'igjlia. isso foi possive'l 
P:.-\!R..I\ SAB:Ell M,'\I : 
julian F-a_nkouat, Anac At-aSii v ·m~nt \'\"'CllS, Xavier De Tiege, Phil~vpe 
Pcigililcux. Lack of frcqucncy-tagged magnetic responses surrges.ts statistid 
rr~arities, rermrin undecected d1J.1Jring NREL'iiil s'leq,- Scimtific Reports, v. 
:8. n. 1. 2101:8: D01! 1O.1O38/ s4l15198-01S-J0UJ5,5 
~wa Gc.,y!no (! Jo™•~ta@ crucn c«t carn Pf.!lo lr5t1t "O dí! 
PS•::obgia Positiva UPPO. A1ud com fooo em perTI:ffl'l()lCe e t,e-m,.estar. 
Esh.tdw Mroom Cornp::rtimental ra U rfie5P. ~ : .;·eoomento@ 
jl.15-sarai;:o,-aoo cam ~ ~ ~ 
~ - - - ~ 
.
-_.~ /r~ lf' LEONARDO MASC'ARO 
1asca--o: ·o proo~ é 
o a'"o de q,..e se.acaba 
.aó:ntrcrdo ria triha das 
~tC::'lÇ~ SM"l Q~ 
se- ~~khn~cb 
sdbre ou"ras po5sibil~ 
t~~Jtt~~-
1-\ ,,,---
• • ,..,, 1ca 1zaçao 
10 psicól,og10 Leonardo Mascaro defend.e a b1us,ca 
por 1outras .formas de trata.menta que nã.o as 
rn,edicamentosas, in,clusi,re porque nenhuma das 
chamadas "drogas psicotr,ópicas" corrige, de fato1, 
·a ativida,de neuro1lógica Por Locas Vas~es 
rincipalmente por fruta de infor-
mação adequ3da há, cada \~ez mais 
presente no ·mundo moderno. a 
tendência de se bu.5cru- um mt~i-
camento especifico patra resol~e1' problemas 
de saúde. No, entanto,, mesmo compreen-
dendo a importâo.da dos .tãnnacos disponf-
vei~ nem semp.re sua udlaação é necessãna 
e, rnais ainda, pode m.elhorar o quadro díni-
co do paciente. 
Com mais de 25 anos de 1e->.i-periência na 
prática ~lmie\ ,o psicólogo Leonardo ~·fa.scaro 
é um ferrenho ,critico do ~~«o'SSO de ffl(.,~icalli-
7Jlçrd0. i-lá quadros - oomo de trmstomo bi-
pobre das ps~ - em que a mediroç:Jo não, 
só é reooinendada, mas é·t indiscuti1P,eh1lootet a 
única via a ser seguida. ~1las ·trunbém há ~os 
em que a llled.icaç-Jo, de Cato~ pode agr_avar o, 
quadro ao ut\"és de atenw-l'o ~ .. revela 
O psioologo, .faz um alerta: "Hoj~ em di~ 
antidepressi\"OS, .ansi,olíiticos e estilil.1Uh1ntes 
~ parte da fàr.maoopeia infan!11:il .. seja por 
questões compoilitamentais, seja por aquelas 
ligadas a efeb'.ras dificuldades ,esro1ares ~ 
mesmo, por- questões equiit·ocadamente en-
tendidas ,comai de fundo emocional"', destaca. 
11.asmro ,é meslfle em Neurociências e 
:fundador da Brain Tedn ("1"\\'\\,.lor-JJintech. 
com.br)1, primeiro Centr-o A,,ançado, de Am;.l-
Jise Diagnósti:ca Eletrioenoefalogr"afica (EEG) 
e Trat:a1.11ento Não ln!fasivo1 e Não i\1edica-
mentoso, po:r N~"l.lrof a~back por Z-scores. do 
Brasil. É autor dos ln.TOO A A'ryuik'lum do EN 
(200 8), Pam qut J\1edicaf4r; 1 (2011) e Saúde 
.Alentai stm ;\.leditamfflt'/JS para· LeigtM (2018). 
Sw NU\'U U'\'RO f:. .SOBRE. lU:JJlUU.JZAÇÃO 
li': t \C.ER:Ul:\ .\.'! ~IM ::\)\ ~ O .\. "\~ WflR. 
~ )UE. IMR M..\l5 m.,:lli ~E.Sr 
\ r \-.C uu ►: Sim~ ternos um ncro 1111,o,ro, a:in-
d-0 do roma! St1úd.e illmtal sem J\le&immm-
tos far/71 l.dp (Alta Ek,ob, 20 U~). Fonun 
quase q11tatto anos parnJ tfuraliz..'ll' o p~ct0. 
que cultmnou naqi.tde que cor:isíd.lm 1 ser 
e Ilhlis oompbo ro.iiaJ sobre saúrle men-
Hl sem mooicamentos. aruiahnente dispo-
mkd. E o mdh-or. n:ida de lita-.mrra. im-
pnrtada. Ê _ crito por um hll'"dSileim para 
b:Fasifeirus. Em lin~m dima e dara, 
o li\rn u--a12 dos dif~fntes temas de fm-
m:3J acesswt-1 e descomplicada - ,o que n30 
quer dú.cr ,qt1c a nl.Íonnai;¼~ oomplcb e 
aprofundada. mlo es11tja M. Ela está., mas 
acesisr.·el ao grande púhli.cu. fi.uulamen-
tad.la dentlficarnente nos m.-vis recenies e 
a,•m~0s ~os e pubfic}{~ cienr.ífi. .. 
ca5 atlJllalmente d~~J>Onii.,-eis. O leitor Tai, 
lfi.tl\alm.en~e~ ter e.mi n'l!h um ~eito e 
atmd manual P3ra ~rimtá.-lo mi suas cs-
oolhas. CJL.~ esttja dfante da n~d:e 
de 'buscar liti''".!13tnenl.O em ~'1.Úde mi:,,-ual. O 
futo de estm- l®n9J000 1cstc liwi0 e ~cjã ter 
escrit1CI Wfl OUlffl•r ~ntimfad.o, ftmr '11K Alt-
d'impi:o? (Campus Elscvier .. 2011 )., pode11'11 
le\"a!li ao pt!Ni:.unentoi de· 4ue sou racücal-
m~te con'tr:I o uso de n:mooios. N:icb 
poderia estar mais d'.is,tante da rinlid._1-ide·. 
O problema mesmo é o fato de que st! 
acaba. por- um ~ado~ .adcn'li11'3ftldo n~ 
trilha dss medicações sem que· se temhasido l)re\~cntc informado !IObre outt:is 
possibilidades terap.êutkas que não as me-
diea!netm.to~. t\oord~, aliás, tão (OU 
m~ls) timdamentad~ dcmfficarnmte que 
os p.rópriris !l.nedicamentifl& .. Ctntn isse se 
perde ai possibilidade da 1esoolha informa. ... 
da .. ~~, it.ndamrntal •~ -em dla. A ~ 
tantc? ~ão ram calca:~ :por aJiKIS e: anos ;ai 
!no," o tr-.Jtalilll.ento das d!lam~'Ubs. desordens 
ment3.is - como ideprt<t:Ssão, m11siedad~, 
TOC, lDA/'JD.:\1 i (H'3nstomo de déocn· 
de aten~lo. oom ou sem hiperathidade), 
il16ÔfÜ~ cnxaq1Jeca 1e libromiialgia, ailéP'I! 
de quadros 1de estresse pó~-traurnácko -
:apena.li.~ tão SOmMl~· rom m~~nlos,. 
(Ritando An11iro~ndo 111.1m p~ de 
psKUtenirpia. ao .. pacote: 
A fannação médica 
tradiciotzal trata , 
na cadeira da 
Psiqztiatna, qz,ase qzte· 
exclusivametzte das 
soluções fannacológ/cas. 
Q11ando não ofaz, o 
m.odelo ap·re,zdido é 
sempre .o da associação 
de i'nteroe11ções 
à nzed,cação 
\ toct DIRL\ Qt' E. RE.~ctoJ W1 .. COO 1ltA-
nuos. {.Ul\.lU !lni.1"'S n»:, ( .. 1t ~7'..~l~KJ? 
' 1. ",( \ 4 l: A1tLdmentie. l'WCJ1l0$ l.TITllral ver-
dadt!ira ,epidemia de mt!flr.ilizaç-J.o e:iin 
riossa :sociedade:. ~b.i;. -~ nicJ, clcva-ià nus 
SWJ)f'l't.'fldec. Afum1. estrs são t,crnp:,s, de 
uma sociedad~ ,de consumo e:, fl!Or ttbela. 
de sffllíÍ9:)S ,que atcod::um esse oonSl!IJ11o cb 
,Onna niais r-lpi la possr,.,el Portanto. é da 
wlwn d~cs nossos 'lcmp;,s rnod(;SJTI~ .. 
esperar q!Je. tanlbém :001 rC'aflllpo d-" m1de 
meirua1. ~o temas um prob~ we-
sq~ red~iido com as chamacL~ .. soluções 
êti pr.iteleir.l'' .• oo ·stja. qut! f3r"..t tod::i. 1lRI" 
sicdadc. dcprc.wlo. insõru3 ,ou dé:fiat de 
atmçilo r(:TI[).Aífl)AH) Ollis-ta UJru11 pílula 
qt1e. in~ rcguhume11u:e. ~ ~e a 
possihilidllade de fundcmmnos no nosso 
rnell-1flr. en1. 1111MSas ,r.i.d.ás. l\.bs, se é a~n, 
poTque não adomlogode 5'1ida a via me~ 
dK."'.m...entosa e. mrn mo1 rres.oi\-et de uma 
11,·a. 11 (tucstio~ • .\icmdito quç cmt"-c:nl nulli;.. 
tas 1!'".lZ.Ões para buscar outrr..u fom:w, de 
trat&nenlo que noo as 1nedicam,entosas., E 
isso ~rquc :lJ ,;·crtfadc é que as coisa mm-
ca são como .~"'fl'n -ser ii primeira. vista. 
Só p;.1r~ que se tenha um:i i<.ifci3. nenhuma 
das assim ciumadas ~drogas psioom5-pica.s41 
- UJffl{) 0$ estimulant~ ans.iolítiros e anú-
depressr.·~ por ~emµlG - com~ de futo; 
a afuithd~ 11Wffl1úgica. O qµe ~as d,u. 
p f~ qwndo nmoo. ,é sup.rilínir➔ trm-
porariamente"t à at~vidade diifündonali no 
õt!Rbm - ~o t~mpo ~ duração díi! Clrla. 
draga fDIJ dose (lo mcdiéamcnto E é ))IJfi 
~ pru e.Mffl'!Plo. qlle' as medicaçfies para 
TDA.rID.AH wm difcrientc; chsagms 
pi113 diferentes int-erva1os de horas de du-
r-~~. P.JS-Sàdo °' efci1JO~ o -quadro retemaL. 
E isso i<JJe para to:b e qlltdqm.'1r rncdicaç5o 
psicottópica qu.e se queir.a. 10CMlSidem - ar.,_ 
tidc:pn::ssi,..,o.s~ ansiolli'ti~ e [Pl)f :ú l'ai~ ~b 
se fosse · · 1 mo esrrut.ia tudo bem. O pro-
blema é que o uso oontiruiado1 re· por hori-
oon~·cs tcmµorois mrus distc:ndlídos,, de anm 
(qu3.ndo mio ide J~),, nonnabnente 
r.Jba brando ,:.1 áâtos oobtcr3ÍS um ranto 
penrersos. ,como d,ependência, oo ra50 dos 
antic.!q,:li'CS.11n.•o~ e. m~110,, :no ca.110• dos C$ti-
mulantes. a ~"mS. menores de crescirnmto1, 
que· a füér.lifil!IF'.l d~m.orulr.íi ~ni\. em me...~ 
d~ de u._m f.."'Cf\itÍmctro ao ~no em crianças. 
P.,1r.1 n!ici, falar c:fo :risco rui.da desprezível. do 
pgnm de: -risl3 c;t-amtico. dr se dcsa1wc.d-
ver. 1m esteira. um quiooro de bipobrufude. 
Ou sit:ia, nt:Sse cnnpo da s:ac.de mental, 
mcdícamcmos s.lo., na verdade. Íomi13 de 
tnbm-elrl'fo1 [Paliam.10. nw mio ·A!1nediiadvo 
- ap~'111' do troc:Jdilho~ Deve-se bwcar o 
tratammroi medicanientoso, apenas como 
sobç:iv de curto pr:u..o. Se. :pm C;Xemplo, 
~n0$ filand'o, d-e um 1depmimit'.b1 para 
~ ]o dla ~ ~ dos risC'.'OS oo~me11uc aí 
em'Qi1,,idos. como suiridío. P.i.._i:;sada a crisêi. 
de\"e-se busear sair da 1~0 ... setrnpre 
oom a. cHiata~ e· acompanh3menu,, do 
médiro responsá,;el 
\ '11:'.Z M .. '\IIS l:R~' '.:l.L.Vr~:. . .u:1n:r .. ·.ro o ~ M t::.rn-
CAl.IZ.-\,Ç..:\ · STRE OS lPiR Ir ~ [O. 1 \ JS QUE 
Kft..'....\..1\.11 N.A .S.~l.Ub. k'!.11:::...vrAI.J 
1\ f ,"ic- F t •~ Aq~, o pmblema ,é de ~ da 
pr6JPria fonrna_ç.1o &li. q_uasê ahso1um maro-
ri~ dos pmfu.•;icmai~ que atu:mil m m-J1. 
A ÍOl'1!rulção1 médica tr.1diioonm nta. na 
cadeira da ~ria, quase que oi~ 
si,;·umcJ1tc das oo:lnções mmarológíeas. 
Quamfo1 nk, D fàz - C3SID" por exempJo,. 
da. psirott.TJJ>l:.i e de outra, inten~..>e..lll;,. 
como a ~ação transarmtla.na, o rrio-
ddo aprendido ,t'! St:.-'IDJ)tt o dt! ~lo 
des..~ i'i DíW!.dicr:tção. Raro wn mâlíro que 
r~~ cm ·5(:US .uios •k fào.tllad~ inf(mrlà-
çlo, oriund~ de, outr.i lim:rotum que rui.o essa. 
A Ql ,'Oct CR!E-DIT.\. O ."it: 1!Et-.,O '.N.\ PJt}\TI-
]lA. ~d .D ~\IJ7_-\ç.\o? 
.l\ L K \IUJ: A tirulo de exemplo. tomemos 
dm& das lrd oonJiçl,t:S mais ~\OS ti~ 
oo mundo. hoje ,m1 dia: oêfiát de atenção 
1(1U•\ITDAH) e d~ ... t\t:ualrnente. 
css:is chms mndiçôr:,;. são ~n.~s por 
um m'imero tio awssala.dor de pre.sa.iç-Jo 
de mcdicrmcntus p;IcohÍlPL"C.15 (:/IS m~i-
ca~ psiqliá.trica'i · que esse cei~ \ffl1 
sendo rdesorito romo a µ.epidt:mia cb mo-
dcmid:idc'"'.. O :aummto dramático de c-JSOS 
de TDAITDAH e depressão no, mundo 
- e a respecti\-u expl'tlSão de pRSOl"ições de 
antidepress~,us e estimulantes - e delil!.t em 
mm eatffldúnen'l~ por W'ml! questão hist,ó-
riai: o, abgarnent~ d05 aitérios ~ósri-
OO§i, que -se rustfo-ndtt.a:rn ao~ 
F.xpfic.xJ1 toma.ndor aqu11 CJ cxanpfo d.o 
drnci1 rde at~:ão (fDArfDAH). Os esn.-
mulantes, oomo -a anf dainma e o cloridnoo 
de .rnetilferri.dnto. oomerá:ucnente t'Ol'dleri-
d<:i, pelo nm:ne Rita6&qi, têm ~do uti~os 
na Psiqui_atrl:31 desde a1 dêc:Kb de il.930. Seu 
uso médico~ no, ent1.mtc. era \rdltado, a 'WI13 
oondiçâ.o mici:dmmtc: conh~ a.mio 
desorden11 dJ hipetatividade illfiintil - uma 
,Q au112e1zto dratnático 
de casos de TDA/ 
TDAH e depressão na 
111undo - e a respectiva 
explosão da prescnção 
,de a11tidepressroos e 
estimzda,ztes - se deu por 
11ma· questão hi.stónca: o 
alargamento dos cnténos 
rdiognósticor, que se 
[distenderam ao extremo 
E dJ culh.ra a'1.:õi ,espt;r" 
ql.12. 00 CilnlPO da S~ 
rrffl al os p<ab~mas 
sejam re9:JMoos pcJ" 
lfl tn2Clb d~ ~.!& 
·soucões de P':l d~1ci 
corufição até emtão, wnsldernda rara. fflit--
d0 ,caracttmada ptw sinro.matíllogia muito 
bem ddinid.m drte._irm~d:jl, de hi"enJili-
, .dade e inquietaç'Jo. J\ passagem de runa 
CQlidÍ?,J1 r.:1111 e muito lbcm caractcrixacb. 
p3ra ,ootrn mm critérios, d_iggnôsticm am-
plos ,e v.J~ em iqui: o furo principal ~ 
:1 ser a diful.1Moo:c de :rtcmç.10 mr1uíto nuüs 
que a hiperathidadle O<."Ot're\J na década de 
1984t com or :ul\"alto de, DSM-111 (a tarcâ-
ra revido do· manual rnédicv para diagnói-· 
tim psiquiitm."'1) ~ dOéJ'IÇlS mentais)~ e iez 
C'.'Ol1l qt1c um númçro muito rmai:Q:tl' de ,çri.m-
Ç'.18 pasMISStm 31 ser diagnos~ ,romo 
ponadon1s dlo que hoj;c conhecemos ,como 
b'a1llst:Omo de déficit rde atenç-.Jo e lrupen: 
ch,ida&: (IDAH). AU.15, ,·:de mencioní.U' 
que a edição mms roo-ente desse manual o 
D.S\1-V. ~~ de ser ad~ pdõs imti-
nnos de saude mcntru (NlMH - ·a'tK)md 
[nstirutes, 0í 1\fartal He-.a.ldl)1 ,dfig Estadas 
Umdos. As ra~ e irnplicaçõc:s ,dml 
rn.udançai de rui-no por esse órgão govema-
mtmbd amt.":liie"'ano estilo dieta.Iludas cn meu 
fi,;ro. O importante. aqui. no entanto. é ,q,uc. 
essa \o\erdaddra reconstrução diagnóstica de 
uma OXJ.díçlo - inkialrncmc ricstrita a e--~ 
de hipc:ratividade e posterilomr-.ente alargada, 
n.mm a critérios diagnósticos suhs~-
rnm1e IJl!iÚs aRWkls~ que fueralmente pnr 
du.ziu S11la MJiW't!llflo na fum1!l modt!m3. do 
TD.AH - lei,,""OO ao ressu:rgimeroo e.'\-pl© ivo 
íb& prescrições de! estim1.&:tut,~s ao lomgo 
dlo.s 0000. Já no1 ca.w dia dcpressfüIJ•.apeoos 
parra registro. o mesmo f en.&ineno ·se rui: o 
DSl1-ll\,-TR.., Pot. cu:m,ph cst3bdca: ~uc, 
dos nm·~ s[ntourw d'.inicos para d:cpressã~ 
há mais de 70 possiliwdades combmat.6r:ías 
que podm1 IICSllitar nesse diagmóstjoo. 5'.'0-
do que um paciente~ ,e encai-mr eni 
~111:IS cmror dc:6.';3.S tpo."'-".iibilicbd.cs pal";I ~ 
,di~ti~o ·IXI0101 deprirrtl'do. 
Tui , ~ sF.. lllH'.\ '!;, l, . _R'lA Pk.f 'I .i O lr.M 
llt:-: l\U ll·OR.\t.1\Ç \U lUll::Q '.W. \ 11.Xl'.i 1'11.ffi'"I -
~ [O"AI ? 0; . FJ-\, t ~1:AI FA 11. RECEIJ'T.:\R. 
Rrritl.lN IP.\R..\ L:. l"l CRL\..~Ç.\ ro1t mAH. 
fM " Rl\"OTRJ [,, .M .. t~lS 11:E l)l·'..PRF..: S,~Jf) • 
'X IID \DE,, IDO 1Ql:E OU\1JR. QlllE O P.\-
c , L'\.· .r~ TEM A l}IZl:'..ll IE o o_-...; 1. U::CER., 11}1:. 1-'A'.IU~ 
E PROBLE..I\L· ? 
!'r.h!-i Ju,tO~ &s.:i fiergunta. m.oca ern um Jm 
pomos, ~ , IÍmponantes de meu lli'l"o: a 
ques~o diagnóstica l/(-ja. quando se pa~a 
cm b'atamC'Jilito cm ~údc 11TliC1i113I,, o rquc ,,;e: 
quer aber ,, antes de nlais n• e diant,e de 
que oondiç-lo, d'.e fato, e está. l\treoe úbvio. 
m:.,s não é. O qm; qpettiO ,diza ,é que. antes 
rnes.rno de se· considlbrar esla ou aq1.rela me-
d'ielÇW~ ·ooi que se proo:dcr wm Cl chama-
do, diagnõsJtioo diferem:iaL Em meu 'fü,TO 
~liru oomo os ,,fü:ignósticas. nessei ci.unpo 
:ainda sao fuitô@!i OOJ.fn ba..se, quase que ,e.,,cdu.-
sMlin"Jem~ 100 iint()matQk>,gia m1:zida. ~ 
que ou1:rod1i naints stjam p«lidos.. F&Sês 
cxamc-.s, q,.tando ifci~ ))Çllllric;tn dl iminar, 
em primeiro lugar, questões sistetrnicas 
oomo. por ,exemplo, aJmua~ nr1 ligado, 
muitas ,.--ez€5 na O'.ll'lgelilll de um quadro de-
pri::Ssk,\o. Ness.e· ca."ló. é o lg-.1do ,que dt!,tc 
ser tratado,, mo o quadro dep:ressi~o que 
dde dtTiva. Urna \·ez eliminadas essas pioi:s-
sã.iili'&m~ ch~e ;11 nm1 próximo1 nívd 
de aruillise, 1qu _ também imramente é 'ÍE ' ta! 
a da ati\~d.adc: elet1,oe_111C't:'.&l.op-.ífR.'".1 e fun. 
clonai d.o oorchlio. Esses exames permitem 
idffitrt'lcar, de form:.1. objdii.,.-~ 1e rom me-
oor dumcc de erro. ca,d3 ,roli'tdição. Esses 
miM'Cadnres vêm sendlo 1napeados, ,e des-
critos n:J füeratur.a tten'Unm mais rreomte. 
em pe.riódliiros de renome, em 1estudos pa· 
trocinad~ pelo lns.timto de Saúdtt I\fenral 
dos Estados Unidos (NíMH-~i\),. Com 
iss1!\ t~m- e s~nç:1 d.ia&r:nóstica e evit:a.-
-sc - m~o que se- ,dcsgc :seguir pd.1 via 
m.ed.i.cmneRtosa - que erros diagnóstiros 
acabem ~etammnmdo um ,wno, equi\·oca.-
~ de tratamento. o q111e rnnplica cm OUISto 
lfirnmceiro e emodon:rl. tanto par.-a C!í pa.-
ci'Cllte Q;tlEtO JKlI'3 SU3 f.unílli3. Só qucfflJjÍ 
se submeteu a um tratamento messe campo 
s:ihc:: inici:J.-sc COlll1 urm1 cbs..'5C de medica.-
roento e .. ~ri1:do, da r~ cHn.ica 
do pacitnté'., a.1terJ..i.se :n OOSC!., ~se 
011ttrns mcdic.1ç6(:s. OI.li moclifie3-Se a mc-
dicaçlo mic~mfflt:e testada. mn pfOC'eSSO 
cpite paricoe T\'lo ler fim e 1que tpO(!c se es-
tender por nnos a :001 Isso sem 1ronside:rar 
a pn~idadc &! que, cnl liulÇla, d~ urna 
cvenn1a:J respost'a irnatis.ratõrla ao t:r.-tl9 
mentf). Sé lt'e\TEja O ~mag:rt njtt, 1e Sé U'li• 
cii: o <.ido inilc:iro nmramcnti;. 1Como diz 
1hmnas 1~ e::~-di:tletor do Nl[l\,•]H~ os 
pacn:nt~ cl~ s.:m1dc mental ~cm ma~s 
qu isso.. 1'i. las ies.-s~ ,ooisa.s sõ :arontecem 
dessa íorima porque :ainda se insiste em 
diagnosticar~ cxclusi~lfflcntC, ,oom b-.asc 
em1 sintomas. É a, equí,,.•alente ili sentn- uma 
dor no, .vcit.o. proc..'Ur.3r um arrdiofogisb. e 
ele. :se:m wlicitar Renburn exame. deler9 
mmar ,s,ua OOlilitli:ç:10 ~~ mooicl-lo. 
quando roo àgrndar :algum QlJltlliO :pro-
cedi:rnento ciríirgico. \'é.x-ê se su'lbmete-ria 
ai tud:o ÍSSI!)! (.1am que, ll:i€J f Uanai dor no 
peito pode 5(l d!"C"1cr, por c,i;cm:pl0t à um 
belo quadro ide ptrit@. assim ,romo d@ii 
ciências atcncíona'is não querem ncCCS$3-
riammte ru2CJ1 qu,e l1.IWJJ pessoa Sii..i,a. p0r-
tn!o1i:.11 d)e IDA/TDAH'.,, um:JJ condiç-lo 
~eaêtica. Essa pessoa pode ter dificulda-
de~ de atenflo e 001il.Oefcl.1Taçà0i IPºJi 1conta 
de um quaà10 de 3nsiedade.,, ou mesmo 
de rurn processo depressivo1. Só a qu~ 
d ínicaJ não n:os pc:nm.itc dffcrcm;i:;rr essas 
coisas. É preciso buscru na li Kilogia do 
cérebro, as inforn1ações qu:e. de fatG, 111.os, 
darriio 3 scguranÇ3 dfagnóstica cspcl',uia. 
Ez, não ,dzna que a 
i11diistna famzacêutica 
estimula o excesso de 
medi'calizaçõo. Meu 
ett!endtmetllo é hem· 
prático.~ eles têm 11m 
negóci'o e o promovem. 
O problema é que u1na 
coisa ali'm1e11ta a· outra 
Portanto,, par.., fi.na1mcntc rcspoli1dcr 
i\ peJ'g\lftta. medicar de .swdll ê um ~ 
eqµívoco. e que cs~ OCffl'k"nllo díariamcn-
te., hoj: em dia. Some-se esse, rato ao que 
~bquci h:i pau.co, tutt('l) ,do \'iés, na fm-
maçâo1 médica quanto do 1'1largamen10 dos 
crit&iás. disgnó!.1icns d~ o OSl't.'1-U\ e 
come~se a entender a. rrazâoi chi alta me-
dinlii2açio em SêlÚde meotal. Wlili processo 
quctaiC irucioainda.111:J dêcacb de 19601 no 
sénrlo p:assad:o. e qu:e. desde então" cresre 
expcmencialmente, ano a. ano. 
E.11,,t Ql É ~ fü!}I IJJi .!\ ~ll ~rt.w.. t :-\R..\'tAC •. b"L. "ff-
CJ\ IKCI'l:i, TR..\."ISIF R.\ 'nl\Ç~'i.O DE fflODI..E.-
1'\L NOEi., U b ,t::f\-t ll)LU·J•ZÇAS G 1\1\\'F. .AS ~ ' \IS 
OFERECE SOl.UÇ.AO l \ PAR1itR DE. UM OC ~t\tS 
ME:O , ·'L\H•:"\ , r 
i\ I.\..,l.,4.(;..0: E\111 não 1diria ~ue :a ind'ústliia fu-
rna~ca age dess.a. fu.nruL ~ku @ntendi• 
~ bem .. . '-·~ ... ,. ' rncntn e . pratJcO: ci.a tem um ncgtlClo 
e o prorno\"crn.. O problemg êque um-a roi-
sa alímenm a outr-.t. G»no di.;se, o alarg;t-
menw diawlós1foo e o ,~és dhdo, pdo para-
&gma farm.a.col'ógioo l1'a formação médica 
~Jicam e ifuncbfflOlt:am a adoção desse;$ 
flinllaons.. E a (11!1.estão é que a ooisa ,ganhoo 
tal ·pliUporçâti) ,que se 01itJU .i CIUI~ - cqui-
\"'XílM - de q1r1.e a iinica forma de tratrur 
tSSM oondjções. no c6iebro, i peb "ia quí-
1nía - os próprios médiom r.~1111:C oon-
scltai.n outn literamm que ru.lo essa. E :se 
V'f'.ICê dC1i uma (~hwib,, ]'nr exempfo, na. bula 
da Rítalirui. vai ,re.r C{lue o própmo ilbrirnnte 
do ma!Scrirne11ta, d~ saída. infunm que: 
"Sell mecanismo de açio no homem a_in,. 
eh n:Io foi OOJrnpletamente elucidado. mas: 
ac::Jialita""5C que: 5C1II cfrito cstiml!lfantc é 
de\ido, a rnma esmnulil~"i.o 001.ti.c-~ e possi-
"idm mtc- a tmia csti.rm1~e,11 do SL'íí't:Clrul de 
exeitaç'io r~tk.'ular. O merMLismo pclo qwal. 
de exerice set.i.s ,Jàtos 1,:s&.1tüoos e con1por-
tame:ntüs em crianças moo es1i cbramcntc 
estabelecido. nem há e1idênda oonc-lumia 
cp,c domonstJc como~~ J'cim:os 5e mb-
aOJ'!líJ:m com -a condiçã do1 sisterina nervoso 
0~11ur.1r (Ritafina. Nm·~ 24llll8. 
O laboratório é honesto cm s.ua 1eomu-
r1ksçlo. O probk-trna é, ooll!I.O ~ que se 
~lt de um par-.U.ÜWJ13!. cabelo-cm pn:s51..-
postos. que. roffiil) exposto acima. não estão 
v-afidadns d.e ÍOl!llna 1(:'(){1clusi"'&. E \rtj~ que a 
Rn.1lina oomeçGu -a ser cornercfaJiz.adaJ ain-
,(la t:11a. Jéa«!a de 1990. 
PnR Qtr.:N.ln s . DE\"E. rrARSr:NTl'.\m .. ,,-ru 
ot..· iROBJ.L.,t S E.\ CIO:N.!\15 90:,.rr..-....'TE COM: 
:\UDI CAM l.:'....'\,'TC..ll-J 
1 \"'<. ,w.r. !Essa é outra perigunta qu:e ffll-
b.ue· UJDiil ,co~ aiud~ muito ~ 1rte 
nesse campo, , ,.~ lllrn:., oois.1 é n:m.ur um 
quadro de cf~~ que., mino d~ se 
c.be a dcsn:;b~bçóc;. n:1 li,;wk}giai d~ ~fu;-
bro. rom medicanientos:. Outra. é espernr. 
erroneamente., íp.1e a medicação Lide mm 
a complexidade cmocionaíl ilunW1a. Nesse 
caso. o caminho é a psialEerarpia O ponto 
~ui é que. :ltualmcntc, 5e ÜrL4íl·stc mo, binô-
moo terapiaffledlcação~ ·s.rja para quadro 
dq:,ramio, llílt!' ansiedade ou 1dê ~ e 
Se você der 11111a olhada 
110 bula da Ritalina, 
por 1exemplo, va,· ·ver que 
o própno fahncante do 
1r1edica1n1e,zto zíifon1lll, 
Ide saída, qtJe: "Seu 
.. de -
.1necan1sn1:fJ · .· · ,açao 
110 home1n ainda 11ão 
fai conzplemmente 
.1 .·J- J ,, e,uammomestuo de TDA/ TDt-\H. A terapia. oon101 
disse? cfé!.•,r ~ ~ai pru-a tr~-
to, de questões 1e11-.ocionaís e de lidaciona-
ffiéltto.. mão imporuua.dm :li d~ ci~ rondiç:101 
se trate. J~ 0 1 tmtam~oto d1essas difcrcpt~ 
oond~es - essemcial:rnoote oriruldas de, 
altera~ na fis.io~a 1tlo ,cá'mro - 11.lac 
ser buscado em ouir'J. 6-ent,e., J\.~ru pontOI 
aqui. .~ que ema .. mnn Íffefltt:"' tem si.d.o -
por ,'fflblcir3 &ha de infumJaçJo. ~to1 
dos pro~ooals da área qaanlo do pú'blioo 
cm :gcr.d - ~USÍ\'"Jmt;nle a química, (lffl 
d~mento de outr~ e que gt>U~ de am.-
pla luntibmenmç:jo, cimtifa; medlta.ção t-
ncumufocdhlilêk por z.-'SC'Qn:s. 
N.\o E T i\·rA Dr DEMO'.HZA .-\o DOS ME-
DJC--.iLl\{E. :-ros. f'O S E.\1 CERT C \S()S, 
1-:1_ •• (;,_ l 11;.fN}R ;-\1\.'TF .. :\ f.~ C"OM l C11N--
SIEGPIR D1STC,,:Cl'IR QU. ~DO O l\JEDt-
C.'l.\'Hi: .. ,,u IÉ ~I!.(..~ MUU E Q ' .\..' UX.) 
IELIE POIDE. fil PlOR.\R O 1QU. \DRO CÚ-
~JL't:Ji DO PACill:::.~r'E! 
\1,-.,; \R• ,: Concmdo. Há qt1:4.--.dros - oomo1 
de tnmtomo bipolar e das psiooses - 1e:m 
que a mr:dicnçio não s@ 11; 1"t"CQ1-r,e1uladll! 
11rnrus é, indisrutivehnen1e, 31 fmica ,..; a :a. ser 
:seguid~ Ah ai sua pergunta 1traz. ou:trai 
questão füJJ!Ldi.U!lilCntaJ: é ,·enfade 1q,uc h;i 
~ cafiOS em que a ntedicaç-.lo. de fato. pode 
! agr.nra.r· o quadro,,, ~o in1rés de ntCJililJJá..lc_. 
~ ~ Cito um exemplo: como já me-ncicmei hii 
~ 
1 qtodros de drúciêm:i~ :nenc.-m,iiJJ ermne-
~nte 1~o.slicados ro1ilill!) de dêticit 
di,; ~tenção (TOA • t\:Juit4 ,,-~ ncss~ 
<:-JSOS., e como tam.Wm ciL~ pod,@'~ e;1ar 
diante de rum quadro de TOC (transtorno 
ob~.\'Ol"IIOOmpwsâvo). ~or 1exelllJl)lo. En-
quanto o TDA se de,re a. uma ~cerbaçâo 
Ili prodlJIÇão de omd:ilS lcn1as. na fal'ICI de 
Theta (4-6Hi)1• na ~.;ao doll'S€Jlat~ral '!!o 
ldbo 6-onbl] 1drrc.ito do cércllroj no "'fOC 
Sêlo essas ãre~jtmtameote oom. ·ãre~ me-
diais ãnittriores, ]ímMc.-:is e neoa:nticais. ~ 
n,ru,g ~cmnetidas, e oom uma1 desregulaçlo 
da ati,.,idade nt=urolúgica caracteri~ por 
cx::K:C.~ão n-Jo de ondas lentas. m'" · · de 
n~. na íruxa de F.a t Beta (~ 9-22Hlz) e 
de High l:kta (23,-JOHz). Ent'io. CllQ,U:.ffljln 
es,toow1ante pode,. de íato. ajudar DO IDA. 
n0 casa, do ffiC :&eu efeito S<TÁ nOci'!.'0 •, 
com majoração d~,a acividad1e· rapida e 
mdevida, resultando eil!l agudizaç,Jo da 
sinturnm~ d.o ~rn de ddiaências 
at112ncionais. t!nl i\Ce do :agruvmn('flto de 
ou~os :sintomas, que dai deooFTtti'li1 e 1qm:·, 
~tié então. mem se l:.tzii2.m tão ievidcntcs. 
como ansiedade: e -inquit:wde, quando ru\o 
com o :rurgámmto ,ele tiques no pocicnlic. E 
aqui. mais tm1â '-"e'L-. se ,,~ ai importância do 
q\lC dmsse há pc,uco,. wbrie: º' Ql:ml\Ç ~ ~ri-
\.idad'.e cer-ebra.1. p9n1 fu1S d@ ~tistiro cu. 
fcrcncia1r. ~ruia que os ,do~ paàc:ntc..~ um 
de roe e O ourtro de TOA., [POSS2nl tpre-
scntarr de s31da, a mesma slntom:ltofugia 
dímrn - de diftaddades mmcion.ais - . 
somente a árullise de suas :!iespeeúv-a ati-
"idadcs clmocncef;dogriik:as IV3i pennirir 
que se ~a id'entiliear a naitllre?.a de seus 
quadros. do ponto ide vista nr:uro)ógico. ~ 
erí.'i~rr, assim. ql!te um curso de trnmnmooro 
inde-.r;J.o ae:nbe sendo adotado. 
A 1JJ11.u .. AçAo r-XA(jJJL:'\ll, :u1:: L\U::rncn .. \ 'lli.'l-
"R.'15 PíllDE DE.ilXl\R OS P.4.CIENrES E:.1\1 t.: t \ ES-
l'OC'JF. DE EMWIA.'\{E,?,."TO,, U Ql. AC.ABA PR'E· 
J[ 1)!C _l\ ;~u0 ,-\rTI~ ~.'fF.S.MO A ÇON('} . _\111 Pf,: SJ\ 
llf'.S PODER F./U .. 'IJI. SOBRE ' E.1.,1 SOFID' ~ 
'JJU 1~L1ffi L...\'.J'U\".'FE! 
~ h..,t rno~ Jã em 19'6~ o neurocleotista 
St~--n E. Hyrmm, enliio enerux.1aru:to ~ 
i11~itutos de· saúde rnent~I (NI l\•]IH) dos 
EUA. [P1L1btioo11 artigo no quam dernon.sllra 
t:tt1c @ cérebro. uma ..,..cz exposto :ao uso 
00:1111'.Ünuo de :anddeprcss:ivos. poli exempJo. 
inicia uma série de adaplaç-Üts rompen-
s:nôrias. p~ssaiado1 ~ opcnir de llil1 modo 
,q; 1e é "laoto ,quanlitati\'SJ quan1e ~i-
t:iti"·Jmmtc difCttlilltc d0i normal'". o que 
se e"iderw;i!I\ ~mdo se ·tenta pr,omo~ 
sua retir..t~ pefa conhecida sirulr1omf! d~ 
~conrtir.n._iação ou a"bstc1\énc~. que leva 
a eleitos :ad ... -enos. sobrn OJ fwtç:io cog-
nith;-:i~ rom :rnsicdãdc e impactos 
:sobre o humor e o son,o. Assim. 
ao m1,.-,ês de nonnaf~.;1r, essas 
drogas l'dte..mm substancialmente 
a 6.i:iiologia oerchral H:i eh/Idos 
demonstn_ndo~ inclusive. que seu 
uro1 ~mttinlUldo. :al~n de lewr a :alte-
raç<\cs do humo'1 tiCMrltta cm 1ili~~,\°:IC.'li 
sexurus e ,romparmmarto violento,. 0 1 que 
aoontece ali é-qu~~ ao -st1primir a rec-aptação 
de serotoniml au norJ.dreruillna na fénda 
sinápti:ca. dos ,cireuiit:os ·neumis, de áreas 
límbicas e .mediais inwconicais,, il medi~ 
Os ~stilnJar Ires SdO uri zc.Cbs íld PS1~1a"ria 
~~ A c!:éi:::~ ~ 'E.."-0 rru~ p.,'r'.il ~ 
côfldic~ rar3 iri<:idlrnerre cc:rJhecdai COO"O 
d€'5ada-'T'I da hiperat vdade info:11t1I 
cação, psiquiátJrica pKlduz. msii.-arnmte,, 
.;kii$ çfcitos. um pc,sítn.'Oii de futo. ouko 
D@g",)MIO. mm ciu.e tcmd@'l1n. rJ .§@ anular rnno; 
tua.rncnite <XJim o JXIS!i.,'U' do ten1po. O efeito 
positivo 5e dev·e ao farn, de que. oo otimiz:u 
a n-et.HitJtrd!f1lSmisd.o et:TI mrutu.rJS.-cha!l.'e 
dG :sistem3 limbico. como :1. amigdail31, no 
lobo te:tnpor'Jl.. e o J,ipocunpo. no lobo 
limbiro. os, :mfufepressivos lilDmpem oom 
a fo,ibição dos proe-essos de neurogê~ 
dc:vid,o, a .f!cStrc:ss~ ~1t)n1co~ f~mtancnk! 
pres,en[e n es ~ um dos princ,ipais 
mecanismcJJiS .fuiol6gicos en1-'0l11,~dos 1L"Om 3 
mscmaç.\o d3 dcp~ no <Üchro. e· que 
le\'.1 ãi efetiw au-ofia dessas esM!.lbM'$ lim~ 
bicas ncss.e:5 ,qu:1drr~-Já o efeito ineg-Jtii\'O é 
enromrado 001 iía:to de que. para 1exericerem 
ess.e papt.~ motluiad.or da afuidooe mediial 
e lírn\,ica profund4'i ess.es mt'CiicmDentoo 
:atab:a:tn~ tireralni\âltt.\ dt."Semipenhando a 
~o de ·~rndização exQl/:Utl\,"a im1.:iitó:ria 
111\0nnalme_nte le1,r:ada a c-Jbo pelo ~6:rtex 
p~fn.mtal doli5ol.JJtcr.ii dcstiluultd()-0 de 
qualquer s.enôdo ru.iss:l!J di.oomica. Como 
oonseqi.1a1cia. o mo 001uinuado c3e lontro 
praro cfo medicações aruidq,rcssii.as lc,,~ 
oo p.aU,_lltino e ]llrogressi\•o dedínio funcio-
nal e. mel) cn-cmo. i peird:i dl:i função do cór• 
tex pré-frontal dorwl:Uterat resultando em 
sua. ::ll'.n!)fi:i 1e, pLOr~ desst po»w éln dÍ!ln't~ 
çfct~•a. 1~denoia qu_lffli(a desses medi-
camentos.. agora. ntt,eSS;ârios para manter :a 
sirullizaçlo cxcrueiiiv:a tfe modu~çio das cs,. 
trumrns límbicas. de proce...ssanrLento emo-
cional ! :E, oomo 1con.i;equênci3 Jes...,~ dccli-
mio fum.ion~ dos lobos lfro:nt:ais. r1escltando 
en1 ,élljlrrõS ~lOS efeito~ 1coi•t~. na.<b 
bacanas. nornmllme:nte encontrados nas 
queL~ clínicas, ligadas ã a;pa.tii.a; erlllbota.• 
mi=nto e demais cfirfialMadcs cm tida.- 1t."'0Jl~ 
sigo mesmo. t:I-o romu.:ms 111.esses pacientes. 
EM ' W!.. _.\\"AU!AÇ'ÃO lÊ CO!tRE:JU J\FtllRMAH. 
Qn ;;. .~ llí-'ITAflfl.í7u-\Ç.!\O DO SUJmro r-:!, :-;:r.• 
SO:FRl--'~El"-"li 1E Al../E..'i.lOC~ _ •\L. IE.STÃ 
EM Pk.tU5U1caAlt A IJN'üU.AüÉM ~ t-:. o ~1h:-
Dlü'liLlZAÇAOf 
~ 1 '" \R( ,: Par rodo o que expllquei até 
aqui,. não. não é com:to wo ~ a.~\":IL 
• .\ du1mad~1 .. wra pda fida""., oossajá conhe-
ó.b pãcoter..1pia. é imdamenml rrH) apoio 
~ion:il,, nw não no 11!:r..llil:lil~t.o efdi,,,o 
de dfiOfdem, cuja etk&gia ~,ar 5er encom-
~ ,tm ,d{'SC(lm~aç(,es funciooais na 
dinãmia Ç111 Kd~ no cárotQ, ,1i-\ssim, a 
ps;rot~mp~ em 1casos de depressão. por 
cxcrnpfo, sc:rai 11m 6tirno 3~0 ao tnumnm-
lD. mm ma.nca o nratamc111to em. si 
E.~t REJ....1\Ç~\O ÀS CIU :\"'Ç,-\S, VOCÊ. C'R!EDJ"L-\ 
l'J. !E H.\ HOJE. l.MA 1'!1é' ... 'lüf:N , H . .\ :\lEUI . .\IJ-
z.A-L\S ffiJl: Ql:E. S CO.\fl~JIODI DE m· !\l\ 
LllSlll:l,U'-JJl..\ E.\1 _,\MBL~ fli. !-:M._U1.Allf 
1\ r \-.e um: H* cm dia~ amid!cp~n.us, 
amtoliticos e estimtt.la.1iu~ ~m ~mte: 
dá Í:mnaroj)cia :mfa.niill, seja por questões, 
rompo.namauais. seja por aquelas l1g-.ubsa efet11•a.s difiaJJrlades esoofaresr e. mesmo. 
por qu.estírics e<JUR'oa.clsmente cnt-end'idas 
corno de fundo ,ernooonal. mm q1Jl't\ de 
Ello. dizem respí-iio i dirnensão n~-
C41 romo, por ~ffllplQ, 105 ~ de in:conti-
n~ncia urin:íiia .MlUJl.ll:I\, ::li dmmada 100lllle-
~ que ·i;e (lC"re,, na ,rerdade. à imnturidade: 
neoonrtical~ mas que~ em1 fuce de§se enten-
dimento rr;,qumx:ado~ ·vêm :smc.fQ 1Cf110mca,-
~nte trat:aclos à base de antid'.\1>res:sk\'O:S. 
aa.~litioos e ps:ioole1tiJpia. Etn tn1nha opi-
ru;iio. :111111n:diadírlação mf.mtil vicm se cbm-
de de íomta. úid~mminada e irresponSõ.\,-•d. 
p:ist:immt~ por C5S! somai de mnfbrmaçõcs 
desealcvtUlll'adas. eOOO.llldimefilt!Oi 1eQUR'Qtà-
O lahor:atónrl é honesto 
.. .... 
em sua comun1caçao. 
O problema é que 
se parte de utn 
paradígma, calcado eni 
presszpostos, que 1ião 
estão 'validados de fonna 
conclusiv.a. E vqa 1que a 
Ritolina co1nefott a ser· 
cotnerr:iolizoda aiizda 
na década de 1990 
dos. diagnóstioo-~ j_ b~ d{t :Sintomas_ sem. 
o dC\1do monitommcmo da ;,itn-idade a:-
rebr.d ~ Snalntent~ pé1o p:rúprio ,~~ ~ul!-
tuml dç nos5a ~e de COI\S1ltm°' quç 
busca ª"ic.11ament@'. as dhamadas "'soluções 
,te prat.ddr-.J"'. A rcsu1tMitte· é qi«: ~ resso-
as arreditaiilil, - err,cmearnent•e - que estão,. 
de fato1, l\~S1oh·esuf.o o prol>Jema., e de for-
ma rjpid:L V'qa. quanrlo 5e olha as coisas 
por essa ótica. Sefilil tcda a i1111forn'kat-Jo que 
(!lit:llim>S, dliscufin.cL:,, aqu~ &í para (ill't.rnd.t1i 
por que ,cr,1 ~fo et1Jll meditar ac-J'lba sendo 
pr3ticam.entc miresisti\d Afunill, a~ 
se é tudo uma qucstiio dtc· nomna1izm um 
desOOitlilmrio químico no cérebro rom o 
mcddcamcnto. 011uão poli que· nill1 re"io é 
rnesino~ ~tas :se país e ed'ucado:res tnrereni 
acesso i mfcrmação com q,.ri.e· estamos 1~ 
dando aqui aCFedito que esse enterndirnen-
tõ ~ esse o-enãr.io nt.~sa:ria.mmte 11r1uJ1dai-
rio, Até polique a \-crdack disw tudo esti 
longe de· er t:lo, simples e irulfunsw.a Nnnõ 
se &z. pamca:. Os dcsdchram.mtoo, :;ão 
ext.oomrun:ente sêoos: só par.11 que se te-
nha uma kfda, a titu 0 1 de 1exefilllplo do que 
digo aqui. e de ooordo oom IJ.c,.•mmmwto 
reali!Zado pele> jonialist.a nane-americano 
~t \\ni:1~ em seu lfüno Amzlo:my of 
,,VI Epidrmi,r,· i.\fagit &llets. l¼ycltitrlnc Drug; 
lITld Ih ÂltHlimri,g Ri1l' of Afmlol ,lllnm m 
Âmfri(a (Qow111) ~ishmg Groop. IKiodle 
Ecfüioll_i 2010 , a tna. d~ 0011wer:sio ide! um 
qt1adro1 de dcprcss.-lQ unipolar~ ~ dq,n:ssão 
~r-Ji. par.1 WTII\ ~ruo, de bipo!'a:ric:lade 
pclo1 uso continuado de :mttdcprcssivm, 
que no adulto chegaajã absurdos 2 .. , em 
(ill'ianps ,que tll-HllUll 1~ ·1nedicaçt>es ~ 
maj5r de cinoo .ullos chqr.1 a 504 , E se for-
1l\os. 1ã1lar dos estiLnnbn.1:es. ent1o,. mmbém. 
aí nitt encontramos mm ccn:áJiÍo 3frl1mado1i. 
\ ija o c,so da Rita]u..a. A grande maioria 
das pcs..~ sequer imagirra., m~ esse mc;-
dicunento induz alterníões mo]erulares 
ao m\·el da1 própria membrana dos ~ewu-
nios cn\·ol111idos rom a MtHotr.m:smL>l;.'Sião 
dla dopamina no cén:bm. Ao bloquear em 
o:rca de 70% a a~ d:11$ moléculai:L •::ms-
p:>rmdOlõlB qu.e rernO\i'em a dopa.mina da 
fmda ~mãpnim. a dose· tt!r.ut.iea. d.~ 
mcdôcamcnw aumenti anlliocmlmcate· ~a 
disponibilid:ldie ;me horas. O probk11irul ê 
qu~ ao fazê-lo, l~·a o 1~rdlro ,a wna séri~ 
di;;â• adap~ 1rompc1115-3tóri~ roouzindu 
a poopma prod11Jç-Jo d@ d0prunma. o qt!l@' é 
cridenciudo pc:fa duní:muiçuo d~ quantf.t~,. 
de de saJS metabôlhos no líquido 1cef.dor-
raquidiano. Ccmsa1ttentc:mcnte, ct1mo um 
cfc.ito dominó. :há 11ma redução no número 
de :recepto.1'eS par~ esse neurot.mnsnüs.w1" 
m supcdlci:e d::1 membr.ma dos rnmrônios 
p6~ ir14Jl)tieos.. o que,. e. idencemente~ só 
'1-r. :.tgr:t\?.i.r um qmdm de ddtciêm:ra ou 
subatt\"aÇM desse sistema de 1noorotram-
missão no cérebro., qui: é exatamente o que 
levou os porbdon.'$ df:I TU.UI a b1JS011" a 
medica,çã~. ink-ialmente. 
~1ai-. runcb1, hcje se sabe c1,ue a Ritalírn1 
1ambém ama nos sistemas nwrotq;kos 
produtores de OOtr(tlS dois rnwmtr~ 
lll'es, serotorrina ~ no:repínefrina. produzindo 
o n\esn\O tipo ide .r~. ~~ 
tório;; oo cércbm~ o que ICV3 ao mesmo 
ripo ele rc-'<fuç-Jo oo nmnero de n.~ 
par..i CSiCS ontrns J~. ncurotransnmis~ 
semtonina e oorepilikmma. n:is sinapses. O 
oc:rdbro ~ari~ emhlo, a funcionar· em um 
csbdo qu;.1litath'a e qmntibciVfflllcntie dife-
rente do no:rrnal. O rerumo da 6pera; por-
11:::mt1D, 6 ~~ no longo pr:izo, e como 'bctn 
e.xplicà. a pesqwsadorà Si:lnwa &t~ela. do 
~o de; Pslcobio~ da Ucifesp. 
o ('(;rcbrio ~ :301 uso QOli'Hinut3do des-
sas drcp pode ernendtt qur não, pttisa 
mais prochmr a <p.:1antid.ldc; de dopamína 
que pr~duziria nom11.al:mealie- sf'.1-:n a droga 
E 3í' cria--se um outro pmblcm:c a oon\1m-
da ckpendêocia quimo do rnedic.llllelltO 
par.1 que se giarJDta wn funciol$:l-ni:nlill ,ce-
rrohral ade({mul0. Ou saja.. ~ e Wll.ii ~,. 
tão ~mente, séria. Os; pais de"'·eriam 
f,)Toa.nr sc inforrmJT mdht>T ;mtc,<;, dC' dar 
uma medicação tarp pretai :ai seus .6lb©.s. E 
tudo1 em nome' de um co111.JXJl:itl:t1rnento rnais 
adcq~o ou de ll.llil"m .noa 1mdhor mill cso:o-
la pjor. ,sem :nen1 mestno pnx..,uali ootras 
ÍOll'lirul.5 de tr.lt3mcmto. 
A e:tn:-A PIIJ)R DL"\Cr~Ôb71 QL"E PO :t.'\'.f. 
DE CElíl.1~ · FUR.~1-~ J ' ITIF ICAI<. AS DI 1ft [ '\-
DES DIE Ad"RE. Dtz.AG · '.\1, CO:NC }."FIL.-\Ç O. 
CU. rf • .\ J-:. R.EL. C1 • MENTO UAS "RU.""}-
ÇAS • . a. cnN.i..r:.2 E\'7'11i'.. Mffi1CA.U 7AÇÀH 
Exa~ di:1.iltr,.01rncc ~ ºrrôO"'ce•ab?-if"c~ J:!('.ITTl1 cm IOO'lt f !Cdr. oo formlt bem cbJ~ ,,..~ ~ CO'TI rrcrcr" 
e n:e- da erro. a con:::licáJ cerettal de c:«!d-3 pac eri~e 
',\o i \.\1 f'ORl\l.. S iDE TIRI\R .Ili PO:N-
S..-'..m U !D.\rn:: lMS .ESC )L'\.S li:.'\11 RELAÇÃO AO 
PRÔ'PR!IO fR.i-\Ci'\S~! 
l\ 1. ~ \Ro: Outra boa pel'-gu0ita. s~1n. dmri-
di111, qi.~do o <l_iagnl,stioo é diJJn1 o [Prn-
of-elrlia cifet."ffl dt? ser a esooia e passa a era 
criança. A respot-l&lbifü!ade poíi adt:quá-la 
:.10 coffli1,-nrio cscola.r pass:a1 a .ser dos p;.1is q1J1C, 
pressionado&,,, acabam cedendo e rned[can-
do; sru.lj filhos. 'Foi ,o que OOOli'J'UII nCJS F..g:i-
d0$ lJnidR no inicii;J1 da comercialização 
d:.t Ritafor.a. As ,escobs pãSSãraJM a exigir 
que as crianças. e.st:ir~m m,edicndas para. 
penrnj~ seu irJJg:ttSSO em s:ih d@ àUh sob 
pm<à dei mtrc cuns. coisa$, ~clWlktn os. 
país de negligência. Foi pret:iso uma moo 
&!aç.io ,cx~i:a fPaT-~ legJllnente, obkr :1u-
t~1.çio para que as afanÇ'lS ~nresse:m 
dispens.adas da dmg.t par.1 ir à escalL E 
isso só demonstra o tamanho do probte-
nia e do desafio que e mio~ em 1ermos 
de: mforrnação., o quc.i como ,c;xpliqm.i há 
pouco. esm li,gado fum.dament.~rnent,e aos. 
diagnóstjcosr que estão sendo fcitos mm 
bilSC cm quci-.:as dmic-~ e testes. ~lS. 
Corno dme e repito,, não é porque a crian-
ça tem dineulruub 3tmdomis cpllC é [POr-
tadom de TilvTD • .\H4 ru:ressamiamente. 
E. m.c,5mo qµ.e seja esse o C3SQ. :a mcdic:,i-
tização► por tiudo o que coJill1;·enarnos aqui. 
t!Sti lmtge df' ser a m~lhor .ffllnçâo~ h:lv~n-
Vga, 11ma coisa é tratar 
lUll qitadro de depressão, 
que, como disse,, se deve 
a der-regulações 110, 
fisiologia do cérebro, cotrz 
1nedicamer1tos. 01,tra é 
esperar, e,ronea1nente, 
que a medicafão lt"de 
com a complexidade 
e1t1acto11al h·ut1zana 
(lo, ô'UlníS tntelr\'eJlÇ~ nló 11tedicanteit--
t,osas cabi\reis e \'3Jidadlas cientificamente. 
O pMbletna ê que 101.eJicnr, semn divid~ 
à primcin ~ além de pareoer seguro e 
correto - afinal~ ~ llll\ iabru-atõ:rio l&t,~ 
~coque proouz a droga e é ll!ll1TI u1édioo 
quem a p1'escreve -► é est.inu.da.do e e.nc:o-
r.ijadc pd~ prúpre escolas., e pdo &to 
de (IRC. justamente ·porque 3J maiori:i dos 
pai5 acaba J!Oli seguir esse caminho.. aia e 
o chamJdo c1ei10 m~~ em que o racio-
cmio é: ·Se tod t:~ 1é ·porque d~·e ser 
o oolftta. Então \ 'W nru.~i[C!lr m~u lfrlho.tán1bént*. A re.s.pio~bilidad~ p,orrullt/to. ~ 
ta.Ji\to das escohti quanto dos pais. ,que de~ 
, ·rm ln1~ Sê!' inÍOT:m321 m~lho:r antes ~ 
adotu- um t'JJTSQ de açiio tio fac.fü::at 
s . 11 ' :'10() 11.\Díl ' o BIVC [. K'-ili'A f".M 53~-
Ql L ;'[)() U}G.\R • ~.\, '\li: DA, DE RE lID[OS 
psrom-:."'--nMLIL,v,r.n,:_'{, umJZ.'\DOS l~-\fl.i\ }'.'.'-,1-
nt:Ol.-\R COMPOlroo'IL.WO ro. JDER..\[)()S 
!NAJll:Ql.~.\IJOS ,l:~\R.\ O Al\!131.E r E IE'.M.Utllll,. 
D 'G.,""'-~ fRE(M.1i.' .""f'EMENTE. C ~ O 
TU..\H OlJ (,) "lllO:S. .IJISl lllfU iS ·:i,..:.•1,JU.J-L.\..'\l-
TF~'- Q QC r . FAllF.R P.\R} I. :\ffU ·\11. iFn~F. (.'ir. \ • 
ruo E: QC-\L o PAPEL DUS P..\I.S •' I PROCF.S~u ] 
.\l scU1.o: Corno disse :.,.qui. informar.lo 
arualizada rC de qualidade é dl{p•c n.cs~ 
se :processo. Saber ~-ue ,nooicarneruos 
~o são a úníca s~'t,ção já é, um primeiro 
passo. O passo seguinte ê entendei todo 
css.e oon:lrio iextstente boje. de d~nron.o 
de- i'ruonnaçoo~ ,que iru1__rn&m esse campo 
pantanoso, da saúde menta11!. t! qne discu-
timo!} ali a'qlri. O que ,quero dizer é q~e,, 
essenciabinen,tl.c!~ há 1.mna questão de· lb:ase .. 
qtlLC: cs-tá liJa pciúpma mamrd ciumo 5C' diag--
oostiClm essas condições. !hoje em ma. 
Somada a da, uma outra.. que ,diz respeito 
ao próprio entcn~ntOJ ~te. ca~do 
ti.a ,chamada .. t,eorla do desequ□ibrio quí-
mico"" no cérobro. iusim. oi di:ignmtico 
bas~do em sÜiltomas e queL'.â$, dio~ 
A terapia rdeve· ser 
considerada para 
tratamento de q11estões 
. . -
eJnOClOJZOlS,, nao 
importa,ulo aí de qtu 
condição se trate~ Já o 
trata11zento de difore11tes 
condições onundas de 
alterações na faioloKl'a 
,do cérebro d'eve ser 
bttscado em outra ft-ente 
de pu Je aeaha por. pr-Jttélrtlente. incluir 
qualqur;:r qucixa d difinildadç ~tcncwnal 
ou, agitaçi\io no gttaJidil....rlmvii do TDAH. 
Já 31 411:eOria d~ dcsa11.tilihrio químko"' 1fi11.: 
com ,que tudo pill'CÇ'íll, de fato~ muiro srnm-
ples. J!..fedocar p~sa a ser, simp1esmente,, 
comgir C5Se deseqoilbllio. Emão. es.se é 
o meo:mi~m() íundamen1al que· criSJ o ex-
cesso, de p1escrições desses, medicameR-
lOS, 'hoje em dlia. Acredito que ~~r ,~ 
111.Q{ldo, [poli ~i .!;(J. já furi Iml3 difl;liC'lç:t. 0 
resto deriva d'.ií. Em primeiro [up. basear 
Q, diagn.óstioo t:m mmOrnl3Ç:ÍO d.e lli\O~ 
bkllogi:i,. «m101 cm qualqJuer· outra área oo 
saúde. Só isso jái fm cair sffllSmancialmiLente 
o, níooeoo de cll'i:anças oom o d~6!1itioo 
de TDAITDAH. É mo cérebro ,que estão 
ai; in.~ll'S ql!l.e ~nnir~'n disêenlir um 
quadro d'e IDii\lTD..-\H de outJ05, cofillO 
amiedadi\ WC. dislexia 011 de~o. 
por umrrplo~ Todas co11diÇCQ que l'êrn 
Si"ittdo ctiagoosricadas. ent .funç-lo da (lU~ 
xa froqucnk:· de difiwMad~ aknciomi=;, 
que as aoomp:im'ha. romo IDJVIDAH. 
Fmalmcntc, passada a &se diapúst1ca, 
buscar mfonmação DO smddo ,d,c outilr3s 
formas de tralal!Uento cienillic:nneme "'ª-
tida&is. ~mente mctodofogm rw 
im.r:ash'41S, e não medin.men:tosa5i. oomo o 
n~of eoohlcl por :z-s-t.-ores. 
E QIJ,'!.."'flTli A A-l"l l.), 'CFilCAÇÃO] O,. 1''f 'i\'rFJUlS, 
AMBlt\-1 o 1?.iRi~1 mE, p_ ~i Co~tt• (,1, -
.SOU'E R 11::ss.'\ 1~t1tsr .. 1. )1 E E.\t QUE :\t l:])[l}.i\ J-\. 
A'lit:'\ .1\ D( ~ PROF :-.CC ~S IDE i\ÚD .'\J!l '-
l[)A .\ ~\!níEt'tti'TA1i FssA PR.\'ffckir 
i\.l."--.c .. u~, l: Autt>m~-ti~ i mais um &uto 
de todo esse molho adtura11 de que rn.]a-, 
mos há pouoo. M~1 dài J(S.inÚJnnaÇl(). a 
mJ ideia da .;501.uçjo de pniitdcira~·► de uso 
~riminl!db e inco~n~ de i:11~.ic·-;,i-
~ pesada► taip preta. ~ ao ""com-
p0rtamenillo de manada'.· de qu~ 'mtnhoor. fa-
lam~,jnshfira o uso d~ maliicum,.·ntos 
.sesn que se considere riscos e efPitos sobre 
a saúde que essas drog-~ ·tr~ A solução 
é umai si: cduroção e rnorm.açãcI)., sejam 
d0 gnwd.e p(Jbfioo. sejam dos próprios pro-
fi.~ de s.:nídc· e ~du~rnres,. que pll'e--
cisam re,.er a mdade desse imod1d(l) !boje 
,,jgmte. É a únic::i s:nda. 
i,\aú\ Q rE O Al':\l E.,-,...;-[l} DD L''SO OE MIEUt-
:1.'f • -ros ~J 'M RE Ao OM lli El:1~/ri DE 
SEKrtf\ Lo\S \ .L\ I ~"TER.'XETf 
Ji.'h..,, '\kn: ,.i\ mtcmct é 516, mais um \ roÍ:CU:-
lo en111 que todo esse ,oonárior ql!1e aeabo de 
tkscn:,•c:r ,"3d cnoontr.ar 11101... V'wrc:mos, cm 
llffli) 1époc:JJ cm que a infoim.ação ê fana.. 
mas infomu.ç-Jo d~ qua!iJad1e é r.mt. E isso 
atimentt.t tod., ess_-a C3dci:i de conswno. 
Voct ACW\ QUi..OS OftC., ~ ~10 ctJ\""ER: ".\-
~'tl:1',."l:'\JS JJf.. 1-.lU.~\1 C1UAR ll\U-\ ' ~ lE ()~ 
HSí'. \J'.f7- \ Ç_ÀO Q'" ::,..7 0 /LO Aíll ID K.'\ J1R.r.S-
A D !\iE:Dl •\.'\fL.'\."ffUS I l"SO t IMPOG-
sn li,. .-n~ MES.'1/KJ r'UR 1J;'i.l..\ QL"r-Sr.\.u t.-'1.l CAf 
1'i. r v,c 1u ,: Não a.cn:diito cm ~ , de 
regul-açã@. NI@ é por aí. E exemplos mão 
fal~- O mais emblemático,, para m3~ 
foi a1 Ld1 Seca. nos Estados Umdos do int-
eio d" ~mio p.assado. Como disse. sm há 
u_mij)j soh.1çios e eb esri 'bgs~a cm edu-
C3Ç'lu e infmmaç-ão,_ 
El\f S U~'JI.O PAlB Ql.T ,i,fm c.~lú?~ 
\il rl MOSTRA 'Qt r. .i N . .\J Ja"if. n-\ Alil\ l D.; m =~ 
ll.E1ltOE'J,CEf.U.OGRAF[C}\ (EEG) PEJl.\ {t-
n: ,-\ rnt:Z...TJFtcA( ,Au º~~ J':.IDR{JJ, . ::-.: t.:l'RO-
l.ÓCJCOS, A .• °' ~l!iliOS Q UE C.-\RACTERJZ.r\.\ ,t 
l~\TOtuGt 11,,;,c ):',.10 !01':PRII:-.:..~ .~l). • ~ ' IF:IO.-W~ 
E PÃJ\100 nÉf'IJCIT DE ATEJ't~'Ç O. DlSU?.."\l,\. 
l '1ilS'.\10, HLP~M'lllt.'JO.\Dt:. I;;. TOC. l\ )B-
RU, n:F;T.-H 1 IAR O Q UF. t F.XAT.-\:\JIE:"-IT[. E EGl 
!li. f ,..,t \K4 1: Pense nos. neurónios: e,,omo 
peq11.u:~ baterias. 10 ci!riebro .E lDM úrg-1o 
détrico e qt!h'.mdo um ncurinio 1transmí:te 
um impulso nervoso. ttansrnite runta infor• 
t'n:tçào. P=u--JJ f.v_.ê..lo. ~rcciisa de51l01mzar 
seu potenda1 de membran~ o <J,ue pro-
n,ove a. :.IDertllr,i1 dfi:i; canais de nm.ernhrã-
m ~ liberam os :neurotf'iUiLSm:i.R,@res ros 
sinapses. &r isso. o e!etmm~í:aJogr.nna 
(IEEG) é aq,ucle amontoado de rabi5oos 
que sdllu~m e d~s.ceni. Esse ,..sobe e desce· 
é- cxab1mcnt-c- uim n:tmi:o dessas ~:.1ri~i.. 
ções e despol:uizações. O que aoonteee 
em cada unu ~ de.90rcl~. é que das 
Clilwo~cm a!ticra,ções imcloruris que ~ li-
cam ciu ern !elllltificaç-Jo diD s.1nal do IEEG 
ou em xdcr.-ç,ões desse si1111a~ as primeira, 
depend.mdo, de onde ocomun Jil: re:re1n • 
e ~ ,pe-ciaJl:mmte ru1 &m de TiuM (4-6:ttz). 
,_,ã_o produzir c:oisas, como ~p~:lo. d~-
cit de atenção (TOA ou TOC oom ênfase 
m cmnpommtit! compll&i\,a por exémp~o-
Já quandr;, ~ atitc~ cn,\roh-on ac-c-
lerações illdevidas d-0 s3n-3Jl. do EEG - e. 
,fe muvo,. dcpcndcm,-1t,, de onde isso ocor-
ra no cérebro. especialmente n.'1 fuh:a de 
Fa.d Beta (1'9--22Hz) - lei,,-anlo a quadros 
de ·1ooperatirichde e inquietude. ansiedade. 
TOC oam ,~1fas.e na ,001:nponente ()}isessi-
'~ af~m d~ 1ibmT111irugia e msôma~ :tpc:n:ll 
para citar a1gw~. 
s !\ l 'TILJZ:\ ,\ I .~-\ A cornn,, o X f.S--
"U UE .MEL>JLillZ.!\ÇÂO? 
~ r ,~ \I,!. L Sem dm~da? E.'ql1ico o maci-
\'O: ,POli um llado. o EEG pemrute, 1q11ando 
a-:sociad{) a exames :funcioriaís. reaii:z..ar o 
diaijnósllico diferenda1 ,oorn mínimas ,chan9 
e~~ ,de mo, ,(11 q~. por si ~ já redLmria 
su~~fe.. comoexplíquei h~ J IJIUQO. 
a wrd\adeira prufiJsâo de d.iagnõ.ruc:ns. 
espwialmC11te de 11),.iVJ'D.AH. Por ouko 
lad~ e• romo ronsequt!nti~ o &to de 
clirnim,JÍR:mJ CX'i diágnástu.JS pp;_xlm; pc,r 
taoola(. uma diminuição na JH1cst"11ÇlO de 
~w. para uso desses medicamentos. 
:ri. las mo, SÓ- C.Om infommiçfü} oooq,uad3 
sobre ,outras posmbfüdades t1enp&.11~ 
oomo na.uvfucdbJCk,, que faz uso do, IEF.G 
para ()liOOlO\'er o rooondicion~eftlk) da 
Automedicação é nzais 
u111 fntlo de todo ,esse 
m'olho cullt,ral, O 11so 
dos medicamentos é 
justificado sem qu.e 
se .considerem riscos ,e 
efeitos a curto, 1nidio 
e longo prazo sobre 
a saúde q1,e essas 
drogas trazem 
dt,;--idade naJlíolóijica disfimcicmal, -as ~ 
SOá8 ~ a cillispor de trãtru/netttos mais 
.s.eguros e cfcti\'OS, Assim~ o ow_ro!eedba-
d{ é mais sc..,-uroporque é um 11:rat:ll'lllen,. 
ln ruio im"'8..._-.qi,."Q e não lmlediL.uncnt~, e,, 
porqpe (XU1e da própria am~dade oormra1 
d0 pacien1c:, pcrmjte elabor-.u prococobs. 
50b medida para lidar oom 31 desrcg1111ação 
d;;t ath,idade nn1101~,gic-.J R:Spo-nsã\.·d pd,as. 
q~ e wlo1113S. únicos em auh pJcim-
te,. ~f>~izandto, assim. ~ tratamento d.essas 
difr.:rmta mndiçiks. O m:n!-. êrnpott:mtc é 
que o neurofeedba~justame,rue por pffi-· 
cim:ltilf de~~ quíirnic:a. ê, '-101110 tudo 
o que é genial, ~ -b-1....~ ~m principies 
sirnpl@s. :ao mmno tm1po que faz uso de 
a1lta tccnç1Jogia ptra lb,u- a dho o cpte se 
propõe.. oonsegme iilgi.:r sobre os mec:mis-
mol!; de apren.Jizagem. nó rclrfit'bro. o que 
pcmrite que a circmtaria 300ffletida nessa 
ou J!taQUt:la desordei't:1 F('.J se recugan@, 
d);JJ frópri~ Glit :sm ;rt~ido.dc.. E Q qi.rc é 
mais ibacaI~ de forma defiol'im e per~ 
ncnte. Urn:1 "~ que: LliiS{Ji OCQfl'3!, o pmcntc 
es~"lld l:i'lre d _ .suas difü:u!l1&ldes e poderá 
t0C--dt SU3 ,.,,jJa cJllati em ,runnte. 
A lHrL-1U\ IEEG PJtot'OIU.."J ), - \ .\ IE~ 
ll: -"'º DE PRn'fO r'.!11.nS cm 'liREL V.tEN"l'O 
SEUROLÚGI • O QUE f-'4.)DE PO:SSIBICJTAR O 
Til:\11iAM!F.l\-rl'O -~r.~o P.,1IEI)] AMF.1'.·rosl'.111 n F.. f,'_ 
TIL OR.."05 i(f[lIDO ~ 1\Cl"-'L'\~ 
J\.h . .., lRO: Sim., t! isso 111.êSmo. Colno ~~ 
pliquei. o tre.loam.-ento Reun M>gioo poli 
nL~fttdback ~ uma íorma dê ret:õndr-
,oio11amelilto da ati,.irdade DCUrQ)Õgin cm 
que os proromlos s!l0 desem;olvidos sob 
mcdílru. panar a tc1lid:.uk de omnpmrnc.iti--
mmrtos füncio.mais identificados em-1 ruda 
1,aaente. E isso 1..: b~onante [,w'(IUc:, 
mC5DW dois pacientes ponooorcs de um 
rnes1:no dia~ósuico. d:e uma rnes:1na a:m-
d'içâo. não :ip~nwi@ :is mesma\ dcsrt:-
gwa~ e OOO'lprometirn~oto, furriciGrr~ .. 
Cada p3.ciMt~ é 3.bsoiut.3.m.ente liinioo ,e: st'U 
tr-Jt.imt:nto, por ttbt¼.i, timbém de\"'(;· ser, 
dst:l.lilm:fo voltado :a ess:i. SU3 :r1e:rliilild-t! nru-
ro16gi01 absoJutamcntc smgi.dar. 
E aq,.ui ,rale Wlll eschreci:rnento: mão :s.e 
tr-dt:.1l wn1 r6tu1H dÍ;tgnú:itko1 - de, na vcr4t-
de. é a ~o, d.micJ dos comprometi-
mnentru fuilLOiõt~ sulaj":acentres n_o (~m. 
O que :se~ para que fique daro► :são as 
~ci~cias 1i.mrionais prese.irnes na. ativiib-
dc cm rcd~ no, e,._~ o. E fu.cmm isso 5Cffl, 
o uso de mook··-Mnentru~ apenas treinando 
o cérebro rumo a ?)drues de no-nrudid..~,fo 
est:.nistic-".Jmet1tc dctcmtin~dos JX1r-l c-Jtfa. 
ãrea. estrutura e rede neurológica. 1'udo de 
acordo com 1média9 oom1aà'3S oriund"JS de 
levantamenros popuwonais de décadas. 
nos E-...1JA TcnlOS de hu...~ ~uç,:ks ma~ 
saud'.hreis no, rnundG. O neurofeedba~ é 
mn:11 d~ solUÇÕH- • 
(@))) infoco por Miche1 e MuDer 
0 1 qu1e revela o 
co ec ·oma hu a o 
ESTUDOS rv10ST 
SE P NSA, A. INTE 
~
1I Q E DillFERE TEl\tIENTE DO Q E 
!G ;. - CIA GER ~L ÃO POD S R. 
- , ✓ 
RELACI0 1NADA A l\1l~t\ REGIAO E PECIFlCi\ DO EREBRO 
·11\ INT R \ Çt\O · TR DlF I R TE~ · R GIÕ 
ooi,;erso1 dos tran toro.os 
mentais é altamente con.lr'O-
,..erw. e \rore le·!Vílf as mes9 
mM q,u.cit.xas a dois. profg. 
siormis da aúde ment~l, 1é bem possível 
que oot:l!''ba doj - · oui m!li.s. - dingnós.ti-
co · diícTeliltes,. Muilos se ntêm a 51ÍtJto-
11rnas listados, n.<0 manual de dt•õ ticos. 
!SCn'II leváir 1!QID ,oomidcra~:io f-atoE""c::;, cu1-
turni~ sociais. e fisiolãgioos. 
A m~nk é reTuicional, dependente do 
muíndo mano e corporizadil- .Assim.., não 
lflá oon10 anal1iá-la ou compt1eendé la de 
ÍOfflla i50hclJ do ~biont~ cb wltura e 
do próprio corpo. Prcx-essos, fisrolãgkvlh 
soc:i:Jis li! me:nl'3is: oronrem dê! íunnai ,~ -
trdaçad:a.. jnlfil.11.tclíl(óiãndo-:SC· muwarnc;.i.1iH'e. 
Na perspedi\"3 da 1Bi0log~ lnt1rrpes .. 
so:ii. l:aJnçada pclo psiquiatra americano 
Dan iegdL au~or de uma, :série de U\T0s 
cm NeurClot'iêncfas. a, iiintegraçãn desses 
universos ê a base d.111 saüde mental. Ao 
exa.mí111:ar ÕS diilúmias, áp:r,t,.!l,Cl!lrtatliti.s 
milO I\fanual Diagnóstiico e· Estatístico 
de Tr-.m.stomos l\.•1e,ntai (DS:\·1)~ Sm~r;el 
chegou. à candusio de: que todos, :sem 
exeeção,. ,estão relacionados: ao 1caos, à 
rigidez ou a ambos. !Esse:, estados. se-
iriam .resultado de uma ~csin~cgr3ç:io 
que impede a ~nfmrnação de fluir apm-
priad:llffl,Clttc pelo.s drcuiitos e t:nllTie as 
[PCSSO.IS. Oc-orr,esm (llllllndo as ·regi6es 
cerebrais não tr.1;balham de forma in-
tegra~la - oomo um<a1 o rqruest:ra em que 
n~_nlhum instmmento s,e, !az pi!!rocllesr 
isoladamente - e quamdo difeJen1es 
gspecms, das relaçêu:!li: soriais não se 
em:ontraim em coerêrni a. Um~ mente 
integrada. e1n que a mqtJL-esm:ra. esm.ii a.fina-
da~ apresienrta fle;<Jbilidlade;,, esta.b~lidade 
e resi]iéncia. 
A mcn~c seria. de: ao~>rfik, cmn :a, 
teoria d,e. Siegel. a entidade que regula 
e :aIDter.a e :flWU> de enerwa e in fonnaçã,o 
- um mec:11nismo aiutol!'regu'lador c:..paz 
de aJtecrM não a;pena~ o fuJtJtdonam-em,o 
como a p:r(~pria CS-11TiUll!ur..i do cin:bTo .. 
Esia ahen"tção, p1J1t1an~ seria 1resuh.ado1 
do moniirt.oromen!l!o c:fo1 Ruxo di!! infor-
màÇm;s~ que, por sua ·vez, dcpc:n:dc do 
nos.so rerurso1 oognmti,To mais l>.,;isico e. 
an ·mesmo tempo, pnr 11,,rezes tio d Uicil 
de dom.Inar: ai aten.ção. 
PESQUISADORES 
DESCOBitlRi\L\1 U 1 
PADRÃO C0~1UI\.·I 
ENTRE PESSOAS 
CO !\1 \ 1.A.RIÁ \'EIS lvl~~IS 
P'0 1SITJ\l'AS COJ\110 
~ -l\7EL .DE ED CAÇA1O, 
"' 
RESI . TÊNCl~A. FÍ · i,CA 
E B-OM DESE!\-lPENHO 
EL\-l TESTES D1E 
~-·IEMÓRIA E DE QI 
No cétld>r()l. a energia ftui - e os neu-
rfü11ios: são ativados - p~r.;.i onde está a 
atenção. Sem ela não há ronsdênda. não 
h~ ap:r-etutlizggem e mão hll lllr..msformã-
ção. Todas ;tJS po 5,Í\'eis mud:.mÇ{ls que 
d~jamo~ promo~Jl' - dt! oomporta-
melil~O. hibito&i, ·p.3~hão de pen ~mento e 
008:Jl.r~o - e.1.votrem aonscientizaç-:lo e 
o dirccionarnarto ronscicntc: da atenção•. 
A prãnca de niiJuflit/111ss é uma das íor-
mas mais comJ>rov:ldament,e d il".'.1z1:s de:: 
trnbal'h3r o controle sobre a :nenção. ,;ol-
tar íl mente a-o lilllomento [Presen?e e estiilli 
consciente da5 pcns;imcentos. 1e cnu>Çôei;. 
& 5aJ ,.ris-ão ê c:onsi:rtente com e tu·-
doo de-Jiv;1Jos. do projdo üOlilectmrna 
(lrrJ~'fUIII iOJlll«lom.t /rofarl>~ que V~ll'ifi-
C'i.l!fi'Mn :a. 1ellaçno do bem-es.tar eom a 
in1icgraçlo cnt lit? panc;s do c::éll'Qbro e 
oooolufi1i.an1 que a. ~nterco.nf\Cti\•iid:a:de do 
c~õbro é a c::stad~ neuraJ que melh~t 
ind k:. saúde mentaim !(Smith. :2 O 15 1, 
O p, ~çl\ô conectõrua hu111n.an.o :S.Umgiu. 
de esfor~ intemaciormis oom o obj:ti\'o 
de nta[J!)ra.r a OOJrtecth,·idade do cé.1iebro a 
partir ido C5Clncamcnto de nm.,,·urkã de 
1.200 aduJ'.tos. obtid:as poJI' 111eio d dt-
\ ifliS:.U técnica ide newrf)i1ililagem. Foram, 
m~as oonecti\ridml'.cs ,cm 268, regiiõcs 
do, cêC1ebro1 Essas imagens ão aoompa-
nha.d:.1s de info.m,3çõc, rcft.'fentes :J 2.8,0 
tó:pwos - como h-.íbioos e cornportamen-
tos - de ,ca m um dos partLCipanta.. 
De fosse dess:es dadas. os pesqul-
~adores. !Jêaliz:lm'w.n urn:1 ampla. amílise 
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da refaç,Jo dessas info11nações. com o 
padir:io di: conocti,..·idla.dc do cérebro,_ 
Des~briHm um [Pad rio, co llll1.Wn11. entre 
[Pc.550'..IS com \.~.J_]ji:ã',r<!is m ::1:i..11 fOSltt\r-a.s 
- e.orno lllí,.·el de 1edunr;ão~ resiiS'1ênoa 
ltisrc.-.1 ~ lbom desem,penh-0 em i!e.stes de 
mcmóri3 e d!c Ql: seus cércbrms :;trpit1e-
se111tam1 maior ronea:ivid:ide que o de 
pesso-as com bábi tos :pfiuoo sM11dlá.v-eis e 
comport3imento:s mais rnegativM. ,oomo 
11rn:aior ní,.·el Je agres.si,..iJade. 
Ou1ro ,estude a pamtir de coliLOC1arn~ 
realll:ldo por pesqllisadores da Unii "''et-
:sidadc de Y:ik (Filliln ct ai.) ct:mdoi que 
qmnto nicais as .áll',ea.s dli.feren~es d.o c.ere• 
hro eo111,-cn;:mr1 cn.tJic-;si► m~ rapidamente 
a iníom,ação é proteSSad~. o que pessibi• 
liiitai que o cérebro Faça mel~1mes pred~ções 
e 0i inooiduo m1:t1jc mclihor cada siruaç-.Jo. 
A 11Jitel mgência fluida. de aoo:lid a com 
m pesquisadon::s., e.stá e peci:,.tm ente n:·-
llacionada à 1conecti,-id:ade en~re os l~bo 
front:d r- pariet:a.l - ~giôes. mamSi r~n-
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tes nia escalai evolutiva,, q11J1e apresentam 
maior variabi!icl:ulc enlirc as pe&.W:J..lii e 
netw<l>rb :ni ais fle:~;iiveis. que "rartarn ,de 
~:CO'l100 oom a blli'cf::L Q~::tlffliti:, mms fonc-
rne-inte woectad:as e.ss:ais áreas, :rnai um 
indm\·Muo tem cha:n<:-t!S de se: S3Jir bem 
&m lcsitcs: de rariodn i:o ~s.t r.~uo. Ess.ç 
estudo fol renti!l.ado, c-orn imagens de 
ctrcb rc, ,em ,estado de descan:!io mting 
s.tate) que. portan~o. são ron..slderadas a 
iinpreg §,0 1 digi.ud do cér,ell,r.o. 
Esl:iies estudos mo tr;1m que. diie-
rent~m.eíll\te do que se :a.c:r,editol!ll por 
-
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• 
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rnuito ten11po, a hnelig,ê1\cia ,gerai não 
pode ser rcfacion,:Jda a ll!lmai ,~gi:io cs-
pédfica do cêfeb:ro e 1'~1ll ã tn11er-~ç!o 
en'l!:re 1difurc11te,. :riegÍÔCS-. Outir:i. ViCVd:.i-
çãm é 1qrue íil,tiributos 1Cf> nsiderados pasj-
tii;,.•o • ,srj-:im dt! compo:rtamento~ se-jam 
de r-Jcioe:-tnwo, são todlos mc:1rC3dos p<iri 
uma con..ecti\~id ade maior entre áreas 
,do ~ 'rebro,. i\ pw-tir d e, m.ipa neur.il, 
não há como separar de foTma definida 
éS.!lá hahi~m:Jád~~ n que im:lmeà qu~ a 
inteligência cognitiva e iadal es-tâo. de 
uma forma geral. 1r-orrela,eionadas. • 
SMITH St~ ~t ai A i:QS1tr,.re~satn..-e ~ cr pc;p.Jàhcn OOVal'Ld t-:fl lf1 -S l:.f,an c~rr ty, 
derrogr,:phics Mld beh.wcr. Na1t1.t,e 'Nevroscience. ri. 18. 20•5 
Flt-N Em1ty e al FU1Ct1Qfldl ccroectcrre 'f ria>«prn nsi: 001 1fyln~ rd l 1ciJ~5, us.ng prt~rns ar 
bta n come:• r111 ~· Nature NeurOSQJeOt,e. n 1a. p É.Ô· -"En. 015. 
chee MJ!k!t' é Joma\st pesqursama. especialis a em Nel.Jodêrdas. 
Net.Jropsk:dogla El)Jeao~ e Cl!nc~s. ~ Edxa,o20.. fiesq.ilY e ai:;nca 
e.sh'a ¾'ic!s. p,w.!i o desenYrwimento ~ l~wrem-SBls pro,etos. e tiedM 
es ·.ao, r elJ"í idos lilO SJ't e 'qlV,/'111 Jil'tidhelelll!YI ler .oc:m.br 
..-,-- - ·~ 
·• ·- . --,t ► -
. •✓--- ·~ _l . _., ,~ 
' . . . ·" 
--- ~ - : . . .;, - .. 
- . :~; 
psicopedagogia 
A ESCOL~IIA 
da escola 
E A É Ul\IA DA , ~v1.i\JORE 
PREOCUP.-\ÇÕES D.\S Fi\J.\1ÍLL~S, PQ,R 
CO~STITUillR ~i ~rtTOR DECISI\,.O 1 DE 
PRE Ç D RI P. RA 
ASS ASF T R~ ,OPORTU IDADES 
PROFIS IONAISt PESSO~~S E SOCIAIS 
por M orio rrene Moluf 
M3. boa lonn:.:rç-lo pedagógica. d~ 
'bas.,c t ind tspcnsávc'I pãrà i·nici:arr e 
fu.ndamentar tcdo o tm1portante e 
IHngo l)eíl/CUrL"M) da il_p:ricndizagem, 
fonnal. do mnfantll ao fir:ud do ens,1no mêdlo e 
am.é depn~ ,des~~ .;\ :a·teJ1tç,-l.o ã ,eritmça na cre-
che► no be:rçãrio1 :na pr-é--e&rola ~e fa:nt,doccu 
nas 1ú.himas dJ~Mtas. d€\·ido .1'. oomp1,m·:u;.lo 
ciemui6a. de que 1é nessa tidade que o c-ércbro 
mru~ apre.od.e, e se daenvch:e. e aindca (fl!Jle 
c-.s.~ç inicio► se bem cuidado► predispõe: 3 mc-
lho.r,~ condi~oos posterfo.ll'es de .a~uisj.ç-ão de 
c--onh-c:cimentos. 
IE.fclizmcntc ,e difcreruiemcn~c iÔJC otttliorn. o 
ens1 no tpúbl ico não é mais urn modelo e. por-
tanto, 111:.mdo podem finamiriar racofa pamtiw-
lm-es) a maioria dos pais preferie apo~ar ne5.Se 
tipo de opção. em que :as prrmpastas são mwl:U 
i 
,.,e;u,s difrn~ d~ ~m. compreendidas 
p (li' 1e1gi.li e à escrollu1 ~ re'\'eite dle rnú1-
1ip:los fatoi"êS e dÚrvid:is. 
Por c.::s.sc m:otiv~ hoje mai d~ qUc 
ttoon veii.nos os pais c.1.-0 preocupados 
comi a .5C1c:çào da escola dtc- sc:1.~ filhos. 
Inegavelmente h;i um 1rusto enom1C!! - e 
qut:- :não é apenas. inan~iro - en,.·ulrie:n.-
do ra;s.a q_l!la;t§o: picsam as aspirações 
pa,erna~ a ~Hsão s.oei ai. a. responsa-
hifülade na ior;m_ação dos filhos,, que 
ri.nffu.enciatn m~ hora de tomar uma dlm-
siu ide t2I porte. Uma. e:srolha como es a 
cxj\gc rcHc.~ão11(.fos p-Jis. pm ccnamcntc 
Iler.\ shros re.h'Lt:-xos no futuro ,da cri.anÇ,lll 
e mi~ dim1miC3 ~miifar. 
A seleçl-o em. gera~ se inicfa pdas 
m ndicações de i,t1T•mte.s. de outras pais e 
de arnJgos que já p;ass.11ram por essa fase 
com seus pr6ípriios filhn~. Consultas a 
profi~5ion~s esvet1~_dizado5 tomiJrram.-
- e límtbé,n um:l opçilo cada ez m~s 
tdí:lizada, já q,Je eles po5.liuenl m d llhurc5 
condições de mr~ar o peilifil dre cada 
criança, .u11cas potencialidades, su:'3.S nc-
ocssid3des. assím como da ímnília. e 
com-o :são ,conh-e-cedores das d ~ferentes 
me:t,odo1ogi3s pedagógic:as. minimizam 
os :riiCOs de equi1rocos ma ie&colhai da 
mdhor escola. 
A0, bu.scar iníQI'm.'sl~es ocas iins.tiitui-
çües. muitas ,.-eus rom visimas. preseo.-
dais a clars, e; importante s.ílkr a :ÍIDlli-
ll!naç--Jo ~igidia dos profissionais, oomo 
proft."Ss.orcs., •oricn1t3dores etc. e tamtiémi 
que tipo de a:1mi0, e mceHti/1,,·o a esrola 
oíe~e p'11'11 incrementar a :1t-U{l)~ç.l<1 
do roliJJO docente e do demais. '1..mciCr 
n:hrio . Hoje exish~m ,~r.iog. mrsru, de 
exlensão► ~:pmeiçoammto e especiali-
zaçlo 1\./ol'tados. p:ar.J. esses profissio:n:ais.. 
Phgulilt.ati :sobre a1; nom135 díscip li-
naes e ~ tmpo de :u,1 a1 ~il.ç--l.o que serã usa-
do ao, longo d.o an0 let:hto pode e\i·itar 
gramdcs e âesagriadá11.rcis .s-1!11.rprcsas :aos 
lf arnmfüues. ]ndu m·e pode ha\'er sérias 
dis..~onãnci~s ~tre a educ~ção ,fada Cllll 
casa e a-, nom1as disciplinares da escola► 
qu~ rnd~n.tf!menue p,0dfm :am.rapa.11&11 i0 
dcsrnvoivimcnto do pcirçursQ acadcTni-
co ~ gerar froMemas c:.umportaiment:ns. 
Uma e_se,oh siturub em um lõéal ilu-
minado► ailíejado. arbonzíldo1 1e silen io-
s.o 1of~@ce :1:Sp~ctru .rnuit:o lli'aivor:1\·~ na 
h0ra d3 :sdcçio, ma m,o o, m4'11is. irnpor-
t;?mce, pois rom o passar dos anos essas 
caraetcri..,;_tk::.15i mui.tas. vicz:es, sie moo.Éli-
c:111111 e aind;i têm ínfl.uênrcia .rdati\'a nro 
a:pl"O\'l!ilaJffl.ento pedagtiigico~ 
&~as vis.i~·:as :à no,r:aJ e&cola devem 
preferencialrneince ser fll!íirta etn ·horá-
ri1os difcrc-n~c_s; [P3f":íl pc;::rmitir ohscn·~ 
os alunos na enrrnda e ~a saída: es.s.a 
é uma forma de s.aber ro1no. se sena.em 
n:aquctc ambicn~c. 
Con,.·ll!'t'Ur mm outros. P'.ais oom al-
gYns. funcionirlos. e proru.r:u ronhcc:cr 
pess©3irnet:lte OS prof essoJteS tnmqum-
mm a maroria dos pais ansiosos., pois 
nesse contato poderão eslabielecar um 
siú:'K"t.tfo COUl O!S adultos qu.e ol.ná!rlo pt.~ 
crianças enquanto ~tiv~rem fooge deles. 
Uma. T"e.z foit:l a prime.fil"A sclec;Jo. é· 
importante ~e a.s cri.am.ças vi.<;it,o.m a.5 c;-
oolas. não1 para doorur,em mnde v-lo es.-
tu&ir, pois essai é uma n:.spomia1lb-ilidade 
que está longe de ser de.las, mas para que 
s.eus pais o'bse:r..1em rolJllo se entem mci 
noivo :am.bü:ntc ,e trocarem idcias oom ,os 
6~hos sobre ,o a~wnto. (l1i que tarn~ é 
um arpr-cndizado d.e· ~ ,ta,. obsen i-aç:io e 
vh'Jc1,do de~es pá· .. 
OultrO.s :ispectos ide f>rdem pr-átic:i 
dc\·cm SiE:li ikv.ad,fl)s cm C'.Onrta: o \-ator das 
meins:alidades e 3 distância de casai. Pode 
p,3rec.1Cr pouco relc\ii.mt.e pi.r:31 quem nun-
ca mantie'!"e um filho na esc-0la., mas lfD 
custo :r'n!!!'1,u:al total u1 trapa.'llBa o, d1 rne:i.1-
tafübdc e ,;ari d~de unitocme, liir,.-·n,~ 
t.r.:an pe:u'te~ lanch.e ~s, despega · 1rom :pasi-
:s,eios. entre @utr.as ooi~11s. 
O oon~nso dos pajs 11!11 esco'lha 1m.r.az 
uma puiStur.a de sq,,,•rança e liim,c-z~ 
que fm rom 1que a m.1nça se .S!iinta. mui-
to1 mais ~onllliante e -se adapte· mc:'lh.Clili à 
víd~ acadêmica. 
Cuidado ~~e~ de,,~ser llifS~rv!l-
do às crianças pequena5i: 1ebs piecisam 
d~ :maiores 1explicaç~ e e tfmu]oi 
parra 41C"oimpa ntl.ucm. c-o-tn tr:a1nrguíljd1,a,-
de essa 1nrud:aoça nn , u.a. ~ida. pru-a se 
:sc:ntfrcm cmocíolllallment,e scgu ras de: 
su_a c;ipaddade de lidar oom o inovo. e 
autoc-0n.6ança1 nase mmncn.ló em que 
passsam da 1p:1JJrcfa integral do5 pais pa1a 
~m mundo repleto de crianças e adul-
tos c!c:sronhccid()s. 
Crianças i.ns.e,gnr.as do, afeto que seus 
familian:s tem por elas aptt':s.altihtn ·mamQti 
difiruld~dc de adaptia~o.. prns se ·pcr-
Clebem m~ í~rcis e ínãlp.1Zes de loo 
oom no,ros sitmsçi,cs pcsSO'Jis e sociais. 
10 CONSENSO 
DOS P.AJS TRL. z 
l\lA PQ,ST RA 
DE SEGURi\NÇ_..A E 
FIR~1EZ.L.\ QUE I ARÁ 
1COivI QUE A 1CRlA.NÇA 
SE SINTA JUITO 
·lAI CONFIANTE E 
SE i\DAPºTE l\lELHOR 
.A. \ 7J01A i\CADÊrvll1C.L.\ 
Sclcrionar a p-r~~ ot• a~rnirr 
a nroessidade de :tnl!ld:u" o :61ho de es--
rolaa a.o fongo do pcrf!miSo s:.10 ·n:spon-
sabilidudes que cabem aos pais. até 
po-rquc serio eles ,q1ue :areJ r:ào ,11.,"10m as 
corrsequênclu de uma es.eolha po111co 
ad~U3da. C1'iánças e adolç:sw1ites, nlo 
de"õ~m es1:ar à frente dess-a 0i-pçâo, em-
bora pmssa.m en-. um OlrlitflO m.oment.o. 
gua.m.Io, jái llrmmivc:r duas OU, ~rês. O(]ÇlÍCS 
d~njdas por Sieus P'lis. .ÍauI a sel1eção 
:final ,e enfirenta.ri o ,desafio oom a resp,on-
~lbilicfi!ldc que esse mo impõe. • 
M.:l!ía ~ere l!-'Wuf ~ esj)ed31sta em P!iihcpedasogt& Edll!:aç&> Esi:,ecia1 e 
C!lilprmugem. !Fci ~~nte nacO"!al dai As.~ Bra~letr:a de 
Ps:ic~ogia - AS~ (8est«i 200!ii/O?l ~ áJfà'.a dé ~os em 
pi.bicaç~ fOO(l1QiS e N€\ITlaCO"JS. ~ Cl.l'>O de 
MP«lálZ'a,;,30 em ir~mza.gem nmemalrf@\uolcom.br 
1CONCEITO 
Emca a BREVE 
, 
OBSTACULO 
Resiliência e superaç1ao nao precisam ser registradas em grandes 
eventos. Elas são necessárias parai o e1nfrentamento dos pequeno,s 
desafios que podem fazer parte de nosso co,t1idliano 
O mundo, moderno 
pede cada ,.-.M mm a 
1 habi~diJde de se, mre~r 
lrente ÍIJ'el!Ue. a rdiver-S".3!S 
si~ fp}es. o sigrufü:-.ai-
do de ,,~sil.iê-ncia (do latli.R\ rt-Silims )1 é a 
capaddade. de \-o]rtar ,,10 tado norma] 
~pás mn atrite., pClttm a resiliência pode 
ser· definida de dlforen.tes f or:mas e ingU1-
fos,,. Jepen.derul0 dJJ ~roa (Gstc~ eoofogu, 
.admimstração ou Psirologia)I. De 1r1ma 
furm:a. gcr¾, pode-se definir JCSí.liencia 
-=omo a capacidade do indh;-!duo em li~ 
d:1.1r- com situaç,tk.~ d.e csttt.5Sr, tramnas, 
al,g? que foge ao c.cintrole, Super.1ç-ã.o,,por 
su 'l.""t-Z; pod!e, ser considerada. Dliruli ação 
de supenir, ,de ult~passa wn.J s:itu3,çf o 
de.sagradi,rd.J perigosa: é uma '\itóri.1 que 
,o, indivíduo oon._~gue dq,oi cfi: 1nfrcn.-
t.n uma doença ou trilWJU ou muilç.âo 
desafiante e super.air de 1forrna sat~f.ttórü. 
Num.1 junçâo de ,deooi9ões1 pod:e--se 
tesurnit rtsil'.i.ência corm.;) a cap~ichd~ d~ 
hna Lo.a Olivs é mLi:titet'apeut'~. eipeoalsta 
em Metxnt C'11l)Ort~I ~ 
âamat1.1Ba e e!ratora. Mn«sl'ra wn<tstõpS ele 
rrultiteri:e::-a e ~1'tine cem temas de Salde 
e Ed.Jcacao, e i:;rot~onisra de isn pro.,eto 
que leva conhecimevo a ou~s ~ em 
forma dt ~1ra ITI01t~cbnal MSNndo 
SIXl'é sL()efaçiO e ernpoderal"l"lefio ternnrn 
Mclis ~ htfps-Jlwwv~er 
canbl e ht~/~JOJdedvier.com 
Pa Afina Loo Olvier 
enfirenw uma situação CílÓtica ,e a su.pe~ 
çio1 como ~ toruainêncfu ,itot'iiosa da 
resiliência. Ou seja, é preciso ser resiUente 
para ,enfrentar um.a simaçio1 ca.ótica, .mias, 
-
1 • d .,~ t • • . 
.umll e RSl..ll~R e-, e pe1;1S01 :set wt~W, 
astuto @ até m.esmo ambicioso1 ~ w.ncer 
esta situação e $Cgl.dr a vida norm3hncntc. 
Tmto :1J área amhienit~/ ecolõgic.J 
quanto, a Física, coJUlrJ.eram resiliência 
como um,1 c:1p:1cid:1dc de rcstlutraç:io,i 
empanto as á,eas de Pskologiia e· de 
ahnistl".ilçi o1 consideram. resili~ncia 
,armo a c41:padd-i1de de enhentammto 
d.e IF'mblem.,as e s:Jt11.1çõ~ caóticas, ~m 
no emtilnto çspetilfi~il!li se e:ste enfre11t.i-· 
.memo é ou Dão bem.~mc:edído. Ne~tu 
área ; 3 rnfa e é majs no cnflicntam,1..-nto, 
do que no rcsult::ado final Neste a~ 
penso que a ·wperação possa selli 11.:mn,a. 
c:011i5eq111êmi:i~ da resi.Liênci:i. 
AS D~VERSAS AREAS DA RESILIÊNCIA 
RESUÊNOI.A NJ\ PSICOl.OOA: A Psicologia ~ .a a restlêooar CCfl"k:) uma capao-
dêde db irdvid.Jo em dar cem se1JS prorxios problemas. errfrerit ar desai os, vericer 
ooot·~bs e ndO c:eder ~ 1 pres~. seja qual fCt a si~~- Ê o saber lidar eom ~ 
g uação, 1e-sfêlldo SCJb p,-ess.k>. 
RESD IÊNClA NA FfSCA: A Ftsica tem 11.J'T"!a deiiniçb um pco:o diferente da Psicdcr 
gia. A Flsica ocnsidera resi ência ccn10 Lmr3 resistê'lcia de materiais (Ql.Je ac1J11Jlam 
eoorgia) expostos .a i.sn crociue ou pressao que ~ cause algi,m dano e <llalisa se 
eles sb ou ndO c.apaz:es de voltar ao esf ado ramall Este fer\OO'leOO pede- ser ime-
dido em f estes que uhllZ&T'l o perd.Jlo O,arpy. 
RESILIÊNCIA NA AOl'-1l'-JISTRACAO: ~ kea adnllilstranva. .a resiliêocia coosiste em 
saber ~ com n,1Jdi1tas. Os ellVONidos devem ter m · o ec,iuiliboo emocional para 
Ida:" cetn os problemas ocorridos rno ambiente de 'tr abaho. quando as sítuaooes 
fogem ao controle. e_. na seq!ROOa sa-iar oo ameraar os problemas occtrtdos. 
RESUNCIA N-SENT ALOU ECOLOGCA.: Neste segroonto. resliêocia é a capacidade 
de IJli'I clete,JJinado sistema de se rec~ em eqdbrio depds de· t,er sofrioo uma 
perlubaçoo. E considerado C:Cff'ID uma e.~ oo restauração de um sistema. 
Pequenos desaf ios 
Rcsilicn~ia e supcs.1ção não precisam ser ire,Wst:!rac.bs em grandes enfr,em -
bmmtos. A resil iênda pode estar no 
com-li;mo, quando o indi111duo demoDs-
tra <:aparidade de ]idar Gom. poo1blenus 
ino trânsito, por cxemp?0,1, a,o lcv.ilr l!lmJJ 
"'fechada'" ou ter que frear de rq,ente 
palia lli\ã.o a:tr-0pclat" alguém.. Ne~ mo-
meR~S,, sabe, imanter o equibbrio e agir 
comi tr..mq_rwlidade podem. significar a 
di:feremça entr,e caus31" 1um addmte· ou 
apen,as tier mn "su.sto"' :p-.usag~iiro. A capa~ 
(idad.:· de adaptar- e a miudanç~. mama 
sitwção que· 1a:ig,e, :po:r aemp1o, mudar 
par-a um apartamet1to bem. n1e.n,or ou um 
baino mai,s distante para "'conter despe-
sas,"'. N~stes: c~os, aceitar a m.udan{a com 
bom. h1,11m0r e buscu melhorar~ s:ituílç.iio 
fuunceira par.i, nmm outro 1incm111eutm,, 
robr a.o padclo de vmd.1 anterior pode-mi 
se.r uma maneio de e~eroe.r Msiliênd:a. ,e 
:superação. Da mes.:ma forma, ace~tar uma 
mudl:mça de estado d\·il,, num dívérdo, 
por exe.mplo, ou qualques nmdanç-a que 
seja imiposb ao indivíduu pode ser 111ma 
oportunidade de saber Udar. de furma re-
silicnte com a siruiaçie+ 
Supe1ar obsti€:uk~s p0de stt lll1U. 
it,uç!o de disputa no• traba11h.o ou .al-
guma .forma de cmnpetiçi0 e~tm \izi-
nhcs ou, aa1igos, saber superar a, pa,n~ 
tiinha de rinvcj:1 do amdigo q11e g~nhou 
um aium:entG de salãrio:, do colega ,que 
coillquistou uma, promoção ou. da amig.J 
que conseguirt1 comprar um tiOVIO rcarto 
ou. qualq,nll!·r itaução ll!nli q,11~ ,o in~iví-
du,o se sinta dimir,mido, diante de outra 
peswi3.. Sa'ber sUiperar wsso pocf~ s~gmfi-
ar s.abêli !id3J melh0rr c,o,m 3S dife.re-nç.as 
e até co1n as :imjU-stiçatS. por que não? 
Resistir a pressao 
d1e s ituaçOes 
adversas# seja 
uma situaçao d1e 
estresse ou algum 
obstáculo ou um 
trauma mai5, s:ério, 
nos leva a super.ar 
as adversidades 
Afina~ para que:m ... assi§.te .. ao sucesso 
do outm, mã.o deixa c:lc ser um cx:crddo, 
de superaç:ão se· ieon:scicntiz~r de que: 
nio1 é ele que está no auge. Sabendo 1 ~~ 
d.v com isso .•. pode até ser um impulso 
pua també1n conseguir ,conquistar wn 
aumento ou um;a prnmoçâo ou, o cauo 
dos .s.orihos. Da mesma fom1a, ttsistu à 
pn."Ss.ão d~ smtrumaçól!! . a1'.h.·C'Jl'sas. Sêja uma 
siruaç~o de estresse ou ~lgum ol:,stácuki, 
:sej3! um tr-d!lil.ffl11i on alg0 mais :s.édo, sem 
entr.air em prnic~. sabendo ,equiliibr.ar

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