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Ineficiência da Política Monetária para Novos-Clássicos

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Nome: Gustavo Onofre Andreão
Professor: André Modenesi
Matéria: Economia Monetária II
Assunto: Ineficiência da Política Monetária para os novos-clássicos
	Os novos-clássicos defendem a causa monetária da inflação, a neutralidade da moeda no longo prazo e uma espécie de taxa natural de desemprego que eles chamam de “NAIRU”, ou em português, taxa de desemprego que não acelera a inflação, o que os põem como herdeiros da teoria de Friedman. Isso os leva a serem chamados às vezes de Monetaristas do tipo II (com a escola Monetarista sendo a do tipo I).
	No entanto, ao contrário de Friedman, as expectativas dos agentes não são feitas se observando o passado recente (expectativas adaptativas), e sim se observando o presente, acumulando e interpretando fatos e informações disponíveis de forma correta (expectativas racionais). Isso significa que os agentes, quando informados, sabem exatamente o que qualquer processo vai gerar na economia, tendo como resposta a ação correta, tendo-se em vista que são agentes racionais.
	Por exemplo, se o governo lança uma política monetária, os agentes saberão que essa maior oferta de moeda gerará inflação e, portanto adaptam preços automaticamente, escapando à fase da ilusão monetária presente na teoria dos monetaristas do tipo I. Isso significa que não existe uma fase de expectativas incorretas que leva a um nível menor de desemprego, a inflação é instantânea e seus efeitos são sofridos no momento em que o aumento da base monetária é divulgado.
	Uma maneira de se driblar isso é fazer a dita política sem avisá-la, ou seja, “de surpresa”. Isso tiraria o desemprego do seu patamar natural, pois eles acreditariam que houve um aumento real da demanda agregada, quando na verdade o aumento nos preços foi nominal, o que leva à diminuição do salário real e ao aumento da desocupação até o retorno ao patamar natural (ut=un) só que agora, com inflação. Em conclusão, uma política monetária só possui certa eficácia se feita sem nenhuma divulgação, frustrando as expectativas dos agentes por determinado período, diminuindo de forma transitória a taxa de desemprego até o momento em que há correção delas e ela volta ao normal, só que com um novo processo inflacionário.
	Portanto, se feita e divulgada, a política monetária só gera inflação, e se feita e não divulgada, por um curto espaço de tempo diminui efetivamente o desemprego, até que este volta ao seu nível natural trazendo consigo o resultado desse processo: inflação. Além disso, políticas monetárias feitas de surpresa geram desconfiança no governo e permitem o surgimento de expectativas inflacionárias nervosas, afinal os agentes, sendo plenamente racionais, esperariam novas políticas sem divulgação, aumentando preços antes que tais ações acontecessem, tirando integralmente o efeito que as “surpresas monetárias” teriam. A moeda seria, portanto neutra no curto e no longo prazo.

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