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1. Que significa dizer que o homem é um “ser social e político”
O homem é um ser cuja natureza é social, um animal político que nasceu para viver em sociedade. Ao ser dotado de sentimentos e da razão, o homem se comunica, produz relações sociais, comerciais e sentimentais, vive em comunidade. Ele precisa buscar no outro, a experiências e faculdades que não possui, e precisa passar seu conhecimento adiante, assim há o crescimento, desenvolvimento pessoal e social. A politicidade do homem é o conjunto de relações que o indivíduo mantém co os outros, enquanto faz parte do grupo social.
2. Como Platão, Aristóteles e Santo Tomás de Aquino explicam o impulso associativo do ser humano?
Para Platão o homem é um ser etéreo, é essencialmente alma e se realiza em sua perfeição, alcançando a felicidade ao contemplar suas ideias. Platão defende que para isso o homem não necessita de ninguém, cada alma se basta, existindo e se realizando por conta própria. Por causa de uma grande culpa, a qual não é explicada em sua obra, as amas perderam sua condição inicial de espiritualidade absoluta e caíram na terra, sendo obrigadas a assumir um corpo físico para expurgar suas potencialidades e faculdades, impedindo assim de se sentirem completas sozinhas. A partir disso, as almas precisam suprir suas carências e limitações, ocorrendo a sociabilidade, porém apenas enquanto estasestiverem ligadas ao corpo físico. 
Aristóteles declara que a sociabilidade é uma propriedade essencial do homem, já que este precisa criar vínculos sociais para satisfazer suas necessidades e vontades. A natureza do homem impulsiona-o a associar-se e interagir com os demais. O homem que vive fora da sociedade, sem estado, é considerado por Aristóteles um ser superior ou inferior à condição humana, ou seja, é um deus ou mesmo um animal. O homem é por natureza, um animal político.
Tomás de Aquino, assim como Aristóteles, considera o homem naturalmente sociável e político, vivendo em multidão, ainda faz um comparativo dizendo que o homem vive em uma sociabilidade maior que todos os outros animais, evidenciando sua necessidade. Tomas de Aquino, ainda afirma que viver fora de um sistema social é exceção, criando três hipóteses:
•	mala fortuna: quando um indivíduo por infortúnio passa a viver isoladamente, como é caso de um náufrago.
•	corruptio naturae: quando por alienação mental ou anomalia, o homem é desprovido de razão e busca viver distante dos demais. 
•	excellentia naturae, que é a hipótese do homem viver distante dos demais buscando a comunhão com Deus e seu aperfeiçoamento espiritual. 
3. Qual é o ponto comum entre os contratualistas quanto à interpretação da sociabilidade humana?
Para os contratualistas há a negação do impulso associativo natural, onde somente a vontade humana justifica a existência da sociedade. A sociedade é uma criação humana e tem sua base firmada em um contrato, que pode ser desfeito ou alterado. 
4. Por que, segundo Thomas Hobbes, o “homem era o lobo do próprio homem”?
O homem possui por natureza agressividade e instinto de liberdade, ao abrir mãos desses aspectos, o homem consegue viver em comunidade. No estado de natureza, o elemento que torna todos iguais é o medo do próximo. O medo é intermediador das relações humanas, este impõe limites. A sociedade acaba por ser regida por um acordo artificial, onde resulta-se um estado. Como afirma Rousseau, não há mais o sentido do homem viver naturalmente, onde uma guerra generalizada acabaria por exterminar a espécie humana. Assim conforme Hobbes, a paz entre os indivíduos é o melhor modo de preservação. A auto preservação humana é um instinto. Assim o homem, acaba por se submeter à uma lei moral. Cria-se um pacto, válido enquanto a vida não for ameaçada, tornando-se uma sociedade civilizada. 
5.Qual foi a solução, conforme Hobbes, para dar fim a brutalidade da vida social primitiva?
Criou-se o chamado Estado "Monstro", que tinha a função de impor regras e limites para a sociedade. Dar-se-á poder ao Estado para que ele possa ter seus Direitos garantidos. Sendo assim, o cidadão vai chamar o Estado quando precisar, a pessoa não pode mais fazer justiça privada. Isso é incorporado até atualmente como influência. 
6. Qual é a função da "vontade geral" e do contrato social, segundo Rousseau? 
Rousseau dizia que tinha que ter um meio de subjeção mas isso tinha que ser através de um pacto social e não pela natureza, onde isso ocorre através de um meio de democracia. Sendo assim, o pacto social se caracteriza por democracia. Já a vontade geral quer dizer a soberania do povo, vontade de buscar aquilo que acham justos. 
7. Por que a sociedade é produto da conjugação de um impulso associativo natural e da cooperação da vontade humana?
Podemos observar que cada grupo de sociedades, possuem suas características próprias, e ate mesmo Lei que não estão escritas, mas cumprem-se como se fosse. Essas leis muitas vezes prevalecem, isto é o impulso que a sociedade dá. Já a cooperação da vontade humana é tudo aquilo que se faz para todo o bem da sociedade em si. 
8. Qual é o conceito e as características de "sociedade"?
Sociedade é o agrupamento de pessoas, onde haja interação entre seus membros. Suas características são:
a) multiplicidade de indivíduos que possuam necessidade de convivência, mas que não vão ter vínculos jurídicos. 
b) interações: ações recíprocas, a ação de um corresponde a ação do outro. 
c) previsão de comportamento: a Lei traz a previsão de comportamento. Proibido
matar (Espera-se do individuo um comportamento de não matar). Direitos e deveres. 
9 – Dê o significado de cooperação, competição e conflito, como formas de interação social.
A interação social é realizada de três formas: a cooperação, a competição e o conflito. Na cooperação, as pessoas estão movidas por um mesmo objetivo e valor e por isso conjugam o seu esforço. Na competição há uma disputa, uma concorrência, em que as partes procuram obter o que almejam, uma visando à exclusão da outra. (...) O conflito se faz presente a partir do impasse, quando os interesses em jugo não logram uma solução pelo diálogo e as partes recorrem à luta, moral ou física, ou buscam a mediação da justiça.
10 – Como opera o direito na sua função do instrumento de controle social? 
Existem diversos meios que servem para regular a condutas dos membros da sociedade visando à harmonia da vida social. Entre eles podemos destacar a religião, a moral, as regras de trato social e, obviamente o Direito. O mundo primitivo não distinguiu as diversas espécies de ordenamentos sociais. O Direito absorvia questões afetas ao plano da consciência, própria da moral e da religião, e assuntos não pertinentes à disciplina e equilíbrio da sociedade, identificados hoje por usos sociais”. No entanto, é certo que hoje não podemos confundir as diferentes esferas normativas. Cada instrumento de controle social possui uma faixa de atuação, um objetivo específico. A faixa de atuação do Direito é regrar a conduta social, visando à ordem e o bem comum. Por este motivo, ele irá disciplinar apenas os fatos sociais mais relevantes para o convívio social. Ele irá disciplinar, principalmente, as relações de conflitos e, quanto às relações de cooperação e competição, somente onde houver situação potencialmente conflituosa.
11 – Demonstre a mútua dependência entre sociedade e direito 
A relação entre o direito e sociedade é de difícil complexidade, pois diversos são os pontos de abordagem desta relação. com relação à visão de Platão, a compreensão do Direito está numa visão estruturalista da Sociedade, chegando a afirmar que se a sociedade é considerada injusta, todos os seus membros são consequentemente injustos. Esta compreensão da sociedade e o direito alternou-se com o desenvolvimento o pensamento moderno, que fragmentou os indivíduos da sociedade, considerando que há sociedade injustas e pessoas justas no meio delas. Esta visão permitiu por um lado o desenvolvimento dos direito e garantias fundamentais, porém, por outro lado, retirou certosmeios de defesa visto que a sociedade não é analisada sob um ponto de vista sistêmico e o indivíduo por si só perde forças perante esta desestruturalização. 
 
12- Como silogismo da sociabilidade exprime os elos que vinculam “homem”, “sociedade” e “direito”?
Do exame da dimensão sociológica do direito como forma de investigação do fenômeno jurídico, podemos tirar duas conclusões: silogismo da sociabilidade (premissa maior – proteger o homem) e (premissa menor – sociedade). Proteger o ser humano, dentro de uma sociedade, agindo com direitos e deveres, onde o estado controla.
13 - Do exame da dimensão sociológica do Direito, por que podemos defini-lo como sendo “a ordenação da relações de convivência”?
Podemos dizer sem maiores indagações que o Direito corresponde à exigência essencial e indeclinável de uma convivência ordenada, pois nenhuma sociedade poderia substituir sem um mínimo de ordem, de direção e solidariedade. O direito é, por conseguinte, um fato ou fenômeno social; não existe se não na sociedade e não pode ser concebido fora dela. Uma das características da realidade jurídica é, como se vê, a sua sociabilidade, a sua qualidade de ser social. É necessário desde logo observar que durante milênios o homem viveu ou cumpriu o Direito, sem se propor o problema de seu significado lógico ou moral. É somente num estagio bem maduro da civilização que as regras jurídicas adquirem estrutura e valor próprios, independente das norma religiosas ou costumeira e, por via de consequência, só então que a humanidade passa a considerar o Direito como algo merecedor de estudos autônomos.

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