Buscar

Produção Textual Interdisciplinar Grupo 2

Prévia do material em texto

�PAGE �
SUMÁRIO
11 INTRODUÇÃO	�
2 DESEVOLVIMENTO.................................................................................................3
2.1 Quais são os fatores sociais e históricos que perpassam a Educação de
Jovens e Adultos na educação brasileira? .............................................................3�
2.1.1 Qual a função social da escola diante do processo de escolarização desse Público?	.....................................................................................................4
2.1.1.1 Quais são as contribuições de Paulo Freire, a partir da educação libertadora, que poderão ser utilizadas pelos professores em seu planejamento; com vistas a alcançar êxito no trabalho em sala de aula?...........5
3 PLANO DE AULA.....................................................................................................7
3. 1 - OBJETIVO GERAL.............................................................................................7
3. 2 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS...............................................................................7
3. 4 - METODOLOGIA.................................................................................................7
3. 5 - AVALIAÇÃO.......................................................................................................7
4 CONCLUSÃO ..........................................................................................................8
5 REFERÊNCIAS ........................................................................................................9
�
��
INTRODUÇÃO
Este trabalho destaca a importância do Ensino da História da Educação na formação de professores; identifica à concepção de histórias subjacente as práticas pedagógicas nos cursos de Pedagogia e a importância dessa Disciplina na formação dos futuros pedagogos.
A formação de professores começa a ser objeto de preocupação, no Brasil após a Independência. Visto que segundo Saviani (2009) é o início da “organização da Instrução popular”. 
Para nossos estudos utilizaremos então como referência o recorte preposto por Saviani (2009) e iniciaremos a análise a partir da Organização e implantação do curso de Pedagogia e de Licenciatura a partir do ano de 1939.
Sabemos que o curso de Pedagogia foi implantado a partir do ano de 1939, onde segundo Favaro (2011) seguindo em sua organização pedagógica a herança da Escola Normal.
Conforme Saviani (2007),
Para esse fim se transformou a escola Normal em Escola de Professores, cujo currículo incluía, já no primeiro ano, as seguintes disciplinas: Biologia Educacional; Sociologia Educacional; Psicologia Educacional; História da Educação, Introdução ao Ensino [...]. SAVIANI (2007), p. 115.
Entendemos, pois, que a pedagogia teve seu início como disciplina Curricular, a História da Educação. Mas, segundo Saviani (2007) a disciplina era tida como segundo plano, visto que, não era considerada de maior importância, sendo a de maior importância e mais destacada a disciplina Psicologia da Educação, uma vez que era ensinada nos três primeiros anos de curso, ficando a História da Educação de segundo maior destaque, pois foi integrada em duas séries (2º e 3º ano).
Portanto, ao longo do tempo a história da pedagogia foi sendo entendida como modo de aprender ou de instruir no processo educativo, sendo assim “a História da Educação pode ser compreendida como 	uma das fundadoras da Educação” (FAVARO, 2011, p.OE1).
 A História da Educação sempre esteve ligada a formação dos professores, pois através dela podemos voltar ao passado para entender o presente.
Identificamos também o quanto os conteúdos apresentados nos programas de Ensino dessa disciplina estão organizados segundo uma lógica que supõe que a história é composta de uma infinidade de fatos, identificados e isolados pelos historiadores.
 Diante dessas reflexões, nos vem à pergunta: Porque estudar História da Educação no curso de formação de professores? Como vimos nas aulas dessa disciplina alguns autores como: Escolano Benito (1994), Magalhães (1998), Nóvoa (1999), Saviani (2001 e 2005) e Nunes (2002 e 2003), nos apresentam ideias em relação a valorização ao ensino da História da Educação na formação de professores, segundo Escolano Benito (1994) ” se a história sem a teoria pode ser cega, a teoria sem história resulta em um discurso vazio (Depaepe) ”. Para Nóvoa (apud FAVARO.2011, P.1) A história da Educação pode ser entendida como uma das fundadoras das ciências da educação, visto que traz como origem “[...] preocupação com a educação enquanto ação humana intencional baseados em princípios científicos”. Saviani (2001 e 2005), defende a “Valorização do conhecimento Histórico, pois quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de presente contínuo sem qualquer relação com o passado. Magalhães (1998) aponta a importância da História da Educação na formação de professores no processo de conhecimento da origem dos discursos historiográficos em educação (apud GATTI, 2008, P.2006).
O que aqui procuramos apresentar neste trabalho é o resultado de algumas pesquisas e obter uma resposta sobre a importância da História da Educação na formação do Pedagogo, e como essa disciplina é importante para os futuros pedagogos, e assim entender como se estabelece a relação entre o passado e o presente, pois é através da história que conhecemos o passado da nossa profissão desde os Jesuítas até as suas modificações do presente momento.
 Conforme Tuma (2012) 
A busca no passado de elementos para a compreensão do presente como processo necessário é entendimento que nos remete a Hobsbawn (1998), indicando como importante este movimento de compreensão, desde que nenhuma das dimensões temporais (presente e passado) seja negligenciada[...]. (TUMA, 2012, p.61).
2 DESENVOLVIMENTO
2.1. Quais são os fatores sociais e históricos que perpassam a Educação de Jovens e Adultos na educação brasileira?
Percebe-se que inicialmente, a estrutura da organização educacional de jovens e adultos no Brasil, embora fosse garantido por lei essa modalidade de ensino ao longo de sua trajetória histórica não vinha sendo tratada com prioridade que a fez passar por diferentes fases, porém, todas elas com o intuito de introduzir o indivíduo em sociedade de maneira positiva.
Um dos principais estudiosos e ativistas no processo, foi o Pedagogo Paulo Freire que ao defender a pedagogia libertadora, ele buscava educar e preparar o indivíduo para a vida em sociedade, de maneira positiva. Percebendo que os públicos alvos dos alunos da EJA são na sua maioria trabalhadores proletariados, desempregados, dona de casa, jovens, idosos, portadores de deficiências especiais que não possuíam a oportunidade de estudar e desenvolver o intelecto dentro da escola, em idade considerada "normal", acabavam não possuindo oportunidade de trabalho e de uma boa colocação no mercado de trabalho. 
Mas, com a evolução educacional tornou-se possível a escolarização daqueles que não puderam ou não tiveram a oportunidade de um ensino regular. Apesar de ser uma luta antiga na sociedade, a conquista pelo ensino do jovens e adultos, sendo o Professor e estudioso Paulo Freire o percussor da luta pelo ensino de qualidade para os jovens e adultos, o mesmo defendia a ideia de que a única forma de educar e proporcionar o conhecimento a esse público era atrelar a educação ao dia a dia, a fim de facilitar a percepção dos educandos, diante dos assuntos abordados na sala de aula. O aperfeiçoamento do ensino conhecido como EJA, aconteceu no decorrer do tempo fazendo com que muitos desses alunos, tivessem a oportunidade de se formar em nível superior, galgando outras oportunidades no mercado de trabalho.
2.2. Qual a função social da escola diante do processo de escolarização desse Público?Com base nos documentos formais, tais como, Lei 9394/96 (LDB/96), Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), o Plano Nacional de Educação 2001 e a Constituição Federal de 1988, no que dizem respeito à Educação de Jovens e Adultos (EJA): oficialmente, a função social qual a EJA se propõe a cumprir é a de preparar jovens e adultos, através de oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, possibilitar aos educandos aquisição de conhecimentos e habilidades necessários ao exercício da cidadania, preparação para o mundo do trabalho e participação crítica na vida política.
A EJA se propõe a cumprir é a de preparar jovens e adultos, através de oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, possibilitar aos educandos aquisição de conhecimentos e habilidades necessários ao exercício da cidadania, preparação para o mundo do trabalho e participação crítica na vida política. Na prática concordamos quando orientam que:
A educação de jovens e adultos, visando a transformação necessária, com o objetivo de cumprir de maneira satisfatória sua função de preparar jovens e adultos para o exercício da cidadania e para o mundo do trabalho, necessita de mudanças significativas. (PCNs)
2.3. Quais são as contribuições de Paulo Freire, a partir da educação libertadora, que poderão ser utilizadas pelos professores em seu planejamento; com vistas a alcançar êxito no trabalho em sala de aula?
Por meio desta investigação percebemos que a história da Educação de Jovens e Adultos no Brasil acompanha o próprio desenvolvimento da educação que, por sua vez, está relacionada aos modelos econômicos e políticos vigentes em cada período. Desta forma, diante do movimento dessas relações é preciso refletir sobre os diferentes acontecimentos na história da educação para entendermos o desencadeamento no processo da educação para jovens e adultos.
Adentrando na história da educação do Brasil, verificamos que no período colonial as escolas existentes privilegiavam as classes mais abastadas, a classe de baixo poder aquisitivo não tinha acesso ao ensino escolar. Neste período a educação ficou a cargo dos jesuítas, que se dedicavam a duas tarefas fundamentais, a pregação da fé católica e o trabalho educativo. Nesse contexto, fazia parte do processo educacional o ensino da escrita e da leitura das crianças. Vale lembrar que os adultos indígenas também foram submetidos a essa ação cultural e educacional e por mais de dois séculos a educação se desenvolveu nessa conjuntura. Mais tarde, quando expulsos do Brasil pelo marquês de Pombal em 1759, a educação entra em conflito, pois ao acabar com os colégios jesuítas um enorme vazio se abriu na educação portuguesa e de suas colônias, ou seja, a expulsão dos jesuítas significou o fim do único sistema de ensino que existia nessa época
As primeiras iniciativas das reformas educacionais, com relação ao público adulto, ocorrem no Brasil Império indicando a necessidade da oferta de ensino para adultos analfabetos. Em 1879, Leôncio de Carvalho desenvolvia a função de Ministro dos Negócios do Império e foi através do Decreto n. 7.247 que ele estabeleceu uma reforma da educação com modificações nos ensinos primário, secundário e superior. O Decreto possuía vinte e nove itens dentre eles [...] “o oferecimento de cursos para adultos analfabetos. ” [...]. (MELO; MACHADO, 2009, p. 297).
Na passagem do Império para a República, novamente a educação foi colocada em debate, pelo fato de ser considerado um meio importante no desenvolvimento da sociedade brasileira, acreditava-se em a possibilidade da educação colaborar para o progresso e buscava-se o aumento dos eleitores para responder os interesses das elites.
Percebemos no início do século XX, com o desenvolvimento industrial, que a valorização da educação de adultos passou por um processo ainda inibido, pois esse reconhecimento surge a princípio como um sentido de preocupação com o desenvolvimento da sociedade do que com a própria educação do cidadão. No final da década de 50 e início de 60, as políticas públicas voltadas à educação de adultos sofreram mudanças abrindo espaço a um novo olhar acerca dos problemas frente à alfabetização. A essa nova visão, sobre o analfabetismo, foi considerada a pessoa não alfabetizada uma formadora de conhecimento e, correlacionada às mesmas ideias, veio também a firmação de uma nova pedagogia de alfabetização de adultos, tendo como referência o educador Paulo Freire.
Segundo Freire (1987), as pessoas analfabetas não deveriam ser vistas como imaturas e ignorantes, o educador chamava a atenção de que o desenvolvimento educativo deveria acontecer conforme as necessidades desses alunos.
Partindo da análise sobre educação como um processo de humanização, a concepção pedagógica defendida por Paulo Freire na década de 60 é a Educação Libertadora. Sua concepção tem como característica a emancipação do sujeito perante sua condição de opressão e, suas ideias contemplam o processo educativo como um caminho que prepara esse sujeito para transformar sua realidade. A proposta educacional de Freire tem como concepções metodológicas o respeito ao educando, o diálogo e o desenvolvimento da criticidade. Mas sua pedagogia fundamenta-se sobre dois princípios essenciais: a politicidade e a dialogicidade. A ideia inicial do pensamento de Freire compreende uma educação que não é neutra, pois a mesma quando vista sobre as dimensões da ação e da reflexão de certa existência pressupõe a atuação do homem sobre essa realidade. O princípio da politicidade nas ideias de Freire concebe a educação como problematizadora, que mediada pelo diálogo busca a transformação através do pensamento crítico.
3. PLANO DE AULA
Conteúdo: Operações com números naturais: adição, subtração, multiplicação, divisão e letramento.
Duração: 01 dia.
3.1. OBJETIVO GERAL
Promover atividades lúdicas que despertem no aluno o censo das 04 operações e o letramento visando os sons silábicos comparando com a grafia. 
3.2. OBJETIVO ESPECÍFICO
Resolver problemas matemáticos que envolvam as 04 operações: adição, subtração, multiplicação e divisão através de uma roleta numérica.
Identificar o som das letras e das silabas através de um bingo de silabas.
3.3. METODOLOGIA 
Acolhimento com música / momento de reflexão.
Aula expositiva (explicar o assunto).
Jogo: bingo e roleta com as 04 operações.
4. AVALIAÇÃO
Será continua observando-se sempre a participação dos educandos e os aspectos qualitativos.
CONCLUSÃO
A EJA tem papel fundamental no impulso do conhecimento, tendo um grande potencial de tornar o espaço de aprendizagem em um ambiente propício para sanar dúvidas, medos e questões, o que permite ampliar o desenvolvimento intelectual.
Por isso, todo aprendizado deve estar relacionado ao entendimento de uma situação real e concreta do aluno. O objetivo da educação para Freire é conscientizar o sujeito sobre sua realidade, a fim de transformá-la. Sua proposta de educação serve de instrumento para a emancipação do sujeito, uma vez que, tem como base o diálogo, a presença da relação educador/educando e a utilização dos saberes prévios para que novos conhecimentos sejam apreendidos.
A proposta de Freire, no trabalho com a Educação de Jovens e Adultos vem colaborar para que eu como educadora perceba o quanto o método de Paulo Freire pode contribuir para que os alunos da EJA busquem a transformação do seu estado atual. Com isso, Paulo Freire nos leva a entender a importância do diálogo, do compartilhar com o outro e a capacidade que a educação conscientizadora tem em transformar vidas. Finalizando o trabalho compreendemos que Paulo Freire contribuiu significativamente com a educação de Jovens e Adultos e colaborou com a construção de uma Educação que prioriza o desenvolvimento de uma consciência reflexiva, crítica e libertadora,considerando uma nova relação entre educador e educando, entendendo o analfabetismo como um problema social. Além disso, enfatizamos que este estudo não se dá por encerrada as discussões em torno da Educação de Jovens e Adultos, mas tem o caráter de contribuir com a produção científica, um exemplar a ser somado, representa um estudo bibliográfico capaz de nortear novas pesquisas e, sobretudo abrir um leque de possibilidades para outras pesquisas sobre a EJA.
REFERÊNCIAS
Leia mais em Brainly.com.br - https://brainly.com.br/tarefa/14911818#readmore
Leia mais em: https://www.webartigos.com/artigos/o-perfil-do-aluno-da-educacao-de-jovens-e-adultos/34725/#ixzz5Dmdhy4Lf
Lei 9394/96 (LDB/96)
 Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), o Plano Nacional de Educação 2001 e a Constituição Federal de 1988, no que dizem respeito à Educação de Jovens e Adultos (EJA)
A Escola e o Ensino de Jovens e Adultos (EJA): Uma Função Social. Por Ivan Carlos Zampin – Professor Doutor, Docente no Ensino Superior, Ensino Fundamental, Médio e Gestor Escolar.
FREIRE, Paulo. O Homem e Sua Experiência/Alfabetização e Conscientização. In: FREIRE, Paulo. Conscientização: teoria e prática da libertação: uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. São Paulo: Cortez & Moraes, 1980, p. 13-50.
______. A alfabetização de adultos – crítica de sua visão ingênua compreensão de sua visão crítica. In:FREIRE, Paulo. Ação cultural para a liberdade. 5. ed., Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1981, p. 11-20.
_______, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
GADOTTI, Moacir. Alfabetizar e Politizar: Angicos, 50 anos depois. Revista de Informação do Seminário – RISA, Angicos, RN, v. 1, n. 1, p. 47-67, jan./jun. 2013. Edição Especial. Disponível em: <http://periodicos.ufersa.edu.br/revistas/index.php/risa/article/view/3150>. Acesso em: 06 de mar. de 2014.
BRANDÃO, C. R. História do menino que lia o mundo. 2.ed. Veranópolis, RS: ITERRA,
2001. FREIRE, Paulo. Educação e mudança. Tradução de Moacir Gadotti e Lilian Lopes Martin. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
______. Educação como prática da liberdade. 17.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
PEDAGOGIA
Edelciane de Araújo Lima
Elizangela Lira dos Santos 
José Tilson Santos de Souza 
Luciana Silva de Abreu 
Maria Salete Santos do Nascimento
PAULA CORDEIRO SILVA
A escolarização de Jovens e Adultos
Santarém - PA
2018
EDELCIANE DE ARAÚJO LIMA
ELIZANGELA LIRA DOS SANTOS 
JOSÉ TILSON SANTOS DE SOUZA 
LUCIANA SILVA DE ABREU 
MARIA SALETE SANTOS DO NASCIMENTO
PAULA CORDEIRO SILVA
A escolarização de Jovens e Adultos
Trabalho de Finalização do 2º Semestre, apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção da média do semestre nas disciplinas: Metodologia Científica, Educação de Jovens e Adultos, História da Educação, Educação Formal e não Formal e Didática Práticas Pedagógicas: Gestão da Sala de Aula, orientado pela.
Orientadora: Prof. Maiara Silva Oliveira 
Santarém - PA
2018

Continue navegando