Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Organizador: MSc Augusto Aragão de Barros (CRF-RJ 13511) CARTILHA BÁSICA SOBRE AINES Os Anti Inflamatórios Não Esteroidais (AINEs) estão entre os fármacos mais utilizados mundialmente na supressão (por estímulo nociceptivo, de natureza aguda) ou manejo da dor (de natureza crônica, auto-imune, neuropática e/ou pós operatória). Por constituírem muitos medicamentos isentos de prescrição (MIPs) e por terem sua ação muito bem evidenciada não apenas empiricamente, como também na literatura científica (importante salientar que órgãos como a FDA e a WHO estão delimitando cada vez mais orientações para uso de AINEs antes dos prescritores recorrerem a fármacos de natureza opióide), sua procura é crescente em todos os países. Exemplos de focos terapêuticos: cefaléias, migraina (1ª escolha terapêutica), dor muscular, dor dentária, tonsilites, cólicas, bursite, fascite, tendinites, artrose, artrite, reumatismo, lombalgias, dores tensionais, etc. São congêneres dos Anti Inflamatórios Esteroidais, mas diferem destes por não possuírem estrutura “mimética hormonal”, como também por não partilhar dos numerosos eventos adversos característicos dos conhecidos Corticóides (efeitos glicorticóides e mineralocorticóides). Embora isso pareça delimitar isenção de riscos, não se trata de uma verdade já que os AINEs ostentam uma bem catalogada gama de eventos adversos característicos. Tais registros mostram que o seu uso mesmo que, sem uma anamnese prévia de um profissional de saúde, pode representar um alívio muito efêmero sem uma escolha adequada e um protocolo de tratamento bem seguido. A integração do binômio Paciente/Prescritor representa a chave para o sucesso ou fracasso do uso não apenas dos AINEs como de qualquer outra classe de fármacos. Este se trata de um grupo bem heterogêneo do ponto de vista químico embora reúna fármacos que, não são apenas anti-inflamatórios no sentido strictu sensu (e consequentemente analgésicos) como também alguns são classificados como anti piréticos (contra febre). Seja uma ação e/ou outra é importante salientar que os AINEs atuam basicamente na enzima designada como Ciclooxigenase (COX), que por sua vez atua na liberação de importantes mediadores químicos (prostanóides) que promovem os sintomas clássicos da inflamação: calor, dor, rubor, edema e perda da função. A COX originalmente é uma enzima constitutiva, mas possui isoformas (COX-1 descoberta em 1971 e a COX-2 descoberta em 1990) que inicialmente acreditava-se serem diferenciadas em decorrência dos processos inflamatórios e que, posteriormente, elucidou ambas serem igualmente constitutivas dependendo dos tecidos e órgãos em questão. Em 2002, pesquisas focadas no “docking” de AINEs nas ciclooxigenases (especialmente o Paracetamol) indicaram que havia ainda uma terceira isoforma, a COX-3, sendo uma variante da COX-1 e que se mostra expressa em tecidos cardíacos e cerebrais. Os dados levantados até então sugerem que alguns AINEs que bloqueiam preferencialmente a COX-1 também inibem a COX-3 e assim impediriam a síntese de mediadores (prostanóides) da dor e da febre. Futuras pesquisas sobre esta isoforma e suas variações poderão elucidar melhor o mecanismo analgésico e antipirético dos AINEs e fomentar o desenvolvimento de novos fármacos nesta classe. Esta classe de fármacos pode ser ainda subdividida com base em parâmetros de afinidade da COX (maior ou menor afinidade pela isoforma 1 e/ou 2), foco terapêutico (por exemplo: ser um fármaco também antireumático) ou mesmo considerando os grupos químicos de que são procedentes. Neste último caso fica mais elucidativa a compreensão do desenvolvimento dos fármacos de seus protótipos, aonde o foco das pesquisas visa melhorar a eficácia em determinados quadros clínicos, bem como minimizar os eventos adversos que marcam os AINEs predecessores. A classificação deste tipo é a que pode ser conferida a seguir: Organizador: MSc Augusto Aragão de Barros (CRF-RJ 13511) Grupos Químicos dos AINEs Derivados do Ácido Acético: Aceclofenaco, Cetorolaco, Diclofenacos, Etodolaco, Indometacina Derivados do Ácido Enólico (Oxicans): Lornoxicam, Meloxicam, Piroxicam, Tenoxicam Derivados do Ácido N-fenilantranílico (Fenamatos): Ácido Mefenâmico Derivados do Ácido Nicotínico: Clonixinato de Lisina Derivados do Ácido Propiônico (Profenos): Cetoprofeno, Flurbiprofeno, Ibuprofeno, Loxoprofeno, Naproxeno Derivados do Ácido Salicílico: Ácido Acetil Salicílico (AAS), Salicilato de Metila Derivados da Anilina: Paracetamol/Acetaminofenol Derivados da Fenoximetanossulfanilida: Nimesulida Derivados do Pirazol: Dipirona/Metamizol, Fenilbutazona Derivados da Piridina: Fenazopiridina Derivados orto-diaril-heterociclos ou carbociclos (Coxibes): Celecoxibe, Etoricoxibe Embora se trate de um grupo quimicamente diverso, todos compreendem moléculas relativamente “pequenas” e algumas conseguem ter sua absorção ainda no estômago (a ingestão com alimentos afeta a velocidade de absorção de alguns AINEs, mas não o quantitativo da dose de ataque em geral). Mas do ponto de vista pela ligação para a COX, os AINEs compartilham uma afinidade muito variável pelas suas isoformas e a capacidade de se ligar preferencialmente pela COX-1 e/ou pela COX-2 refletirá não apenas no efeito desejado de ação anti-inflamatória (como antipirética também) como também em eventos adversos bem característicos decorrentes da isoforma inibida. Tal fato decorre por cada isoforma “gerenciar” mediadores que atuam em setores específicos do organismo. Isso deve ser bem compreendido pelo profissional de saúde para não só escolher a opção de melhor segurança/eficácia como orientar adequadamente o paciente sobre os sintomas que este poderá perceber ao longo do tratamento. É importante notar que o bloqueio momentâneo (ou não) de cada isoforma da COX pode aumentar determinados riscos de quadros patológicos que existam previamente em cada paciente, o que deve ser ainda mais relevado na questão de Interações Medicamentosas. Eventos Adversos pelo Bloqueio da COX-1 Sistema Cardiovascular: trombose cardiovascular, infarto, choque, sangramentos, AVC Sistema Gastrointestinal: hemorragias estomacais, úlcera péptica, gastrite, azia, constipação, diarreia, dispepsia Sistema Hepático: hepatite medicamentosa, cirrose, esteatose hepática Organizador: MSc Augusto Aragão de Barros (CRF-RJ 13511) Sistema Nervoso Central: tonturas, vertigem, vômitos, tinitus, cefaléia, meningite asséptica, sonolência, fadiga, depressão, dispersão Sistema Renal: hiperreninemia, retenção hídrica (edema), síndrome nefrótica, hipertensão (por bloqueio de receptores das células tubulares), desidratação por aumento da diurese, depleção de sódio. Sistema Respiratório: asma brônquica medicamentosa, broncoespasmo medicamentoso, rinosinusite poliposa, angioedema medicamentoso, rinite medicamentosa Visão: embaçamento, alteração da pressão ocular, diplopia NOTA: Importante enfatizar que os eventos adversos são mais frequentes e pronunciados em pacientes que fazem uso crônico, de forma que o farmacêutico pode (e deve) reportar ao prescritor a ocorrência de sintomas relevantes no paciente e propor soluções como mudança de fármaco ou ajuste de dosagem. Dependendo do AINE em questão, pode ser necessário fazer um acompanhamento de exames laboratoriais para averiguar se há discrasias sanguíneas, alterações enzimáticas e de clearence. Eventos Adversos pelo Bloqueio da COX-2 Sistema Cardiovascular: trombose, infarto, AVC, derrame, toxicidade dose dependente Sistema Gastrointestinal: perfurações, úlceras, hemorragias Sistema Hepático: hepatite medicamentosa Sistema Renal: toxicidade, retençãohídrica (edema), nefrotoxicidade NOTA: Há AINEs que tendem a inibir proporcionalmente mais a isoforma COX-2, a despeito de inbirem paralelamente a isoforma COX-1 (neste caso os AINEs são também chamados de semiseletivos) e por isso exigem cuidado redobrado em pacientes com risco cardiovascular prévio. Os levantamentos clínicos dos primeiros inibidores específicos da COX-2 mostraram que, apesar da redução de eventos adversos relacionados ao sistema gastrointestinal, proporcionalmente há um aumento significativo de eventos relacionados ao sistema cardiovascular e por isso não são fármacos para uso a longo prazo, salvo raras exceções (tratamento de osteoartrite, artrite e polipose adenomatosa familiar). Isso fez com que fármacos como o Rofecoxibe (Vioxx®) fossem retirados do mercado, ao passo que os demais ainda comercializados (como o Celecoxibe e Etoricoxibe) tivessem sua classificação de risco reavaliada. No Brasil, os inibidores específicos da COX-2 são medicamentos sujeitos a controle especial (lista C1 da Portaria nº 344/98) e precisam de receituário retido. Organizador: MSc Augusto Aragão de Barros (CRF-RJ 13511) TABELA COMPARATIVA DE FÁRMACOS AINES (PARTE I) Fármaco (Medicamento de Referência) Potência Analgésica Duração do Efeito % de afinidade nas COXs (COX-1 / COX-2) Orientações Importantes Aceclofenaco (Proflam®) FORTE LONGO (12 horas) (20/80) Não é indicado para menores de 12 anos Não usar concomitantemente com AAS Pode interferir com fármacos hipoglicemiantes Pode alterar a dosagem de enzimas hepáticas Acetaminofenol/Paracetamol (Tylenol®) FRACA CURTO (4 a 6 horas) Inconclusivo: possível inibição da COX-3 É o único AINEs bem protocolizado para uso na gravidez e durante a amamentação A acetilcisteína é um antídoto para doses excessivas deste fármaco Ácido Acetil Salicílico/AAS (Aspirina®) MODERADA MEDIANO (6 a 8 horas) (95/5) Não é indicada para menores de 12 anos Não fazer uso concomitante de outros AINEs O tratamento não deve exceder 5 dias Nota Em baixas doses (100mg) auxilia na prevenção de trombose Ácido Mefenâmico (Ponstan®) MODERADA MEDIANO (8 horas) (50/50) Risco de anemia aplásica ou hemolítica em caso de alergia Pode gerar alterações no índice de hematócrito Pode provocar intolerância a glicose em pacientes diabéticos tipo 2 Celecoxibe (Celebra®) FORTE LONGO (12 horas) (10/90) Não é indicado para menores de 18 anos Não fazer uso concomitante com outros AINE´s exceto AAS. Não usar em pacientes com insuficiência hepática Pode afetar o olfato e paladar durante o tratamento Cetoprofeno (Profenid® e congêneres) MODERADA LONGO (12 horas) (85/15) Não é indicado para uso infantil Cetorolaco de Trometanol (Deocil SL®) FORTE MEDIANO (6 a 8 horas) (90/10) Não é indicado para menores de 2 anos Não é indicado para dores crônicas Não fazer uso concomitante de outros AINEs Clonixinato de Lisina (Dolamin® e Dolamin Flex®) MODERADA MEDIANO (6 a 8 horas) (30/70) Não é indicado para menores de 10 anos Pode provocar vasodilatação Organizador: MSc Augusto Aragão de Barros (CRF-RJ 13511) TABELA COMPARATIVA DE FÁRMACOS AINES (PARTE II) Fármaco (Medicamento de Referência) Potência Analgésica Duração do Efeito % de afinidade nas COXs (COX-1 / COX-2) Orientações Importantes Diclofenaco Colestiramina (Flotac®) FORTE LONGO (12 horas) (40/60) Não é indicado para menores de 18 anos Não fazer uso concomitante de outros AINEs Pode provocar infertilidade temporária em mulheres Pode provocar rash cutâneo Provoca aumento das transaminases hepáticas Diclofenaco Potássico (Cataflam®) Não é indicado para menores de 14 anos Diclofenaco Sódico (Artren®, Flodin Duo®, Voltaren® e congêneres) Não é indicado para menores de 18 anos Dipirona/Metamizol (Novalgina®) FORTE CURTO (4 a 6 horas) Inconclusivo: possível inibição da COX-3 Possui também efeito espasmolítico Não é indicado para menores de 3 meses Risco de agranulocitose em caso de alergia Pode provocar hipotensão dose-dependente Etodolaco (Flancox®) FORTE MEDIANO (6 a 8 horas) (25/75) Não é indicado para menores de 15 anos Não usar em pacientes com dor peri operatória por cirurgia cardíaca Pode alterar resultados de exames hepáticos, hematológicos e de urina Não fazer uso concomitante de outros AINEs Etoricoxibe (Arcoxia®) FORTE LONGO (12 horas) (5/95) Não é indicado para uso em crianças Não usar em pacientes com ICC, angina, ponte de safena, AIT e que tiveram infarto Pode provocar aumento da pressão arterial Fenazopiridina (Pyridium®) MODERADA MEDIANO (8 horas) Desconhecido: propõe-se que exerça uma ação estritamente local (uretra) Uso apenas para alívio no trato urinário Provoca alteração na coloração da urina (afeta exames de urinálise) Não exceder 600mg/dia: risco de metemoglobinemia, anemia hemolítica, toxicidade hepática e renal Organizador: MSc Augusto Aragão de Barros (CRF-RJ 13511) TABELA COMPARATIVA DE FÁRMACOS AINES (PARTE III) Fármaco (Medicamento de Referência) Potência Analgésica Duração do Efeito % de afinidade nas COXs (COX-1 / COX-2) Orientações Importantes Fenilbutazona (Butazona Cálcica®) MODERADA MEDIANO (6 a 8 horas) (50/50) ? Não é indicada para menores de 14 anos Não usar em pacientes com doenças tireoidianas Pode provocar hipotireoidismo Não usar em pacientes com síndrome de Sjögren Risco de agranulocitose em caso de alergia Risco de hepatotoxicidade e hepatite Nota: Este fármaco foi banido de vários países, mas tem sido aproveitado na medicina veterinária para o tratamento de equinos Ibuprofeno (Alivium®, Dalsy® e Motrin®) MODERADA MEDIANO (8 horas) (80/20) Não é indicado para menores de 6 meses Não fazer uso concomitante de outros AINEs Uso concomitante de ISRS pode potencializar sangramento gastrointestinal Indometacina (Indocid®) FORTE MEDIANO (6 a 8 horas) (85/15) Não é indicado para menores de 2 anos Pode provocar sintomas de depressão e dispersão É usada também para suprimir contrações uterinas (offlabel) Lornoxican (Xefo®) FORTE LONGO (12 horas) (50/50) Não é indicado para menores de 18 anos Não fazer uso concomitante de outros AINEs Não usar em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico Pode provocar infertilidade temporária em mulheres Loxoprofeno (Loxonin®) MODERADA MEDIANO (8 horas) (50/50) Não é indicado para menores de 18 anos Atenção com pacientes que apresentam discrasias sanguíneas Exige monitoramento no uso concomitante de outros AINEs Nota: O Loxoprofeno é um pró fármaco do Ácido Mefenâmico Organizador: MSc Augusto Aragão de Barros (CRF-RJ 13511) TABELA COMPARATIVA DE FÁRMACOS AINES (PARTE IV) Fármaco (Medicamento de Referência) Potência Analgésica Duração do Efeito % de afinidade nas COXs (COX-1 / COX-2) Orientações Importantes Meloxican (Cicloxx® e Movatec®) FORTE LONGO (12 horas) (25/75) Não é indicado para menores de 12 anos Nâo fazer uso concomitante de outros AINEs Naproxeno (Flanax® e Naprosyn®) FORTE LONGO (12 horas) (80/20) Não é indicado para menores de 12 anos Não fazer uso concomitante de outros AINEs Pode interferir em exames de urina Nimesulida (Scaflan®,Nisulid Disp.® e Arflex Retard®) FORTE MEDIANO (6 a 8 horas) (40/60) Não é indicada para menores de 12 anos Não é recomendada para pacientes com função renal sobrecarregada por outros tratamentos Nota: está “sob judice” pelo FDA devido ao aumento na incidência de casos de hepatite medicamentosa pelo seu uso, como por isso também é proibida em vários países da Europa Piroxican (Feldene® e Feldene SL®) FORTE LONGO (12 horas) (30/70) Não é indicado para menores de 12 anos Não fazer uso concomitante de outros AINEs Pode provocar infertilidade temporária em mulheres Tenoxican (Tilatil®) FORTE LONGO (12 horas) (50/50) Não é indicado para menores de 18 anos Não fazer uso concomitante com outros AINEs Alterações no teor de albumina sérica mudam a farmacocinética Pode provocar parestesia, sonolência Pode provocar infertilidade temporária em mulheres É comum a ocorrência de prescrições de uso concomitante de AINEs para manejo de dor em situações pós-cirúrgicas (extrações dentárias, tratamento de canal, laparoscopia e outras) a despeito das orientações contrárias. O importante é acompanhar o paciente no relato do aparecimento ou piora de sintomas relevantes, buscando contato para com o prescritor e propor sugestões para benefício do paciente. IMPORTANTE: O presente material não tem objetivo de substituir a consulta, os exames e/ou o acompanhamento clínico! Organizador: MSc Augusto Aragão de Barros (CRF-RJ 13511) FONTES: 1.A comprehensive Review of Non-Steroidal Anti-Inflammatory Drug Use in The Elderly, Aging and Disease (2018). 2.A review of non steroidal anti-inflammatory drugs, South African pharmaceutical journal (2015). 3.An Evidence-Based Update on Nonsteroidal Anti-Inflammatory Drugs, Clinical Medicine & Research (2007) 4.An Overview of Pain Management: The Clinical Efficacy and Value Treatment, The American Journal of Managed Care (2013). 5.Analgésicos Inibidores Específicos da Ciclooxigenase-2: Avanços Terapêuticos, Revista Brasileira de Anestesiologia (2004). 6.Analgesics for Osteoarthritis: Na Update of 2006 Comparative Effectiveness Review, AHRQ – Agency for Healthcare Research and Quality (2011) 7.Aspirin and other anti-inflammatory drugs, Thorax (2000). 8.Bulas para profissionais de saúde dos medicamentos de referência acessados na ANVISA (http://portal.anvisa.gov.br). 9.Drug-Induced Liver Injury – Introduction and Overview, Science Direct – Academic Press (2013). 10.DrugBank (http://www.drugbank.ca/drugs) 11.Enzymologic and Pharmacologic Profile of Loxoprofen Sodium and Its Metabolites, Biol. Pharm. Bull. (2005) 12.Evolution of Nonsteroidal Anti-Inflammatory Drugs (NSAIDs): Cyclooxigenase (COX) Inhibition and Beyond, J.Pharm.Pharmaceut.Sci (2008) 13.Influence of nonsteroidal anti-inflammatory drugs on aspirin´s antiplatelet effects and suggestion of the most suitable time for administration of both agents without resulting in interaction, Journal of Pharmaceutical Health Care Sciences (2017). 14.Molecular Basis for Cyclooxygenase Inhibition by the Non-steroidal Anti-Inflammatory Drug Naproxen, The Journal of Biological Chemistry (2010). 15.New insights into the use of currently available non-steroidal anti-inflammatory drugs, Journal of Pain Research (2015). 16.Paracetamol: New Vistas of an old Drug, CNS Drugs Reviews (2006). 17.Role of Phenazopyridine in Urinary Tract Infections, Drug Review (2012). 18.Selective COX-2 Inhibitors: A Review of Their Structure-Activity Relationship), Iranian Journal of Pharmaceutical Research (2011). 19.The analgesic NSAID lornoxican inhibits cyclooxygenase (COX)-1/2, inducible nitric oxide synthase (iNOS), and the formation of interleukin (IL)-6 in vitro, Inflammation Research (1999). 20.WHO guidelines on the pharmacological treatment of persisting pain in children with medical illnesses), World Health Organization (2012).
Compartilhar