Buscar

RESUMO DIREITO CONSTITUCIONAL AV2

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

RESUMO DIREITO CONSTITUCIONAL – AV 02
Pontos Para a prova:
Organização do Estado: Federalismo;
Intervenção Federal;
Separação dos Poderes;
Poder Legislativo: CPI;
Processo legislativo: MP, procedimentos e espécies;
Emenda constitucional: Procedimentos para aprovação;
Poder Executivo: Competências, vacância de cargos e responsabilidades;
Poder Judiciário: Súmula vinculante e competências;
Ministério Público.
NÃO CAIRÃO NA PROVA OS CASOS 02 A 07 E 16. 
Organização Do Estado: Federalismo
Introdução: Liga-se a própria anatomia do Estado, apresentando a divisão do território em diferentes entes, denominados Entes-federados, exercendo cada um uma parcela de competência/poder, apesar de não possuírem soberania. 
Pacto Federativo: Livre e eficiente manifestação dos Estados federados no sentido de criar uma união indissolúvel, ou seja, o Estado Federativo. O pacto fica estabelecido na Constituição Federal. 
Forma de Estado: Podemos dividir em 02:
Estado unitário: Há uma centralização/unidade do poder político no território nacional;
Estado federativo: o poder político é dividido pelo território, gerando múltiplas organizações governamentais.
Características da federação:
Descentralização política: Visando garantir a autonomia dos entes;
Repartição de competências: Mantém o equilíbrio;
Constituição Rígida: Garante a estabilidade ao dificultar a ação do poder constituinte derivado;
INEXISTÊNCIA DO DIREITO DE SECESSÃO: APÓS FORMAR A FEDERAÇÃO, É IMPOSSÍVEL AOS ENTES SAIR DA MESMA. EM NOSSA CF, É CLAUSULA PÉTREA;
Se um dos Estados brasileiros tentar dissolver o pacto federativo (saindo da federação), ensejará uma intervenção federal. 
Soberania do Estado Federal: Apesar de dotados de autonomia político-administrativa, OS ENTES NÃO DETÊM SOBERANIA, ESTA PERTENCE APENAS AO TODO, I.E, AO ESTADO FEDERAL;
Não intervenção: O estado federal, em regra, não intervém nos entes. Contudo, em caso de situações de crise, está intervenção é possível;
Órgão representativo dos entes: No nosso caso, Senado federal;
Repartição de receitas. 
Federação Brasileira: Arts. 1º e 18. CRFB/88:
A República é formada pela união indissolúvel dos Estados, municípios, e do DF, constituindo –se um Estado democrático de Direito. 
A organização político-administrativa da RFB compete à União, aos Estados, ao DF e aos Municípios, todos autônomos nos termos da CF. 
Esquema do Brasil:
Forma de governo: república;
Forma de Estado: Federação;
Sistema de Governo: Presidencialista
Características do estado: Democrático de Direito;
Entes federativos: União, DF, Estados e Municípios. 
Intervenção Federal: 
Conceito: trata-se de suspensão da autonomia do ente federativo, com efeito, a partir da decretação, passando o controle de certa área da administração pública para a união. 
Princípios: 
Excepcionalidade: Em regra, a União não intervém nos Estados. 
Temporariedade: A intervenção sempre será por tempo determinado. 
Proporcionalidade: Analisa sob a ótica de 03 subprincípios:
Necessidade: A intervenção somente poderá ser decretada se houver extrema necessidade. 
Adequação: Os meios adotados justificam os fins a serem alcançados.
Proporcionalidade stricto sensu: A gravidade da intervenção é proporcional ao objetivo perseguido. 
Espécies e Hipóteses de aplicação: 
Espontânea: O presidente da Republica age de ofício, sendo ato discricionário.
Manter a integridade nacional;
Repelir invasão estrangeira ou de um estado no outro;
Colocar fim a grave comprometimento da ordem pública;
Reorganizar as finanças de unidade da federação que: I- Deixe de entregar aos municípios receitas tributários fixadas na CF no prazo estabelecido em lei, ou II- suspender o pagamento da dívida com a união por mais de 2 anos seguidos, salvo motivo de força maior. 
Provocada por solicitação: Também é ato discricionário do Presidente da República.
Garantir o livre exercício dos poderes nas unidades da federação – Legislativo ou Executivo quem solicita se eles estivem sofrendo coação;
Por requisição: É ato vinculado. Se o presidente não decretar está sujeito a crime de responsabilidade. 
Garantir o livre exercício do poder judiciário – Poder Judiciário quem requer;
Prover a execução ordem ou decisão judicial - Requisição do STF, STJ ou TSE;
Prover a execução de Lei federal: De provimento, pelo STF, de representação da PGR. 
Assegurar a observância dos princípios sensíveis (a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta; e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde) – De provimento pelo STF, de representação da PGR. 
Principal efeito: Impossibilidade de realizar emenda à constituição. Isso se deve ao fato de que estamos passando por um momento turbulento, logo, mudar a carta magna pode ser prejudicial para a ordem jurídica. 
Decretação e execução: Ambas são de competência privativa do Presidente da República. 
Materialização: Decreto presidencial interventivo. Neste, deve conter, obrigatoriamente: AMPLITUDE, PRAZO E CONDIÇÕES DE EXECUÇÃO. ALÉM DISSO, O PRESIDENT EPODE NOMEAR UM INTERVENTOR. 
Controle político: Logo após a decretação, o presidente deve submeter o ato ao congresso nacional no prazo de 24 horas, para que exerça controle político. Caso o congresso reprove a intervenção mediante decreto legislativo, o Presidente da república deve cessá-la imediatamente, sob pena de crime de responsabilidade.
Controle Jurisdicional/judicial: Também haverá. Princípio da inafastabilidade já jurisdição – nenhuma lesão ou ameaça de lesão a direito estará livre do crivo do judiciário. 
Separação dos Poderes:
Introdução: O poder do estado é uno. Contudo, na nossa realidade, é tripartido para melhor exercer as atividades estatais. 
Essa forma de divisão estabelece o que chamamos de freios e contrapesos. Assim, ao dividir o poder do Estado em 03 (o de criar normas de convívio social, o de administrar e o de apaziguar os conflitos), cada um dos poderes pode fiscalizar o outros, garantindo que nenhum deles se sobreponha ou extrapole a legalidade. 
Poder legislativo: 
Funções:
Típica: Legislar e fiscalizar o executivo.
Atípica: 1: Executiva: Dispor sobre sua organização; 2: Jurisdicional: Julgando o presidente da república por crime de responsabilidade (senado). 
Estrutura: No âmbito federal é bicameral, sendo composto por:
Senado Federal: Representante dos estados, 03 para cada um – com 02 suplentes cada, totalizando 81 senadores. São eleitos pelo sistema majoritário (mais votado entra). 
Câmara dos Deputados: Representantes do povo eleitos pelo sistema proporcional em cada estado e pelo DF. Serão no mínimo 08 e no máximo 70 para cada estado, enquanto os territórios elegem 04. Totaliza 513 deputados. 
Obs:. Considerando que o deputado aproveita os votos que o partido/coligação recebe, o mandato pertence a este. Com efeito, se o deputado sair do partido sem justa causa (mudança extrema de ideologia ou criação de um novo partido), perderá o mandato. 
Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI:
Conceito de comissão: São organismos constituídos em cada casa, composto de certo número de membros encarregados de estudar/examinar as proposições legislativas e apresentar pareceres, podendo ser permanente ou temporária (extingue-se ao fim da legislatura). É composta de forma proporcional entre os partidos políticos com representação na casa. 
Criação de uma CPI: Podem ser criadas apenas no SF ou na CD em conjunto ou separadamente, mediante REQUERIMENTO DE 1/3 DOS MEMBROS (171 DEPUTADOS OU 27 SENADORES). Possui os seguintes requisitos para criação.
Requerimento de 1/3;
Objeto: Certo e determinado;
Prazo: A CPI sempre será uma comissão temporária,
logo, será criada por prazo certo e determinado. 
 
Poderes da CPI: Poderes próprios das autoridades judiciais (“polícia civil”), além de outros previstos nos regimentos internos das casas. NÃO POSSUI PODER CAUTELAR (SUSPENDER PASSAPORTE, PRISÃO ETC). 
Pode quebrar os sigilos fiscal e bancário: Entende-se que há uma mudança em que guardará o sigilo (antes era a receita/banco, agora é a própria comissão), assim, não poderá divulgar dados etc. 
Dados telefônicos: Diz respeito apenas ao histórico de ligações, não podendo fazer, sem autorização prévia do judiciário, uma interceptação telefônica. 
Espécies Legislativas: 
Emenda Constitucional: 
As EC são fruto do trabalho do poder constituinte derivado/de reforma sendo, portando, limitadas. Podem suprimir, incluir ou acrescentar elementos ao texto constitucional. 
Lei Ordinária e Lei Complementar: 
Semelhanças: Possuem processo de elaboração muito parecido, distinguindo-se apenas no quorum para aprovação, maioria absoluta para LC e maioria relativa para LO. 
Diferenças:
Materiais: As hipóteses de regulamentação da CF por meio de LC estão taxativamente previstas no Texto Maior. Assim, sempre que o Constituinte (originário ou derivado) quiser que determinada matéria seja regulada por lei complementar, estampará taxativamente tal determinação na própria constituição. 
- Já as LO possuem campo de regulamentação residual, i.e, tudo o que não for regulado por outras espécies normativas será regulado por LO. 
Formal: A grande diferença está no quorum exigido para aprovação do PL. LC é maioria absoluta (art. 69, CF), enquanto LO é maioria relativa/simples (art. 47, CF).
Medida Provisória: 
Possui previsão legal no art. 62, CF/88. É adotada pelo Presidente da República, por ato monocrático e impessoal, sem a participação do poder legislativo, que é chamado a deliberar posteriormente. A MP entra em vigor na data se sua publicação em DO, com força de Lei e produzindo efeitos jurídicos.
Lei Delegada: 
Caracteriza-se por ser uma exceção ao princípio da indelegabilidade de atribuições , na medida em que a sua elaboração é antecedida de delegação de atribuição do poder legislativo ao poder executivo, mediante delegação externa corporis.
Decreto Legislativo: 
É o instrumento pelo qual serão normatizadas as competências exclusivas do CN, art. 49, I a XVII, CF. As regras sobre seus procedimentos são previstas no regimento interno de cada casa dou do CN. Além disso, é o instrumento usado para regulamentar os efeitos decorrentes de MP não convertida em lei, art. 62, §3º, CF.
Resolução: 
Regulamentam as matérias de competência privativa da CD, do SF e, em raras hipóteses, do CN. Uma vez aprovado, por maioria simples (art. 47, CF), o presidente da casa promulga e publica.
Quórum de votação:
- MAIORIA ABSOLUTA É A MAIORIA DOS COMPONENTES DA CASA LEGISLATIVA.
SF: 81 senadores: 81/2 = 40,5. Assim, 41 SENADORES APROVAM LC.
CD: 513 deputados: 513/2 = 256,5. Logo, 257 DEPUTADOS APROVAM LC. 
- MAIORIA RELATIVA/SIMPLES É A MAIORIA DOS PRESENTES NA CASA. CONTUDO, HÁ A NECESSIDADE DE ESTAR PRESENTE A MAIORIA ABSOLUTA. 
Ex:. Determinada casa possui 100 membros. No dia de votação compareceram 65 membros, poderá ser iniciada a votação de LO pela regra do art. 47, CF? Vejamos:
100/2 = 50, a maioria absoluta é de 51 membros, como está presente essa maioria, poderá ser iniciada a votação. Mas, quantos votos precisa para que o PL seja aprovado?
Estão presentes 65 membros, assim, 65/2 = 32,5, a maioria dos presentes é 33 membros. Portanto, com 33 votos a proposta será aprovada. 
	CASA LEGISLATIVA HIPOTÉTICA
(100 componentes. No dia compareceram 60 dos 100)
	LO
	LC
	Quorum de instalação da sessão de votação – pelo menos 51 membros (maioria absoluta). Como vieram, na hipótese, 60, poderão começar a votar:
	Quorum de instalação da sessão de votação – pelo menos 51 membros (maioria absoluta). Como vieram, na hipótese, 60, poderão começar a votar:
	Quorum de aprovação: 31 membros (maioria simples). 31 é a maioria dos presentes.
	Quorum de aprovação – 51 membros (maioria absoluta). Maioria dos componentes. 
Medida Provisória: 
Processo de criação após a EC 32/01:
Legitimado para edição: Presidente da República, sendo sua competência exclusiva, marcada pela indelegabilidade – art. 84, XXVI, CF/88.
Pressupostos constitucionais: relevância e urgência.
Prazo de Duração da MP: 60 dias, prorrogável por mais 60 dias (se o CN não tiver terminado a votação) nos termos do art. 62, §7º, CF, com termo inicial de sua publicação do DO. 
- Estando o CN em recesso, o prazo da MP será suspenso – art. 62, §4º, CF. 
- Havendo convocação extraordinária no período de recesso, se tiver MP pendente em vigor, elas serão incluídas automaticamente na pauta de convocação – art. 57, §8º, CF.
Prorrogação do Prazo da MP: Se o CN não tiver encerrado a votação em ambas as casas dentro de 60 dias, poderá o presidente prorrogá-la por mais 60 dias. Se, dentro desse novo prazo, a MP não for convertida em lei pelo CN, perderá a eficácia desde a sua edição. 
Tramitação: 
1º: Adotada a medida pelo Presidente, ela será submetida, de imediato, ao CN, podendo ser formado uma comissão mista de deputados e senadores para emitir parecer sobre a mesma, nos termos do art. 62, §§ 5º e 9º, CF.
2º: Posteriormente, com parecer da comissão mista, passará pela apreciação do plenário da CD, sendo aprovada, passará para a casa revisora, SF. 
OBS: Se qualquer das casas decidir no sentido do não atendimento dos pressupostos constitucionais ou pela inadequação financeira ou orçamentária da MP, a mesma será arquivada. 
Reedição de MP: O §10 do art. 62, CF estatui ser vedada a reedição de MP rejeitada expressamente ou não apreciada no prazo máximo de 120 dias (rejeição tácita) na mesma sessão legislativa. 
Limitação Material da MP: Art. 62, §§1º e 2º, CF.
Emenda Constitucional: 
Limitações formais: Art. 60, I, II, III e §§ 2º, 3º e 5º, CF:
Iniciativa, art. 60, I, II, III, CF: Trata-se de iniciativa privativa e concorrente. Assim, somente os legitimados pela carta magna poderão iniciar o processo de aprovação de uma emenda, havendo proposta de pessoa não legitimada, estaremos diante de um vício formal de inconstitucionalidade, são eles:
-Mínimo de 1/3 dos membros da CD ou do SN;
- Presidente da república;
-Mais da metade dos membros da assembleia legislativa dos estados membros e da câmara legislativa do DF, manifestando-se cada uma delas pela maioria relativa de seus membros. 
Quorum de aprovação, art. 60, §2º, CF: A PEC será discutida e votada em cada casa do CN, em 02 turnos de votação, considerando-se aprovada se obtiver, em ambas, 3/5 dos votos dos respectivos membros. 
Promulgação, art. 60, §3º, CF: Não há sanção presidencial, a mesa da CD ou do SF irá promulgar e publicar a emenda. 
Princípio da irrepetibilidade da PEC, art. 60, §5º: Casa a PEC seja rejeitada, não poderá ser proposta na mesma sessão legislativa, nem na condição do art. 67, CF.
Limitações circunstanciais, art. 60, § 1º, CF: O poder constituinte originário determinou que não poderá ocorrer emenda à constituição na vigência de:
-Intervenção Federal;
- Estado de Defesa;
- Estado de Sítio.
Limitações materiais, art. 60, §4º, CF: O poder constituinte originário instituiu, ainda, as chamadas clausulas pétreas, ou seja, um núcleo intangível de matérias que o constituinte derivado não pode abolir. Assim, não poderá ser objeto de deliberação de PEC a proposta de emenda tendente a abolir:
- A forma federativa de estado;
- O Voto direto, secreto, universal e periódico;
- A separação dos Poderes;
- Os Direitos e garantias individuais.
Tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos, art. 5º, §3º, CF: Essas normas, se aprovadas em 02 turnos de votação por 3/5 dos membros de ambas as casas serão equivalentes às EC. 
Ex:. Decretos Legislativos 186/2008 e 261/15. 
Processo Legislativo: Vide anexo. 
Fase
de iniciativa: A pessoa/ órgão que detém a competência de deflagrar o processo o faz, iniciando o processo legislativo.
Fase constitutiva: Ocorre a conjugação de vontades do legislativo (deliberação e voto) e do executivo (sanção ou veto).
Fase de deliberação executiva: Após a aprovação do projeto de lei, ele será encaminhado para o executivo para apreciação, o presidente pode vetá-lo ou sancioná-lo. 
Fase complementar: promulgação e publicação. 
Poder executivo: 
Funções típicas: Pratica atos de chefia de estado, de governo e atos administrativos. 
Funções atípicas: Legisla mediante MP e julga no contencioso administrativo. 
Espécies de sistema de governo: 
Presidencialismo: Função de chefe de Estado e de governo na mesma pessoa, o presidente da república.
Parlamentarismo: Há um chefe de Estado (presidente ou monarca) que será a face externa do Estado e um chefe de governo (primeiro ministro) que será a face interna do Estado. 
Diretorial: Um grupo de pessoas com iguais poderes administra o governo de forma colegiada. 
Competências: São materializadas por decreto. Sendo elas:
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal;
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;
V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
VI – dispor, mediante decreto, sobre: 
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional;
IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
X - decretar e executar a intervenção federal;
XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias;
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei;
XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos; 
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei;
XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União;
XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da União;
XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII;
XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional;
XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional;
XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional;
XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas;
XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição;
XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;
XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62;
XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição.
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.
Responsabilidade:
 
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento.
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções:
I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal;
II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão.
§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.
Crime de responsabilidade: Julgamento pelo SF, presidido pelo presidente do STF (que somente organiza o julgamento, não vota). A câmara dos deputados faz um controle político, admitindo a denuncia. 
Crime comum: Será julgado pelo STF, após a câmara dos deputados admitir a denuncia, por julgamento político. Ocorrendo a admissão, os autos são remetidos aos STF, sendo o presidente afastado. 
O presidente possui imunidade penal relativa, isto é, não pode ser julgado por crime comum estranho ao mandato. Com efeito, os crimes cometidos antes do mandato ou nele, mas sem qualquer nexo com o cargo presidencial, não poderão ser objeto de persecutio criminis. 
Vacância e um dos cargos: 
a) Substituição: Caráter temporário. O vice substituirá nos casos de doença, viagem etc. 
b) Sucessão: Caráter definitivo. O vice sucede nos casos de cassação, renuncia ou morte. Não há nova eleição, o vice vira presidente interino, havendo necessidade de substituição serão chamados o presidente da CD, do SN ou do STF, nesta ordem. 
Vacância de ambos os cargos: 
02 primeiros anos de mandato: Far-se-á eleição 90 dias depois de aberta a última vaga. Eleição direta, como é normalmente. 
02 últimos anos de mandato: Terá o mandato tampão: A eleição será feita para ambas os cargos em 30 dias depois de aberta a última vaga, no congresso nacional por eleição indireta. 
Sumula Vinculante: 
Competência: STF, de ofício ou mediante provocação, é o tribunal com competência exclusiva para edição, revisão ou cancelamento de enunciado de SV. 
Objeto: Validade, interpretação e a eficácia de normas determinadas. 
Requisitos: Reiteradas decisões sobre matéria constitucional em relação a norma da qual haja, entre órgão do judiciário ou entra entes e a adm pública, controvérsia
atual que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre idêntica questão. 
Efeitos da SV: A partir da sua publicação em DO, terá efeito vinculante em relação aos órgãos do poder judiciário e da administração pública direta e indireta em todas as esferas. Não atinge apenas o poder legislativo, que pode editar lei contrária à súmula, pois essa é sua função típica, também não afeta o executivo em sua função atípica de legislar (MP). 
Ministério Público: Arts. 127 a 130, CF/88:
É uma função essencial à Justiça;
Missão: Assegurar o respeito á ordem jurídica, ao regime democrático, aos direitos e sociais indisponíveis, art. 127, caput, CF/88. 
Princípios institucionais: §1º do art. 127, CF/88:
Independência Funcional: O Promotor, no desempenho de suas funções típicas, não se subordina a nenhuma autoridade, nem ao chefe do ramo do MP que entrega (MPU, MPE, etc). Assim, o Promotor pode decidir pelo sua convicção se irá oferecer ou não uma denúncia, atuando com plena autonomia. 
Princípio da Unidade: Todos os Promotores fazem parte de um único órgão, sob a chefia do Procurador-Geral, sendo vedada a criação de órgãos menores. Existe apenas um MP do trabalho, um MPU e um MPE (este por estado, não há unidade entre MP de diversos estados, cada um é independente). 
Princípio da Indivisibilidade: Decorre do anterior. Não há vinculação pessoal do Promotor a um caso. Assim, o promotor de justiça pode ser substituído por qualquer outro promotor, pois eles são representantes da mesma instituição (o MP). 
Além dos três anteriores, expressos na CF, o STF firmou entendimento da existência de um 4º princípio, o princípio do promotor natural: Veda a designação casuística de membros do MP para atuarem em determinados processos, impondo que a competência de cada um dos integrantes esteja estabelecida a partir de critérios genéricos e abstratos. Esse princípio veda o promotor de exceção, garantindo ao MP autonomia e isenção. 
Garantias do MP:
Vitaliciedade: Após dos anos de exercício e aprovação no estágio probatório. Somente poderá perder o cargo com decisão judicial transitada em julgado. 
Inamovibilidade: O membro do MP somente pode ser removido para outra localidade por vontade própria, salvo por motivo de interesse público e mediante decisão do órgão colegiado competente do MP, por maioria absoluta de seus membros, sendo assegurada a ampla defesa. 
Irredutibilidade dos subsídios.
Casos Concretos: 
Aula 01: Conforme a Lei complementar 140/2011, o Ente federativo competente para fiscalizar e controlar as autorizações ambientais para o empreendimento será a União.
Aulas 02 – 07: Não cai.
Aula 08: Sim, a imunidade material do parlamentar abrange todos os atos conexos com o mandato. Considerando que a diligencia investigatória é um ato conexo com a função parlamentar, estará o membro da CPI coberto pela imunidade, mesmo que a mesma ocorra fora do território do congresso nacional. 
Aula 09: O Chefe do executivo municipal não é parte legítima para declarar a inconstitucionalidade de uma Lei, sendo esta uma das competências exclusivas do poder judiciário, que o faz através do controle difuso/concentrado de constitucionalidade. Assim, o prefeito deveria aplicar o dispositivo e provocar o judiciário para declarar a inconstitucionalidade da lei. 
Uma segunda corrente diz que o prefeito não é obrigado a desrespeitar a constituição, podendo se recusar a aplicar a lei, 
Aula 10: Não, os 02 requisitos para que possa ocorrer a edição de uma Medida provisória são: relevância e urgência. Assim, considerando que o caso narrado carece urgência e que os requisitos são cumulativo, não poderá haver a edição de uma medida provisória. 
Aula 11: 1- C; 2- C; Não, a necessidade de prévia autorização do legislativo para ser julgado por crime comum é prerrogativa exclusiva do presidente da república, não havendo possibilidade de se aplicar o princípio da simetria nesse caso, tratando-se de uma norma de reprodução proibida, conforme entendimento do STF. 
Aula 12: Sim, apesar disso, Lei infraconstitucional deverá tipificar as condutas que serão consideradas crimes, pois a lei penal deve ser taxativa, sob pena de ferir o princípio legalidade. 
1- B, 
2 – Errado, o julgamento se dará por tribunal especial, segundo determina a lei do impeachment. 
Aula 13: 1- C, 2- C. Não, o Conselho Nacional de justiça, apesar de integrar o poder judiciário, não é um órgão dotado de jurisdição. Portanto, não detém competência para apreciar e julgar mandado de segurança nem qualquer outra petição que demande poder jurisdicional para julgamento. Logo, seria correto que o mandado de segurança fosse impetrado junto ao STJ, por ser a instância superior ao TRF. 
Aula 14: Não, a conduta do Governador de estado afronta diversas normas e princípios constitucionais, dentre eles a separação dos poderes e a independência do poder judiciário, que possui autonomia financeira, sendo caso, inclusive, de decretação de intervenção federal, pois um dos poderes estaria impedido de ser livremente exercido. 
Objetivo: Alternativa 02
Aula 15: 1 – A, 2- D. a) Trata-se de um crime doloso contra a vida, sendo de competência do tribunal do júri. B) Art. 231, CF: São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. A competência da justiça federal nesses casos é justificada por ser obrigação da união tutelar os direitos dos indígenas. c) caberia ao STJ, uma vez que é a instância superior comum a ambos os juízes.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando