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RESUMO DIREITO CIVIL III AV1

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RESUMO DIREITO CIVIL III – AV1
Introdução:
Conceito: Segundo a corrente clássica, o contrato é um negócio jurídico bilateral que visa a criação, modificação ou extinção de direitos e deveres de cunho patrimonial. 
Principais classificações:
Quando aos direitos e deveres das partes ou quanto à presença de sinalagma:
- Unilateral: Apenas um dos contratantes assume deveres em face do outro.
Ex:.Doação, mútuo e comodato.
- Bilateral: Os contratantes são, reciprocamente, credores e devedores entre si. Também é denominado de contrato sinalagmático. 
Ex:. Compra e venda, aluguel, seguro etc.
Quanto ao sacrifício patrimonial das partes:
- Oneroso: Ambas as partes realizam um sacrifício para obter certa vantagem desejada.
Ex:. Compra e Venda.
- Gratuito: Apenas uma das partes realizada sacrifício, a apenas recebe a vantagem.
Quanto aos riscos que envolvem a prestação: 
- Comutativo/pré-estimado: Aquele que possui as prestações certas e determinadas.
Ex:. Compra e venda (sei o que vou pagar e o que irei receber).
- Aleatório: A prestação de uma das partes é desconhecida com exatidão no momento da celebração do contrato, havendo risco quanto a existência da coisa ou sobre a sua quantidade (arts. 458 e 459, CC).
Princípios do Direito Contratual:
Constitucionais: 
Dignidade da pessoa humana: art. 1º, III, CF/88;
Isonomia: Art. 5º, caput, CF/88;
Solidariedade social: Art. 3º, I, CF/88.
Princípio da Autonomia Privada: é o poder que os particulares possuem de regular, pelo exercício de sua vontade, as relação que participam. Decorre diretamente da liberdade humana, direito fundamental garantido pela CF. É formado por duas liberdades inerentes ao ser humano:
Liberdade de contratar: É a liberdade para celebração de contratos. O indivíduo pode escolher a pessoa com quem irá contratar.
Liberdade contratual: É a autonomia de editar o conteúdo do negócio jurídico.
Princípio da função social dos contratos: É um princípio contratual de ordem pública (não pode ser afastado pelas partes) pelo qual o contrato deve ser, necessariamente, visualizado e interpretado conforme o contexto social. Possui duas acepções:
Eficácia interna: Olho para dentro do contrato, observando a repercussão desse princípio no comportamento das partes. O contrato deve ser bom para as partes mas não deve causar um efeito nocivo para a sociedade. A análise consiste em ver se existe violação aos princípios e valores constitucionais. Sumula 302 STJ – viola a dignidade da pessoa humana, clausula abusiva.
Eficácia externa: Verifica-se se o contrato está extrapolando diretamente direitos metaindividuais, terceiro vítima/ofendido, terceiro ofensor. 
Princípio da força obrigatória dos contratos – Pacta sunt servanda: Prevê que o estipulado pelas partes possui força de lei, devendo ser cumprido o avençado no contrato. 
Função social: A função social dos contratos mitiga este princípio
Princípio da boa-fé objetiva: É a exigência de conduta leal dos contratantes. É intrínseca a qualquer negócio jurídico, independente de previsão no instrumento contratual. Possui alguns direitos anexos: INFORMAR, AGIR CONFORME A CONFIANÇA DEPOSITADA, COLABORAR, COOPERAR ETC. 
Formação dos Contratos:
Podemos separar, para fins didáticos, em quatro etapas: 
1º: Fase de Puntuação (negociação);
2º: Fase de proposta, oblação ou policitação;
3º Fase de pré-contrato;
4º: Contrato definitivo.
Fase de negociação preliminar/puntuação: É a fase em que ocorrem os debates prévios, entendimentos e tratativas sobre o contrato preliminar, É ANTERIOR A PROPOSTA.
Fase de proposta, policitação ou oblação: Constitui a manifestação da vontade de contratar por uma das partes, que solicita a concordância da outra. Trata-se de uma declaração de vontade unilateral RECEPTÍCIA, POIS SOMENTE PRODUZ EFEITOS AO SER RECEBID APELA OUTRA PARTE. 
Princípio da irrevogabilidade da proposta: Em regra, a proposta de contrato obriga o proponente, gerando a obrigação de pagar perdas e danos, art. 427, C.C.
Deixa de ser obrigatória a proposta: Art. 428, C.C.
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita;
II- se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente;
III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado;
IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente.
Obs:. Considera-se o contrato realizado entre ausentes aquele no qual as partes possuem dificuldade de comunicação. A proposta não tem como ser aceita de imediato. Um exemplo é a proposta mandada por e-mail ou carta, há certa dificuldade de comunicação. 
Obs:. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante, pois, apesar de não estarem presentes fisicamente, não há qualquer dificuldade nas declarações de vontade.
Obs:. DESISTÊNCIA DO ACEITANTE: ART. 433 Considera-se inexistente a aceitação, se antes dela ou com ela chegar ao proponente a retratação do aceitante.
Oferta ao Público – Art. 429, C.C: Equivale a proposta (o que confirma que é um ato unilateral que produz efeitos com o recebimento da proposta), salvo se do contrário resultar das circunstâncias ou dos usos (função social e art. 113, C.C). Pode ser revogada pelo mesmo meio pelo qual foi feita.
Contraproposta: A aceitação fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações, importará nova proposta.
Regras dos contratos entre Ausentes: Art. 434, CC: ornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto:
I - no caso do artigo antecedente;
II - se o proponente se houver comprometido a esperar resposta;
III - se ela não chegar no prazo convencionado.
Local de celebração: No lugar em que foi proposto (ou contraproposto). 
Fase de contrato preliminar: Também denominado de pré-contrato ou de pactum de contrahendo, é uma fase facultativa. 
Requisitos: Exceto quanto à forma, todos os demais requisitos do contrato.
Espécies: Nosso Direito admite basicamente 02 tipos:
- Compromisso de contrato unilateral ou contrato de opção: Apenas uma das partes assume a obrigação de fazer o contrato definitivo, à outra parte é facultado a celebração do negócio. PODE CONTER CLÁUSULA DE ARREPENDIMENTO.
- Compromisso bilateral de contrato: Ambos assinam e assumem o dever jurídico de celebrar o contrato definitivo. NÃO HÁ CLAUSULA DE ARREPENDIMENTO.
Obs:. Neste instituto surge uma obrigação de fazer.
Fase de contrato definitivo: É a fase em que ocorre o choque de vontades. O contrato estará aperfeiçoado, gerando todas as suas consequências, inclusive a responsabilidade civil contratual. 
Estipulação em Favor de Terceiro:
Conceito: É uma exceção ao princípio da relatividade dos contratos (o contrato, em regra, só faz efeito inter partes), sendo prevista nos arts. 436 a 438, C.C. Em suma, as partes convencionam que será concedida certa vantagem em favor de um terceiro, alheio ao contrato.
Não é exigida capacidade do 3º beneficiário, tampouco seu consentimento para figurar como beneficiário. Contudo, precisa aceitar o benefício, o “aceite” é condição de eficácia do N.J.
Toda a onerosidade do contrato é do estipulante. 
Legitimidade para exigir a prestação: Tanto o 3º beneficiário quanto o estipulante podem exigir do promitente o cumprimento da obrigação. 
 R.J
ESTIPULANTE			PROMITENTE
 Pai				seguradora
	
 BENEFICIÁRIO 		Contrato De Seguro
 	Filho
Promessa de Fato De Terceiro: 
Trata-se de uma obrigação de resultado, não sendo o mesmo alcançado enseja as regras do inadimplemento contratual.
Art. 439, C.C: Quem prometer que terceiro execute algo é devedor da obrigação, respondendo por perdas e danos.
Art. 440, C.C: Se a pessoa sobre a qual recaia a promessa ratificá-la não haverá responsabilização pelo do promitente, pois o devedor da obrigação passa apessoa “prometida”.
Garantias Contratuais Legais: Vício Redibitório e Evicção:

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