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Resumo Direito Civil apostila

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Resumo de Direito Civil – elaborado por Diego Macedo G. Costa 
http://diegomgcosta.blogspot.com 
 
Lei de Introdução ao Código Civil (LICC) – Lei de Introdução às Normas do 
Direito Brasileiro / LINDB 
A LICC (hoje, denomina-se Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro - 
LINDB) geograficamente antecede o Código Civil, porém regulamenta todas as 
legislações – lei das leis. O Decreto-Lei 4.657 de 4 de setembro de 1942 denomina-se 
LICC – Lei de Introdução ao Código Civil, e tal Decreto- Lei está em vigor, porém, 
recebeu nova denominação e hoje se chama Lei de Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro. Foi a Lei 12.373 de 30 de dezembro de 2010 que trouxe a nova 
denominação. 
A LINDB é a lei de introdução a todas as normas jurídicas, vale dizer, ela disciplina a 
eficácia e a aplicabilidade de todas as leis é um código de normas que tem como objeto 
o estudo da própria lei. 
Lei é uma norma geral que emanada da autoridade competente é imposta coativamente 
a obediência de todos. 
Características da lei: 
- Generalidade: a lei se dirige a todos os cidadãos indistintamente. 
- Imperatividade: a lei impõe um dever, uma conduta, uma obrigação. 
- Autorizamento: falar em autorizamento é conceder ao lesado que exija o cumprimento 
da norma ou a reparação do dano/ mal causado. 
- Permanência: é dizer que a lei não se exaure num só momento, ela perdura no tempo. 
- Emanação da autoridade competente: quem disciplina a competência para legislar é a 
Constituição Federal – art. 22, da CF88. 
Classificação da lei: 
Quanto à imperatividade: 
- cogente: é aquela norma que tem observância obrigatória, chamada de norma de 
ordem pública. 
- dispositiva: é a norma que tem observância facultativa, podendo ser: a) permissiva: é 
aquele que permite a parte estipular alguma disposição, b) supletiva: se dá quando a 
norma supre a falta de manifestação de vontade da parte. 
Quanto ao autorizamento: 
- mais que perfeita: são aquelas que autorizam a aplicação de duas sanções (penas). 
Exemplo: norma que autoriza a prisão civil do devedor de alimentos. 
- perfeita: é aquela que impõe a nulidade ou a anulação do ato. 
- menos que perfeita: são aquelas que não geram nulidade nem anulação do ato, mas 
apenas uma sanção quando violada. 
- imperfeita: norma imperfeita é aquela que a sua violação não acarreta nenhuma 
conseqüência jurídica. Exemplo: pagamento de dívida prescrita. 
Resumo de Direito Civil – elaborado por Diego Macedo G. Costa 
http://diegomgcosta.blogspot.com 
 
Da Vigência da Lei: 
É o período entre o início e o fim da obrigatoriedade da norma. A norma deve ser 
analisada sobre três aspectos: 
a) elaboração; 
b) promulgação: é atestar a regularidade da norma; e 
c) publicação. 
No Brasil a lei entra em vigor 45 dias (no silêncio) após oficialmente publicada – em 
regra, salvo disposição em contrário. 
Agora, no exterior, a obrigatoriedade da lei se dá 3 meses (≠ 90 dias) após 
oficialmente publicada. 
Na contagem do prazo inclui-se a data da publicação e o último dia do prazo, entrando 
em vigor no dia subseqüente à sua consumação integral. 
Exemplo: publicação em 31.01.11 (neste exemplo, entra em vigor 1 ano após a 
publicação) - 31.01.12 (1 ano) = 01.02.12 (entra em vigor). 
Parágrafos 1 e 2, do art. 8, da LC 95/98. Tais parágrafos foram instituídos pela LC n. 
107 de 2001. 
Da Vacância da Lei (vacatio legis): 
É o período que medeia entre a publicação da lei e a sua entrada em vigor. 
Correção a erro material/ substancial da lei: se antes da lei entrar em vigor ocorrer nova 
publicação de seu texto em vista a correção, o prazo será contado a partir da nova 
publicação. 
Detalhe: a correção de texto de lei já em vigor será considerada lei nova. 
Princípio da Continuidade das Leis: 
A lei em vigor continua em vigor até ser revogada por outra lei - em regra. 
Exceções: a) lei temporária; b) lei excepcional. 
Princípio da Vigência Sincrônica: 
A lei entra em vigor na mesma data em todo o território nacional, sendo simultânea a 
sua obrigatoriedade. Daí falar-se que o Brasil adotou o critério do prazo único. 
Observação: o costume não revoga a lei, apenas retira a sua eficácia (desuso). 
Da Revogação: 
É a perda da vigência de uma lei em razão de uma nova lei. A revogação pode ser: 
a) expressa: quando a nova lei declara textualmente que está revogando a lei anterior; 
Resumo de Direito Civil – elaborado por Diego Macedo G. Costa 
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b) tácita: quando a nova lei não declara textualmente que está revogando a 
anterior, mas revela-se incompatível com a lei anterior. Ou, ainda, regulamenta 
inteiramente a matéria da lei anterior. 
c) total: revoga-se toda a lei = ab-rogação. 
d) parcial: revoga-se parte da lei = derrogação. 
Da Repristinação: 
É o restabelecimento de uma lei revogada pela sua lei revogadora ter sido 
revogada por outra. 
Lei A → Lei B (revoga lei A) → Lei C (revoga lei B) = Lei A volta a viger 
(= efeito repristinatório). 
Não é possível o efeito repristinatório automático no Brasil. Somente será admitido 
quando for expresso. Ou seja, no silêncio não é possível. 
Da Retroatividade da Lei: 
Retroatividade é a aplicação da lei a fatos passados (pretéritos). 
Em regra a lei é irretroativa, daí que irretroatividade é a inaplicabilidade da lei 
a fatos pretéritos. 
A lei pode ser retroativa em duas situações (exceções) – art. 5, inciso XXXVI, da CF88: 
a) quando o legislador disser expressamente; 
b) quando não prejudicar direito adquirido, coisa julgada e ato jurídico perfeito. 
- Coisa julgada: é a decisão ao qual não comporta mais recurso. 
- Ato jurídico perfeito: é o ato já consumado, de acordo com a lei vigente quando se 
realizou tal ato. 
- Direito adquirido: é aquele já incorporado ao patrimônio de seu titular. Vale dizer: é 
aquele que já pode ser exercido por ele ou por quem o represente, cujo começo do 
exercício tenha termo pré- fixo ou condição pré-estabelecida inalterável. 
Condição: é um evento futuro e incerto. 
Termo: é um evento futuro e certo. 
Princípio da Obrigatoriedade das Normas: 
A lei, uma vez em vigor, torna-se obrigatória. Em razão de tal princípio ninguém se 
escusa de cumprir a lei alegando que não a conhece. 
Ademais, não se faz necessária provar a existência da lei em juízo, pois o juiz 
conhece o direito. Exceções: a) direito municipal; b) direito estadual; c) direito 
alienígena = direito estrangeiro; e 
d) direito consuetudinário (costumes). 
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O entendimento predominante que justifica o princípio da obrigatoriedade é a 
teoria da necessidade social. É dizer: a lei é conhecida de todos em razão de um 
interesse social para a boa convivência social, garantindo-se a eficácia global do 
ordenamento jurídico. 
Integração das Normas Jurídicas: 
Diante da lacuna da lei, o juiz se valerá dos mecanismos de integração das normas 
jurídicas. 
Isto decorre em razão da plenitude lógica do sistema – leia-se a lei pode conter lacunas, 
mas o direito não. 
São mecanismos de integração das normas jurídicas: 
a) analogia: é a aplicação da lei a casos não previstos na norma. 
b) costumes: é a prática constante, uniforme, pública e geral de determinado ato 
pela convicção de sua necessidade/ obrigatoriedade. O costume possui dois 
elementos = objetivo (é a prática reiterada do ato) e subjetivo (é a convicção danecessidade/ obrigatoriedade). 
b.1) secundum legem: o costume é obrigatório e reconhecido pela lei (segundo os 
costumes locais = contrato de empreitada). 
b.2) praeter legem: é aquele que se destina a suprir a lei nos casos omissos – vide art. 4 
da LICC. 
b.3) contra legem: é aquele que se opõe a lei = não é permitido! 
c) princípios gerais do direito: são regras que se encontram na consciência dos povos e 
são universalmente aceitas, ainda que não escritas. Exemplos: presunção de boa fé; 
ninguém se beneficia com a sua própria torpeza. 
Interpretação das Normas Jurídicas - classificação dos métodos de interpretação: 
Quanto à origem: 
- autêntica: é aquela feita pelo próprio legislador. É dizer: ele reconhece a ambiguidade 
da norma e edita outra lei destinada a interpretar. 
- doutrinária: feita pela doutrina, mestres e estudiosos do direito. 
- jurisprudencial: é aquela feita pelos juízes e tribunais no exercício de suas funções 
(várias decisões no mesmo sentido). 
Quanto ao meio/ modo: 
- gramatical ou literal: é aquela que consiste no exame do texto normativo, sob o ponto 
de vista lingüístico. 
- sistemática: é aquela que parte do pressuposto que o direito não pode ser 
analisado isoladamente, mas em conjunto com as demais normas. 
Resumo de Direito Civil – elaborado por Diego Macedo G. Costa 
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- histórica: é aquela que se analisa os antecedentes da norma (debates, estudo que levou 
a norma). É a análise do projeto de lei. 
- teleológica: é aquela que se busca o sentido da norma, a sua finalidade. 
Quanto ao resultado: 
- declarativa: é aquela que a letra da lei corresponde exatamente aquilo que o legislador 
quis dizer. 
- restritiva: é aquela que a letra da lei disse mais do que o legislador quis dizer. 
- extensiva: é aquela que a letra da lei disse menos do que o legislador quis dizer – vista 
a ampliar o seu alcance. 
 
Lei n. 10.406 de 10 de janeiro de 2002 / Código Civil (CC/02) 
O CC/02 entrou em vigor no dia 12 de janeiro de 2003 – é o entendimento mais técnico 
e correto! 
O CC/02 é dividido em duas grandes partes (estrutura): 
a) parte geral: 
a.1) das pessoas; a.2) dos bens; a.3) dos fatos jurídicos. 
b) parte especial: 
b.1) direito das obrigações; b.2) direito de empresa (direito comercial/ 
empresarial); b.3) direito das coisas; b.4) direito de família; b.5) direito das sucessões. 
Das pessoas: 
As pessoas podem ser: 
a) naturais ou físicas; 
b) jurídicas ou coletivas ou morais. 
Das pessoas naturais ou físicas – art. 1 e seguintes do CC: 
É todo ser humano considerado como sujeito de direitos e obrigações na ordem civil. 
Para ser pessoa basta nascer com vida, daí falar-se que a aquisição da personalidade 
civil se dá com o nascimento (com vida = respiração). 
O nascimento se dá com a respiração. Ademais, a morte se dá com a cessação das 
funções do encéfalo (conforme a lei dos transplantes). 
O nascimento com vida é a separação do produto da concepção das vísceras 
maternas. É dizer: é a expulsão completa do produto da concepção quando após a 
separação respire, esteja ou não desprendida a placenta, tendo sido ou não cortado o 
cordão. 
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Detalhe: não precisa ter feição humana, desde que promane da mulher - Art. 29, 
item 6, Resolução 1 de 13 de junho de 1988 – do Conselho Nacional de Saúde. 
Nascituro é o ente concebido ainda não nascido. Nascituro não tem personalidade civil. 
O CC adotou a teoria natalista (= nascimento com vida) quanto à aquisição da 
personalidade civil. 
Capacidade: 
a) de direito / gozo: é a capacidade de aquisição de direitos. A capacidade de 
direito se confunde com a personalidade civil. Capacidade restrita ou limitada = 
dotado de incapacidade. 
Incapacidade é a inaptidão para o exercício dos atos da vida civil. 
No nosso direito não existe incapacidade de direito, mas tão somente de fato. 
b) de fato/ exercício/ ação: é a capacidade de exercer por si só os atos da vida civil. 
a) + b) = capacidade plena. 
Incapacidade absoluta (art. 3): 
- os menores de 16 anos; 
- os enfermos ou deficientes mentais que não tem discernimento para os atos da vida 
civil; 
- aqueles que mesmo por causa transitória não possam exprimir a sua vontade. 
Os absolutamente incapazes não tem vontade. É dizer: a vontade é substituída pela 
vontade de seu representante legal. Daí falar-se que ele é representado. Agora, se 
ele praticar o ato sem a devida representação o ato será nulo. 
Incapacidade relativa (art. 4): 
- os maiores de 16 anos e menores de 18 anos. Muito embora eles sejam 
relativamente incapazes, a lei admite que eles pratiquem alguns atos (exemplos: 
casamento, desde que autorizados; podem ser testemunha; podem votar; podem fazer 
testamento); 
- os ébrios habituais e os viciados em tóxicos; 
- aqueles que por deficiência mental tenham o seu discernimento reduzido; 
- os excepcionais sem o desenvolvimento mental completo; 
- os pródigos (é aquele que dissipa desvairadamente o seu patrimônio). 
Agora, o relativamente incapaz tem vontade, mas a sua vontade deve ser acompanhada. 
Daí falar-se que ele deve ser assistido. Detalhe: se ele praticar o ato sem a devida 
assistência, o ato será anulável. 
Da cessação da incapacidade: 
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A incapacidade será cessada de duas maneiras: 
a) pelo desaparecimento de sua causa. 
b) pela emancipação. Emancipação é a antecipação da capacidade civil. A emancipação 
não se confunde com a maioridade (maioridade = 18 anos). 
Espécies de emancipação: 
a) voluntária: é aquela concedida por ambos os pais, mediante escritura 
pública, independentemente de homologação judicial, desde que o menor tenha 16 anos 
completos. 
b) judicial: é aquela concedida mediante sentença do juiz, desde que o menor tenha 16 
anos de idade e esteja sob tutela. 
c) legal: é aquela que ocorre automaticamente em razão de ocorrer o fato previsto em 
lei. 
- colação de grau em curso superior; 
- casamento; 
- exercício de emprego público efetivo; 
- pelo estabelecimento civil ou comercial ou pela existência de relação de emprego, 
desde que o menor tenha economia própria e 16 anos completos. 
Uma vez ocorrida a emancipação, esta não será revogável. 
 
Da morte: 
a) morte real: com a presença do corpo. 
b) morte presumida: 
b.1) com decretação de ausência: ausente é aquele que desaparece de seu 
domicílio sem menção de seu paradeiro – arts. 6, 22, 26, 37, 38 e 39 do CC. 
b.2) sem decretação de ausência: se dá em duas hipóteses: 1 – se for extremamente 
provável a morte de quem está em perigo de vida; 2 – se a pessoa desaparecer 
em campanha ou for feita prisioneira de guerra e não for encontrado até 2 anos após o 
término da guerra. 
Da comoriência: 
Ocorre quando dois ou mais indivíduos falecem na mesma ocasião, não se 
sabendo quem morreu primeiro, presume-se simultaneamente mortos. 
Individualização da pessoa natural: 
É a identificação da pessoa na sociedade. 
Elementos de identificação: 
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a) nome: é o sinal que identifica a pessoa na sociedade. O nome é formado por 
dois elementos: 
1 – pré nome; 
2 – sobrenome ou patronímico. 
Emregra, não é possível alterar o nome – aplica-se o princípio da imutabilidade. 
Exceções: casamento; divórcio; tradução de pre nome estrangeiro; pre nome que 
exponha o seu portador ao ridículo; quando houver evidente erro gráfico. 
b) estado: civil ou físico. 
c) domicílio (arts. 70 e seguintes do CC): é a sede jurídica da pessoa, onde responde 
pelas obrigações civis. 
Domicilio (é mais amplo) não se confunde com a residência. 
O domicilio possui dois elementos: 
a) elemento objetivo: é a residência; 
b) elemento subjetivo: é o ânimo definitivo (é a vontade de ser encontrado em 
determinado local). 
É possível a pluralidade de domicílios. 
Aquele que não tem residência considera-se o seu domicílio o local onde for encontrado 
– art. 73, do CC. 
Espécies de domicílio: 
a) voluntário: é o livremente escolhido. 
b) necessário ou legal: é aquele que decorre da lei. Têm domicílio necessário: 
- o incapaz = é o do seu representante legal; 
- o servidor público = é onde exerce suas funções; 
- o militar = é onde ele servir. Detalhe: se for militar da aeronáutica ou marinha será a 
sede do comando onde estiver subordinado; 
- o preso = onde a sentença estiver sendo executada; 
- o marítimo = onde o navio estiver matriculado. 
 
Direitos da personalidade – art. 11 e seguintes do CC: 
São todos aqueles inerentes a toda e qualquer pessoa humana (direito à vida, 
liberdade, integridade física, intimidade, nome etc). 
Observação: as regras aplicáveis aos direitos da personalidade se aplicam à pessoa 
jurídica naquilo que for compatível. 
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Características do direito da personalidade: 
a) extrapatrimonial; 
b) vitaliciedade; 
c) intransmissibilidade; 
d) indisponibilidade; 
e) inalienabilidade; 
f) irrenunciabilidade; 
g) impenhorabilidade; 
h) absoluto (erga omnes = contra todos); 
i) imprescritibilidade. 
 
Das Pessoas Jurídicas – art. 40 e seguintes do CC 
São entidades às quais a lei confere personalidade civil, capacitando-as como 
sujeitos de direitos e obrigações. 
As pessoas jurídicas não se confundem com os membros que a compõe, vale dizer, elas 
têm personalidade própria. 
Natureza jurídica: 
O CC adotou a teoria da realidade técnica. É dizer, a pessoa jurídica existe, é 
uma realidade e decorre da técnica legislativa. 
Elementos constitutivos da pessoa jurídica: 
a) vontade humana declarada – affectio societatis; 
b) objeto lícito; 
c) observância das condições legais: c.1) elaboração do ato constitutivo; c.2) registro do 
ato constitutivo; c.3) para algumas pessoas jurídicas se exige a autorização do 
governo (exemplo: instituições financeiras). 
Classificação das pessoas jurídicas: 
- Pessoas jurídicas de direito público (regime jurídico de direito público): 
a) interno: entes da administração direta; entes da administração indireta 
(autarquias e fundações públicas). 
b) externo: nações; organizações internacionais. 
- Pessoas jurídicas de direito privado (regime jurídico de direito privado): 
Resumo de Direito Civil – elaborado por Diego Macedo G. Costa 
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a) fundações privadas: regime jurídico de direito privado, constituída por bens 
privados, criada por testamento ou por escritura pública. 
 
A fundação é formada/ constituída por um conjunto de patrimônio. Ademais, fundação 
tem objetivo externo. Vale dizer: tem caráter assistencial (não tem lucro!). É 
constituída para fins religiosos, culturais, morais ou de assistência. 
b) corporações: é constituída por um conjunto de pessoas. 
A corporação tem objetivo interno. Vale dizer: visa resguardar os interesses de 
seus membros. Poderá ter ou não lucro dependendo da espécie de corporação. 
Espécies de corporações: 
- sociedades: tem lucro. A sociedade pode ser empresária ou simples; 
- associações: não tem lucro; 
- partidos políticos; 
- organizações religiosas. 
 
Entes despersonalizados: são entidades sem personalidade jurídica. Não são 
sujeitos de direito. São pessoas judiciárias (podem configurar como parte no processo 
judicial). Exemplo: espólio, condomínio, massa falida (observar o art. 12, do Código de 
Processo Civil). 
Fundação: fases de criação da fundação (arts. 62 e seguintes do Código Civil): 
a) Primeira Fase: é o ato de dotação (é aquele em que o instituidor disponibiliza os 
bens para se criar uma fundação – ou por testamento ou por escritura pública). 
b) Segunda Fase: é a elaboração do estatuto. Esta elaboração pode ser de duas formas: 
b.1) própria: o próprio instituidor elabora o estatuto; 
b.2) fiduciária: quando alguém da confiança do instituidor ficou encarregado em 
elaborar o estatuto. 
Detalhe: quando a pessoa encarregada em elaborar o estatuto da fundação não o fizer 
dentro do prazo determinado pelo instituidor, ou ainda, se não houver prazo, em 
180 dias a incumbência passará ao Ministério Público. 
c) Terceira Fase: é a aprovação do estatuto da fundação. A aprovação incumbirá 
ao Ministério Público. 
Detalhe: se for o MP que elaborou o estatuto, a aprovação incumbirá ao juiz da 
comarca. 
d) Quarta Fase: é o registro. O Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas que 
registra a fundação. 
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Teoria da desconsideração da pessoa jurídica: 
Diante do abuso da personalidade jurídica caracterizado pelo desvio de finalidade ou 
pela confusão patrimonial, o juiz poderá estender o efeito de certas relações 
jurídicas ao patrimônio pessoal dos sócios ou administradores da pessoa jurídica – ver 
art. 50, do CC. 
Dos bens: 
Bem é tudo aquilo que existe no universo e é útil para o homem, 
apreciável economicamente. 
Bem é o gênero do qual coisa é espécie. 
Coisa: 
- corpórea: material. 
- incorpórea: imaterial. 
- res nullis: coisa de ninguém. 
- res derelicta: é a coisa abandonada. 
Classificação dos bens (doutrinária): 
Classificação dos bens considerados em si mesmos: 
- bens imóveis: não podem ser movimentados sem acarretar destruição. 
Imóveis por natureza: é o solo, subsolo e suas adjacências. 
Imóveis por acessão industrial ou artificial: é todo aquele que resulta de trabalho 
do homem. São as construções e plantações. 
Imóvel por determinação legal: navios e aeronaves para fins hipotecários; direitos 
reais sobre os imóveis (exemplo: direito real de servidão de passagem); o direito a 
sucessão aberta. 
- bens móveis: são suscetíveis de movimento sem acarretar destruição. 
Móvel por natureza: propriamente dito (movimenta-se, mas não tem movimento 
próprio); semovente (é aquele que tem movimento próprio). 
Móvel por antecipação: são os imóveis que tem uma finalidade última como bem 
móvel. 
Exemplo: árvore plantada para corte. 
Móvel por determinação legal: direitos reais sobre bens móveis (exemplo: penhor); 
direitos pessoais de caráter patrimonial (exemplo: direito do autor); energias que tenham 
valor econômico. 
Observações: 
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- não perde a característica de bens imóveis: as edificações que forem separadas do solo 
para serem removidas de um lugar para o outro e conservarem a sua unidade. 
- também não perdem a característica de bem imóvel os materiais provisoriamenteseparados de um prédio para posteriormente serem empregados. 
- bens fungíveis: é o bem substituível por outro do mesmo gênero, quantidade e 
espécie. 
Exemplo: uma caneta BIC. 
- bens infungíveis: é o bem insubstituível. Exemplo: aliança de casamento. 
- bens consumíveis: é o bem cuja sua utilização acarreta a destruição de sua 
substância. 
Exemplo: alimentos. 
 - bens inconsumíveis: é aquele que a utilização não gera destruição de sua 
substância. 
Exemplo: carros. 
 
Classificação dos bens reciprocamente considerados: 
- bens principais: é aquele que existe por si só, independe de qualquer outro. 
- bens acessórios: é aquele que depende de um bem principal, depende de outro. Em 
regra, o acessório segue o principal. 
O dono do bem principal presume-se ser dono do bem acessório. Destruído o bem 
principal extingue-se o acessório. 
São bens acessórios: os frutos, as benfeitorias, os produtos e as pertenças. 
O fruto pode ser natural (exemplo: abacate, abacaxi, uva etc) ou civil/ rendimento (são 
os juros e aluguéis). 
Fruto x Produto: 
O fruto quando retirado do bem principal se renova, mas o produto ao ser destacado do 
bem principal não se renova, pois gera a diminuição do bem principal, podendo, 
inclusive, acarretar a extinção do bem principal. Exemplo de produto = minérios. 
A benfeitoria é todo melhoramento ou acréscimo feito em coisa já existente (regra), 
salvo a pintura em relação a tela e a escultura em relação a matéria prima. 
As benfeitorias podem ser: 
a) úteis: é a benfeitoria dispensável. Ademais, é aquela que visa dar um 
maior aproveitamento a coisa, pois facilita a sua utilização. Exemplo: feitura de um 
cômodo a mais na casa. 
b) necessárias: é aquela indispensável para a manutenção/ conservação do imóvel. 
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c) voluptuária: são benfeitorias dispensáveis, são aquelas de mero deleite ou 
recreio que visa embelezar a coisa. Exemplo: piscina. 
As pertenças são os bens que não constituem parte integrante e se destinam de 
modo duradouro ao uso, ao serviço, ou ao embelezamento de outro bem. 
Os negócios que tratam do bem principal não abrangem a pertença em regra, salvo 
quando a lei disser expressamente, ou das circunstâncias do caso, ou em razão do 
acordo entre as partes. 
Exemplo de pertenças: ar condicionado de um escritório. 
Dos fatos jurídicos – art. 104, do CC: 
Os fatos jurídicos lato sensu são todos os acontecimentos da natureza ou da 
realidade (homem) que geram reflexos jurídicos. 
Fatos jurídicos naturais = fato jurídico stricto sensu = é tão somente o 
acontecimento da natureza que gera efeitos jurídicos. Logo, independe da vontade do 
homem. Pode ser extraordinário (exemplo: caso fortuito ou força maior) ou ordinário 
(exemplo: morte). 
Fatos jurídicos humanos = ato jurídico lato sensu = é a manifestação de vontade humana 
que gera efeitos jurídicos. Pode ser lícita ou ilícita (gera responsabilidade civil. 
Exemplo: “A” bateu no carro de “B”). 
Ato jurídico lato sensu - Lícito: 
a) negócios jurídicos: é toda manifestação de vontade humana que tem em vista 
criar, modificar ou extinguir direitos. Ademais, os negócios jurídicos têm conteúdo 
amplo, vale dizer, eles geram uma multiplicidade de efeitos e os efeitos decorrem da 
vontade das partes. Exemplos: contratos e testamento. 
b) ato jurídico stricto sensu: é aquele que tem conteúdo restrito, vale dizer, não 
há uma multiplicidade de efeitos. Ademais, o efeito é único e não decorre da vontade 
das partes. O efeito está predeterminado em lei. Exemplos: domicílio é ato stricto sensu; 
a notificação (serve para constituir em mora o devedor); o reconhecimento da 
paternidade; etc. 
Requisitos de validade dos negócios jurídicos: 
São os requisitos que devem ser fielmente cumpridos sob pena do negócio ser 
considerado inválido. 
a) agente capaz; 
b) objeto lícito (conforme lei, moral ou bons costumes), possível, determinado ou 
determinável; 
c) forma prescrita e/ou não defesa por lei: Exemplo: art. 108, do CC. 
 
Invalidade dos negócios jurídicos: 
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A invalidade é o gênero, da qual a nulidade e a anulabilidade são espécies. 
Nulidade: negócio nulo é aquele que gera nulidade absoluta, nasce inválido e sempre 
será inválido. O juiz deve reconhecer de ofício (sem ser provocado!). 
Anulabilidade: negócio anulável é aquele que gera nulidade relativa. Ou seja, ele pode 
ser convalidado (nasce inválido e torna-se válido!). Ele pode ser convalidado 
quando a ação não for proposta dentro do prazo legal. 
O juiz não pode reconhecer de ofício. 
O negócio será nulo quando – ler art. 166, do CC: 
- faltar quaisquer dos requisitos de validade do art. 104, do CC. 
- tiver por objetivo fraudar a lei imperativa. 
- o motivo determinante comum a ambas as partes for ilícito. 
O negócio será anulável quando: 
- praticado pelo relativamente incapaz sem ser assistido. 
- a lei disser taxativamente. 
- praticado mediante defeitos/ vícios dos negócios jurídicos. 
Defeitos/ vícios dos negócios jurídicos: diante do defeito do negócio jurídico, o prazo 
da ação anulatória será de 4 anos a contar da conclusão do negócio, salvo no caso da 
coação (o prazo será da cessação da coação). 
1 - Erro: ocorre o erro quando a pessoa se engana sozinha a respeito de uma 
circunstância que se ela soubesse não realizaria o negócio. Exemplo: intenção de 
estipular um contrato de venda, mas assina contrato de doação. 
2 - Dolo: é induzir maliciosamente alguém em erro gerando prejuízo a ela. Ademais, o 
dolo pode ser praticado por ação (dolo positivo) ou por omissão (dolo negativo). 
Exemplo: pessoa com doença grave faz seguro de vida e omite o estado atual para a 
seguradora. 
3 - Coação: é a ameaça que gera o fundado temor de dano iminente e 
considerável a sua pessoa, ou a sua família, ou a seus bens. 
4 - Estado de perigo: se dá quando alguém premido da necessidade de salvar-se ou a 
pessoa de sua família de um grave dano conhecido pela outra parte assume 
obrigação excessivamente onerosa. 
5 - Lesão: se dá a lesão quando uma pessoa por premente necessidade ou por 
inexperiência se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da 
prestação oposta. Lesão = desproporção. 
6 - Fraude contra credores: se dá a fraude contra credores quando o devedor pratica 
atos de insolvência, vale dizer, quando o passivo se torna maior que o ativo. 
 
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Prescrição e Decadência: 
Prescrição (verificar os arts. 205 e 206 do C.C.): perda da pretensão. 
Regra geral de prescrição: 10 anos. 
“Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo 
menor.” 
“Art. 206. Prescreve: 
§ 1º Em um ano: 
I - a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no 
próprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos; 
II - a pretensão do segurado contra o segurador, ou a deste contra aquele, contado o 
prazo: 
a) para o segurado, no caso de seguro de responsabilidade civil, da data em que é citado 
para responder à ação de indenização proposta pelo terceiro prejudicado, ou da data que 
a este indeniza, com a anuência do segurador; 
b) quantoaos demais seguros, da ciência do fato gerador da pretensão; 
III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e 
peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários; 
IV - a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram para a formação 
do capital de sociedade anônima, contado da publicação da ata da assembléia que 
aprovar o laudo; 
V - a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os 
liquidantes, contado o prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da 
sociedade. 
§ 2º Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em 
que se vencerem. 
§ 3º Em três anos: 
I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios urbanos ou rústicos; 
II - a pretensão para receber prestações vencidas de rendas temporárias ou vitalícias; 
III - a pretensão para haver juros, dividendos ou quaisquer prestações acessórias, 
pagáveis, em períodos não maiores de um ano, com capitalização ou sem ela; 
IV - a pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa; 
V - a pretensão de reparação civil; 
VI - a pretensão de restituição dos lucros ou dividendos recebidos de má-fé, 
correndo o prazo da data em que foi deliberada a distribuição; 
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VII - a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por violação da lei ou do 
estatuto, contado o prazo: 
a) para os fundadores, da publicação dos atos constitutivos da sociedade anônima; 
b) para os administradores, ou fiscais, da apresentação, aos sócios, do balanço referente 
ao exercício em que a violação tenha sido praticada, ou da reunião ou assembléia 
geral que dela deva tomar conhecimento; 
c) para os liquidantes, da primeira assembléia semestral posterior à violação; 
VIII - a pretensão para haver o pagamento de título de crédito, a contar do 
vencimento, ressalvadas as disposições de lei especial; 
IX - a pretensão do beneficiário contra o segurador, e a do terceiro prejudicado, no caso 
de seguro de responsabilidade civil obrigatório. 
§ 4º Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das 
contas. 
§ 5º Em cinco anos: 
I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público 
ou particular; 
II - a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, 
curadores e professores pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos 
serviços, da cessação dos respectivos contratos ou mandato; 
III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.” 
 
Decadência: perda do direito. 
Os prazos decadenciais vêm espalhados no código. Vale dizer, vem como complemento 
de cada artigo, seja da parte geral, seja da parte especial. Exemplos: art. 178, 179; art. 
505. 
Diante da decadência, fala-se em caducidade do prazo. 
O prazo prescricional decorre somente da lei. Logo, tal prazo não pode ser alterado pela 
vontade das partes. 
O prazo decadencial decorre tanto da vontade das partes como da lei. Daí falar-
se que a decadência pode ser voluntária ou legal. 
O prazo prescricional deve ser reconhecido de ofício. Ademais, o prazo prescricional 
pode ser alegado em qualquer fase do processo e grau de jurisdição. 
O juiz somente reconhecerá de ofício da decadência quando fixada em lei 
(somente a decadência legal). 
Os prazos prescricionais podem ser suspensos e interrompidos. 
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Os prazos decadenciais não se suspendem, não se interrompem (em regra, saldo quando 
a lei dispor de modo expresso). 
Detalhe: o prazo da decadência não corre contra os incapazes (os absolutamente 
incapazes – art. 3, do CC). 
“Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: 
I - os menores de dezesseis anos; 
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário 
discernimento para a prática desses atos; 
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.” 
 
Causas suspensivas, impeditivas e interruptivas da prescrição: 
Os mesmos fatos que suspendem o curso do prazo prescricional são aqueles que 
impedem tal curso (arts. 197, 198, 199 e 200 do CC). 
A diferença reside quanto ao momento da ocorrência da causa. É dizer, quando o prazo 
já começou a correr e incidir o fato previsto na lei, fala-se em causa suspensiva. 
Daí que a causa suspensiva paralisa o curso do prazo prescricional. 
Agora, quando o prazo se quer começou a correr em razão da incidência do fato previsto 
na lei, fala-se em impedimento, pois ele impede o início do curso do prazo 
prescricional. 
- Não corre prescrição entre cônjuges durante o casamento. 
- Não corre prescrição entre ascendente e descendente durante o poder familiar. 
- Não corre prescrição contra os incapazes (art. 3, do CC). 
- Não corre prescrição contra aqueles que estiverem a serviço da união, estado ou 
município fora do território nacional. 
- Não corre prescrição enquanto pendente condição suspensiva. 
 
Causas interruptivas: a interrupção da prescrição depende de provocação. Ela 
ocorre somente uma única vez. Agora, interrompido o prazo, ele recomeça desde o 
início. 
A causa suspensiva é automática, basta incidir o fato previsto. Suspenso o prazo, 
ele recomeça a ocorrer de onde parou. 
Exemplos de causas interruptivas (art. 202, do CC): 
- O despacho do juiz, ainda que incompetente, interrompe a prescrição. 
- O protesto judicial ou cambial interrompe a prescrição. 
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Qualquer ato judicial realizado pelo credor que constitua em mora o devedor interrompe 
a prescrição. 
Direito intertemporal da prescrição: é dizer, serão os prazos da lei anterior 
quando reduzidos por este código, se na data da entrada em vigor já houver transcorrido 
mais da metade do tempo estabelecido da lei revogada (art. 2.028, do CC). 
“Art. 2.028. Serão os da lei anterior os prazos, quando reduzidos por este Código, e se, 
na data de sua entrada em vigor, já houver transcorrido mais da metade do 
tempo estabelecido na lei revogada.” 
 
Da responsabilidade civil: 
É a obrigação de reparar um dano em razão do descumprimento de um contrato ou ato 
ilícito. 
Espécies de responsabilidade civil: 
a) contratual (art. 389, do CC): a responsabilidade civil contratual fundamenta-se 
pelo descumprimento de um contrato. 
b) extracontratual/ aquiliana (arts. 186 e 927 e seguintes do CC): a responsabilidade 
civil extracontratual fundamenta-se no ato ilícito. 
Ato ilícito: é a manifestação de vontade humana contrária ao direito, causando 
dano a outrem. 
Observação: nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor 
em mora desde a prática de tal ato. 
Abuso de direito: o abuso de direito é ato ilícito. Vale dizer, ocorre o abuso de 
direito quando o seu titular ao exercê-lo excede manifestamente os limites impostos 
pelo fim econômico ou social ou pela boa-fé ou pelos bens costumes. 
Fim econômico + fim social + boa-fé + bons costumes = excede os limites = 
abuso de direito = ato ilícito. 
Elementos da responsabilidade civil: 
a) conduta: é a ação ou omissão voluntária, ou ainda,causada por negligência, 
imprudência ou imperícia que causa dano a outro. A própria pessoa que realizou o ato 
pode realizar a conduta ou terceiro pelo qual ele representa ou esteja sobre sua 
responsabilidade. 
b) culpa: é a inobservância de um dever de agir que se dá por imprudência, negligência 
ou imperícia. 
- culpa lato sensu: dolo + negligência + imprudência + imperícia 
- culpa stricto sensu: negligência + imprudência + imperícia. 
c) dano: é o efetivo prejuízo sofrido pela vítima em razão da conduta culposa de outro. 
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O dano pode ser: 
- material; 
- moral: é possível cobrar exclusivamente o dano moral – art. 186, do CC. 
- dano emergente: é o efetivo prejuízo sofrido pela vítima. 
- lucro cessante: é aquilo que razoavelmente a vítima deixou de ganhar. 
d) nexo causal: é o liame entre a conduta do agente e o dano (é o que liga a conduta e o 
dano). 
O Código Civil quanto à responsabilidade civil adotou a teoria da 
responsabilidade subjetiva. Logo, deve-se provar a culpa. 
Excepcionalmente, o Código Civil adotou a teoria da responsabilidade objetiva 
nos casos expressos em lei, ou ainda, quando for atividade de risco. 
Responsabilidade objetiva é aquela que independe de culpa. A responsabilidade 
objetiva possui três elementos: 
a) conduta; 
b) dano; 
c) nexo causal. 
A responsabilidade civil objetiva fundamenta-se na teoria do risco. 
Exemplos de responsabilidade objetiva: 
- responsabilidade do Estado. 
- responsabilidade prevista no Código de Defesa do Consumidor (CDC). 
Observação: a responsabilidade do profissional liberal prestador de serviço regido pelo 
CDC é subjetiva. 
- dos donos ou detentores de animais pelos danos causados por estes. 
- dos donos de edifício ou construção em ruína, se esta provier de falta de reparo. 
- o empregador responde pelos atos dos empregados; 
- os pais pelo ato dos filhos menores; 
- o tutor pelo ato do tutelado; 
- as escolas pelos atos dos educandos. 
Em todos estes casos, além de objetiva, será solidária. 
Observação: verificar os arts. 932, 933 e 942, parágrafo único, do CC. 
A responsabilidade civil do incapaz: 
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O incapaz tem responsabilidade civil subsidiária. É dizer, ele responde pelos prejuízos 
que causar se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo, nem 
dispuserem de meios suficientes. 
Detalhe: tal indenização deverá ser equitativa e não terá lugar se privar o 
incapaz do necessário para a sobrevivência ou a pessoa que dele dependa. 
Efeitos civis da decisão proferida no penal: 
É dizer, a responsabilidade civil independe da criminal, não se podendo 
questionar a existência do fato ou a sua autoria se estas questões já foram decididas no 
crime. 
Excludentes da responsabilidade civil: 
a) caso fortuito; 
b) força maior; 
c) fato de terceiro; 
d) culpa exclusiva da vítima. 
 
Parte Especial: Direito das Obrigações (art. 233 e seguintes): 
Conceito de obrigação: é um vínculo jurídico que confere ao credor o direito de exigir 
do devedor uma determinada prestação consistente em dar, fazer ou não 
fazer sob pena de responsabilidade patrimonial. 
Fonte das obrigações: 
- lei; 
- ato ilícito; 
- pelo negócio jurídico. 
Elementos constitutivos de uma obrigação: 
- sujeitos (credor e devedor); 
- objeto (prestação); 
- vínculo jurídico (liga o credor ao devedor). 
Modalidades: 
- obrigação de dar: é aquela que o devedor se compromete em entregar alguma coisa 
perante o credor. 
Pode ser de dar coisa certa (é aquela que o objeto é determinado) ou de dar coisa incerta 
(é aquela que o objeto é determinável, vale dizer, ele é indicado pelo gênero e pela 
quantidade ao qual pertence, logo, falta-lhe a espécie ou qualidade). 
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Detalhe: se o objeto se perder sem culpa do devedor antes da tradição (entrega) resolve-
se a obrigação (coisa certa). Agora, se por culpa ele responderá pelo equivalente, mais 
perdas e danos. 
Na obrigação de coisa incerta a escolha incumbe ao devedor, salvo disposição em 
contrário. 
Observação: na obrigação de dar coisa incerta, antes da escolha, o devedor não 
poderá alegar perda ou deterioração, ainda que por caso fortuito ou força maior. 
 
- Obrigação de fazer: é aquela em que o devedor se obriga em realizar um 
determinado comportamento perante o credor. Esta modalidade se divide em duas 
espécies: 
Infungível (personalíssima): é aquela que o credor se interessa pelas qualidades pessoais 
do devedor. Logo, em caso de descumprimento ela não poderá ser realizada por outra 
pessoa. Portanto, cabe a chamada multa diária (“astreintes” = é a multa diária em 
razão do descumprimento da obrigação de fazer infungível). 
Fungível (impessoal): é aquela que independe das qualidades pessoais do devedor. 
Logo, se este não realizar a tarefa esta poderá ser executada pelo próprio credor ou por 
terceiro as custas do devedor. 
Observação: se houver urgência, o credor poderá executar o fato (tarefa) ou terceira 
pessoa, independentemente de autorização judicial, sendo ressarcido posteriormente 
pelo devedor. 
- Obrigação de não fazer: é aquela que o devedor se obriga abster-se de um 
fato que poderia realizar se não houvesse se obrigado. 
 
Da extinção das obrigações: 
Duas formas: 
Pelo cumprimento: 
a) modo direto: é o chamado pagamento (também chamado de adimplemento). 
Pagamento é o cumprimento espontâneo da obrigação normalmente realizada pelo 
devedor do modo esperado pelo credor. 
- Quem deve fazer o pagamento? É o devedor. 
- Quem pode fazer o pagamento? Pode ser efetuado por terceira pessoa 
(juridicamente interessada ou não interessada). O terceiro pode ser interessado ou não 
interessado – interesse jurídico. 
Tem direto em efetuar o pagamento o terceiro ainda que não interessado. Se o fizer, em 
nome e por conta do devedor, salvo oposição deste. 
- A quem se deve realizar o pagamento? O pagamento deve ser efetuado ao 
credor, ou a quem o represente. O credor pode ser originário (primitivo, ou seja, é 
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aquele pelo qual o devedor se obrigou) ou derivado (pode surgir de duas formas: 
ato inter vivos = cessão de crédito – 286 e seguintes; ou por causa mortis = 
sucessão). 
 
Da transferência das obrigações: 
Cessão de crédito - transferência da obrigação: 
C (banco) ← A (credor = somente notifica o devedor = é o cedente) ← B (devedor) 
C (banco = credor derivado = terceiro = cessionário) ← B (devedor = é o cedido) 
Na cessão de crédito ocorre a transferência do crédito, que pode ser realizada de 
forma gratuita ou onerosa. De modo que, o credor transfere o crédito a terceiro, 
independentemente do consentimento do devedor, mas é preciso notificá-lo da cessão. 
A cessão de crédito não se confunde com a cessão de débito. 
Cessão de débito (chamada de assunção de dívida) – transferência da obrigação: 
A (credor) ← B (devedor) → C (terceiro que assume a dívida de B) 
A (credor) ← C (devedor) 
Na cessão de débito, também chamada de assunção de dívida, se dá quando uma 
terceirapessoa assume a obrigação do devedor originário e depende do consentimento 
do credor. Detalhe: em regra, o devedor cedente não responde pela solvência do 
novo devedor, salvo estipulação em contrário. 
É valido o pagamento ao credor putativo (é aquele que aparenta ser credor, mas 
não é!), desde que o devedor esteja de boa-fé. 
- Local do pagamento? No silêncio, a obrigação deve ser cumprida no domicílio do 
devedor, salvo estipulação em contrário. 
Obrigação Quesível (quérable): efetuada no domicílio do devedor. 
Portável (portable): domicílio do credor. 
- Prova do pagamento: prova-se o pagamento pela quitação. A quitação é um 
documento escrito ou não, ou ainda, qualquer ato realizado pelo credor que demonstre o 
pagamento efetuado pelo devedor. 
Formas de quitação: a) por escrito: é a quitação expressa; b) por qualquer outro 
ato: é a quitação tácita. 
b) modo indireto (arts. 334 e seguintes): 
Alguns exemplos: 
- Consignação em pagamento: é o depósito judicial ou em estabelecimento 
bancário feito pela quantia devida. 
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 - Dação em pagamento: é a entrega de coisa diversa da devida, mediante o 
consentimento do credor. 
- Novação: é a extinção de uma obrigação pela criação de uma nova obrigação. 
Pelo descumprimento: 
a) total: é o inadimplemento (é chamado de descumprimento total ou absoluto da 
obrigação. 
Logo, cabe perdas e danos, salvo se houver caso fortuito ou força maior) – art. 389, do 
C.C.; 
b) parcial: é a mora (é o descumprimento parcial da obrigação, também chamado 
de cumprimento relativo ou retardado. Ocorre a mora quando a obrigação não for 
cumprida no seu local, tempo e forma convencionados) – art. 394 e seguintes do C.C. 
Detalhe: o devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, ainda que esta 
seja decorrente de caso fortuito ou força maior – em regra, salvo se ele provar que o 
dano sobreviria ainda que a obrigação fosse cumprida oportunamente. 
Tanto o devedor (“debitoris”) como o credor (“creditoris”) podem ser constituídos em 
mora. 
O que distingue a mora do inadimplemento é o critério da utilidade. Se a obrigação for 
útil ao credor fala-se em mora, caso não seja, houve um inadimplemento. 
 
Contratos (art. 421 e seguintes do CC): 
Conceito: é o acordo de vontades realizado para o fim de adquirir, modificar ou 
extinguir direitos. 
Elementos constitutivos: 
- presença de duas ou mais pessoas; 
- consentimento entre as partes; 
- vide art. 104, do CC (requisitos de validade dos negócios jurídicos: agente capaz, 
objeto lícito, possível, determinado ou determinável, forma prescrita ou não defesa em 
lei). 
Princípios: 
- da autonomia da vontade: consiste na liberdade de contratar, escolher as 
cláusulas contratuais – em regra. 
- da obrigatoriedade dos contratos (força vinculante) – pact sunt servanda = o contrato 
faz lei entre as partes: é no sentido que uma vez realizado o contrato deve ser fielmente 
cumprido. 
- da supremacia da ordem pública: diz que os contratos devem obedecer à lei, a moral e 
os bons costumes. 
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- da boa-fé: as partes devem agir de forma ética, proba e honesta. 
a) boa-fé objetiva: é o dever de lealdade e reciprocidade. 
b) boa-fé subjetiva: é a virtude de dizer a verdade e acreditar naquilo que se diz. 
- da função social do contrato: o contrato tem uma função além da meramente 
individual, mas social. Ele é responsável pela circulação de bens e riquezas na 
sociedade. Detalhe: tanto a ordem pública, como a função social limitam a autonomia 
da vontade. 
- da revisão dos contratos: ele mitiga a obrigatoriedade. É dizer: uma vez 
realizado o contrato, ele poderá ser revisto em determinadas situações (teoria da 
imprevisão). 
Classificação dos contratos: 
a) contratos unilaterais: é aquele que gera a prestação apenas para uma das partes. 
Exemplo: a doação pura (apenas o doador tem a obrigação); o comodato. 
b) contratos bilaterais (sinalagmáticos): é aquele em que há uma reciprocidade de 
prestações. 
Exemplo: a compra e venda. 
c) contratos bilaterais imperfeitos: é aquele que nasce unilateral e se transforma em 
bilateral. 
d) contratos paritários: é aquele em as partes estão em igualdades de condições. 
Logo, as partes estipulam livremente as cláusulas contratuais. 
e) contratos de adesão: é aquele em que uma das partes adere a cláusulas 
predeterminadas pela outra. Logo, não há igualdade de condições. 
Observação1: se houver cláusulas ambíguas ou contraditórias deve-se interpretar de 
maneira mais favorável ao aderente. 
Obsevação2: serão nulas as cláusulas do contrato de adesão que estipulem 
renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio. 
f) contratos comutativos: é o contrato bilateral e oneroso, onde as prestações se 
equivalem e são conhecidas de antemão pelas partes. Exemplo: contrato de compra e 
venda. 
g) contratos aleatórios: é o contrato bilateral e oneroso, onde não há equivalência 
entre as prestações e as partes não têm como saber de antemão a prestação da 
parte contrária. Exemplo: contrato de seguros; de jogo e aposta. 
h) contratos típicos: são aqueles nominados pelo Código Civil – as regras estão 
disciplinadas pelo código. 
i) contratos atípicos: são aqueles inominados, vale dizer, não são disciplinados pelo 
Código Civil, mas, ainda sim, devem ser observadas as regras gerais do código – vide 
art. 425. 
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Da formação dos contratos: 
O contrato se forma pelo encontro (conjugação) de duas vontades (proponente e 
aceitante). 
Proposta/ Oferta/ Policitação → Aceitante = Contrato. 
Ademais, a proposta obriga o proponente – em regra, salvo se – arts. 427 e 428: 
- feita com prazo e a aceitação se der fora do prazo; 
- feita entre presentes e não for imediatamente aceita. 
O contrato entre ausentes será formado no momento em que a aceitação é 
expedida. O Código Civil adotou a teoria da expedição – em regra, salvo se a retratação 
da aceitação chegar junto ou antes da proposta – neste caso, o Código adotou a teoria da 
recepção – ler art. 434, do CC. 
Efeitos dos contratos: 
- vício redibitório (art. 441, do CC): é o defeito oculto na coisa que o torna impróprio ao 
uso que se destina ou lhe diminui o valor – se dá nos contratos bilaterais e onerosos. 
Não há vício redibitório em contratos gratuitos ou unilaterais. 
Ações edilícias: a) ação redibitória: busca-se resolver o contrato, extinguir o 
contrato, devolvendo-se o preço e restituindo-se a coisa; b) ação estimatória 
(quanti minoris): busca-se a manutenção do contrato, porém com o abatimento do 
preço. 
Prazo das ações a contar da entrega da coisa (se o vício puder ser conhecido 
mais tarde, conta-se de sua ciência): 
a) imóvel = prazo de 1 ano; 
b) móvel = prazo de 30 dias (ou 180 dias da ciência do vício). 
 
Direito das coisas: 
Estuda o poder do homem (relação do homem) sobre a coisa. 
Divide-se em: 
a) posse – art. 1.196: 
- Quem é o possuidor? É todo aquele que exerce de fato os poderes inerentes ao 
domínio, vale dizer, é aquele que tem a conduta de dono e age como se dono fosse. 
- Quem é o proprietário? É todo aquele que tem o direito de usar, gozar,dispor e 
reivindicar a coisa. 
Fâmulo da posse: é o detentor. É todo aquele que conserva a coisa em nome de 
outro, obedecendo a ordens, instruções, cuja dependência se encontre. Exemplo: o 
caseiro. 
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Classificação da posse: 
- direta ou imediata: é daquele que dispõe poder físico direto, imediato sobre a 
coisa. 
Exemplo: locatário; comodatário. 
- indireta ou mediata: é daquele que tem posse, porém não tem contato físico direto com 
a coisa. Exemplo: o locador. 
- de boa-fé: é daquele que ignora o vício que impeça a aquisição da coisa. 
Detalhe: justo título traz presunção de boa-fé (presunção juris tantum = relativa – 
admite prova em contrário). O possuidor de boa-fé tem direito aos frutos percebidos 
da coisa. 
- de má-fé: é daquele possuidor que adquiriu a coisa ciente do seu vício para a sua 
aquisição. 
O possuidor de má-fé não tem direito aos frutos percebidos. 
Verificar os arts. 1.219, 1.220 e 1.216. 
b) direito de propriedade – art. 1.228 e seguintes; 
Elementos do direito da propriedade: 
- usar; 
- gozar (perceber os frutos); 
- dispor (alienar); e 
- reivindicar. 
c) direitos reais sobre coisas alheias – art. 1.369: 
- direito de superfície; 
- servidões; 
- usufruto; 
- uso; 
- habitação; 
- concessão de uso especial para fins de moradia; 
- concessão de direito real de uso. 
São direitos reais de uso ou de gozo. 
- direito do promitente comprador de imóvel. 
São direito reais de aquisição. 
- penhor; 
Resumo de Direito Civil – elaborado por Diego Macedo G. Costa 
http://diegomgcosta.blogspot.com 
 
- hipoteca; 
- anticrese. 
São direito reais de garantia. 
 
Do Direito de Família (casamento e regime de bens): 
É a união entre homem e mulher reconhecida pela autoridade estatal com o 
objetivo de constituir família. 
Regimes de bens: 
- legal: 
a) separação legal de bens/ obrigatória (art. 1.641). 
b) comunhão parcial de bens: não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz. 
Ler art. 1.659 e 1.660, do CC. 
- convencional (pacto pré-nupcial = é um contrato feito antes do casamento – 
instrumento público): 
a) comunhão universal de bens; 
b) separação convencional de bens; 
c) participação final nos aquestos. 
 
Do Direito das Sucessões: 
Ler: art. 1.784 e 1.829, do CC. 
Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros 
legítimos e testamentários. 
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: 
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este 
com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória 
de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o 
autor da herança não houver deixado bens particulares; 
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge; 
III - ao cônjuge sobrevivente; 
IV - aos colaterais.

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