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QUESTÃO 01
No caso detalhado em que houve um acidente causado por uma empresa de transportadora, em que vitimou além de seus passageiros outras pessoas, de outros veículos, como também as que caminhavam no acostamento; há sim uma relação de consumo entre todas as vítimas.
Sabemos que o STJ adota a teoria finalista mitigada ou aprofundada, suaviza a aplicação do finalismo puro, onde, consiste na possibilidade de se admitir que, em determinadas hipóteses, a pessoa jurídica ou física, mesmo sem ter adquirido o produto ou serviço como destinatária final, possa ser equiparada à condição de consumidora, por apresentar frente ao fornecedor certa vulnerabilidade. O que claramente ocorreu no fato descrito acima.
As vítimas que não eram transportadas pelo ônibus são consumidores equiparados artigo 17 do CDC, por sofrerem danos causados pela empresa transportadora, nesse sentido, a responsabilidade de indenização por acidente no contrato de transporte é objetiva, consoante o artigo 14 do CDC.
QUESTÃO 02
A dignidade da pessoa humana para a relação de consumo é de extrema importância visto que, é ligada aos direitos e deveres do cidadão, como também do consumidor. Por isso, a vulnerabilidade é um dos aspectos do Direito do Consumidor que liga-se ao fundamento da proteção da dignidade da pessoa humana quando esta se encontra na posição de consumidora. Envolve as condições que são necessárias para que uma pessoa tenha respeito aos seus direitos e deveres. Também se relaciona com os valores morais, e pessoais. Nossa Constituição assegura tais Direitos no art. 1º, III da Constituição Federal de 1988.
A relação de consumo por muitos anos, beneficiava somente umas das partes, sempre prejudicando a parte mais frágil, seja financeiramente ou intelectualmente falando, as leis consumeristas atuais visam um equilíbrio nesta relação. Fazendo com que tudo que seja relacionado com a dignidade humana e com os direitos da personalidade e a violação desses direitos inerentes ao homem configurem reparação. 
O artigo 39 do CDC traz um rol exemplificativo de práticas abusivas, de condutas violadoras da boa - fé. Ademais, a transgressão de princípios constitucionais, como a dignidade da pessoa humana, configura prática abusiva. A dignidade é colocada à proteção máxima mediante a previsão de mecanismos legais que objetivam incentivar a igualdade jurídica entre fornecedores e consumidores.