Buscar

INTERVENÇÃO DO ESTÁGIO PRONTO

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

FACULDADE UNIGRAN CAPITAL
ELUANA VIERA DA SILVA
REGINA MARA MEDEIROS DE SIQUEIRA
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO II
PROJETO DE INTERVENÇÃO: ADESÃO ÀS MEDIDAS DO bundle PARA PREVENÇÃO DA PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA 
Campo Grande/MS
2018
FACULDADE UNIGRAN CAPITAL
ELUANA VIEIRA DA SILVA
REGINA MARA MEDEIROS DE SIQUEIRA
PROJETO DE INTERVENÇÃO: ADESÃO ÁS MEDIDAS DO bundle PARA PREVENÇÃO DA PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA PROJETO DE INTERVENÇÃO
Projeto de Análise Situacional dos acadêmicos do Curso de Graduação em Enfermagem, da Faculdade Unigran Capital, a ser utilizado como diretriz para o projeto de intervenção no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS).
Coordenador (a) Prof.ª: Karina Alvarenga.
Orientador (a) Enf.(a) Simone Fonseca.
Campo Grande/MS
2018
6
1. INTRODUÇÃO	
Na última década houve um grande crescimento de ações de melhoria da qualidade assistencial e de promoção da segurança do paciente, sempre com objetivo de diminuir a ocorrência de desfechos preveniveis, como a pneumonia associada à ventilação mecânica (PAVM) (VIEIRA, 2009). Dentre as patologias que podem ser adquiridas no ambiente hospitalar, as infecções são as mais comuns, e atualmente, já são consideradas um problema de saúde pública, tendo em vista as altas taxas de mortalidade (SACHETTI et al., 2014). 
A pneumonia associada à ventilação mecânica (PAVM) é uma das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) que mais ocorrem nos pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTI). O bundle de PAV faz parte de uma das estratégias baseadas em evidência que previnem/reduzem os riscos de ocorrências dessa infecção. Para aqueles que adquirem PAVM, o tempo de permanência em unidades de terapia intensiva (UTI) pode aumentar em 6,1 dias, além de elevar os custos hospitalares em até US$40 mil por paciente.
Dada a importância desse assunto, os hospitais têm demonstrado preocupação e investigado maneiras de prevenir a ocorrência de PAVM em suas UTI’s (PORZECANSKI e BOWTON apud SACHETTI et al., 2014). Segundo Gonçalves et al., 2012, os bundles têm sido recomendados para substituir as medidas isoladas de prevenção e a utilização de protocolos melhora a segurança e a qualidade do atendimento na UTI, mas requer auditoria diária e treino periódico da equipe para que produza o impacto desejado e os pacotes de cuidados possam ser considerados indicadores de qualidade. 
Em um estudo de Silva et al., em 2014, recomenda-se que as UTI que apresentem índices elevados de PAVM avaliem a viabilidade de se difundir as medidas preventivas e aplicação do protocolo de prevenção da PAVM, para checar e medir a adesão e os resultados do controle desta patologia nas unidades e também a necessidade de um aprofundamento por parte dos profissionais de saúde em especial dos enfermeiros de terapia intensiva sobre as medidas de prevenção da PAVM baseadas em evidencias cientificas para que assim diminua a incidência dessa infecção nas UTI. 
2. OBJETIVOS 
 
2.1 OBJETIVOS GERAIS
O presente estudo trata de um projeto de intervenção que visa implantar educação em saúde como estratégia para elevar a adesão da prática de higiene oral pela equipe de saúde na UTI do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS). 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Conscientizar, sensibilizar e orientar os profissionais de saúde referente às medidas de prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica devem ser respeitadas por todos os profissionais de saúde envolvido na assistência ao paciente.
Prevenir a pneumonia associada à ventilação mecânica, reduzir sua incidência, oferecer serviços aos usuários com qualidade e segurança. 
Aumentar a adesão ao bundle de PAV pelos profissionais da saúde na UTI do HRMS. 
Orientar sobre o uso das escovas padronizadas nas UTI. 
Identificar as principais estratégias utilizadas visando melhorar a adesão dos profissionais da saúde à higienização das mãos e utilização correta dos equipamentos de proteção individual. 
3. DESCRIÇÃO DA ESTRATÉGIA
A primeira etapa do plano será realizada com a colaboração do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) para convidar os profissionais da assistência a participarem da palestra educativa a ser realizada dia 21 de junho de 2018, quinta-feira, às 14hs, com duração de 30 minutos. A palestra será ministrada por um odontólogo convidado, abordando a higiene oral com clorexidina 0,012% e a correta utilização das técnicas de escovação como método para diminuição de infecção de PAVM. 
O treinamento com a prática correta da utilização das técnicas de escovação será de suma importância aos profissionais que prestam a assistência diariamente, com isso, os mesmos se sentirão mais preparados e confiantes em executar os procedimentos corretos em sua assistência.
No segundo momento as acadêmicas de enfermagem reforçarão a questão da importância da adesão total na realização do Protocolo do bundle para pneumonia associada à ventilação mecânica (PAVM): higiene oral com clorexidina 0,012%, elevação da cabeceira a 30° continuamente e 45° durante a dieta, interrupção diária da sedação, avaliação diária das condições de extubação, ausência de condensado no circuito do ventilador e mensuração da pressão do cuff.
No terceiro momento ficará aberto para os profissionais tirarem duvidas com o palestrante. E sanadas as duvidas, agradeceremos a presença do convidado e dos profissionais. 
4. QUADRO EXECUÇÃO DAS AÇÕES:
	O QUE VAI FAZER?
	Será realizada uma palestra educativa de 30 minutos de duração por um odontólogo convidado, aos profissionais assistenciais.
	COMO VAI FAZER?
	Serão realizadas orientações práticas sobre a importância na prestação da assistência aos pacientes, utilizando a clorexidina 0,012% e a correta utilização das técnicas de escovação como método para diminuição de infecção de PAVM em pacientes comatosos, traquestomizados e ventilados.
	QUEM VAI FAZER?
	Será realizada pelo odontólogo em conjunto com as acadêmicas de enfermagem Eluana Vieira e Regina Mara.
	QUAL O PUBLICO ALVO?
	Será direcionado aos profissionais que prestam assistência ao paciente na UTI.
	QUANTO TEMPO IRA DURAR?
	Será no dia 21 de junho, às 08:00hs da manhã, com a duração de 30 minutos.
	QUAIS RECURSOS IRÃO SER UTILIZADOS?
	Serão utilizados recursos humanos (odontólogo e acadêmicos), e físicos (convite, auditório, projetor de slides, e microfone).
	QUEM IRA FORNECER OS RECURSOS? 
	Será cedido pelo Hospital Regional. 
5. CRONOGRAMA DE EXECUCAO:
TEMA: ADESÃO ÀS MEDIDAS DO bundle PARA PREVENÇÃO DA PNEUMONIA ASSOCIADA À VENTILAÇÃO MECÂNICA PROJETO DE INTERVENÇÃO.
	DIAS
	HORÁRIO
	PERÍODO
	COMPETÊNCIA
	LOCAL
	SEXTA- FEIRA
	 08hs
DA MANHÃ 
 
	22 DE JUNHO DE 2018
	ODONTÓLOGO E ACADÊMICAS ELUANA E REGINA MARA.
	AUDITÓRIO JACARANDÁ DO HRMS.
6. RECURSOS
 MATERIAIS DE CONSUMO
	DESCRIÇÃO
	QUANTIDADE
	VALOR UNITÁRIO
	VALOR TOTAL
	CONVITE
	50
	DOACÃO
	0,00
	PROJETOR DE SLIDES
	01
	HRMS
	0,00
	MICROFONE
	01
	HRMS
	0,00
	AUDITÓRIO
	01
	HRMS
	0,00
 
7. RELATÓRIO DE INTERVENÇÃO
	A elaboração do PI – Projeto de Ingervenção no âmbito do controle e prevenção da PAV, adotando sempre o protocolo do bundle, contribui para o domínio das competências da melhoria contínua da qualidade, onde é definido que o enfermeiro “Deve desempenhar um papel dinamizador no desenvolvimento e suporte das iniciativas estratégicas institucionais na área assistencial. Assim também como conceber, gerir e colaborar em programas de melhoria contínua da qualidade, além de criar e manter um ambiente” (O.E., 2011).
Uma vez que identificamos uma oportunidade de melhoria, estabelecemos prioridades e estratégias para contribuir para a boa prática do protocolo
do bundle, que é adaptada pelo Hospital Regional de Mato grosso do Sul
O recurso à observação diária direta, emforma de auditoria, e não participante à prática dos cuidados, permitiu-nos a identificação da PAV como uma problemática nos setores onde estão os pacientes comatosos, traquestomizados e ventilados. Cumpriu-se todos os preceitos ético-legais que refletem o direito à informação, confidencialidade e segurança dos dados, sendo sempre respeitada a dignidade e autodeterminação dos profissionais dos seguintes: CTI 1 e CTI 2, AREA VERMELHA, AREA AMARELA, CTI PEDIATRICO, CTI NEONATAL E UNIDADE CORONARIANA.
	A etapa de diagnóstico de situação exigiu da nossa parte um conhecimento aprofundado do Plano Nacional de Controlo de Infeção (PNCI), bem como das diretrizes das Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) o que nos permitiu a identificação no Serviço de Urgência das carências para a prevenção e controlo de infeção, nomeadamente na prevenção da Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAV), e conseguimos assim estabelecer estratégias de como proceder para interceder para a prevenção da PAV. A elaboração da Proposta de Bundle para prevenção da Pneumonia associada à ventilação tem como objetivo uniformizar os cuidados de enfermagem prestados ao paciente submetido a ventilação mecânica.
	 O CCIH como responsavel pelo controle das infecções, e preocupados com este controle, realizam mensalmente orientações em forma de palesta, para todos os funcionários do Hospital. Com isso, percebeu-se que ainda havia algo que poderia ser feito para que a implantação de todas estas orientações fossem concluídas com êxito na prática diária do cuidar do paciente, para a prevenção de infecção. Foi então elaborada uma palestra de orientação, mas a novidade seria que, a palestra seria também iriamos mostrar na prática todo o processo de uso da escova para higienização oral, a fim de evitar a infecção por bactérias. 
	O projeto da Palestra foi agendada e realizada no dia 21 de junho, no Auditório Jacarandá do Hospital Regional de Mato grosso do sul. O evento foi dividido em duas turmas: A primeira das 13:30hs até às 14:30hs, e a segunda turma das 14:30 às 16:00hs, permitindo com isso, a oportunidade dos dois turnos estarem presentes.
Apesar do tempo restrito para a realização da prática deste plano de ação, foi possível, em tão pouco tempo perceber que os profissionais presentes realmente estavam precisando de algo que lhes mostrasse como proceder no uso do protocolo do bundlle .
Durante a palestra de orientação, de inicio algumas pessoas se mostraram desinteressadas pelas atividades propostas pelo projeto de intervenção, até mesmo pela falta de esperança e por não acreditar mais em mudanças. Mas, no decorrer das orientações, a maioria conseguiu entender que algo novo pode sim acontecer, se pensarem de forma crítica sobre as abordagens de cada atividade desenvolvida. O desinteresse é algo real, porém deve ser encarado de uma maneira cautelosa. Devemos ter em mente que aqueles que de alguma forma não se interessaram, não necessariamente são culpados por isso, pois não se pode atribuir culpa a algo ou alguém, pois existem muitas coisas envolvidas no contexto.
Apesar de pequenos contratempos, conseguimos realizar um trabalho satisfatório. As práticas foram recebidas como positivas, onde todos se empolgaram, questionaram, se comoveram, opinaram, sugeriram e principalmente contribuíram para nossa autorreflexão. 
A experiência foi enriquecedora quantos acadêmicas desse projeto de intervenção, promovendo um elevado nível de reflexão sobre todos os conceitos abordados e sobre tudo, à prática da humanização. Foi possível repensar sobre a postura de um profissional para com o paciente, como devem ser consideradas todas as situações subjetivas, como analisar diferentes perfis e realidades, na certeza de que temos que ir além das primeiras observações.
8. CONCLUSÃO
A metodologia deste projet deintervenção apresentou-se como uma ferramenta importante para todo o desenvolvimento do trabalho. O relatório que iniciou-se conforme o planejado, seguindo-se a explanação através do diagnóstico da situação, análise do problema, descrição das ferramentas diagnósticas utilizadas, determinação de prioridades, objetivos e plano de execução. 
Foram realizadas todas as atividades com o intuito de adquirir mais conhecimentos, e assim também, passar conhecimentos de toda nossa trajetória dentro do Hospital. O desenvolvimento deste relatório permitiu-nos mobilizar recursos cognitivos e integrá-los na prática diária, estando convictas de que os objetivos definidos para o estágio. Foi possível avaliar, conforme objetivado, o nível de satisfação e entendimento dos profissionais envolvidos. Muitos avanços foram possíveis de serem percebidos durante o estágio, e as questões trazidas nesse trabalho foram de suma importância para que as mudanças desejadas se concretizem como um todo, e que a intervenção permaneça, pois existem falhas na base de formação do sistema de saúde, e isso precisa ser revisto primeiramente para depois cobrar dos profissionais envolvidos. 
 Neste estágio tivemos a oportunidade, enquanto acadêmicas, de ver de perto a rotina de atendimentos, a relação entre setores, os recursos disponíveis, o trabalho em equipe, conhecer melhor o ambiente de trabalho ao qual estamos inseridos e até repensar em estratégias de melhoria em nossa unidade e atendimento. Um grande aprendizado ver na prática e a realidade da saúde na prática, tudo aquilo que você viu na teoria. A sensação de ter vivido esta experiência realmente é inigualável, principalmente quando você foi um dos cooperadores para que houvesse uma mudança.
 Esta pesquisa consistiu-se em uma tentativa de fazer mudanças. Os resultados, de maneira geral, apontaram para uma avaliação positiva e satisfatória, no que tange aos comentários positivos pós workshop.
 	Durante todo nosso planejamento, nossa expectativa estava grande, e esperávamos um maior número de espectadores para a apresentação do relatório final, e mesmo assim, estamos saindo satisfeitas, e com a sensação de dever cumprido. Apresentamos os pontos positivos e negativos e sugerimos soluções. Alguns dos pontos com oportunidade de melhora estavam em projeto, o que nos deixou com uma maior expectativa. Terminadas as nossas atividades, ficamos com a certeza de que saímos diferentes de quando chegamos, mais maduros e com uma visão mais ampliada dos determinantes e das dificuldades da realidade. 
	 
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
VIEIRA, D.F.V.B. Implantação de protocolo de prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica: impacto do cuidado não farmacológico. Tese (Doutorado). Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 2009.
GONÇALVES, Fernanda Alves Ferreira et al. Ações de enfermagem na profilaxia da pneumonia associada à ventilação mecânica. Acta Paul Enferm. 2012; 25(Número Especial 1):101-7.
SILVA, Patrícia Rodrigues et al. Medidas de prevenção da pneumonia associada à ventilação mecânica: uma revisão integrativa. Revista Interdisciplinar. 2014; v. 7, n. 2.
SACHETTI, Amanda et al. Adesão às medidas de um bundle para prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica. Rev. bras. ter. intensiva vol.26 no.4 São Paulo Oct./Dec. 2014. 
ANEXO
FOTOS DO PROJETO DE INTERVENÇÃO: WORSHOP SOBRE HIGIENE ORAL E PROTOCOLO DO bundlle DO PAV – PENUMONIA ASSOCIADA à VENTILAÇÃO MECâNICA.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando