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QUESTIONÁRIO: GERENCIAMENTO DO CUIDAR EM ENFERMAGEM

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Quais as etapas do processo de trabalho da enfermagem de uma instituição hospitalar pública ou privada?Justificando-as/ Quais os pontos positivos e negativos de uma instituição pública e privada?
PROCESSO DE TRABALHO EM INSTITUIÇÃO PÚBLICA
Objeto de trabalho: é o que incide determinadas tarefas de trabalho, para que esse possa se transformar no caso da enfermagem o objeto não é apenas o doente, mas segundo os princípios básicos do SUS é todo indivíduo enfermo, ou ausente de doenças e pode se dá em perspectivas de promoção, prevenção e reparação da saúde.
Instrumento de Trabalho: instrumentos materiais, aos saberes, condutas e material tecnológico, subdividindo-se em: tecnologia duras (equipamentos e instrumentos materiais de trabalho); tecnologia leves duras (saberes estruturados que operam no processo de trabalho em saúde, como a epidemiologia, saberes de enfermagem) e tecnologias leves (aquelas que se processam no trabalho vivo em ato, relações de intersubjetividades, de interação e articulação entre os trabalhadores e usuários). 
Finalidade do Trabalho: Já a finalidade do processo de trabalho em saúde, assim como do enfermeiro é traduzida como a ação terapêutica em saúde. Denominando que a área do cuidar não corresponde apenas ao cuidar direto com o paciente, ele se manifesta nas ações burocráticas/ administrativas.
Agente: O agente é o profissional de enfermagem integrada com a rede multidisciplinar de saúde que fornece o subsídio adequado para a recuperação, reabilitação e promoção de saúde daquele corpo, inferindo ações sobre seu objeto de trabalho.
Produto: O produto é a finalidade terapêutica estipulada durante a aplicação das atividades, que pode ser tanto a cura, como reabilitação e promoção da saúde.
PROCESSO DE TRABALHO EM INSTITUIÇÃO PRIVADA
Objeto de trabalho: é o indivíduo, saudável, doente ou com possibilidades de adoecer, e a transformação desse objeto pode ocorrer tanto na promoção, quanto na prevenção, ou recuperação da saúde. 
Instrumento de Trabalho: 
“O instrumental de trabalho corresponde aos meios, porém, são também considerados extensões do corpo e da mente do trabalhador, ou seja, tudo aquilo que existe entre o trabalhador e o objeto de trabalho. Na enfermagem, os instrumentos visam favorecer a execução do cuidado e são descritos pelas seguintes subdivisões: instrumentos materiais, os quais correspondem aos equipamentos e instrumentos materiais de uso geral na saúde e na enfermagem. Os instrumentos metodológicos abrangendo a sistematização da assistência (SAE) e também a pesquisa; instrumentos gerenciais, circunscritos em conhecimentos aplicados no trabalho para coordenar a unidade e os trabalhadores da enfermagem e inclui-se aqui 20 atualmente os demais trabalhadores da saúde; os instrumentos educacionais, correspondem como conhecimentos empregados na educação em serviço com a equipe, com os usuários e também na formação de novos profissionais”; (Barbosa, 2012).
Finalidade do Trabalho: Na área privada, compreende-se não apenas a cura e reabilitação, mas o emprego de uma assistência qualificada, com um maior grau de exigência e comprometimento dos profissionais para se manter a satisfação dos indivíduos que procuram aquele serviço, denominado clientela.
Agente de Trabalho: É o profissional de enfermagem, que subdivide-se em áreas hierárquicas e desiguais de saberes e função que aplicam um cuidado fragmentado, porém integralizado, sendo o gerente responsável pelas ações do enfermeiro executor (técnico de enfermagem) e vice e versa, aliado as outras áreas de saberes, como: medico, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, etc.
Produto: O produto do trabalho em uma instituição privada é resultante dos cuidados empregados pelos agentes, em busca do produto cura, do produto reabilitação, e do produto prevenção que é um objeto que foi previamente “vendida ao cliente”. Garantindo além da assistência com foco no paciente, mas também como cliente.
ASPECTOS POSITIVOS DE INSTITUIÇÕES PÚBLICAS:
Estímulo e o desafio no trabalho; 
Realização profissional;
Reconhecimento pelo trabalho realizado; 
Exigência de responsabilidade no trabalho; 
Chance de progresso e crescimento profissional;
ASPECTOS NEGATIVOS DE INSTITUIÇÕES PÚBLICAS:
Falta de interesse do trabalhador;
 Atrasos;
Altos índices de absenteísmo e a apresentação de atestados médicos; 
Não cumprimento de tarefas programadas e designadas pelo enfermeiro da unidade ou setor;
Desmotivação;
Ineficiência;
 Transgressão de normas;
Falta de comprometimento; 
Desperdício e descuido com aquilo que é público;
ASPECTOS POSITIVOS DE INSTITUIÇÕES PRIVADAS
Possibilidade de crescimento pessoal;
Valorização do currículo;
Valorização da instituição;
Segurança profissional no atendimento;
Recursos materiais, técnicos e humanos qualificados;
Padronização de rotinas; 
Organização;
Melhores condições de trabalho;
Fortalecimento das relações entre profissional e clientela;
Aprimoramento através da educação continuada dos profissionais
ASPECTOS NEGATIVOS DE INSTITUIÇÕES PRIVADAS
Falta de Valorização do Profissional
Estresse devido à cobraça de assistência altamente qualificada
As falhas são altamente criticadas, enquanto metas e vitorias são ignoradas.
Cobraça desigual com relação às diferentes categorias de profissionais de saúde
Falta da integração da Equipe multiprofissional 
Cobrança e Pressão para engajamento as metas institucionais
Falta de um sistema de recompensas e reconhecimento dos esforços dos colaboradores
Falta de diálogo e estabelecimento de relações entre a gerência e os demais profissionais
Apresente quatro situações problemas em ambiente hospitalar sobre EFICIÊNCIA E EFICÁCIA com envolvimento da equipe multidisciplinar, principalmente o enfermeiro, conforme explicado em sala de aula.
EXEMPLO DE PROFISSIONAL QUE NÃO FOI EFICIENTE E NEM EFICAZ
(- EFICIENTE, - EFICAZ)
Numa UPA, a enfermeira responsável pela triagem, atende um paciente com 54 anos, do sexo masculino, sem acompanhante, agitado, refere-se dor de cabeça subitamente, tontura, dor no peito (dor precordial), mal estar e falta de apetite. A profissional no momento do exame físico, aferiu a PA 150/80 mmHm, T – 37,5 Cº. FC – 100 bpm; FR 23 irpm; Classificando o paciente como amarelo, não sendo eficiente no momento em que não deu a devida importância ao caso, por se tratar de uma pessoa com idade significativa, além dos valores dos sinais vitais, dos sintomas relatados, como também não investigou dados a respeito do histórico familiar, sobre uso de medicamentos, alergias, ou patologias. O tempo foi passando e após 1 hora de espera o paciente resolveu ir embora. 30 minutos depois, o paciente foi trazido por vizinhos a UPA, pois em casa teve um agravamento significativo, ficando inconsciente. 
Dessa forma o enfermeiro não foi eficiente na realização da sua função, em investigar, avaliar e classificar esse paciente e nem foi eficaz diante da resolução de todo o quadro do paciente. 
EXEMPLO DE PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM QUE NÃO FOI EFICIENTE, MAS EFICAZ.
(-EFICIENTE+EFICAZ)
A paciente JBS 34 anos de idade, sexo feminino, procura um determinado PSF, para realizar um curativo no MID, relatando que passou numa cerca e feriu-se, e que o corte já tinha mais de 20 dias, não melhorava, piorando nos últimos dias. Nesse momento a equipe de enfermagem que já se organizavam para deixar o posto, pois faltavam 20 minutos para almoçar, resolveu de forma rápida atender a paciente, uma das funcionárias realizou o procedimento, ou seja, fez o curativo da paciente, anotando apenas no livro e informou que depois de 3 dias ela deveria retornar ao local para fazer a avaliação. Contudo, na ficha da paciente, constava que ela era diabética, mas que tinha dificuldade em fazer uso da medicação receitada pelo médico, pois esquecia, era filha de mãe diabética já falecida e abaixo do peso. 
Assim, a equipe de trabalho não foi eficiente no atendimento da paciente, pois não avaliou a ficha que continha informações
importantes sobre a mesma, como não avaliou e discutiu sobre o nível da ferida, a qual mostrava um agravamento, necessitando de uma avaliação do médico e da enfermeira. Mas foi eficaz na realização do procedimento, que foi o curativo. 
EXEMPLO DE POFISSIONAL DE ENFERMAGEM QUE FOI EFICIENTE, MAS NÃO EFICAZ.
(+EFICIENTE- EFICAZ)
Em uma determinada instituição a enfermeira que a anos se dedicava ás suas funções com muita responsabilidade e atenção, já passara por vários setores e atualmente encontrava-se no CME. Em um centro cirúrgico na mesma instituição um médico recém chegado coordenava a equipe de seu setor sendo que aos comentários nos corredores o mesmo médico teria total comando do hospital, pois seria amigo dos proprietários.
Certo dia bem cedo no centro cirúrgico faltou alguns instrumentos e havia chegado um paciente em estado de urgência a ser atendido, em contato com CME foi solicitado a pedido do tal medico sob muita pressão de forma rápida que viesse os instrumentos, a enfermeira encarregada do setor tomou ciência da situação e providenciou de imediato todo material, porém esqueceu-se de solicitar a assinatura do profissional que retirou o material, caso o kit de instrumentos voltarem para o CME incompleto se tornará um grande problema no futuro. 
EXEMPLO DE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM QUE FORAM EFICIENTES E EFICAZES.
+EFICIENTE+EFICAZ
Em uma comunidade popular aonde o índice de DST era bastante alto, uma equipe de enfermagem de unidade de atenção básica foi escalada para realizar uma campanha com o trabalho de conscientização para uso do contraceptivos, especialmente o preservativo. Ao chegarem a tal comunidade perceberam que o problema era muito além do que imaginavam então se reuniram e realizaram um projeto baseado em educação, prevenção e controle destas doenças, foram feitas oficinas, palestras, aulas, vídeos depoimento autorizado pelos próprios pacientes portadores, que eram trazidos como exemplo a população e chamando atenção aos riscos que corriam ao não se protegerem.
A coordenação estabeleceu uma meta a ser realizada até determinado período, e sempre prestavam o suporte necessário á aqueles que já estavam com a doença prestando atendimento e medicamentos necessários.
O resultado foi totalmente satisfatório, aumentando o índice de adesão dos pacientes tanto ao uso de preservativo, como a terapia medicamentosa. Podendo constatar após alguns meses a queda nos índices de DST dentro daquela determinada população. Não satisfeita, a equipe de enfermagem faz trabalhos frequentes dando continuidade ao processo podendo levar informação ao maior número de pessoas da comunidade. 
REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
GUIMARÃES, Amanda Troca; VAGHETTI, Helena Heidtmann; FILHO, Wilson Danilo Lunardi; GOMES, Giovana Calcagno. Gerenciamento do Pessoal de Enfermagem com Estabilidade no Emprego: percepção de Enfermeiros; Edição 64, Brasília: Revista Brasileira de Enfermagem; Setembro-Outubro 2011; Disponível em <http://www.scielo.br/>.
JACONDINO, Michelle Barboza; Objeto, Finalidades, e Instrumentos de Trabalho dos Enfermeiros em um Hospital de Ensino; Edição 1, Pelotas: Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Pelotas; 2012; Disponível em < http://www2.ufpel.edu.br/> 
MANZO, Bruna Figueiredo; RIBEIRO, Helen Cristiny Teodoro Couto; BRITO,Maria José Menezes; ALVES, Marília. A Enfermagem no Processo de Acreditação Hospitalar: Atuação e Implicações no Cotidiano de Trabalho; Edição 20, Ribeirão Preto: Revista Latino Americana de Enfermagem; Janeiro-Fevereiro de 2012; Dísponível em < http://www.scielo.br>

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