Buscar

Fichamento: O homem que calculava

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TAHAN, Malba. O homem que calculava. 26. ed. Rio de Janeiro: Record. 1983
ANTONIA CARINE PEREIRA MENEZES
RESUMO
Júlio César de Melo e Sousa, mais conhecido pelo seu pseudônimo de Malba Tahan, nascido em 6 de maio de 1985 na cidade do Rio de Janeiro, foi brilhante escritor e matemático brasileiro. Famoso pela produção de seus diversos livros de contos e matemática, entre eles Contos de Malba Tahan, Matemática Divertida e Delirante, Lendas do Deserto, Júlio César alcançou máximo destaque com a publicação de sua obra mais conhecida “O homem que calculava”. Em uma história fascinante, O homem que calculava relata as aventuras do persa Beremiz Samir pelo seu companheiro viajante, descrevendo a resolução encontrada pelo incrível calculista para inúmeros problemas matemáticos que, a principio, parecem ser sem solução.
Capítulos 1 e 2
E assim, várias vezes, o esquisito viajante pôs-se de pé, disse em voz alta um número de vários milhões, sentando-se em seguida, na pedra tosca do caminho. (TAHAN, 1983, p. 5) 
Fui, assim, adquirindo, pouco a pouco, tal habilidade em contar que, por vezes, num relance calculava sem erro o rebanho inteiro. Não contente com isso passei a exercitar-me contando os pássaros quando, em bandos, voavam, pelo céu afora. Tornei-me habilíssimo nessa arte. (TAHAN, 1983, p. 7) 
Um viajante vê, de longe, outro sentado numa pedra, com a cabeça baixa, parecendo meditar. Este se levanta e diz em voz alta uma série de números. Assim, ao ser questionado sobre o motivo de sua ação, o homem que calculava decide contar sua história de vida. Beremiz Samir, o calculista, descreve sua história de vida e, em seguida, é convidado pelo viajante que o encontrou calculando para ir, num camelo, à Bagdá.
Capítulos 3 e 4
- [...] Dos 36 camelos, sobram, portanto, dois. Um pertence como sabem ao Bagdali, meu amigo e companheiro, outro toca por direito a mim, por ter resolvido a contento de todos o complicado problema da herança! (TAHAN, 1983, p. 12) 
- Esse homem e extraordinário - declarou o vizir. - Não aceitou a divisão proposta de 8 moedas em duas parcelas de 5 e 3, em que era favorecido; demonstrou ter direito a 7 e que seu companheiro só devia receber uma moeda, acabando por dividir as 8 moedas em 2 parcelas iguais, que repartiu, finalmente com o amigo. (TAHAN, 1983, p. 15)
Beremiz consegue resolver um cálculo que parecia ser impossível: a divisão de 35 camelos para três irmãos árabes. Deste modo, por sua inteligência, o calculista recebe um camelo como recompensa. Posteriormente, os viajantes encontram um rico cheique que havia sido roubado e passava fome no deserto. O cheique propõe um acordo, ao qual decide trocar 8 pães por 8 moedas de ouro. Beremiz faz a divisão correta das moedas e é elogiado.
Capítulos 5 e 6
- [...] Nos termos da combinação, o senhor deverá pagar ao hospedeiro 26 dinares e não 24 e meio, como a principio acreditava!. (TAHAN, 1983, p. 21)
- [...] Para tornar mais interessante o problema, procedi da seguinte forma: Contei primeiro todas as pernas e em seguida as orelhas: achei, desse modo, um total de 1.541. A este total juntei uma unidade, e dividi o resultado por 6. Feita essa pequena divisão, encontrei o quociente exato: 257! (TAHAN, 1983, p. 24)
O calculista e o viajante vão a uma hospedaria, onde Beremiz faz o orçamento da dívida que o vendedor de joias teria de pagar ao dono do alojamento. Recebe então do joalheiro, como recompensa, um belo anel de ouro. Após receber a gratificação, Samir e seu companheiro visitam a mansão do vizir Maluf, onde o calculista faz uma rápida contagem de 257 camelos, que seriam o dote de casamento para o genro de Maluf. 
Capítulos 7, 8 e 9
- Pelo que acabo de ouvir, o senhor é exímio nas contas e nos cálculos. Dar-lhe-ei de presente o belo turbante azul se souber explicar certo mistério encontrado numa soma, que ha dois anos me tortura o espirito. (TAHAN, 1983, p. 31) 
- Desapareceu um dinar! [...] Dos 30 que foram entregues ao Tripolitano, só 29 apareceram. Onde se encontra o outro dinar? Como desapareceu? (TAHAN, 1983, p. 38)
 [...]Ora, para dominar os números e fazer cálculos é preciso conhecer a ciência de Al-Kharismi, isto é, a Matemática. Resolvi, pois, assegurar para Telassim um futuro feliz, fazendo com que ela estudasse os mistérios do Calculo e da Geometria. (TAHAN, 1983, p. 41)
Beremiz esclarece a dúvida de um mercador e ganha um admirável turbante azul, como forma de gratificação. Em seguida, resolve a divisão de 21 vasos para 3 homens, além de explicar o suposto desaparecimento de um dinar na hospedaria. Dessa forma, por conhecer a sabedoria de Samir, o cheique Iezid convida o calculista para ensinar matemática à sua jovem filha, Telassim. 
Capítulos 10, 11 e 12
- É esse, então o tal calculista? - observou, sublinhando as palavras com tom de menoscabo. Admira-me a tua boa-fé, meu caro Iezid! Vais permitir que um mísero garopeiro se aproxime e dirija a palavra a nobre e encantadora Telassim? Não faltava mais nada! Por Allah! És muito ingênuo meu caro! (TAHAN, 1983, p. 45) 
A diferença de um resultou, pois, da venda dos 10 últimos melões! Não houve roubo algum! Da desigualdade de preço entre as partilhas resultou o prejuízo de um dinar, que se verificou no resultado final. (TAHAN, 1983, p. 59) 
Samir e o amigo vão ao palácio de Iezid, onde o primo do cheique zomba da sabedoria do calculista. Entretanto, Beremiz não se importa com a indelicadeza e dá sua primeira aula de ensinamentos matemáticos à bela jovem Telassim. Ao sair do palácio, o calculista e seu amigo vão à feira, onde Beremiz se admira com as curvas de uma corda e, após encontrar Harim, soluciona um problema matemático na venda de melões. 
Capítulos 13, 14 e 15
[...] Fiquei encantado com essa interessante relação que os algebristas denominam de "amizade numérica", e estou, agora interessado em descobrir qual foi o caligrafo que escreveu, ao fazer a decoração deste divã, os versos que servem de adorno a estas paredes. (TAHAN, 1983, p. 66) 
- [...] Verifico que a mahzma de Iclimia tem na barra 312 franjas, ao passo que na mahzma de Tabessa só cheguei a contar 309 franjas. Essa diferença de 3 no número total das franjas e suficiente para evitar qualquer confusão entre as duas irmãs gêmeas! (TAHAN, 1983, p. 69) 
Samir e Bagdali vão ao palácio do rei, onde o calculista discorre sobre relações entre números e a amizade matemática. Além disso, o contador distingue, de maneira incrível, bailarinas gêmeas através do cálculo das franjas de suas roupas. Todavia, é criticado por um invejoso vizir. Em seguida, um quadrado mágico é encontrado na casa do pobre calígrafo e Beremiz explica seu significado. 
 Capítulos 16, 17 e 18
A todos Beremiz Samir atendia com paciência e bondade. Esclarecia uns, dava conselhos a outros. Procurava destruir as superstições e crendices dos fracos e ignorantes, mostrando-lhes que nenhuma relação poderá existir, pela vontade de Deus, entre os números e as alegrias, tristezas e angustias do coração. (TAHAN, 1983, p. 86)
Essa proposição é verdadeira para todos os triângulos retângulos. Direi, sem receio de errar, que a lei de Pitágoras exprime uma verdade eterna. (TAHAN, 1983, p. 94)
O calculista descreve, de forma detalhada, a curiosa história do surgimento do jogo de xadrez. Posteriormente, Beremiz recebe várias consultas, além de resolver o caso das 90 maçãs, proposto por um contador de histórias. E, no palácio do cheique, Beremiz explica o cálculo de Pitágoras, onde relata também a história de vida da infeliz filha de Bháskara. 
Capítulos 19, 20 e 21
Mostrou-se o príncipe de Laore encantado com a solução apresentada por Beremiz, e ofereceu-lhe, como presente, não só a medalha dos sete rubis como uma bolsa com cem moedas de ouro. (TAHAN, 1983, p. 102) 
- [...]Ora, como ele foi condenado a prisão por toda a vida, segue-se que deverá agora, em virtude da lei, ser perdoado da metade da pena, ou melhor, da metade do tempo que ainda lhe resta viver. Vivera ele, ainda, certo tempo "x", desconhecido! Como dividir por doisum período de tempo que ignoramos? Como calcular a metade do "x" da vida? (TAHAN, 1983, p. 112)
O contador resolve o problema dos três marinheiros, recebendo do príncipe uma enigmática medalha de prata e 100 moedas de ouro, como demonstração de sua gratificação. Beremiz dá sua segunda aula de matemática e, novamente, ouve-se a voz da jovem Telassim. Assim, a aluna invisível progride em seus estudos e o calculista é convocado para resolver um grande problema matemático. 
Capítulos 22, 23 e 24
Sanadique será posto em liberdade condicional sob vigilância da lei. É essa a única maneira de prender e soltar um homem ao mesmo tempo! (TAHAN, 1983, p. 118) 
- A minha visita, ó calculista - atalhou o príncipe -, é ditada mais pelo egoísmo do que pelo amor a ciência. [...] Desejo nomeá-lo meu secretario ou diretor do Observatorio de Delhi. Aceita? Partiremos dentro de poucas semanas para Meca e de lá para a Índia. (TAHAN, 1983, p. 120) 
Samir e o viajante visitam as prisões de Bagdá e, prontamente, o calculador resolve o enigma do “X” da vida. Dessa forma, recebe a visita de um príncipe, que, interessado em seu dom para os cálculos, o convida para viajar à Índia. Além disso, Beremiz resolve um problema matemático e livra-se de seu invejoso inimigo Tara-Tur, que é levado para Damasco.
Capítulos 25, 26 e 27 
- Minha encantadora filha Telassim, verdadeiro tesouro entre os tesouros da minha vida, pediu-me fosse permitido oferecer ao geômetra persa, seu mestre na ciência dos números, pequeno tapete por ela mesma bordado. (TAHAN, 1983, p. 132) 
- O Alcorão, ó sábio e venerável mufti , compõe-se de 114 suratas, das quais 70 foram ditadas em Meca e 44 em Medina. Divide-se em 611 ashrs e contem 6236 versículos, dos quais 7 do primeiro Capítulositulo, Fatihat, e 8 do ultimo, Os homens. (TAHAN, 1983, p.135) 
No palácio do rei, onde será interrogado por sete sábios, Beremiz recebe de volta seu anel perdido e um tapete com uma mensagem de amor de sua bela aluna Telassim. Logo depois, ao relacionar cálculo e religião, Beremiz vence a primeira das sete provas propostas pelos sábios. Continuamente, o calculista é interrogado por um historiador e relata a morte do geômetra Erastóstenes. 
Capítulos 28, 29 e 30
O astrônomo Abul-Hassa, sinceramente encantado com a resposta de Beremiz, declarou que jamais ouvira sobre aquela importante questão da "falsa indução matemática” explicação tão simples e interessante. (TAHAN, 1983, p. 142) 
- [...] Eis aí, narrada com a maior simplicidade, uma fábula na qual assinalamos duas divisões. A primeira foi uma divisão de 3 por 3, que foi indicada, mas deixou de ser efetuada. A segunda foi uma divisão de 3 por 2, que foi efetuada sem deixar resto. (TAHAN, 1983, p. 150)
Samir vence o terceiro teste, no qual demonstra, através de um simples exemplo, a falsa indução matemática. Imediatamente, ouve-se uma antiga lenda persa, em que um sábio une o material e o espiritual. Em seguida, o calculista passa, brilhantemente, pela quarta avaliação. Beremiz narra a lenda de um leão, tigre e chacal e, após ser elogiado, vence a quinta prova. 
Capítulos 31, 32, 33 e 34
O sábio cordovês, tomando, logo a seguir, da palavra, declarou ao califa, num ímpeto de irreprimível admiração, que a solução dada por Beremiz ao problema dos cinco discos havia sido completa e brilhantíssima. (TAHAN, 1983, p. 155) 
- Só um verdadeiro geômetra poderia raciocinar com tanta perfeição. A solução que acabo de ouvir, em relação ao problema da pérola mais leve, é um verdadeiro poema de beleza e simplicidade. (TAHAN, 1983, p. 158)
Terás, o exímio matemático, de resolver, diante de todos os nobres que aqui se acham, curioso problema inventado por um dervixe do Cairo. Se resolveres esse problema, casarás com Telassim. (TAHAN, 1983, p. 162)
Ao resolver o mistério dos cinco discos proposto a três noivos, Beremiz passa pelo penúltimo teste. Em seguida, o calculista é interrogado pelo sétimo sábio e soluciona, de forma incrível, o problema da pérola mais leve. Porém, recusa os bens materiais que seriam recompensas pelas provas bem-sucedidas. 
Diante dos sete maiores sábios, para poder pedir Telassim em casamento, Samir resolve o enigma dos olhos azuis e negros de cinco escravas. Assim, através de sua sabedoria matemática, passam-se alguns anos e Beremiz Samir está casado com Telassim, vivendo felizes junto aos seus três filhos, guiados pela religião cristã. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Continue navegando