Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA QUÍMICA EXPERIMENTAL RELATÓRIO PRÁTICA 01 EXTRAÇÃO ÁCIDO-BASE Acadêmicas: Ana Luiza Akiyama RA: 89210 Caroline Papaléo RA: 90400 Danielle Guastalle RA: 90404 Mayara Custódio Molinari RA:90393 Rafaela Paim RA: 90397 Turma 02 MARINGÁ, OUTUBRO DE 2015. 1. INTRODUÇÃO Quando as funções químicas surgiram, definições para a nomenclatura dessas também surgiram, sendo essas de acordo com as características de cada grupo, sendo assim: ácido tem sabor azedo e são encontrados em frutas cítricas, e bases tem sabor adstringente, e ambos são perigosos se ingeridos, então daí surgiu a importância de aprender a diferenciá-los e a importância da utilização de indicadores que os diferenciem. Um ácido é uma substância que em solução aquosa ioniza-se, liberando um cátion H+, e uma base é uma substância que em nas mesmas condições dissocia-se gerando ânions OH- , ou ainda um ácido é uma espécie capaz de receber pares de elétrons e uma base é uma espécie capaz de doar pares de elétrons, reações entre ácidos e bases de Lewis geram ligações covalentes. Assim como a extração desses compostos também são de extrema importância para a indústria, sendo utilizada para a purificação de ácidos e bases presentes em soluções baseados em suas propriedades químicas. Quando tratado de processos industriais a extração pode ser definida como uma operação unitária, e o mecanismo da extração baseia-se no equilíbrio entre dois líquidos, denominada Extração por Solvente, quando há sólidos na mistura a ser separada, denomina-se Lixiviação. A extração do componente da mistura que se pretende separar é induzida pela adição de um novo composto ao sistema, sendo que esta possui maior afinidade com o soluto do que com a corrente de alimentação, entretanto o solvente adicionado precisa ser mais imiscível possível com a corrente de alimentação, pois essa diferença de solubilidade é o que permite que o soluto seja retirado, e quanto maior a diferença de solubilidade, mais eficiente é a extração. Uma solução em determinado solvente orgânico, onde se deseja extrair um composto ácido em uma mistura, essa separação pode ser feita adicionando uma base solubilidade em um solvente imiscível àquele da solução problema, deste modo, o novo solvente reagirá com o composto ácido formando um sal solúvel em um dos solventes. 2. PARTE EXPERIMENTAL 2.1 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS UTILIZADOS Tubos de ensaio; Pipeta; Pipetador; Conta-gotas; Béquer; Funil de separação; Tripé. 2.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL No tubo 1, foi colocado (4,0 ± 0,1) ml de uma solução contendo ácido benzóico, β-naftol, anilina e naftaleno em éter etílico. Adicionou-se (1,0 ± 0,1) ml de NaHCO3 5% e agitou-se. Após a formação da mistura bifásica, separou-se a fase aquosa e transferiu-a para o tubo 2. Em seguida foi adicionado ao tubo 1, (1,0 ± 0,1) ml NaOH 1N e agitou-se. A fase aquosa foi separada e transferida para o tubo 3. Adicionou-se (1,0 ± 0,1) ml de HCl 1N ao tubo 1, agitando-o. Novamente separou-se a fase aquosa, tranferindo-a para o tubo 4. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Primeiramente, é necessário mostrar os compostos a serem extraídos da solução em éter etílico contida no Tubo 1: (A) (B) (C) (D) Analisando as estruturas dadas, podemos identificar os compostos nos quais estamos lidando. No composto (A) temos um álcool, no composto (B) temos um hidrocarboneto, no (C) uma amina e no composto (D) um ácido carboxílico. Portanto, dentro da solução inicial colocada no Tubo 1 temos os seguintes compostos: (A) β-naftol; (B) Naftaleno; (C) Anilina; (D) Ácido benzoico. Ao acrescentar NaHCO3 ao tubo 1, a seguinte reação ocorreu: NaHCO3 é uma base fraca e reage com o ácido mais forte, o ácido benzoico, formando benzoato de sódio, água e dióxido de carbono. Esta reação ocorre preferencialmente pois o ácido benzóico é mais forte, além de que sua base conjugada é mais estável que a base do β-naftol, devido a contribuição de estabilidade proveniente da ressonância. Os produtos são solúveis em água, portanto ocorre a formação de duas fases. O sal de ácido carboxílico formado é estabilizado por hidratação, verificando que há solvatação através de interações íon- dipolo. A fase aquosa, mais densa que o éter etílico, permaneceu no fundo e foi transferida para o tubo 2. No tubo 2 foi adicionado HCl, ocorrendo a seguinte reação: O benzoate de sódio reage com o HCl, obtendo-se novamente o ácido benzóico, mas agora na forma de um precipitado branco, pois é um compost pouco solúvel em água. Feito isso e utilizando novamente o Tubo 1, acrescentou-se a ele NaOH e agitou-se, dando inicio a reação: O NaOH, base forte, reage com o β-naftol, um ácido de Bronsted, formando o sal β-naftalato de sódio e água. Este procedimento é análogo ao primeiro, onde a fase aquosa dos produtos pode ser transferida para o tubo 3. No tubo 3 adicionou-se novamente HCl: Assim, obteve-se β-naftol na forma de precipitado branco e NaCl solvatado. Trabalhando com a solução restante no tubo 1 novamente, dessa vez acrescentou-se HCl e agitou-se, ocorrendo a reação representada abaixo: O HCl que reage doando um próton para a base mais forte, a anilina (base de Bronsted) . Novamente, obteve-se um produto em fase aquosa no fundo, contendo cloreto de anilinium produzido, que foi transferido para o tubo 4. No tubo 4 adicionou-se NaOH, a reação: A solução com cloreto de anilinium reage com o NaOH, reestruturando a anilina básica e formando água e NaCl. A reação ocorre entre o íon anilínio (um ácido de Lewis) e o hidróxido de sódio (uma base de Lewis), a anilina formada é uma fase “oleosa” que não se solubiliza em água por causa das suas fracas forças de Van der Waals, ou seja, não há energia suficiente para romper as ligações de hidrogênio entre as moléculas de água altamente polarizadas. Tendo já extraído o ácido benzóico, o β-naftol e a anilina, podemos então afirmar que a solução remanascente no Tubo 1 contém o hidrocarboneto naftaleno em éter etílico. 4. CONCLUSÃO Analisando os resultados obtidos, pode-se inferir que o objetivo do experimento, que era de extrair os quatro compostos da solução- problema, foi atingido. Desse modo, constatou-se que feitas às dissoluções e misturas para os quatro compostos orgânicos de caráter ácido, foi posíel observar a solubilidade de compostos orgânicos e algumas reações de extração ácido-base. Essas reações se processam de modo muito eficiente na separação de compostos orgânicos com diferentes solubilidades dadas às suas interações intermoleculares. Assim, verifica-se a importância do conhecimento sobre interações intermoleculares, pois se pode observar a questão da solvatação dos compostos. Também, depreende-se que a extração ácido-base consiste numa transferência de um soluto para outro solvente, e tem como princípio fundamental, as questões intermoleculares, as quais se relacionam com protonação e desprotonação dos compostos orgânicos. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] M. G. V. FRESSATTI 1, M. C. MOLINARI1 e A. M. BARON. EXPERIMENTAÇÃO NOENSINO DE QUÍMICA: O USO DO AÇAFRÃO COMO INDICADOR ÁCIDO- BASE. [2] R. C. S. MENEGAZZO, R. C. L. STADLER. INDICADORES DE ÁCIDOS E BASES: DESENVOLVENDO EXPERIÊNCIAS COM MATERIAIS ALTERNATIVOS. [3] SOLOMONS, T.W.G. Química Orgânica Vol. 1, 6a Ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1996.
Compartilhar