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Situando método fenomenológico

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Prévia do material em texto

1 
Situando o método Psicológico 
Fenomenológico na pesquisa psicológica e 
educacional 
Prof. Cláudio Ludgero Monteiro Pereira – Psicólogo Clínico e educacional, Especialista 
pós-graduado em “Psicologia”, em “Planejamento e Avaliação Educacional” e em 
“Metodologia do ensino Superior”, Mestre em Educação, professor assistente III da UEPa. 
Histórico 
 
o prefacio do livro Phenomenology and Psychological Research, o Professor 
Amedeo Giorgi faz um breve histórico do Método Psicológico-Fenomenológico, 
descrevendo-o como “um método para pesquisar os fenômenos humanos como eles são vividos e 
experienciados
1”. Psicólogo formado na linha experimental, o Professor Giorgi declara sua insatisfação, 
desde a realização de seus estudos de pós-graduação, com a abordagem dos fenômenos humanos pelo 
método proveniente das ciências naturais. Para ele, a psicologia teria que encontrar um outro caminho para 
estudar adequadamente – de forma rigorosa e precisa – os fenômenos humanos na sua complexidade. 
Assim, seria necessário estabelecer nova definição de rigor e precisão para lidar com 
aquela complexidade. Após cinco anos de busca, convencido de que a melhor maneira para abordar os 
fenômenos humanos seria examiná-los cuidadosamente, o Professor Giorgi entrou em contato com a 
fenomenologia. Um aprofundamento de estudos fez apreender no pensamento fenomenológico, o 
referencial para o estudo cientifico dos complexos processos da psicologia humana. 
Segundo Giorgi, “os principais filósofos desse movimento sempre respeitaram a 
complexidade e a riqueza da realidade humana e desenvolveram conceitos e categorias que tentavam 
descrever aquela complexidade da forma mais penetrante possível
2”. 
Em setembro de 1970, o Professor Giorgi ofereceu, pela primeira vez, um curso em 
Pesquisa Qualitativa na Duquesne University, Pittsburgh, Pensilvânia, USA. A única orientação do curso 
aos alunos foi à máxima de Edmund Husserl “retornar às coisas mesmas”. As “coisas” escolhida pelos 
estudantes foram “sensações” e “emoções”. De posse de descrições de vários sujeitos, alunos e professor 
começam a analisá-las “qualitativa, sistemática e rigorosamente”.3 O método Psicológico – 
Fenomenológico emergia daquele e de cursos subseqüentes. Anos de pesquisa, contando também com a 
participação de outros professores, inclusive provenientes de outras Instituições, contribuíram para o 
delineamento do método, ainda com problemas teóricos e práticos não resolvidos, principalmente devido 
às dificuldades de articulação da filosofia fenomenológica com a práxis da pesquisa psicológica. Essa é a 
razão porque o Método Psicológico-Fenomenólogico é considerado, pelo seu autor, um método ainda em 
processo de construção. 
 
1
 “The articles in this volume exemplufy primarily a phenomenological psychological method for doing research on human 
phenomena as lived and experienced”. In Amadeo Giorgi. 
2
 The major philosophes of this moviment have always respectec the complexity and richness of human reality, and they 
developed concepts and categories that tried to describe that complexity, in the most penetrating way. In op. cit. p. VIII. 
3
 Op. Cit. P. IX. 
N 
 2 
 A referencia básica para o trabalho do professor Giorgi foi o método fenomenológico 
segundo o pensador francês Maurice Merleau-Ponty,
4
 tanto um fenomenólogo, quanto um filósofo versado 
em Psicologia. A grande preocupação de Giorgi foi adaptar as características daquele método filosófico - 
um método que faz uso da descrição, da redução, busca essências e trabalha com a noção de 
intencionalidade – ao estudo dos fenômenos psicológicos, de forma a manter a cientificidade da área.5 Em 
outras palavras, um método filosófico foi usado como referência básica ao delineamento de uma 
metodologia cientifica, na linha da pesquisa qualitativa. 
No Brasil, o professor Joel Martins foi o principal divulgador da pesquisa qualitativa 
baseada no referencial da fenomenologia, mormente em programas de pós-graduação na área de educação 
(tais como em Psicologia Educacional e Supervisão e Currículo) na Universidade Estadual de Campinas e 
na Pontifícia Universidade Católica de São Paula e também por intermédio da Sociedade de Estudos e 
Pesquisa Qualitativos. No período de verão entre os anos de 1987/88, o Professor Joel Martins trouxe ao 
Brasil o Prof. Amedeo Giorgi que ministrou, na PUC-SP, curso sobre o Método Psicológico-
Fenomenológico. 
No livro A Pesquisa Qualitativa em psicologia: Fundamentos e Recursos Básicos,
6
 o 
Método Psicológico-Fenomenológico aparece com a denominação de Pesquisa Qualitativa segundo a 
modalidade Estrutura do fenômeno Situado.
7
 Na mesma obra há também outras menções ao método: modo 
fenomenológico de conduzir pesquisa, pesquisa qualitativa que trabalha com o fenômeno situado ou 
analise fenomenológica e também pesquisa fenomenológica.
8
 
É nossa interpretação que a denominação “Pesquisa Qualitativa Segundo a Modalidade 
Estrutura do Fenômeno Situado,” a mais usada pelo Professor Joel Martins para divulgar o método 
Psicológico-Fenomenológico, atende, principalmente, à concepção de Giorgi de que a contextualização 
 
4
 Ver Prefácio da Obra de Merleau-Ponty Fenomenologia da Percepção. 
5
 Resumidamente, o cerne das adaptações do método fenomenológico segundo Merleau-Ponty ao campo da pesquisa 
psicológica, conforme efetivadas por Giorgi, é o seguinte: 
- Quanto à característica descritiva do método: enquanto a fenomenologia trabalha com a auto-descrição, Giorgi introduz dois 
níveis de descrições: as descrições ou discursos ingênuos de outros sujeitos (sujeitos da pesquisa) e a descrição das estruturas 
da experiência vivida por aqueles sujeitos, pelo pesquisador; 
- Quanto ao uso da redução: Giorgi ressalta que na práxis psicológica a redução é possível apenas em relação á noemata da 
experiência do sujeito, isto é, ao significado pessoal da experiência vivida, e não em relação aos atos da sua consciência. 
- Quanto a busca de essências: segundo Giorgi, enquanto o fenomenólogo busca os invariantes ou as essências do fenômeno, 
situando-o em um nível universal de analise, o psicólogo busca um nível de analise que não é nem universal, nem particular, 
mas geral. O seu interesse são as essências ou estruturas contextualizadas ou “relevantes para situação ou personalidades 
típicas”, mais do que a busca de essência universais. Entretanto, mesmo situadas, as essências “transcendem os fatos sobre os 
quais se baseiam, tal como se dá com as estruturas universais”, (“...regardless of the fact that the essences are limited, they 
still transcend, the facts upon which they are based – just as universal structures do.” P. 50). 
- Quanto à noção de intencionalidade: na fenomenologia, ela se refere ao fato de que a consciência é sempre consciência de 
alguma coisa e o objeto de consciência transcende o ato no qual aparece. Para Merleau-Ponty, o principal significado da 
intencionalidade é a distinção feita por Edmund Husserl, entre intencionalidade de ato e intencionalidade operante. A 
primeira diz respeito ao nível da consciência reflexiva, da intelecção, enquanto que a segunda diz respeito à consciência 
vivida, pré-reflexiva. É a intencionalidade operante que torna possível uma compreensão fenomenológica. Segundo Giorgi, 
para os psicólogos, o significado da intencionalidade operante pode ser melhor expresso dizendo-se que o comportamento é 
intencional. In Amedeo Giorgi. Phenomenology and Psycological 
6
 Joel Martins e Maria Aparecida Viggiani Bicudo. A Pesquisa Qualitativa em Psicologia: Fundamentos e Recursos Básicos. 
São Paulo, Moraes/EDUC,1989. 
7
 Op. cit. P. 75. 
8
 Op. Cit. Pp. 76, 80 e 92 
 3das essências ou estruturas dos fenômenos e necessária a cientificidade da Psicologia, vista como uma 
ciência humana. 
O método também apresenta, nos trabalhos do Professor Amedeo Giorgi e do Professor 
Joel Martins, níveis diferenciados de analise fenomenológica. O primeiro nos ofereceu, até o momento a 
sistematização da Analise Idiográfica, conforme descrição do método no livro Phenomenology and 
Psychological Research.
9
 O Professor Joel, alem da Analise Idiográfica, propunha um outro nível de 
análise, a Analise Nomotética , sobre as quais falaremos posteriormente. É nossa intenção nesta pesquisa, 
seguindo a proposta do professor Joel, trabalhar tanto com a Analise Idiográfica, quanto com a 
Nomotética. 
Em relação à denominação do método, 
10
preferimos usar a nomeação original – Método 
Psicológico-Fenomenológico, - pelas seguintes razões: 
- tanto a Filosofia quanto a Psicologia são componentes estruturantes do método. Giorgi, 
um psicólogo preocupado com a compreensão da complexidade do humano – compreensão esta não 
alcançada pelo método experimental emprestado das ciências naturais – desenvolve um trabalho 
interdisciplinar. Exatamente porque intenciona aquela complexidade, o Método Psicológico-
Fenomenológico transcende sua delimitação original, para aplicação ao conhecimento do ser humano. Na 
descrição, que o seu ponto de partida, a experiência aparece na sua inteireza e não como fragmentos de 
campos apriorísticos de saber. O termo psicológico indica, portanto, a intencionalidade originadora do 
método – ainda em processo de construção – e não a delimitação de seu alcance; 
- O método em questão é um recurso, uma ferramenta cientifica à compreensão da 
existência. Nele, o psicólogo, até por sua união ao fenomenológico, destina-se a infinitude do mundo-vida, 
a partir do qual sujeito e objeto fundem-se na consciência do primeiro e na facticidade de ambos. 
Psicológico, neste caso, significa a espaço à reflexão e ao debate que podem contribuir para a 
compreensão dessa linha de pesquisa, como tenho certeza o Professor Joel Martins gostaria. 
 
Fundamentação 
 
ara seguir a trajetória do Método Psicológico-Fenomenológico, tivemos que nos 
apropriar de concepções básicas da fenomenologia – referentes ao homem e à 
ciência – que consideramos imprescindíveis à compreensão do método. A fenomenologia é o estudo das 
essências. Ela busca compreender a essência dos fenômenos, a natureza própria do que é interrogado, “o 
ser da coisa”, “o ser fundamental” 11 a partir de uma perspectiva que re-situa as essências na existência, ao 
invés de ressaltar a sua primazia. 
 
9
 ver Sketch of a Psychological Phenomenological method. In Amedeo Giorgi. Phenomenology and Research. Pttsburgh, 
Duquesne University Press, 1985, pp. 8-22. 
10
 Na publicação Nuevos Métodos para la Investigacion Del Comportamiento Humano, o método aparece com a denominação 
de Método fenomenológico, possibilitando o entendimento de que se trata de uma abordagem filosófica e não cientifica. In 
Miguel Martinez M. Nuevos Métodos para la Investigacion del Comportamiento Humano (Mime) Caracas, Departamento de 
Ciencia Y Tecnologia del Comportamiento, Universidad Simon Bilivar, 1985. 
11
 André Dartigues. O que é a Fenomenologia. 3ª Edição, São Paulo, Ed. Moraes LTDA., 1992, pp. 16 e 30 
P 
 4 
Para a fenomenologia, o homem é um ser que se lança ao mundo – que se apresenta 
como um conjunto de possibilidade – estabelecendo com os outros e com o próprio mundo uma rede de 
relações significativas. O que define o homem é sua capacidade infinita de criação. É sua capacidade de 
criar estruturas significativas, negá-las e ultrapassá-las.
12
 
Para se situar significativamente como ser ao mundo, o homem dispõe da percepção e da 
intencionalidade da sua consciência. 
A percepção é um momento em que o ser humano apreende uma existência, enquanto lhe 
atribui um significado.
13
 É o ponto de partida das relações entre o sujeito e o mundo vivido, do qual 
participam os outros sujeitos, com a intencionalidade própria a cada um. A percepção é a modalidade 
originaria da consciência, ainda pré-reflexiva, que servira de base à reflexão ao conhecimento. 
Do ponto de vista fenomenológico, a consciência supõe intencionalidade. Ela é um 
estado de alerta para o mundo, sendo sempre “consciência de alguma coisa”. A consciência permite ao 
sujeito perceber o mundo, atribuir-lhe significado, construindo com os outros e com o próprio mundo uma 
rede de relações.
14
 Ela é, assim, o fundamento da subjetividade e da intersubjetividade, por meio das quais 
é possível o ser humano acercar-se da concretude da sua existência e da sua objetividade. 
A fenomenologia destaca o mundo percebido como o fundo pressuposto por toda 
racionalidade, todo valor e toda existência.
15
 A primazia dada à percepção remete o ser humano à presença 
de um longos em estado nascente e o faz conquistar a consciência das raízes da sua racionalidade.
16
 
Para a fenomenologia, o homem e o mundo só podem ser entendidos a partir da sua 
facticidade. Eis por que o seu cuidado fundamental é deixar a existência com toda a sua facticidade 
manifestar-se, é retornar à coisa mesma, ao mundo vivido, experienciado, anterior à reflexão, sobre o qual 
todo o universo da ciência é erigido. O mundo está sempre aí, como uma presença inalienável. Tudo o que 
é do mundo, inclusive o próprio conhecimento cientifico, deriva da experiência do mundo em a qual os 
símbolos da ciência nada significariam. Por isto, retornar “a coisa mesma” é fazer a ciência voltar ao seu 
próprio solo. É, no dizer de Merleau-Ponty, “retornar ao mundo antes do conhecimento, sobre o qual o 
conhecimento sempre fala e a respeito do qual toda determinação cientifica é abstrata, representativa e 
dependente
17”. 
Ressalte-se que a fenomenologia não busca um conhecimento com pretensão de 
universalidade, nem tão pouco de acabamento. Para ela, o conhecimento – tendo suas raízes no mundo 
vivido e sendo o homem um ser que se define pela sua capacidade infinita de criação – só é possível 
 
12
 Maurice Merleau-Ponty. La Structure du Comportement. Se Paris, presses Universitaires de France. 1963. pp. 189-190. 
13
 Op. Cit. Pp. 230 e 240. 
14
 “La conscience.est plutot um reseau d’intentions significatives, tantõt claires pour ellesmemes, tantôt au contraire vécued 
plutôt que connues”. In op. Cit. P. 187. (“A consciência é antes uma rede de intenções significativas, ás vezes claras por si 
mesmas, às vezes ao contrario, vividas antes que conhecidas.” In Maurice Merleau-Ponty. A Estrutura do Comportamento. Trad 
de José de Anchieta Correa. Belo Horizonte: Interlivros, 1975. p. 208. 
15
 Maurice Merleau-Ponty. O Primado da percepção e suas Conseqüências Filosóficas. Campinas, SP, Papirus, 1990. p. 42. 
16
 Op. Cit. P. 63. 
17
 “...revenir à ce monde avant la connaissance dont la connaissance parle toujours, et à l’égard duquel toute determination 
scintifique est abstraite, significative et dépendente”. In Maurice Merleau-Poncy. Phénomenologie de la Perception. Paris, 
Gallimard, 1945. p. III. 
 5 
situado no tempo e no espaço psicológico e histórico-cultural dos sujeitos, não se dando jamais de forma 
definitiva. A sua produção faz parte de um processo dialético, para sempre inacabado. 
 
Trajetória do Método Psicológico – Fenomenológico. 
 
 Método Psicológico-Fenomenológico exige a delimitação de uma região de 
inquérito, onde o fenômeno
18
 é identificado e o pesquisador tenta abstrair 
qualquer hipótese , pressuposto ou teoria para interrogá-la como é. A preocupação é “ir à coisa mesma”, 
ao fenômeno – aquilo que se mostraao ser interrogado – com o intuito de, ao investigá-lo, desvelar a sua 
essência. “Ir à coisa mesma” é retornar ao mundo vivido, experienciado, anterior à reflexão, sobre o qual 
toda ciência é erigida. É neste mundo-vida, pré-reflexivo, que se pode encontrar a essência dos fenômenos, 
a natureza própria daquilo que é interrogado. 
A essência de um fenômeno pode revelar-se mediante a investigação dos significados 
que os sujeitos, individualmente, atribuem ao mesmo no contexto do seu mundo-vida (essência ou 
estrutura subjetiva, psicológica) e mediante a analise comparativa dos significados de vários sujeitos 
(essência ou estrutura intersubjetiva, histórico-cultural). 
Neste estudo como exemplo, interrogamos o fenômeno SER PROFESSOR 
UNIVERSITÁRIO. Na coleta de dados, utilizamos o recurso da comunicação. A partir de uma 
interrogação orientadora – O QUE É SER PROFESSOR UNIVERSITÁRIO? – obtivemos descrições ou 
discursos de professores, a partir dos quais pudemos ter acesso aos significados por eles atribuídos à sua 
experiência. 
A descrição fenomenológica expressa um nível de consciência pré-reflexiva do sujeito e 
resulta de sua situação no mundo. Ela é a matéria-prima da reflexão metódica do pesquisador quanto ao 
fenômeno interrogado. A experiência do sujeito se dá em nível pré-reflexivo, mas a descoberta dos 
significados dessa experiência pelo pesquisador resulta de um processo metódico de reflexão. São níveis 
diferentes de consciência que se fundem na busca de compreensão e interpretação do fenômeno pelo 
pesquisador. 
O Método Psicológico-Fenomenológico faz uso da descrição fenomenológica, 
consubstanciada, nesta pesquisa, em discursos espontâneos de professores. A descrição fenomenológica 
expressa significações múltiplas, que nunca se mostram na sua totalidade, mas apenas na perspectiva em 
que o fenômeno é interrogado. Sendo as significações objeto de conhecimento que se doam à consciência 
do pesquisador mediante sua reflexão metódica, o seu desvelamento transcende os limites de um único 
estudo, por mais que sistemático e crítico. Daí a afirmação de ser o fenômeno inesgotável. 
Neste trabalho de exemplificação (dissertação de mestrado), tomamos sete discursos de 
professores universitários escolhidos em função de suas disponibilidades de tempo, hora, local e 
 
18
 Fenômeno: aquilo que se mostra, que se manifesta, do grego fainomenon, palavra derivada do verbo fainestai. In Joel Martins 
e Maria Aparecida Viggiani Bicudo. A Pesquisa Qualitativa em Psicologia. São Paulo, Moraes/EDUC, 1989. p. 21. 
O 
 6 
motivação para tal de Belém. Ser professor do ensino superior de Belém foi a referencia orientada da 
escolha dos sujeitos, não importando o grau de ensino e a série onde o professor atua, a disciplina que 
leciona, o seu horário de trabalho, o seu tempo de serviço, a sua idade e sexo. À época da coleta dos 
discursos, cinco professores trabalhavam na Universidade do Estado do Pará
19
 um trabalhava em 
Universidade particular e um em Universidade Federal de Belém. Alguns dos professores entrevistados 
disseram ter experiência de magistério em diferentes escolas de Belém, públicas e privadas. Na trajetória 
dos Métodos Psicológico-Fenomenológico, o critério referente ao numero de sujeitos não é estatístico. O 
critério é definido ao longo do processo metódico. Quando os significados atribuídos ao fenômeno 
começarem a se repetir, e por outro lado, suas estruturas reveladas configurarem material suficiente à 
interpretação esclarecedora do fenômeno, não haverá necessidade de continuar a coleta de descrições e de 
proceder às respectivas analises. Por isso que, de dez discursos colhidos, o pesquisador analisou sete. 
Os depoimentos dos sete professores foram colhidos separadamente, durante o ano de 
1997, mediante entrevista gravada com a sua anuência. O clima das entrevistas foi sempre de 
informalidade, respeito e muita empatia. A interrogação orientada parecia despertar nos sujeitos a vontade 
de contribuir expressivamente para a pesquisa. A duração de cada entrevista ficou a critério dos 
entrevistados. Em nenhum momento interferimos nos depoimentos dos professores. A nossa preocupação 
era deixar fluir a descrição do seu mundo-vida. Uma vez colhido, os depoimentos foram transcritos 
integralmente, mantendo-se fidelidade à linguagem dos sujeitos. 
A trajetória do Método Psicológico-Fenomenológico subentende um processo 
constituído de dois tipos de analises
20
 complementares: a Analise Idiográfica
21
 e a Nomotética.
22
 A 
primeira diz respeito ao desvelamento dos significados imanentes ao discurso de cada sujeito, na 
perspectiva do fenômeno em estudo. É o processo da analise psicológica do individual, que se desdobra 
em diferentes etapas sucessivas e cumulativas, como se verá adiante. A segunda – a Analise Nomotética – 
é a passagem da compreensão do fenômeno na perspectiva individual para a perspectiva social. Na Analise 
Nomotética. O pesquisador constrói a matriz Nomotética, trabalhando com as convergências e divergência 
dos significados revelados nos discursos individuais, o que leva à explicação da estrutura histórica e 
cultural do fenômeno. O contraste resultante permite também que ressaltem as singularidades de cada 
discurso e com elas a atribuição possível de significados pessoais ou criatividade. Sobre os resultados da 
Analise Nomotética o pesquisador desenvolve uma reflexão interpretativa, agora fazendo uso de toda a sua 
 
19
 Plano urbano: resultante de projetos urbanísticos no traçado básico da cidade de Belém. 
20
 “Uma analise fenomenológica ...é mais que uma simples analise. É uma investigação daquilo que é genuinamente possível de 
ser descoberto e que está potencialmente presente, mas nem sempre visto”. Joel Martins, Psicologia da Cognição in Temas 
Fundamentais de Fenomenologia. Centro de Estudos Fenomenológicos de São Paulo, Editora Moraes, 1984, p. 79. 
21
 Idiográfica deriva do grego idios que significa “próprio, pessoal, privativo” e de gráphein que significa “escrever, descrever, 
desenhar”. In Antonio Geraldo da Cunha. – Dicionário Etimológico Nova Fronteira da Linguagem Portuguesa. 2[ Edição, Rio 
de janeiro, Editora Nova Fronteira, p. 392 e 422. 
22
 O termo Nomotético deriva de Nomos, que significa leis. Nomotético indica a elaboração de leis. In Joel Martins e Maria 
Aparecida Viggiani Bicudo. A Pesquisa Qualitativa em Psicologia: Fundamentos e Recursos Básicos. São Paulo, 
Moraes/EDUC, 1989. pp. 105-6. 
 7 
experiência e conhecimento sobre o fenômeno, sem pretensão de esgotá-lo. Nesta trajetória, a atitude do 
pesquisador deve ser rigorosamente sistemática e crítica. 
Ao método em foco é imprescindível o recurso da redução fenomenológica, que se 
constitui na suspensão de todas as tradições, quer do senso comum, que provenientes do conhecimento 
cientifico, para se tomar o mundo experienciado conforme sua significação para o sujeito. A redução 
fenomenológica exige do pesquisador: a) delimitar o fenômeno – colocá-lo entre parênteses – 
suspendendo, na sua abordagem, quaisquer hipóteses, pressupostos ou teorias; b) concentrar-se na busca 
dos significados, alerta à preocupação de não confundir significado com o conteúdo explícito da descrição, 
tendo sempre em mente que as coisas nem sempre são o que aparentam, nem aparentam necessariamente 
o que são. 
A redução fenomenológica é auxiliada pelo uso da técnica da variação imaginativa, um 
exercício de reflexão sobre cada parte do discurso que aparenta possuir significado, consistindo em 
modificá-las hipoteticamente, ou imaginá-las como presentes ou ausentes no discurso – o que pode 
ressaltar a estrutura do fenômeno.Embora a redução fenomenológica para captar e descrever os 
significados individuais presentes em cada discurso, para compreender as relações dos significados, 
resultantes da confrontação intersubjetiva de todos os discursos e para interpretá-los. 
O Método Psicológico-Fenomenológico não busca resultados universais, nem tão pouco 
acabados, mas uma compreensão e interpretação clara, sistemática da estrutura do fenômeno, nos limites 
da região de inquérito, que é comunicada para apreciação crítica, intersubjetiva dos pesquisadores. 
Nesta pesquisa, de posse das descrições ou discursos dos professores do ensino superior, 
procedemos a Analise Idiográfica de cada depoimento, utilizando-nos dos seguintes passos: 
1. Leitura do discurso23 como um todo, para familiarização com a experiência vivida 
pelo sujeito e captação do sentido do todo. Para isto, várias leituras foram realizadas. 
2. Leitura Analítica da descrição ou discurso, procurando discriminar as unidades de 
significado, na perspectiva pedagógica, que é a perspectiva do estudo, enfocando o 
fenômeno SER PROFESSOR a partir das modulações de sentido perceptíveis no 
texto da descrição. 
3. Descrição das unidades de significado na linguagem do sujeito, com intuito de 
preservar o significado e distanciar-se pela colocação da descrição na terceira 
pessoa.
24
 
4. Descrição das unidades de significado na perspectiva do fenômeno. Utilizando os 
recursos da redução fenomenológica e da variação imaginativa, procuramos 
expressar as unidades de significado na linguagem adequada à região de inquérito da 
 
23
 Os discursos foram transcritos respeitando-se integralmente a fala dos sujeitos entrevistados, mantendo-se, portanto todas as 
características da linguagem falada, sem correção de suas eventuais imprecisões. 
24
 Na descrição das unidades de significado expressas na linguagem dos sujeitos, procede-se à translação da linguagem oral, 
espontânea dos sujeitos, para a forma adequada à linguagem escrita. 
 8 
pesquisa – neste caso, na linguagem pedagógica – revelando-lhe o sentido 
subjacente. Esta translação da linguagem do sujeito para a linguagem 
correspondente à linguagem de campo da investigação exigiu-nos uma extrema 
sutileza para modificar os significantes e dar visibilidade aos significados, sem 
perder a referencia ao discurso original. Entendemos esta passagem como o 
momento crítico em que os significados são liberados da sua forma pré-reflexiva. 
5. Descrição da estrutura especifica de cada unidade de significado, procurando 
apresentar os significados revelados na sua expressão mais geral, esta última liberta, 
na medida do possível, de suas contingências especificas. 
6. Descrição da estrutura geral do fenômeno situado, como resultado de um cuidadoso 
trabalho de síntese que, utilizando-se das estruturas especificas procura aproximar-se 
da essência do fenômeno. 
Durante todo o processo de Analise Idiográfica o cuidado do pesquisador deve ser – 
conforme vivenciamos no decorrer deste trabalho – de fidelidade aos significados contidos no texto, não 
podendo inventá-los ou confundi-los com o conteúdo explícito do discurso, nem alterá-los. 
A seguir, será apresentada a Analise Idiográfica dos sete depoimentos exaustivamente 
trabalhados num processo de aprendizagem tenso, mas sempre desafiador e prazeroso frente a cada 
descoberta de significado, a cada etapa do desvelamento do fenômeno. Da apresentação da Analise 
Idiográfica, prosseguiremos com a Análise Nomotética reveladora da estrutura intersubjetiva (histórica-
cultural) do fenômeno SER PROFESSOR UNIVERSITÁRIO. Ao final, num momento de entrelaçamento 
de todas as subjetividades envolvidas na pesquisa – sujeitos pesquisados e pesquisador – trabalharemos a 
reflexão interpretativa
25
 dos resultados, fazendo uso de todos os conhecimento que convergem nesta 
investigação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25
 Reflexão: “esforço para aprender o sentido ou essência do vivido.” Elcie F. S. Masini. Enfoque Fenomenológico de Pesquisa 
em Educação. In Ivani Fazenda (et all) metodologia da Pesquisa Educacional. São Paulo, Cortez, 1989. p. 65. 
Interpretação: “Trabalho do pensamento que consiste em decifrar o sentido aparente, em desdobrar os sinais de significação 
implicados na significação literal (...) há interpretação onde houver sentido múltiplo e é na interpretação que a pluralidade de 
sentidos torna-se manifesta.” Paul Ricoueur, citado por Elcie F. S. Masini. Op. Cit. p. 63. 
 9 
ANÁLISE IDIOGRÁFICA 
 
 
DISCURSO DO SUJEITO UNIDADES DE 
SIGNIFICAÇÃO 
ASSERÇÕES ARTICULADAS 
NO DISCURSO 
 QUESTÃO 01: Percepção de ser 
professor. 
 Olha, didaticamente, eu ainda acho, 
infelizmente, que a gente utiliza 
métodos muito antigos(01), as vezes 
utilizo o computador(02), mas falta 
muito apoio(03), acho que o professor 
quando quer, ele dá uma boa aula(04). 
Eu na minha profissão, tô totalmente 
realizada dentro dela(05). Já tive de 
levar material didático de casa prá não 
deixar de dar aula(06). 
1- ...Didaticamente, eu ainda 
acho...que a gente utiliza métodos 
muito antigos. 
2- ...as vezes utilizo o computador 
3- ...mas falta muito apoio. 
4- ...acho que o professor quando 
quer, ele dá uma boa aula. 
5- Eu na...profissão, tô totalmente 
realizada dentro dela. 
6- Já tive de levar material de casa 
para não deixar de dar aula. 
 O professor didaticamente 
ainda utiliza métodos antigos, 
tem pouco apoio, tendo até de 
levar material de casa para não 
deixar de dar aula. 
 O professor quando quer, ele dá 
uma boa aula. 
 Afirma estar totalmente 
realizada na profissão. 
 As vezes utiliza o computador. 
 QUESTÃO 02: Percepção da relação 
professor-aluno . 
 O professor da minha área (exatas) é 
muito seco(01), o aluno tem que saber 
matemática e física e acabou-se(02), não 
olha a relação professor-aluno(03), 
alguns como eu, tem o privilégio de 
fazer cursos da área de educação(04), 
abre o horizonte em termos da relação 
P-A(05) 
1- O professor da minha área...é 
muito seco. 
2- O aluno tem que saber 
matemática e física e acabou-se. 
3- ...não olha a relação P-A 
4- ...alguns...tem o privilégio de 
fazer cursos da área de educação 
5- ...abre o horizonte em termos da 
relação P-A 
 O professor da área de exatas é 
seco, importando-se apenas que 
o aluno saiba matemática ou 
física, não valorizando a 
relação professor-aluno . 
 Poucos fazem cursos da área 
educacional o que traria 
maiores perspectivas na relação 
P-A, e o que considera um 
privilégio. 
 QUESTÃO 03: Percepção da relação 
Professor-colegas 
 Existe dentro do Dep. muita troca de 
conhecimento(01) o relacionamento é 
muito bom(02). Com outros Dep. 
Existem diferenças(03), por exemplo, 
corro com a prof.a. de informática 
porque ela é “minha amiga”(04). O Dep. 
Mais distante é o de educação(05), os 
professores de exatas acham as matérias 
de educação uma “xaropada”(06). Acho 
que é o Dep. mais distante e o mais 
necessário(07). 
1- Existe dentro do Dep. muita troca 
de conhecimento. 
2- ...o relacionamento é muito bom 
3- Com outros Dep. existem 
diferenças, 
4- ...corro com a prof.a, de 
informática porque ela é “minha 
amiga”. 
5- O Dep. mais distante é o de 
Educação. 
6- ...os professores de exatas acham as 
matérias de educação uma 
“xaropada”. 
7- ...é o mais distante e o mais 
necessário. 
 O bom relacionamento e a troca 
de conhecimento acontecem 
dentro do Dep. mais por 
amizade, observa que os 
professores da área de exatas, 
não vêem valor nas matérias 
educacionais(xaropada).Entretanto considera o 
entrevistado que o Dep. de 
educação é o mais distante e o 
mais necessário. 
 QUESTÃO 04: Percepção quanto a 
motivação em ser professor. 
 Muita gente é professor, mais não tem 
vocação(01), adoro e me realizo dentro 
de sala de aula(02), é algo meu íntimo, 
não faço só pelo dinheiro, faço por uma 
realização pessoal(03). 
1- Muita gente é professor mais não 
tem vocação. 
2- ...adoro e me realizo dentro de 
sala de aula. 
3- ...é algo meu íntimo, não faço só 
pelo dinheiro, faço por uma 
realização pessoal. 
 É na sala de aula que me 
realizo. 
 Muita gente é professor sem 
ter vocação, é algo íntimo que 
vale mais que o dinheiro, é uma 
realização pessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISCURSO N.º 
01 
 
 
 
 
 10 
 
MATRIZ NOMOTÉTICA - QUESTIONAMENTO N.º 01 
 
QUESTÃO 01: Percepção de ser professor. ASSERÇÕES POR ENTREVISTADO 
DISCURSOS 01 02 03 04 05 06 07 
1- O professor didaticamente ainda utiliza métodos 
antigos.(D1) 
A1 
2- Tem pouco apoio para mudar, tendo até de levar 
material de casa para não deixar de dar aula. O professor 
quando quer, ele dá uma boa aula.(D1) 
A2 A81 A5 
3- Eu ...na profissão, tô totalmente realizada dentro 
dela.(D1) 
A3 A17 
4- As vezes utiliza o computador.(D1) A4 
5- ...eu procuro buscar novas formas de aprendizagem 
...me aperfeiçoar..., para que eu possa levar maiores 
contribuições para os meus alunos.(D2) 
 A5 A17 
6- Eu me vejo como alguém que tenta levar o melhor de 
si, eu até me exijo muito...(D2) 
 A6 A17 
7- Eu me percebo como ser atuante e não simplesmente 
um profissional da educação.(D3) 
 A7 A12 
8- Não é apenas uma atuação ou título, mas um 
profissional que acompanha as mudanças da 
sociedade.(D3) 
 A8 A12 
9- Me Percebo como um ser que esta falando de 
história.(D3) 
 A9 A12 
10- Essa questão do professor universitário é muito 
complexa.(D4) 
 A10 
11- Acha ser grande a responsabilidade social do 
professor sendo esta parte de um todo interligado como 
processo formador do homem, desde a pré-escola até a 
pós-graduação.(D4) 
 A8 A11 
12- Tem referência com um compromisso social, em 
determinado momento da história (D4) 
 A8 A12 A18 
13- Percebe-se com privilégios por dominar mais 
conhecimentos que outros profissionais, mesmo 
reconhecendo terem o mesmo compromisso.(D4) 
 A13 
 14- Vê-se como boa professora que gosta e tem paixão 
em dar aulas.(D5) 
A71 A73 A76 A14 A86 
15- Sente dificuldades em se reciclar e aprender mais e 
não vê apoio da universidade para isso, nem salarial e nem 
material.(D5) 
A2 A15 A90 
16- Sente-se limitada mas não demostra ao aluno sem 
discutir isso com eles.(D5) 
 A16 
17- Diz que esforça-se o máximo para atingir as 
expectativas e objetivos da universidade, acha-se 
qualificado para ser professor universitário e sente-se 
satisfeito até o momento(D6) 
 A17 
18- Desde que faz educação especial e educação, vê-se 
como profissional comprometido, como técnico e 
pessoa.(D7) 
 A8 A12 A
18 
19- Vê-se em uma universidade nova, em um contexto não 
estruturado com a expectativa de acontecerem coisas.(D7) 
 A19 
20- Vê nas dificuldades atuais motivos para a prática de 
uma educação mais democrática.(D7) 
 
 A20 
21- Vê-se desalentada com a falta de responsabilidade dos 
poderes constituídos e afirma não ser papel do professor 
realizar esta gigantesca tarefa.(D7) 
 A21 
 
 
 
 
 
 11 
 
 
QUESTÃO 01: Percepção de ser professor 
universitário. 
CONVERGÊNCIAS 
TEMÁTICAS
1 
ASSERÇÕES/DISCURSOS 1 2 3 4 5 
1- O professor didaticamente ainda utiliza 
métodos antigos.(D1) 
X X 
2- Tem pouco apoio para mudar, tendo até de 
levar material de casa para não deixar de dar 
aula. O professor quando quer, ele dá uma boa 
aula.(D1) 
X X 
3- Eu ...na profissão, tô totalmente realizada 
dentro dela.(D1) 
 X 
4- As vezes utiliza o computador.(D1) X X 
5- ...eu procuro buscar novas formas de 
aprendizagem ...me aperfeiçoar..., para que eu 
possa levar maiores contribuições para os meus 
alunos.(D2) 
 X X X 
6- Eu me vejo como alguém que tenta levar o 
melhor de si, eu até me exijo muito...(D2) 
 X 
7- Eu me percebo como ser atuante e não 
simplesmente um profissional da educação.(D3) 
 X X 
8- Não é apenas uma atuação ou título, mas um 
profissional que acompanha as mudanças da 
sociedade.(D3) 
X X 
9- Me Percebo como um ser que esta falando de 
história.(D3) 
 X X 
10- Essa questão do professor universitário é 
muito complexa.(D4) 
X 
11- Acha ser grande a responsabilidade social 
do professor sendo esta parte de um todo 
interligado como processo formador do homem, 
desde a pré-escola até a pós-graduação.(D4) 
X X 
12- Tem referência com um compromisso 
social, em determinado momento da 
história.(D4) 
X X 
13- Se percebe com privilégios por dominar 
mais conhecimentos que outros profissionais, 
mesmo reconhecendo terem o mesmo 
compromisso.(D4) 
 X 
 14- Se vê como boa professora que gosta e tem 
paixão em dar aulas.(D5) 
 X 
15- Sente dificuldades em se reciclar e aprender 
mais e não vê apoio da universidade para isso, 
nem salarial e nem material.(D5) 
 X 
16- Sente-se limitada mas não demostra ao 
aluno sem discutir isso com eles.(D5) 
 X 
17- Diz que esforça-se o máximo para atingir as 
expectativas e objetivos da universidade, acha-
se qualificado para ser professor universitário e 
sente-se satisfeito até o momento 
 X 
18- Desde que faz educação especial e educação, 
vê-se como profissional comprometido, como 
técnico e pessoa.(D7) 
 X 
19- Se vê em uma universidade nova, em um 
contexto não estruturado com a expectativa de 
acontecerem coisas.(D7) 
 X X 
20- Vê nas dificuldades atuais motivos para a 
prática de uma educação mais democrática.(D7) 
 
X X 
21- Se vê desalentada com a falta de 
responsabilidade dos poderes constituídos e 
afirma não ser papel do professor realizar esta 
gigantesca tarefa.(D7) 
 X X 
 
 
 
 
 
 
 
TABELA 01 
CONVERGÊNCIAS 
TEMÁTICAS 
 
1 – A VISÃO DE SER 
PROFESSOR 
UNIVERSITÁRIO 
 
2 – AS CIRCUNSTANCIAS 
MOTIVACIONAIS DO 
PROFESSOR 
UNIVERSITÁRIO 
 
3 – O FAZER PEDAGÓGICO 
DO PROFESSOR 
UNIVERSITÁRIO 
 
4 – A AUTO-IMAGEM DO 
PROFESSOR 
UNIVERSITÁRIO 
 
5 – O PROFESSOR 
UNIVERSITÁRIO NA 
RELAÇÃO COM O OUTRO 
 12

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