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Bauxita A bauxita é uma rocha de cor marrom-avermelhada formada principalmente por óxido de alumínio (Al2O3) e outros compostos em menores quantidades, como sílica, dióxido de titânio, óxidos de ferro e silicato de alumínio. O nome bauxita deriva da cidade de Les Baux onde o mineral foi descoberto pelo geólogo e mineralogista francês Pierre Berthier, em 1821. A formação da bauxita resulta da decomposição de rochas alcalinas, provocada pela infiltração da água das chuvas nas rochas ao longo de milhões de anos. A coloração avermelhada desse minério é determinada pela presença de óxidos de ferro. Sendo assim, as rochas que apresentam de 2% a 4% de óxido de ferro são chamadas de bauxita branca, enquanto aquelas que possuem até 25% de óxido de ferro são chamadas de bauxita vermelha. Os óxidos mais importantes que compõem a bauxita, sem umidades são: óxido de alumínio total (Al₂O₃ - alumina), sílica total (SiO₂), dióxido de titânio (TiO₂), óxidos de ferro. São importantes ainda a sílica reativa, que se combina com a soda cáustica no processo de aproveitamento da bauxita e a alumina aproveitável, que mede a parte da alumina existente no minério sendo esta recuperada no processo químico de tratamento. Alumina A alumina é um pó branco, seco, com consistência igual à da areia fina de praia. Mais de 90% da alumina produzida no mundo é utilizada na produção de alumínio. O restante é usado na produção de abrasivos, material refratário ou absorvente, na indústria química, cerâmica e de vidros. A alumina é um óxido de alumínio Al₂O₃. Ela ocorre naturalmente em quase todo punhado de terra, na forma Al₂O₃ • 3H₂O. Ela é matéria-prima da qual se extrai o alumínio, um dos metais mais leves, mais importantes também o metal mais abundante na crosta terrestre. Para que a produção de alumínio seja economicamente viável com os métodos em uso hoje, é preciso um minério que contenha no mínimo 30% de alumina. O minério mais comumente utilizado é a bauxita. Processo Bayer O alumínio é produzido, basicamente, a partir da bauxita. Trata-se de um processo de produção difícil, pois exige muita energia elétrica. A bauxita de cor marrom- avermelhada deve sofrer um processo de purificação para que se possa extrair a alumina (Al2O3) de outras substâncias, como, por exemplo, o óxido de ferro 3 (Fe2O3). Para tanto, pode-se utilizar o processo Bayer, apresentado esquematicamente a seguir: Processo Bayer Fonte: www.materia.coppe.ufrj.br. Digestão O estágio inicial, denominado digestão, envolve, num primeiro momento, a moagem da bauxita, seguida pela digestão com uma solução cáustica de hidróxido de sódio (NaOH)(conhecido como soda cáustica). A mistura é mantida a uma temperatura de 143°C durante 40 minutos, e uma pressão de 250 kPa nos digestores. A solução não pode entrar em ebulição. A esta combinação de temperatura, pressão e tempo, o hidrato (gibbsita) e soda cáustica reagem imediatamente produzindo o licor verde com a concentração certa de alumina para as etapas subsequentes do processo. Clarificação A clarificação é uma das etapas mais importantes do processo. Nela ocorre a separação entre as fases sólida (resíduo insolúvel) e líquida (licor). Precipitação A etapa de precipitação é um processo, no qual a reação da digestão entre hidrato e soda cáustica é reversível e os cristais de hidrato são removidos do licor. Mas como o licor ainda está muito quente, ocorre o resfriamento do licor verde, de 100°C para 80°C em trocadores de calor, antes de continuar o processo. O licor fica nos precipitadores em um tempo médio de 30 horas. Calcinação A calcinação é a etapa final do processo, quando a alumina é lavada para remover qualquer resíduo do licor, passando, posteriormente, pela secagem. Em seguida, a alumina é calcinada a, aproximadamente, 1.000oC, para desidratar os cristais e formar cristais de alumina puros, de aspecto arenoso e branco. Vale ressaltar que o óxido de ferro não sofre reação no processo, podendo, assim, ser separado: Processo Hall A partir da alumina ocorre o processo de transformação da alumina em alumínio metálico. Esse processo, que antes era realizado através da fundição da alumina a 2.000oC, foi aperfeiçoado por Charles Martin Hall em 1896. Ao invés de fundir a alumina a essa temperatura, ele passou a dissolvê-la em criolita (Na3AlF6) fundida. Com esse processo, Hall diminuiu de 2.000oC para 1.000oC a temperatura. Atualmente, a alumina é dissolvida em um banho de criolita fundida e fluoreto de alumínio em baixa tensão. A tensão de decomposição da alumina é de 1,6v. A mistura obtida é colocada numa cuba eletrolítica e sofre uma reação de eletrólise. Nessa etapa, o óxido de alumínio é transformado (reduzido) em alumínio metálico (Al). Basicamente, a reação que ocorre nesse processo é: O alumínio liberado na eletrólise reage com o carbono presente no ânodo da célula eletrolítica, desprendendo-se na forma de CO e CO₂. O alumínio líquido (Al(l)) se precipita no fundo da cuba eletrolítica e, a seguir, é transferido para a refusão, onde são produzidos os lingotes, as placas e os tarugos. Em termos de rendimento, para produzir 1kg de alumínio utiliza-se 2 kg de alumina, 30g de criolita e 16kWh de energia elétrica: Eletrólise do alumínio Fonte: Canto. Como outro pesquisador, Paul Louis Toussaint Héroult também chegara, no mesmo ano, às mesmas conclusões de Hall, o processo ficou conhecido como Processo de Héroult-Hall. O alumínio produz duas ligas metálicas: • duralumínio (alumínio, cobre (1,5% a 4,5%), magnésio (0,45% a 1,5%), manganês (0,6% a 0,8%) e silício (0,5% a 0,8%)), possui elevada resistência mecânica a temperatura ambiente, entretanto, sua resistência a oxidação e soldabilidade são baixas. • magnálio (alumínio, e teores de 6% a 80% de magnésio), com diferentes propriedades em função do teor de magnésio, podendo sofrer adição de outros elementos. Ligas com baixos teores de magnésio (entre 8% e 20%), tem propriedades mecânicas excelentes, melhores que a do alumínio, podem facilmente serem forjadas, usinadas e soldadas, são muito utilizadas em estruturas de embarcações e aeronaves. Já as ligas com altos teores de magnésio, são duras, não podem serem trabalhadas, mas são inflamáveis e encontram emprego na fabricação de fogos de artifício. Reciclagem O alumínio apresenta outra boa característica: é resistente à corrosão. Essa resistência se explica devido ao fato de esse metal, quando exposto ao ar, ou seja, interagindo com o gás oxigênio, formar uma película protetora denominada óxido de alumínio (Fe2O3). Esse fenômeno recebe o nome de passivação. O alumínio, embora envolva muita energia na sua produção, é um metal abundante, de grande importância na economia. Um diferencial do alumínio que determina sua vasta aplicabilidade é o seu processo de reciclagem, que, além de colaborar com a preservação ambiental, tem na economia de energia uma das suas maiores vantagens, pois utiliza apenas 5% da energia necessária para a produção do metal primário. O processo de reciclagem apresenta as seguintes etapas: Etapas de reciclagem do alumínio Fonte: Associação Brasileira do Alumínio - ABAL. Nesse processo, a sucata do alumínio transforma-se em produtos que permitem o seu uso na fabricação de diversos semielaborados e elaborados, como chapas, perfis, etc., prontos para serem reutilizados nos mais diversos segmentos da indústria. Bauxita A formação da bauxita resulta da decomposição de rochas alcalinas, provocada pela infiltração da água das chuvas nas rochas ao longo de milhões de anos. A coloração avermelhada desse minério é determinada pela presença de óxidos de ferro. Sendo assim,... Processo Bayer Reciclagem
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