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Histologia Teórica e Resumo Ross - Sistema Digestório I

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MARIANA SUCOLOTTI 
ATM 23 
HISTOLOGIA – AULA TEÓRICA 2 
 
Histologia Teórica – Aula 2 
SISTEMA DIGESTÓRIO I 
Cavidade Oral 
A partir de funções fisiológicas como a salivação, a mastigação e a deglutição, 
começa o processamento do bolo alimentar. 
Anatomicamente temos toda a musculatura esquelética associada a 
mastigação, as glândulas salivares associadas à salivação, e os dentes para a 
maceração dos alimentos. 
A cavidade oral é formada pela boca e suas estruturas, que incluem a língua, os 
dentes e suas estruturas de sustentação (periodonto), as glândulas salivares maiores e 
menores e as tonsilas, e se estende até o istmo da orofaringe, e se divide em 2 regiões: 
o vestíbulo e a cavidade bucal propriamente dita. 
 Vestíbulo da boca: espaço entre os lábios, bochechas e dentes; 
 Cavidade própria da boca: atrás dos dentes, delimitada pelos palatos duro e 
mole superiormente, pela língua e assoalho da boca inferiormente e pela 
entrada da orofaringe posteriormente. 
Ao começar o exame físico de um paciente pode-se observar a região de lábios, 
que contém área de vermelhão e a área da pele do lábio ou pele labial. A pele do lábio 
contém vários componentes, passando pela linha lateral, pelo filtro, pelo limite do arco 
de cupido, pela região do tubérculo labial e a área de comissuras, além do vermelhão. 
Ao expor a parte interior do lábio, observa-se a mucosa labial. Pele, vermelhão 
e mucosa do lábio são epitélios diferentes. 
 Epiderme: epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, com anexos 
cutâneos (pelos, glândulas sebáceas); A pele do lábio é fina, tem epitélio 
delgado, com camada córnea delicada, na lâmina própria observa-se conjuntivo 
frouxo, conjuntivo denso não modelado constituindo a parte da derme 
contendo anexos cutâneos, folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas 
sudoríparas. 
 Vermelhão labial: zona de transição entre pele e mucosa, ainda apresenta 
queratinização, desprovido de folículos pilosos, e as glândulas sebáceas 
presentes são atróficas (não são funcionais); o aspecto pontilhado 
esbranquiçado presente no vermelhão do lábio em algumas pessoas é causado 
pela presença dessas glândulas, que serão chamadas de grânulos de fordyce; 
 Parte basal forma cristas epiteliais proeminentes, que levam um tecido conjuntivo 
frouxo altamente vascularizado para baixo do epitélio; essas regiões acabam se 
chamando aparelho ou cristas de ??, que conferem a cor avermelhada ao lábio, o 
epitélio é translucido e expressa a cor devido a vascularização e à melanina. 
MARIANA SUCOLOTTI 
ATM 23 
HISTOLOGIA – AULA TEÓRICA 2 
 
 Mucosa labial: epitélio de revestimento pavimentoso não queratinizado, sem pelos 
ou glândulas sudoríparas, podendo haver glândulas sebáceas ectópicas não 
funcionais. 
A área anatômica referida como vestíbulo se limita ao espaço que fica à frente 
dos dentes, então, na área de vestíbulo, observa-se toda a mucosa do vestíbulo. A 
mucosa das bochechas, chamada de mucosa jugal, não queratinizado, assim como as 
mucosas labiais e a da gengiva, desde a parte mais profunda chamada de gengiva 
alveolar, até a gengiva marginal ou aderida (que é queratinizada). 
A mucosa de revestimento é encontrada nos lábios, nas bochechas, na 
superfície mucosa alveolar, no assoalho da boca, nas superfícies inferiores da língua e 
no palato mole. A mucosa recobre o músculo estriado (lábios, bochechas e língua), o 
osso (mucosa alveolar) e as glândulas (palato mole, bochechas, superfície inferior da 
língua). As papilas da mucosa são curtas e em menor quantidade, possibilitando o 
ajuste ao movimento dos músculos subjacentes. 
Em geral, trata-se de epitélio não queratinizado, embora em alguns locais seja 
paraqueratinizado; O epitélio queratinizado é mais espesso. 
Então: 
 
 
 
 
 Predomínio de epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado, tornando-
se queratinizado apenas na parte marginal da gengiva. 
OBS: na lâmina própria desse epitélio encontram-se pequenas glândulas salivares 
menores, com predomínio de secreção mucosa; (mucosa jugal, mucosa labial, tem 
grande quantidade dessas glândulas exócrinas abaixo do seu conjuntivo) 
 
MARIANA SUCOLOTTI 
ATM 23 
HISTOLOGIA – AULA TEÓRICA 2 
 
 
Mucosa Gengival 
Imediatamente abaixo da parte glandular encontra-se periósteo. 
 
Epitélio de revestimento estratificado pavimentoso queratinizado e lâmina própria + 
periósteo 
O mesmo aspecto se repete no palato duro, porém, este é rico em glândulas salivares 
menores. 
Mucosa Jugal 
Apresenta músculo estriado esquelético abundante, com fibras em várias 
direções: 
 
 
MARIANA SUCOLOTTI 
ATM 23 
HISTOLOGIA – AULA TEÓRICA 2 
 
 
Epitélio de revestimento estratificado pavimentoso não queratinizado (não 
aparece na imagem) + músculo estriado esquelético e glândulas salivares menores + 
eventuais adipócitos uniloculares 
Palato Mole 
Mucosa não queratinizada, apresenta epitélio estratificado pavimentoso não 
queratinizado, seguido de TCPD frouxo com fibras elásticas, ricamente vascularizado, 
com grande quantidade de glândulas salivares, podendo-se observar também a 
musculatura ali presente. Ultrapassando a amostra em direção a faringe, observa-se as 
estruturas se repetindo, terminando em epitélio pseudoestratificado colunar ciliado 
(respiratório). 
MARIANA SUCOLOTTI 
ATM 23 
HISTOLOGIA – AULA TEÓRICA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Glândulas mucosas: constituídas geralmente por células piramidais ou poligonais, 
citoplasma extremamente pálido pelo muco em seu interior, os núcleos na base, 
além de células mioepiteliais circundando as estruturas glandulares. São células 
musculares lisas, de origem epitelial (tecido epitelial especializado com capacidade 
contrátil), que auxiliam na liberação da secreção da glândula por meio de pequenas 
contrações. 
Ducto excretor: epitélio simples/estratificado cúbico. 
 
Língua 
Órgão muscular que se projeta para dentro da 
cavidade oral, a partir de sua superfície inferior, 
composto por músculos intrínsecos e extrínsecos. O 
músculo estriado da língua está disposto em feixes 
que seguem seu percurso em três planos, com 
quantidades variáveis de tecido adiposo, cada um 
disposto em ângulo reto com os demais, o que 
proporciona a flexibilidade e precisão de movimentos 
da língua, que é composta por 3 partes: dorso, borda 
e ventre. 
MARIANA SUCOLOTTI 
ATM 23 
HISTOLOGIA – AULA TEÓRICA 2 
 
Macroscopicamente, observa-se a diferença entre os 2/3 anteriores e o 1/3 
posterior da língua, divididos pelo sulco terminal da língua, uma 
depressão em formado de V cujo ápice termina no forame cego. 
A borda da língua apresenta uma transição evidente 
entre o ventre não queratinizado e o dorso. 
O dorso da língua é queratinizado, com papilas. O ventre 
não queratinizado é contínuo com o assoalho bucal, também não queratinizado . 
 
 
Toda a superfície dorsal da língua é recoberta por papilas: numerosas 
irregularidades e elevações da mucosa da língua, na parte anterior ao sulco terminal. 
 
 
São descritos quatro tipos de papilas: as papilas filiformes, fungiformes, 
circunvaladas e folhadas. As que se localizam no dorso podem ser piriformes ou 
fungiformes nos 2/3 anteriores, e circunvaladas a partir do 1/3 posterior. 
Forame cego: remanescente do 
ponto a partir do qual ocorreu uma 
evaginação do assoalho da faringe 
embrionária para formar a glândula 
tireóide. 
 
PAPILAS LINGUAIS + BOTÕES GUSTATIVOS = MUCOSA ESPECIALIZADA da cavidade oral 
 
MARIANA SUCOLOTTI 
ATM 23 
HISTOLOGIA – AULA TEÓRICA 2 
 
 
 
 
Histologicamente, cada papila temum aspecto 
 Papilas Circunvaladas: maiores, facilmente identificáveis, apresentam reentrâncias 
ou sulcos profundos revestidos por epitélio estratificado pavimentoso na sua 
margem; tem formato de cúpula; encontram-se em número de 8 a 12, 
imediatamente anteriores ao sulco terminal; os botões gustativos ficam na face 
lateral, e o topo da papila não apresenta botões gustativos, sendo bem 
queratinizado. Na base de todas as papilas circunvaladas existe um grande número 
de glândulas salivares serosas (diferentes das demais, que são mucosas), que com 
sua secreção limpam o sulco, e mantem os botões gustativos sempre aptos a 
receber as partículas para gustação, são as as glândulas salivares menores 
(glândulas de von Ebner), localizadas no 1/3 posterior da língua. 
 
MARIANA SUCOLOTTI 
ATM 23 
HISTOLOGIA – AULA TEÓRICA 2 
 
 
 Papilas Filiformes: as menores e mais numerosas; as únicas que não servem para a 
gustação, portanto não apresentam botão gustativo, apresentam função de fricção 
para auxiliar na formação do bolo alimentar durante a mastigação, e são altamente 
queratinizadas; entre as reentrâncias do epitélio observa-se tampões de queratina; 
seu ápice é bem alongado, formando projeções cônicas com camada de queratina 
bem espessa; apresentam-se como pequenas cerdas no dorso da língua, com 
extremidades apontadas para trás; formam fileiras que divergem para a esquerda e 
para a direita a partir da linha média, e seguem um curso paralelo aos braços do 
sulco terminal. 
 
 
 Papilas Fungiformes: tem formato de cogumelo, são menos numerosas que as 
filiformes; grande quantidade de botões gustativos (menos que as circunvaladas) 
localizados na parte superior, que não é queratinizada, acima das papilas 
filiformes; são mais numerosas na ponta da língua, e os botões gustativos 
MARIANA SUCOLOTTI 
ATM 23 
HISTOLOGIA – AULA TEÓRICA 2 
 
encontram-se no epitélio estratificado pavimentoso na sua parte dorsal; 
 
 
 Papilas Folhadas: são cristas baixas paralelas, intercaladas por fendas mucosas 
profundas, localizadas na borda lateral do 1/3 posterior da língua; na sua lâmina 
própria tem grande quantidade de tecido linfoide, nos processos inflamatórios de 
orofaringe essas papilas inflamam como as amigdalas; se apresentam como se 
fossem fissuras; contém numerosos botões gustativos; podem não ser 
identificadas em idosos; 
 
 
MARIANA SUCOLOTTI 
ATM 23 
HISTOLOGIA – AULA TEÓRICA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIANA SUCOLOTTI 
ATM 23 
HISTOLOGIA – AULA TEÓRICA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Botão Gustativo: 
 Os botões gustativos são vistos como corpúsculos ovais de coloração pálida, 
que se estendem pela espessura do epitélio, com uma pequena abertura na superfície 
epitelial no ápice, chamada de poro gustativo. 
 Com células especializadas, cada botão contém de 50 a 100 células, que na sua 
superfície apresentam receptores para moléculas gustativas; o epitélio do topo do 
botão não tem queratina. 
 Cada botão apresenta 4 tipos de células: 
 Células escuras (tipo I) 
 Células claras (tipo II) Junções sinápticas (percepção gustativa) 
 Células intermediárias (tipo III) 
 Células basais (tipo IV) Renovação do botão gustativo, são células 
germinativas que renovam constantemente o epitélio do botão 
As células dos tipos I, II e III são a mesma célula, mas com diferentes graus de 
maturação: as mais novas são as do tipo I, escuras, e as mais maduras são as 
intermediárias, do tipo III, que se encontram quase em processo de apoptose. 
MARIANA SUCOLOTTI 
ATM 23 
HISTOLOGIA – AULA TEÓRICA 2 
 
 
A renovação de cada botão gustativo se dá a cada 10 dias; 
 Com o envelhecimento esse processo se torna mais lento, de modo que a 
queixa de perda de paladar é comum em idosos, sofrendo interferência também pelo 
uso de fármacos. 
Os botões gustativos são encontrados nas papilas fungiformes, folhadas e circunvaladas. 
 Cada botão apresenta pequenas microvilosidades, que funcionam como 
receptores das moléculas, que juntas originam uma fibra nervosa sensorial, que faz a 
condução da percepção do gosto para o SNC. 
 
SISTEMA DIGESTÓRIO II 
Do esôfago ao reto, o tubo digestivo apresenta 4 camadas básicas do lúmen para fora: 
 Mucosa: epitélio, lâmina própria (TCPD frouxo vascularizado, com glândulas, 
células musculares lisas, tecido linfoide), camada muscular (duas subcamadas 
de músculo liso, uma circular interna e uma longitudinal externa); 
 Submucosa: TCPD, pode apresentar glândulas em algumas partes do tubo 
digestivo; 
 Muscular externa: músculo liso em espiral, geralmente apresenta 2 camadas, 
mas em alguns casos são 3; a camada interna é circular, a mais externa é 
longitudinal; plexo nervoso mioentérico (entre as duas subcamadas) ou plexo 
de Auberbach (gânglios parassimpáticos); 
 Serosa/adventícia: dependendo se o órgão é vinculado ao mesentério ou não; 
o Serosa: membrana de epitélio simples pavimentoso (mesotélio) com 
pequena quantidade de tecido conjuntivo subjacente); 
MARIANA SUCOLOTTI 
ATM 23 
HISTOLOGIA – AULA TEÓRICA 2 
 
o Adventícia: constituída apenas de tecido conjuntivo, em locais em que a 
parede do tubo está diretamente aderida a estruturas adjacentes; 
Podem haver variações nos aspectos, mas a estratificação será a mesma. 
As variações são referentes ao tipo de epitélio, à presença ou não de glândulas, 
e à presença de adventícia ou serosa. 
Camada Mucosa 
 O epitélio é o primeiro revestimento, atuando como barreira que isola o lúmen 
do canal alimentar do resto do organismo. Devido às diferentes funções de cada parte 
do tubo digestivo, ele apresenta diferentes tipos de epitélio, por isso pode-se dizer que 
a camada mucosa é a mais variável. As principais funções do epitélio do tubo digestivo 
são: proteção, absorção e secreção. 
 Esôfago, reto e canal anal: epitélio estratificado pavimentoso não 
queratinizado; mesmo epitélio da cavidade oral. 
 Estômago: o processo digestivo requer epitélio glandular secretor; 
 Intestino delgado: processo de absorção, epitélio colunar simples com 
microvilosidades; 
 
Sempre abaixo do epitélio, encontra-se a lâmina própria conjuntiva frouxa, 
com pequenos vasos, eventualmente glândulas (principalmente secretoras de muco, 
exócrinas), com objetivo de lubrificar o epitélio, protegendo contra o atrito e lesões 
mecânicas em geral. Os vasos sanguíneos e linfáticos ali encontrados geralmente são 
de pequeno calibre. Encontra-se ainda tecido linfoide em quantidades variáveis, com 
MARIANA SUCOLOTTI 
ATM 23 
HISTOLOGIA – AULA TEÓRICA 2 
 
células de defesa que são encontradas na lâmina própria de todo o trato 
gastrointestinal, principalmente nos intestinos. 
A camada muscular da mucosa produz pequenos movimentos do epitélio da 
mucosa, favorecendo principalmente o processo de absorção e demais funções 
epiteliais. É um movimento localizado que independe do peristaltismo, que é feito pela 
camada muscular externa. Geralmente é composta por 2 estratos, uma camada 
interna circular e uma externa longitudinal, geralmente ambas de músculo liso. A 
camada muscular é tão delgada que, muitas vezes, é difícil diferenciar suas 
subcamadas. 
Submucosa 
Começa abaixo da muscular da mucosa, e geralmente é composta por TCPD 
denso não modelado. 
Consiste em uma camada de tecido conjuntivo denso não modelado, que 
contém vasos sanguíneos e linfáticos de maior calibre, um plexo nervoso e glândulas 
ocasionais. 
Contém vasos sanguíneos com calibre um pouco maior, que se ramificam para 
suprir a mucosa, além de linfáticos, e uma estrutura importante do sistema nervosoentérico: o plexo submucoso (plexo de Meissner), de difícil visualização. 
O plexo de Meissner é observado como pequenos grupos de células 
ganglionares, envoltas por TCPD frouxo (não forma uma cápsula), e algumas fibras não 
mielinizadas que ficam ligeiramente rosadas, algumas células satélites; 
A presença das glândulas é mais comum no esôfago e no duodeno, o restante 
não costuma apresentar glândulas na submucosa. 
Muscular Externa 
 Se divide em 2 estratos nitidamente distintos em uma cmada interna e uma 
externa, geralmente de músculo liso. Exceção: 1/3 superior do esôfago. 
 Camada interna: disposição circular no órgão, longitudinal na lâmina; 
 Camada externa: longitudinal no órgão, transversal na lâmina. 
Entre as duas camadas de músculo encontra-se uma faixa conjuntiva, que 
abriga o plexo mioentérico (plexo de Auerbach). O plexo de Auerbach mostra células 
ganglionares, podendo mostrar também fibras, e é bastante evidente na lâmina. 
 Com relação ao perfil contrátil, a camada interna circular reduz o lúmen ao se 
contrair, dessa maneira favorece os movimentos de mistura. A camada externa 
encurta o órgão, favorecendo movimentos de propulsão. 
 
 
MARIANA SUCOLOTTI 
ATM 23 
HISTOLOGIA – AULA TEÓRICA 2 
 
Serosa/Adventícia 
 Um mesmo órgão pode conter serosa e adventícia, dependendo da sua 
posição. 
 A diferença entre elas é que a adventícia não apresenta Mesotélio, enquanto a 
serosa possui, e ambas são constituídas de TCPD frouxo, podendo apresentar tecido 
adiposo; vão apresentar também vasos sanguíneos e linfáticos, além de eventuais 
fibras nervosas. 
 Os órgãos que ficam suspensos na cavidade peritoneal, contínuos com o 
mesentério, possuem serosa, enquanto aqueles que ficam aderidos à parede 
abdominal apresentarão adventícia. 
 Apresentam adventícia: parte torácica do esôfago, parte do duodeno, cólon 
ascendente, cólon descendente e canal anal. 
Esôfago 
 Órgão de aspecto tubular, que conduz alimentos e líquidos para o estômago. 
 Epitélio de revestimento estratificado pavimentoso. 
 Lâmina própria 
 Muscular interna 
 Submucosa 
 Muscular externa 
 Adventícia na parte 
superior 
 Serosa na parte inferior 
 
 
 
 
 
 
 
 O esôfago é dividido em 3 partes diferentes 1/3 superior, 1/3 médio e 1/3 inferior, 
que apresentam essencialmente a mesma estratificação. 
 1/3 superior: 
 Mucosa com epitélio estratificado pavimentoso não 
queratinizado, com presença de lâmina própria com 
glândulas esofágicas e muscular interna; 
 Submucosa sem glândulas; 
 Muscular externa de músculo esquelético. 
 
 
A particularidade do 
1/3 superior são as 
glândulas na lâmina 
própria. 
 
MARIANA SUCOLOTTI 
ATM 23 
HISTOLOGIA – AULA TEÓRICA 2 
 
 
 
 
 1/3 médio: 
 Não apresenta glândulas na mucosa nem na submucosa; 
 Muscular externa mista: parte interna de músculo liso, 
parte externa de musculo estriado esquelético. 
 
 
 
 
 1/3 inferior 
 Mucosa sem glândulas 
 Submucosa apresenta glândulas cárdicas. 
 Muscular externa: músculo liso 
 Serosa 
A particularidade do 
1/3 médio é a 
camada muscular 
externa mista. 
 
MARIANA SUCOLOTTI 
ATM 23 
HISTOLOGIA – AULA TEÓRICA 2 
 
 
 A mucosa esofágica é toda formada por epitélio estratificado pavimentoso não 
queratinizado; 
 A lâmina própria é conjuntiva frouxa bem vascularizada; 
 No 1/3 superior existem glândulas esofágicas lâmina própria 
 No 1/3 inferior existem glândulas cárdicas na submucosa. 
 Muscular da mucosa: variável 
 Abaixo da muscular da mucosa, vem a submucosa densa não modelada com o 
plexo submucoso (de Meissner), dificilmente visualizado; 
 As glândulas presentes são tubulares e secretoras de muco; 
 A musculatura estriada na parte superior do esôfago é inervada pelo nervo vago.

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