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aula 03 principios ii resumo 1928565 adriano barbosa 34529805 direito processual penal carreira delegado

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Princípios II
DIREITO PROCESSUAL PENAL
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PRINCÍPIOS – II
Princípios Constitucionais II
Doutrina referência para a nossa aula:
Guilherme NUCCI – Código de Processo Penal Comentado.
Norberto AVENA – Processo Penal Esquematizado.
Nestor TÁVORA e Fábio ROQUE – Código de Processo Penal para Concursos.
Renato BRASILEIRO de Lima – Manual de Processo Penal.
4 – Princípio do Contraditório ou da bilateralidade da audiência
LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral 
são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela 
inerentes;
A toda alegação feita (fática ou jurídica) por uma das partes, tem a outra parte 
o direito de se manifestar (contra alegação) – Binômio ciência e participação.
No processo penal brasileiro é necessária a segurança jurídica. Todos os ele-
mentos de prova trazidos aos autos devem ser angariados, vistos e oferecidas a 
oportunidade de apresentação de contra prova. O contraditório no momento da 
audiência se agiganta. Todas as vezes em que houver incidência de apresen-
tação probatória, de argumentos de acusação, haverá a oportunidade de uma 
contra argumentação jurídica, de uma contra argumentação de defesa e de uma 
produção probatória por parte da defesa. No choque que há com a lide proces-
sual penal, de um lado o jus puniendi e jus libertatis, esse choque de pretensões 
se dá de maneira equilibrada. 
Não pode haver, portanto, o empoderamento de uma das partes. Há sérias 
críticas na jurisprudência quanto ao empoderamento da acusação. O MP é uma 
parte e não pode ser empoderado. 
Mesmo um estuprador é um sujeito de direitos. O Estado deve ser forte, mas 
dentro da legalidade, da constitucionalidade e sem superempoderamento. 
O acervo probatório que efetivamente serviu para condenação do paciente 
foi aquele obtido no inquérito policial. Segundo entendimento pacífico desta 
Corte não podem subsistir condenações penais fundadas unicamente em 
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prova produzida na fase do inquérito policial, sob pena de grave afronta às 
garantias constitucionais do contraditório e da plenitude de defesa. (HC 103.660, 
rel. Min. Ricardo Lewandowski) 
O art. 155 do CPP prevê como pertinente a utilização de provas produzidas 
na fase do inquérito policial, mas não exclusivamente. Se houver apenas uma 
prova no inquérito policial e ela garanta a liberdade do réu, aplica-se o princípio 
da proporcionalidade. Nas condenações, as provas devem ser somadas. 
5 – Princípio do Juiz Natural e Imparcial
Art. 5º, XXXVII – não haverá juízo ou tribunal de exceção.
Art. 5º, LIII – ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade 
competente.
Assegura um julgamento imparcial dos indivíduos e afasta a atuação de tri-
bunais de exceção.
Há muitas críticas ao Tribunal de Nuremberg, que julgou os nazistas. Foi um 
tribunal constituído após a guerra, pelos vencedores, para julgar os perdedores. 
Segundo alguns esse tribunal fere direitos fundamentais que exigiriam o julga-
mento por parte de um juiz imparcial e natural, equidistante dos fatos e constitu-
ído antes dos fatos à luz da lei. 
Súmula 704 do STF
Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido pro-
cesso legal a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro 
por prerrogativa de função de um dos denunciados.
Por exemplo, os réus A, B, C, D e E são funcionários públicos e cometeram 
um crime de corrupção, em concurso, previsto no art. 317. O réu B é senador da 
república, cujo julgamento caberia ao STF, mas a Súmula 704 estabelece que 
TODOS devem ser julgados pelo STF, a vis attractiva por continência ou conexão.
Aplicação da Súmula 704. “Não viola as garantias do juiz natural e da 
ampla defesa, elementares do devido processo legal, a atração, por conexão 
ou continência, do processo do corréu ao foro por prerrogativa de função de um 
dos denunciados, a qual é irrenunciável”. (Inq. 2.424, rel. min. Cezar Peluso). No 
mesmo sentido: (Inq. 2.704, rel. p/ o ac. min. Dias Toffoli). 
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6 – Princípio da Publicidade
Art. 5º, XXXIII – todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de 
seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas 
no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja 
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; (grifei)
Art. 5º, LX – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando 
a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; 
Enseja o controle social dos atos e decisões que permeiam a persecução crimi-
nal, que admite sigilo, mas no Estado Democrático de Direito nunca será secreta.
Em regra, a publicidade é regra e o sigilo, exceção. 
O procedimento investigatório instaurado pelo Ministério Público deverá 
conter todas as peças, termos de declarações ou depoimentos, laudos 
periciais e demais subsídios probatórios coligidos no curso da investiga-
ção, não podendo, o Parquet, sonegar, selecionar ou deixar de juntar, aos autos, 
quaisquer desses elementos de informação, cujo conteúdo, por referir-se ao 
objeto da apuração penal, deve ser tornado acessível tanto à pessoa sob inves-
tigação quanto ao seu advogado.
O regime de sigilo, sempre excepcional, eventualmente prevalecente no 
contexto de investigação penal promovida pelo Ministério Público, não se 
revelará oponível ao investigado e ao advogado por este constituído, que 
terão direito de acesso considerado o princípio da comunhão das provas a todos 
os elementos de informação que já tenham sido formalmente incorporados aos 
autos do respectivo procedimento investigatório. (HC 89.837, rel. min. Celso de 
Mello) No mesmo sentido: (HC 84.965, rel. min. Gilmar Mendes, Rcl 12.810-MC, 
rel. min. Celso de Mello).
7 – Princípio da vedação das provas ilícitas
Art. 5º, LVI – são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos
Proibição das provas ilegais e ilegítimas no processo penal. Vedação 
também da prova ilícita por derivação – Teoria do fruto da árvore envene-
nada (a prova derivada de uma forma ilícita, ilícita também o é). 
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Admissão, por exceção, da prova ilícita em face da Teoria da proporcio-
nalidade.
“Elementos dos autos que evidenciam não ter havido investigação preliminar 
para corroborar o que exposto em denúncia anônima. O STF assentou ser pos-
sível a deflagração da persecução penal pela chamada denuncia anônima, 
desde que esta seja seguida de diligências realizadas para averiguar os 
fatos nela noticiados antes da instauração do inquérito policial. (...) A inter-
ceptação telefônica é subsidiária e excepcional, só podendo ser determinada 
quando não houver outro meio para se apurar os fatos tidos por criminosos, nos 
termos do art. 2º, II, da Lei 9.296/1996. (...) Ordem concedida para se declarar 
a ilicitude das provas produzidas pelas interceptações telefônicas, em razão da 
ilegalidade das autorizações, e a nulidade das decisões judiciais que as decreta-
ram amparadas apenas na denúncia anônima, sem investigação preliminar. (HC 
108.147, rel. min. Cármen Lúcia).
8 – Princípios regentes do Tribunal do Júri
Art. 5º, XXXVIII – é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der 
a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
Os crimes dolosos contra a vida são o homicídio, o infanticídio, o auxílio, instiga-
ção ou indução ao suicídio e o aborto, previstos entre os artigos 121 e 128 do CP. 
Fere o princípio da soberania dos veredictos a afirmação peremptória 
do magistrado, na sentença de pronúncia, que se diz convencido da autoria 
do delito. A decisão de pronúncia deve guardar correlação, moderação e 
comedimento com a fase de mera admissibilidade e encaminhamento da 
ação penal ao Tribunal do Júri.(HC 93.299, rel. min. Ricardo Lewandowski). No 
mesmo sentido: (HC 99.834, rel. min. Joaquim Barbosa). 
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A soberania dos veredictos do Tribunal do Júri não é absoluta, sub-
metendo-se ao controle do juízo ad quem, tal como disciplina o art. 593, III, 
d, do CPP. Conclusão manifestamente contrária à prova produzida durante a 
instrução criminal configura error in procedendo, a ensejar a realização de novo 
julgamento pelo Tribunal do Júri.
Não há afronta à norma constitucional que assegura a soberania dos 
veredictos do Tribunal do Júri no julgamento pelo tribunal ad quem que 
anula a decisão do Júri sob o fundamento de que ela se deu de modo con-
trário à prova dos autos. (...) A decisão do Conselho de Sentença do Tribunal 
do Júri foi manifestamente contrária à prova dos autos, colidindo com o acervo 
probatório produzido nos autos de maneira legítima. (HC 88.707, rel. min. Ellen 
Gracie). No mesmo sentido: (HC 103.805, rel. min. Luiz Fux. RHC 96.543, rel. 
min. Gilmar Mendes).
9 – Princípio da legalidade estrita da prisão cautelar
Art. 5º, LXI – ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e 
fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgres-
são militar ou crime propriamente militar, definidos em lei.
A prisão de qualquer pessoa precisa observar requisitos legais e formais 
estritos.
No ordenamento jurídico brasileiro a regra é a liberdade. A prisão é a exce-
ção. Ocorre o relaxamento da prisão quando esta é ilegal. Quando é desneces-
sária, é revogada. 
�����Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Adriano Barbosa.

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