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Trypanosoma cruzi e a Doença de Chagas Profª Msc. Viviane Fragoso Histórico Carlos Justiniano Ribeiro Chagas Oswaldo Cruz Instituto Soroterápico Federal, 1900 2 Descobridor do agente etiológico-Trypanosoma cruzi. Estudante de Medicina; Tese-Malária -Chefiou trabalhos de combate à Malária. Examinava pessoas e animais a fim de investigar as patologias da região. Exame em micos (Callithrix sp) encontrou em seu sangue um protozoário o qual deu o nome de Trypanosoma minasense. Descobridor do agente etiológico-Trypanosoma cruzi. Carlos Justiniano das Chagas Doença de Chagas Vetor : Triatomíneos. Família Reduviidae (Barbeiro) Agente : Trypanosoma cruzi Morfologia Amastigota intracelulares-TECIDOS Epimastigota- Encontrado no tubo digestivo do vetor. Tripomastigota- EXTRACELULARES-SANGUE PERIFÉRICO Amastigotas de Trypanosoma cruzi Formas evolutivas do Trypanosoma cruzi Epimastigota s de Trypanosoma cruzi Tripomastigotas de Trypanosoma cruzi cinetoplasto Núcleo Membrana ondulante Flagelo http://www.ufrgs.br/ 6 Taxonomia Reino : Protista Sub-reino : Protozoa Filo : Sarcomastigophora Subfilo : Mastigophora Classe : Zoomastigophorea Ordem : Kinetoplastida Subordem : Trypanosomatina Família : Trypanosomatidae Gênero : Trypanosoma Processo de interação do T.cruzi a célula hospedeira Adesão e reconhecimento: processo mediado por receptor; -glicoproteínas, glicolipideos, proteínas do tipo lectina etc. Sinalização; Invasão Mecanismos: Fagocitose; Endocitose (participação do filamento de actina). Invaginação da membrana. Morfologia - Amastigota Circular, ovóide ou fusiforme Achatado Pouco citoplasma Núcleo relativamente grande e arredondado. Cinetoplasto discóide e visível - Concentração de DNA em alta densidade do DNA citoplasmático (K-DNA). Flagelo curto e incluído no bolso flagelar Morfologia - Epimastigota Fusiforme Cinetoplasto junto ao núcleo Bolso flagelar lateral Flagelo forma a membrana ondulante que se torna livre no polo anterior Morfologia - Epimastigota Morfologia - Tripomastigota Corpo celular longo e achatado Cinetoplasto e bolso flagelar na região entre o núcleo e a extremidade posterior Cinetoplasto arredondado Flagelo percorre toda a extensão da célula aderido na membrana ondulante Morfologia - Tripomastigota Morfologia - Tripomastigota cinetoplasto Núcleo Ciclo evolutivo CONJUNTIVA Ciclo de vida 17 Dipetalogaster maximus: repasto sanguíneo 1. Passo: a infecção Rhodnius prolixus 18 Doença de Chagas Vetor : Triatomíneos. Família Reduviidae (Barbeiro) Agente : Trypanosoma cruzi Triatoma infestans Panstrongylus megistus Rhodnius prolixus Triatoma dimidiata Triatoma pallidipennis Triatoma sordida Triatoma brasiliensis Triatomíneos mais importantes na transmissão da doença de Chagas 20 Doença de Chagas – Mecanismos de Transmissão *Transmissão pelo vetor; Acidentes de trabalho; Transfusão sangue; Transmissão congênita; Transplante Transmissão 22 Transmissão natural 23 Outras formas de transmissão - Oral (ingestão de fezes frescas de Triatomineos infectados ou Triatomineos macerados) 25 Doença de Chagas – Epidemiologia É uma zoonose típica da zona rural, porém de grande crescimento nas zonas periurbana e urbanas. Ocorre no Rio Grande do Sul, parte de Santa Catarina e Paraná, São Paulo, Minas Gerais (exceto sul), Goiás e Estados do Nordeste. Doença de Chagas – Fase Aguda Sintomática ou assintomática Manifestações locais 50% dos casos dentro de 4 a 10 dias Sinal de Romanã (conjuntiva) Chagoma de inoculação (pele) Regressão em 1 ou 2 meses Aguda - Sintomática - Sinais de entrada Sinal de Romaña Sintomas inespecíficos: - Febre, mal estar e mialgias. 29 Doença de Chagas – Fase Aguda Manifestações gerais Febre Edema localizado e generalizado Hepatomegalia Esplenomegalia Insuficiência cardíaca e pertubações neurológicas (por vezes) Doença de Chagas – Fase Crônica Assintomática Fase latente ou indeterminada Positividade nos exames sorológicos e parasitológicos Ausência de sintomas e/ou sinais da doença Eletrocardiograma convencional normal Coração, esôfago e cólon radiologicamente normais Doença de Chagas – Fase Crônica Sintomática Forma Cardíaca Insuficiência cardíaca congestiva devido: À diminuição da massa muscular por destruição do epitélio e substituição por áreas de fibrose Destruição SN simpático e parassimpático Lesão vorticiliar ou aneurisma de ponta Fenômenos tromboembólicos Entupimento de veias causando infarto Doença de Chagas – Lesão Vorticiliar Doença de Chagas – Lesão Vorticiliar Aneurisma de ponta. Doença de Chagas – Fase Crônica Sintomática Forma Digestiva Megaesôfago Disfagia, odinofagia, dor retroesternal, regurgitação, pirose, soluço, tosse, sialose Megacólon (sigmóide e reto) Obstrução intestinal, perfuração e peritonite Doença de Chagas – Megaesôfago Doença de Chagas – Megacólon Doença de Chagas – Diagnóstico – Fase Aguda Alta parasitemia Presença de anticorpos inespecíficos (IgM) Início de formação de anticorpos específicos (IgG) Altas concentrações de anticorpos Doença de Chagas – Diagnóstico – Fase Crônica Baixíssima parasitemia Anticorpos inespecíficos (IgM em títulos baixíssimos) Presença anticorpos específicos (IgG) Doença de Chagas – Diagnóstico –Pesquisa do Parasita Exame de sangue a fresco Exame de sangue em gota espessa Esfregaço sangüíneo corado com Giemsa Cultura de sangue ou material de biópsia Inoculação do sangue Doença de Chagas – Esfregaço sangüíneo corado com Giemsa Doença de Chagas – Diagnóstico –Diagnóstico Sorológico Reação de precipitação Reação de imunofluorescência indireta ELISA Reação de PCR Doença de Chagas – Tratamento Parcialmente ineficaz Diversidade genética do parasita Nifurtimox: age sobre as formas sangüíneas e parcialmente contra as formas teciduais Benzonidazol: age somente nas formas sangüíneas.