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DOENÇA DE CHAGAS tripanossomíase americana 1 CARACTERÍSTICAS GERAIS → Denominada: tripanossomíase americana/ doença de chagas ou moléstia de chagas → Sintomatologia cardíaca e gastrintestinal → Trypanosoma cruzi → Protozoário unicelular flagelado → Antropozoonose frequente na América Latina TAXONOMIA E ASPECTOS MORFOLÓGICOS Flagelo (parte da frente) nasce do corpúsculo basal ou bleferoplasto Cinetoplasto: mitocôndria que percorre esse organismo → DNA concentrado Núcleo único → Trypanosoma cruzi → protozoário flagelado pertencente ao filo Euglenozoa → Principal modo de transmissão é o vetorial (associa-se ao contato das fezes do triatomíneo infectado pelo patógeno com a mucosa ou as lesões da pele do hospedeiro vertebrado (Echeverria; Morillo, 2019; Rey, 2008).) → Existem variações morfológicas dentro da espécie de T. cruzi (infectividade e patogenicidade) → resultou na classificação desses protozoários em 3 grupos Grupo 1: nesse grupo estão incluídos os protistas de animais silvestres, notadamente encontrados na Região Amazônica, responsáveis por causar infecções eventuais e assintomáticas no homem Grupo 2: representa o grupo de maior importância médica, em que estão os flagelados que causam os tipos graves e sintomáticos da doença. Estes são encontrados nas áreas endêmicas, e o Triatoma infestans é o principal vetor Grupo 3: engloba os protozoários relacionados com a infecção de animais silvestres e que raramente causam infecção humana. → Durante seu ciclo evolutivo, o T. cruzi apresenta características morfológicas que variam e que podem ser identificadas, entre outros aspectos, de acordo com a posição do flagelo e a posição do cinetoplasto, uma mitocôndria única rica em DNA mitocondrial (Gonçalves et al., 2018) ANTERIOR POSTERIOR 2 FORMAS EVOLUTIVAS Fonte: https://planetabiologia.com/trypanosoma-cruzi- ciclo-de-vida-morfologia-caracteristicas/ A- amastigota: ✓ Arredondadas, núcleo único, ‘’começo” de flagelo e cinetoplasto ✓ Intracelular (tecido cardíaco) ✓ Divisão binária (1 vira 2, 2 vira 4, e etc.) ✓ Hospedeiro vertebrado B- epimastigota ✓ Extracelular ✓ Forma alongada ✓ Cinetoplasto (justanuclear: porção anterior) ✓ Núcleo único centralizado ✓ Flagelo exteriorizado ✓ Membrana ondulante ✓ Divisão binária ✓ Hospedeiro invertebrado ✓ Não infectante ao hospedeiro vertebrado C- tripomastigota ✓ Extracelular ✓ Forma alongada ✓ Cinetoplasto (porção posterior) ✓ Núcleo único centralizado ✓ Flagelo ✓ Membrana ondulante ✓ Não reproduz no sangue ✓ Hospedeiro vertebrado CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA DO TRYPANOSOMA CRUZI. Adaptado de NCBI – The Taxonomy Database, 2019; Arctos – Collaborative Collection Management Solution, 2019. Ciclo biológico → Complexo e passa por variações morfológicas de acordo com a fase em que o parasito se encontra; → Heteroxênico → Hospedeiro vertebrado: homem e outros animais → Hospedeiro invertebrado: inseto triatomíneo Domínio Eukaryota Filo Euglenozoa Ordem Kinetoplastida Família Trypanosomatidae Gênero Trypanosoma Subgênero Schizotrifenol Espécie Trypanosoma cruzi 1 Ciclo biológico dos protistas da espécie Trypanosoma cruzi 2 A. Ninhos de amastigota de Trypanosoma cruzi, no tecido muscular cardíaco (1000× de aumento). B. Observe os ninhos em maior detalhe. Acervo do Laboratório de Agentes Patogênicos da Universidade Federal de Viçosa. Foto: Igor Rodrigues Mendes (UFV) e Rodrigo Siqueira-Batista (UFV e FADIP). 3 Forma tripomastigota sanguínea de Trypanosoma cruzi (1000× de aumento). Acervo do Laboratório de Agentes Patogênicos da Universidade Federal de Viçosa. Foto: Rodrigo Siqueira-Batista (UFV e FADIP) e Igor Rodrigues Mendes (UFV). Vias de transmissão → Via vetorial (Fezes e urina de triatomíneos (barbeiros)) → Via oral (açaí, caldo de cana) = sintomatologia mais intensa → Transfusão sanguínea e transplante de órgãos → Via congênita → Via sexual (contato com sangue) 2 Patogenia e sintomatologia Linhagem do T. cruzi e fatores do hospedeiro Ativação de resposta imune → mecanismos de escape Representação esquemática das fases aguda e crônica da doença de Chagas. Adaptado a partir de original publicado em Siqueira-Batista et al., 1996. Fase aguda: alta parasitemia → alta igm e baixa igg o Sintomática (pode ser assintomática) o Chagoma de inoculação o Sinal de romana Fonte das imagens: https://files.passeidireto.com/4c93e7ab-f189-4b2e- b029-f8b3d37b6a44/bg1.png o Febre (mais de 7 dias) o Cefaleia o Edema localizado e generalizado o Hepatomegalia (aumento anormal do tamanho do fígado) o Dores no corpo o Poliadenia (Hipertrofia múltipla de gânglios linfáticos) o Sensação de fraqueza o Esplenomegalia (aumento do tamanho do baço) o Insuficiência cardíaca (ocorre quando seu coração não está bombeando sangue suficiente para atender às necessidades do seu corpo. Como resultado, fluido pode se acumular nas pernas, pulmões e em outros tecidos por todo o corpo) 3 Corte sagital de coração de paciente chagásico que faleceu com insuficiência cardíaca congestiva, mostrando dilatação das cavidades ventriculares, afilamento da ponta do ventrículo esquerdo e do ventrículo direito, com trombose. Fonte: http://chagas.fiocruz.br/patologia/ o Perturbações neurológicas Fase crônica: baixa parasitemia → baixo igm e alto igg o Assintomático (50 por cento dos pacientes) o Sintomática Cardíaca o Insuficiência cardíaca congestiva o Cardiomegalia o Arritmias e fenômenos tromboembólicos o Dispneia aos esforços o Insônia o Congestão visceral o Edema de membros Digestiva o Megaesôfago e megacólon (Hipertofria muscular e consequentemente dilatação e perda da motilidade) Lesões no cólon o Constipação o Obstrução intestinal o Distenção do abdômen o Perfuração Lesões no esôfago o Dificuldade de deglutição 4 o Tendência de regurgitação o Dor epigástrica o Soluços o Intensa salivação o Emagrecimento o Constipação Diagnóstico Fase aguda ( alta parasitemia) o Parasitologia de sangue o Hemocultura o Xenodiagnóstico o Testes sorológicos (ifi, elisa) o Métodos moleculares Fase crônica o Hemocultura o Cultura in vitro o Xenodiagnóstico o Testes sorológicos (IFI, ELISA, HAI) o Métodos moleculares Tratamento Fase aguda Benznidazol Lampit ✓ Altas chances de cura Profilaxia ✓ Uso de inseticidas ✓ Melhores condições de habitação ✓ Educação sanitária ✓ Tratamento dos doentes ✓ Controle da transmissão congênita ✓ Controle dos doadores de sangue 5 6
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