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] Análise Crítica do Documentário Justiça no Brasil – Maria Augusta Ramos PSICOLOGIA PROFESSORA Carla Aluna Adriana R Azevedo 18/04/2015 O documentário Justiça, como o próprio nome diz, busca demonstrar a realidade da sociedade brasileira, utilizando, para isso, as lentes dos Tribunais, local onde a justiça teoricamente se executa. Ao contrário do que costumeiramente se imagina sobre a obra, a autora não quis demonstrar a realidade dos Tribunais em nosso país, o que acabou ocorrendo de modo paralelo. Nas próprias palavras de Maria Augusta Ramos, “o filme não é sobre o Judiciário ou sobre o sistema penal em si. É um filme que retrata a realidade brasileira através do Judiciário” (2004).. O documentário conta com a participação de três réus, três juízes, uma defensora pública e duas promotoras de justiça. Durante as filmagens, a maioria deles tem exposta as suas vidas profissionais e pessoais, exceto alguns dos juízes e as promotoras de justiça, que apenas aparecem nas audiências de instrução e julgamento, permanecendo caladas durante toda a filmagem. Nota-se a triste realidade de inúmeras famílias com condição social e financeira menos favorecidas. Mães que criam seus filhos na maioria das vezes sozinhas, e sem condições de dar a eles uma educação adequada por vários motivos. Indivíduos sem estruturas sóciais e psicológicas, sem recursos financeiros para contratar um bom advogado, ficam à “mercê” da justiça, que na maioria das vezes olha com desdém os menos favorecidos. Em contra partida, vemos a atuação da Defensoria Pública, que mesmo tendo conhecimento de que o réu é culpado, ainda assim compactua com ele na omissão dos fatos buscando inocentá-lo.
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