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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA Fichamento de Estudo de Caso xxxxxxxxxxxx Trabalho da disciplina, Economia Empresarial, Tutor: Prof. Xxxxxxxxxxxxx Fortaleza/CE 2018 2 Estudo de Caso de Harvard: Reposicionando a Ranbaxy REFERÊNCIA: BRUNS, WJ JR.; Reposicionando a Ranbaxy. Harvard Business School, 707 – P 01, 1998. Os Laboratórios Ranbaxy Ltda, começaram a operar em 1962 no ramo farmacêutico e em meados dos anos 80, tornara-se uma das dez maiores empresas farmacêuticas na Índia. Desde 1993 tinha como CEO o Dr. Parvinder Singh que tinha metas ambiciosas para a companhia, como por exemplo, torna-la uma empresa farmacêutica internacional voltada para a pesquisa, com vendas em US$ 1 bilhão até 2003. No segundo semestre de 1995, os Laboratórios Ranbaxy Ltda. foram premiados pelo excelente desempenho nas exportações, na área de pesquisa e no âmbito geral entre as empresas indianas. Estas e outras homenagens refletiam a história de realizações da empresa no cenário farmacêutico nacional. O portfólio de produtos farmacêuticos da Ranbaxy era menor do que os de outros grandes concorrentes domésticos, e era constituído principalmente por drogas anti- infecciosas, responsáveis por cerca de 75% das vendas farmacêuticas da empresa e outros 10% eram atribuídos às drogas anti-úlcera e gastrointestinais. Recentemente, começou a destinar significativos recursos de marketing e pesquisa a outros grupos terapêuticos, principalmente às drogas cardiovasculares. A influencia do governo na formação e reajuste dos preços, gerava uma concorrência non price entre as empresas. Outra medida de regulamentação usada pelo governo eram as patentes dos processos, mas não os produtos o que o fazia com que as empresas investissem mais em engenharia reversa e não em desenvolvimento de novos produtos. Na busca de maior participação no mercado internacional, a empresa realizava alguns investimentos significativos em pesquisas, planta química, marketing, compra de fábricas de produção e alianças globais em países como Malásia, Tailândia, China, Canadá, Estado 3 Unidos e Irlanda. A sua capacidade de produção era concentrada na Índia, onde produzia os produtos farmacêuticos em quatro plantas químicas e finalizava planos para uma quinta planta em parceria com uma importante companhia farmacêutica norte-americana chamada Eli Lilly. Em 1995, a Ranbaxy gastava Rs. 366 milhões em pesquisa e desenvolvimento (P&D). Este número representava 5% de suas vendas, comparado com uma média (ponderada) de 2% e uma mediana de 1% para seus 20 maiores concorrentes farmacêuticos indianos. As atividades de P&D da Ranbaxy, concentradas na Índia, empregavam 321 pessoas, das quais 239 eram cientistas, e incluíam um novo centro para pesquisas aplicadas e de desenvolvimento, uma unidade clínica e um laboratório para pesquisas básicas. A expectativa a longo prazo era de que a Ranbaxy desenvolvesse novas drogas através de pesquisa básica, para a qual 20% do orçamento de P&D eram destinados. O marketing também era um setor da Ranbaxy que tinha grandes investimentos. As dez maiores marcas da Ranbaxy estavam entre as 250 maiores marcas da Índia e correspondiam a 68% de seu faturamento doméstico de medicamentos, três dos quais - Sporidex, Roscillin e Cifran — estavam entre os dez mais vendidos da Índia. Estes medicamentos eram responsáveis por 15% a 30% das vendas de suas respectivas categorias e, juntos, tornaram a Ranbaxy líder na categoria de anti-infecciosos de seu país. Como outras grandes companhias farmacêuticas indianas, a Ranbaxy possuía aproximadamente 800 representantes de venda de remédios, em horário integral. Duas novas subunidades tinham sido recentemente criadas dentro desta estrutura de venda para direcionar o foco a outras drogas além das anti-infecciosas. Além disso, por volta de 200 vendedores eram contratados, em tempo integral, pela Eli Lilly-Ranbaxy, para vender seus produtos na Índia. Entre os anos de 1985 e 1995, os lucros da Ranbaxy aumentaram em 30 vezes, ultrapassando a marca de Rs. 1 bilhão — duas vezes mais que seus principais concorrentes. Sua relação preço/lucro, de 25, era aproximadamente o dobro de muitos concorrentes domésticos. Além disso, a capitalização de mercado de Rs. 28 bilhões colocava a Ranbaxy na 16ª posição entre todas as companhias indianas. Lucros saudáveis e taxas de retenção acima de 80% ajudavam a alimentar o apetite da Ranbaxy por recursos. 4 V.K. Kaul, principal executivo financeiro da Ranbaxy, estipulava que um retomo de 16% sobre investimentos seria razoável como objetivo global Esperava-se que especificamente os investimentos em países desenvolvidos, tivessem períodos de retorno relativamente longos, com benefícios financeiros ocorrendo apenas depois de 1998 ou 1999. A curto e médio prazos, esperava-se que os mercados indiano, chinês e russo, juntos com a venda de princípios ativos, gerassem a maior parte do fluxo de caixa da empresa. Vários operadores de mercado previam que as vendas e os lucros da Ranbaxy podiam crescer a taxas anuais de, respectivamente, 20% a 25% e de 30% a 35%, ao longo de 1998. Apesar de sentir-se orgulhoso com as conquistas de sua empresa, Dr Singh estava de olho no futuro, e acreditava que muita coisa ainda precisa ser feita para a Ranbaxy fortalecer seus empreendimentos internacionais sem sacrificar sua posição doméstica. Mudanças em comportamentos e sistemas de gerenciamento, com claras comunicações interna e externa, informações precisas, planejamento flexível e respostas rápidas. Local: Biblioteca virtual.
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