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Bens Públicos – II
DIREITO ADMINISTRATIVO
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BENS PÚBLICOS – II
O arquipélago de Fernando de Noronha, um conjunto de ilhas distantes da 
costa, é, por disposição constitucional, pertencente ao Estado de Pernambuco. 
Art. 20 da Constituição Federal (CF)
V – os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclu-
siva; 
VI – o mar territorial;
VII – os terrenos de marinha e seus acrescidos; 
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A partir da linha de base, as 12 milhas pertencem ao mar territorial como se 
fizessem parte do território brasileiro.
A partir da linha de base até as 200 milhas, situa-se a Zona Econômica Exclu-
siva (ZEE). Todos os recursos existentes nessas 200 milhas pertencem ao Brasil.
Tudo o que compõe o solo ou o subsolo pertence à plataforma continental, 
onde, por exemplo, se encontra a camada do pré-sal, que também pertence ao 
Brasil.
A partir da praia, existe uma faixa de 33 metros chamada de terrenos da 
Marinha, que pertencem à União e onde não são permitidas edificações. Há um 
projeto em trânsito no Congresso Nacional no sentido de atribuir essa faixa de 
33 metros ao longo da costa brasileira para os municípios, já que a impossibili-
dade de uma guerra marítima retirou dessa faixa a potencialidade como terreno 
de segurança nacional. 
Quem hoje reside nesse terreno de marinha possui apenas o usufruto. O 
morador paga IPTU para o município e uma taxa anual para a União.
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VIII – os potenciais de energia hidráulica;
IX – os recursos minerais, inclusive os do subsolo;
X – as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-histó-
ricos; 
XI – as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
Os índios possuem apenas o usufruto vitalício das terras. 
§ 2º A faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras 
terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para 
defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.
Os bens que se encontrem na denominada faixa de fronteira (150 km de lar-
gura) não pertencem apenas à União, pertencem a Estados, Municípios e a par-
ticulares, mas é considerada fundamental para a defesa do território nacional. 
B) Estados/estaduais
Art. 26 da CF 
Incluem-se entre os bens dos Estados:
I – as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, res-
salvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, ex-
cluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.
C) Municípios/municipais não foram contemplados com qualquer artigo espe-
cial da CF, mas os municípios são donos dos bens dentro dos seus limites terri-
toriais, desde que não pertencentes à União ou aos Estados. 
2) Uso
Os bens públicos podem ter dois tipos de uso: 
A) Bem de uso comum do povo – são aqueles destinados ao uso comum 
e geral de toda a comunidade, tais como os rios, os mares, as estradas, ruas e 
praças;
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B) Bem de uso especial – destinam-se à prestação do serviço administra-
tivo, exemplo: os edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento 
da Administração. São bens vinculados ao exercício de alguma atividade admi-
nistrativa ou ao uso especial coletivo. São os veículos oficiais, prédios públi-
cos onde funcionam repartições administrativas, bibliotecas públicas, museus e 
outros locais de acesso aberto ao público.
C) Bens dominicais ou dominiais – constituem o patrimônio disponível 
das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal ou real, 
de cada uma das entidades. São caracterizados por não possuir uma des-
tinação específica. Compreendem os bens móveis ou imóveis, corpóreos ou 
incorpóreos. São, por exemplo, as terras devolutas, os terrenos de marinha e 
seus acrescidos e os terrenos reservados (marginais) e acrescidos quando não 
vinculados a destino público específico.
Atenção!
Os bens de uso comum do povo e os de uso especial são bens públicos com 
destinação pública específica (afetados) e, portanto, são inalienáveis enquanto 
conservarem essa qualificação, na forma em que a lei dispuser.
Os bens dominicais, por não terem destinação específica, podem ser alienados 
desde que respeitadas as exigências legais. No caso de bens imóveis – art. 17, 
I, da Lei n. 8.666/1993.
A afetação é o ato ou fato através do qual um bem, não vinculado a um fim 
específico, passa a sofrer destinação ao fim público, tornando-se bem de uso 
comum do povo ou de uso especial.
A desafetação ocorre por meio de ato em que um determinado bem vinculado 
ao uso coletivo ou ao uso especial tem suprimida essa destinação pública.
���Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Gustavo Scatolino.