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Temas de Direito Processual do Trabalho para Redação e Estudo de Caso O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 1 www.cursoenfase.com.br Olá, seja bem-vindo ao Curso Ênfase. Estamos aqui para oferecer ensino com qualidade e excelência. Lembre que não é permitida a divulgação, reprodução, cópia, distribuição, comercialização, rateio ou compartilhamento, oneroso ou gratuito, de aulas e materiais, ficando a pessoa sujeita às sanções cíveis e penais. Confiamos em Você!!! Temas de Direito Processual do Trabalho para Redação e Estudo de Caso O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 2 www.cursoenfase.com.br SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3 2. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA .................................................................................. 3 3. HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO E MANDADO DE SEGURANÇA ............................... 4 4. CUSTAS .............................................................................................................. 4 5. HONORÁRIOS .................................................................................................... 5 6. BREVES OBSERVAÇÕES SOBRE A REFORMA TRABALHISTA E SUA INCIDÊNCIA NAS PROVAS ..................................................................................................................... 6 Temas de Direito Processual do Trabalho para Redação e Estudo de Caso O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 3 www.cursoenfase.com.br 1. INTRODUÇÃO O professor abordará alguns temas que apresentam grandes possibilidades de ser objeto de uma prova dissertativa, alertando que a vídeo aula foi gravada após a sanção da reforma trabalhista, e que a banca examinadora, obviamente, enfrentará esse tema nas provas, pois o estudo de caso exige do candidato raciocínio jurídico e atualizado, seja em direito material ou processual. A reforma trabalhista alterou bastante a CLT, mais no campo do direito material, do que no direito processual, sendo de suma importância o conhecimento das alterações promovidas. Considerando que a disciplina trata de estudo de casos do direito processual do trabalho, o professor passa à análise de algumas questões. 2. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA Considere que, em uma reclamação trabalhista, o juiz tenha concedido, na sentença, a antecipação da tutela e que o advogado da empresa reclamada tenha interposto recurso ordinário contra essa decisão. Nessa situação, caso se objetive a concessão de efeito suspensivo ao recurso ordinário interposto, que providência deve ser tomada? A questão é trazida propositalmente para alertar a respeito da mudança de jurisprudência trazida pelo TST em relação a sumula 414. Atualmente, a sistemática é diferente da época da questão. Quando a questão foi cobrada, a resposta era um pouco diferente do que é hoje. Anteriormente, a forma de se buscar efeito suspensivo ao recurso era através da ação cautelar. Inspirada no novo CPC de 2015, a súmula 414 do TST foi alterada em abril de 2017: Súmula nº 414 do TST MANDADO DE SEGURANÇA. TUTELA PROVISÓRIA CONCEDIDA ANTES OU NA SENTENÇA (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res. 217/2017 - DEJT divulgado em 20, 24 e 25.04.2017 I – A tutela provisória concedida na sentença não comporta impugnação pela via do mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. É admissível a obtenção de efeito suspensivo ao recurso ordinário mediante requerimento dirigido ao tribunal, ao relator ou ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, por aplicação subsidiária ao processo do trabalho do artigo 1.029, § 5º, do CPC de 2015. II – No caso de a tutela provisória haver sido concedida ou indeferida antes da sentença, cabe mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio. Temas de Direito Processual do Trabalho para Redação e Estudo de Caso O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 4 www.cursoenfase.com.br III – A superveniência da sentença, nos autos originários, faz perder o objeto do mandado de segurança que impugnava a concessão ou o indeferimento da tutela provisória. O item I da súmula diz claramente que é possível ter o requerimento do efeito suspensivo no próprio recurso ordinário. Portanto, atualmente, não há mais a necessidade, como havia anteriormente, de se ajuizar uma ação cautelar para obter efeito suspensivo ao recurso. O professor chama a atenção do aluno para estar ciente das novidades legislativas. 3. HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO E MANDADO DE SEGURANÇA Juliana e a Empresa Maltus pactuaram acordo para resolução de reclamação trabalhista. Formalizaram o acordo por escrito e encaminharam petição ao juiz, com cópia de acordo em anexo, formulando pedido de homologação. O juiz, contudo, não homologou o acordo. Marcos, advogado de Juliana, então, impetrou mandado de segurança contra o juiz, pleiteando a homologação do acordo via concessão do mandado de segurança. Segundo entendimento do TST, será concedida a segurança? A súmula 418 do TST dizia que era faculdade do juiz a concessão da liminar ou da homologação de acordo, não cabendo mandado de segurança por inexistência de violação a direito líquido e certo. No entanto, posteriormente, a súmula foi alterada para retirar a concessão da liminar, restando tão somente a homologação do acordo. Súmula nº 418 do TST MANDADO DE SEGURANÇA VISANDO À HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res. 217/2017 - DEJT divulgado em 20, 24 e 25.04.2017 A homologação de acordo constitui faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via do mandado de segurança. Portanto, por incidência da súmula 418 do TST, o juiz não está obrigado a homologar acordo, não cabendo mandado de segurança contra essa decisão. 4. CUSTAS CLT, Art. 789. Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas propostas perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e o máximo de Temas de Direito Processual do Trabalho para Redação e Estudo de Caso O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 5 www.cursoenfase.com.br quatro vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geralde Previdência Social, e serão calculadas:1 A redação anterior do art. 789 da CLT não fazia menção ao teto máximo para o pagamento das custas, mas apenas trazia a referência ao limite mínimo de 2%, observado o mínimo de R$ 10,64. O professor recomenda uma simples leitura dos demais incisos do referido artigo, que permaneceram inalterados, sem a necessidade de memorizar para a prova. 5. HONORÁRIOS Primeiro, é importante distinguir os honorários contratuais dos sucumbenciais. Os honorários contratuais são aqueles firmados entre o cliente e o advogado de acordo com o que ele estipularem. Já, quanto aos honorários sucumbenciais, a súmula 219 do TST que diz que na Justiça do Trabalho não incidem honorários de sucumbência, salvo se a parte fosse assistida pelo sindicato e detentora da gratuidade de justiça. Isso é interessante porque na redação anterior da súmula 219 do TST havia um limite de 15% (quinze por cento) para a condenação em honorários de sucumbência. Com o advento do CPC de 2015, essa súmula foi alterada para que os honorários sucumbenciais sejam devidos até o limite de 20%. Súmula nº 219 do TST HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CABIMENTO (alterada a redação do item I e acrescidos os itens IV a VI em decorrência do CPC de 2015) - Res. 204/2016, DEJT divulgado em 17, 18 e 21.03.2016 I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte, concomitantemente: a) estar assistida por sindicato da categoria profissional; b) comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família. (art.14,§1º, da Lei nº 5.584/1970). (ex-OJ nº 305da SBDI-I). II - É cabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação rescisória no processo trabalhista. III – São devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente sindical figure como substituto processual e nas lides que não derivem da relação de emprego. IV – Na ação rescisória e nas lides que não derivem de relação de emprego, a responsabilidade pelo pagamento dos honorários advocatícios da sucumbência submete- se à disciplina do Código de Processo Civil (arts. 85, 86, 87 e 90). 1. Essa é a nova redação promovida pela reforma trabalhista já sancionada, que entrará em vigor. Temas de Direito Processual do Trabalho para Redação e Estudo de Caso O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 6 www.cursoenfase.com.br V - Em caso de assistência judiciária sindical ou de substituição processual sindical, excetuados os processos em que a Fazenda Pública for parte, os honorários advocatícios são devidos entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa (CPC de 2015, art. 85, § 2º). VI - Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, aplicar-se-ão os percentuais específicos de honorários advocatícios contemplados no Código de Processo Civil. Portanto, não cabia honorários de sucumbência na Justiça do Trabalho, salvo se a parte tivesse assistência do sindicato e fosse detentora da gratuidade da justiça, no limite de 15%. Pois bem, a súmula 219 do TST foi modificada para alterar somente o limite dos honorários sucumbenciais de 15% para 20%, quando couberem, nos mesmos termos do que já existia anteriormente (parte assistida por advogado e detentora da gratuidade da justiça). Posteriormente, a reforma trabalhista traz o art. 791-A da CLT com a seguinte redação: CLT, Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.2 Portanto, da leitura do dispositivo é possível concluir que a Justiça do Trabalho passou a permitir os honorários sucumbenciais como regra geral, e não somente nas hipóteses anteriormente previstas (quando a parte era assistida pelo sindicato e fosse detentora da justiça gratuita). 6. BREVES OBSERVAÇÕES SOBRE A REFORMA TRABALHISTA E SUA INCIDÊNCIA NAS PROVAS Importante atentar que se o edital do concurso é publicado no período de vacância da reforma trabalhista, pois as alterações promovidas nos artigos ainda não estão vigendo no ordenamento jurídico, logicamente deve-se adotar a legislação anterior (em vigor). Agora, se o edital é publicado após o período da vacância legislativa, certamente a reforma 2 Novo dispositivo trazido pela reforma trabalhista sancionada, que entrará em vigor. Temas de Direito Processual do Trabalho para Redação e Estudo de Caso O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 7 www.cursoenfase.com.br trabalhista será objeto de prova, até porque as bancas examinadoras preferem trabalhar com as novidades legislativas. Na época de transição do CPC de 73 para o CPC de 2015, algumas provas faziam um comparativo de regras. As questões podem misturar temas de direito do trabalho e processual do trabalho, como pode acontecer em alguma questão relativa à prescrição, por exemplo, ou questão relacionada ao negociado sobre o legislado, sendo esse tema o ponto principal da reforma trabalhista, que delimita o que poderá ser discutido no âmbito da justiça do trabalho. Portanto, o professor recomenda que o candidato esteja dominando os pontos objeto da reforma, além do conhecimento do ordenamento jurídico ainda vigente. A reforma traz o que vinha sendo discutido na ADPF 323, que discutia a ultratividade da súmula 277 do TST, determinando que as regras de acordo ou convenção coletiva têm prazo máximo de vigência de dois anos, não havendo que se falar em ultratividade. A inovação legislativa trouxe solução para uma pergunta que era bem antiga. Súmula nº 277 do TST CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO OU ACORDO COLETIVO DE TRABALHO. EFICÁCIA. ULTRATIVIDADE (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 As cláusulas normativas dos acordos coletivos ou convenções coletivas integram os contratos individuais de trabalho e somente poderão ser modificadas ou suprimidas mediante negociação coletiva de trabalho. A reforma trabalhista disciplinou a respeito da dispensa coletiva, situação que, assim como a dispensa individual, era muito criticada no Brasil pela falta de sua regulamentação. Com a reforma, não há mais a necessidade de participação do sindicato para que a dispensa coletiva seja levada a efeito. Outro tema muito importante, objeto da reforma, diz respeito ao preposto na Justiça do Trabalho, permitindo que ele não seja, necessariamente, empregado da empresa. O art. 775 da CLT que trata dos prazos, também sofreu mudança com a reforma trabalhista. A reforma trabalhista, também, trouxe a desnecessidade de homologar a rescisão do contrato de trabalho na Justiça do Trabalho, quando o contrato já tem período superiora um ano. Em suma, por mais que o edital preveja expressamente que somente serão objeto de prova a CLT de 1943 com alterações posteriores, mas anteriormente à reforma de 2017, é importante o candidato estar ciente da mudança na legislação trabalhista e que tenha uma Temas de Direito Processual do Trabalho para Redação e Estudo de Caso O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 8 www.cursoenfase.com.br ideia efetiva de comparativo entre o antes e o depois, o que pode ser objeto de questionamento. Outro ponto da reforma trabalhista importante diz respeito à quitação anual feita pelo empregado ao empregador. O tema da terceirização pode ser cobrado no âmbito do direito material do trabalho. A questão referente à jornada de trabalho é um dos principais pontos da reforma trabalhista. A reforma traz, ainda, mudanças na remuneração, conceito de grupo econômico e férias. O professor aposta muito, como questão de prova, nas custas e honorários sucumbenciais, porque sofreram alterações recentes na CLT, antes mesmo da reforma trabalhista de 2017. O art. 896 da CLT, que trata do recurso de revista, também sofreu alterações com a reforma, tema esse muito apreciado pelas bancas, de importante leitura. Agora, não obstante à reforma, é possível que a banca opte por cobrar os assuntos tradicionais, como execução, audiência, e outros.
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