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Temas de Direito Processual do Trabalho para Redação e Estudo de Caso 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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 Temas de Direito Processual do Trabalho para Redação e Estudo de Caso 
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SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3 
2. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA .................................................................................. 3 
3. HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO E MANDADO DE SEGURANÇA ............................... 4 
4. CUSTAS .............................................................................................................. 4 
5. HONORÁRIOS .................................................................................................... 5 
6. BREVES OBSERVAÇÕES SOBRE A REFORMA TRABALHISTA E SUA INCIDÊNCIA 
NAS PROVAS ..................................................................................................................... 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Temas de Direito Processual do Trabalho para Redação e Estudo de Caso 
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1. INTRODUÇÃO 
O professor abordará alguns temas que apresentam grandes possibilidades de ser 
objeto de uma prova dissertativa, alertando que a vídeo aula foi gravada após a sanção da 
reforma trabalhista, e que a banca examinadora, obviamente, enfrentará esse tema nas 
provas, pois o estudo de caso exige do candidato raciocínio jurídico e atualizado, seja em 
direito material ou processual. 
A reforma trabalhista alterou bastante a CLT, mais no campo do direito material, do 
que no direito processual, sendo de suma importância o conhecimento das alterações 
promovidas. 
Considerando que a disciplina trata de estudo de casos do direito processual do 
trabalho, o professor passa à análise de algumas questões. 
 
2. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA 
Considere que, em uma reclamação trabalhista, o juiz tenha concedido, na sentença, a 
antecipação da tutela e que o advogado da empresa reclamada tenha interposto recurso 
ordinário contra essa decisão. Nessa situação, caso se objetive a concessão de efeito 
suspensivo ao recurso ordinário interposto, que providência deve ser tomada? 
A questão é trazida propositalmente para alertar a respeito da mudança de 
jurisprudência trazida pelo TST em relação a sumula 414. Atualmente, a sistemática é 
diferente da época da questão. Quando a questão foi cobrada, a resposta era um pouco 
diferente do que é hoje. 
Anteriormente, a forma de se buscar efeito suspensivo ao recurso era através da 
ação cautelar. 
Inspirada no novo CPC de 2015, a súmula 414 do TST foi alterada em abril de 2017: 
Súmula nº 414 do TST 
MANDADO DE SEGURANÇA. TUTELA PROVISÓRIA CONCEDIDA ANTES OU NA SENTENÇA 
(nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res. 217/2017 - DEJT divulgado em 20, 
24 e 25.04.2017 
I – A tutela provisória concedida na sentença não comporta impugnação pela via do 
mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. É admissível a 
obtenção de efeito suspensivo ao recurso ordinário mediante requerimento dirigido ao 
tribunal, ao relator ou ao presidente ou ao vice-presidente do 
tribunal recorrido, por aplicação subsidiária ao processo do trabalho do artigo 1.029, § 
5º, do CPC de 2015. 
II – No caso de a tutela provisória haver sido concedida ou indeferida antes da sentença, 
cabe mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio. 
 Temas de Direito Processual do Trabalho para Redação e Estudo de Caso 
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III – A superveniência da sentença, nos autos originários, faz perder o objeto do 
mandado de segurança que impugnava a concessão ou o indeferimento da tutela 
provisória. 
 O item I da súmula diz claramente que é possível ter o requerimento do efeito 
suspensivo no próprio recurso ordinário. Portanto, atualmente, não há mais a necessidade, 
como havia anteriormente, de se ajuizar uma ação cautelar para obter efeito suspensivo ao 
recurso. 
O professor chama a atenção do aluno para estar ciente das novidades legislativas. 
 
3. HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO E MANDADO DE SEGURANÇA 
Juliana e a Empresa Maltus pactuaram acordo para resolução de reclamação trabalhista. 
Formalizaram o acordo por escrito e encaminharam petição ao juiz, com cópia de 
acordo em anexo, formulando pedido de homologação. O juiz, contudo, não homologou 
o acordo. Marcos, advogado de Juliana, então, impetrou mandado de segurança contra 
o juiz, pleiteando a homologação do acordo via concessão do mandado de segurança. 
Segundo entendimento do TST, será concedida a segurança? 
A súmula 418 do TST dizia que era faculdade do juiz a concessão da liminar ou da 
homologação de acordo, não cabendo mandado de segurança por inexistência de violação a 
direito líquido e certo. 
No entanto, posteriormente, a súmula foi alterada para retirar a concessão da 
liminar, restando tão somente a homologação do acordo. 
 
Súmula nº 418 do TST 
MANDADO DE SEGURANÇA VISANDO À HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO (nova redação em 
decorrência do CPC de 2015) - Res. 217/2017 - DEJT divulgado em 20, 24 e 25.04.2017 
A homologação de acordo constitui faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certo 
tutelável pela via do mandado de segurança. 
Portanto, por incidência da súmula 418 do TST, o juiz não está obrigado a homologar 
acordo, não cabendo mandado de segurança contra essa decisão. 
 
4. CUSTAS 
CLT, Art. 789. Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e 
procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas 
propostas perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas 
relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), 
observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e o máximo de 
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quatro vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geralde Previdência Social, e 
serão calculadas:1 
A redação anterior do art. 789 da CLT não fazia menção ao teto máximo para o 
pagamento das custas, mas apenas trazia a referência ao limite mínimo de 2%, observado o 
mínimo de R$ 10,64. 
O professor recomenda uma simples leitura dos demais incisos do referido artigo, 
que permaneceram inalterados, sem a necessidade de memorizar para a prova. 
 
5. HONORÁRIOS 
Primeiro, é importante distinguir os honorários contratuais dos sucumbenciais. Os 
honorários contratuais são aqueles firmados entre o cliente e o advogado de acordo com o 
que ele estipularem. 
Já, quanto aos honorários sucumbenciais, a súmula 219 do TST que diz que na Justiça 
do Trabalho não incidem honorários de sucumbência, salvo se a parte fosse assistida pelo 
sindicato e detentora da gratuidade de justiça. Isso é interessante porque na redação 
anterior da súmula 219 do TST havia um limite de 15% (quinze por cento) para a condenação 
em honorários de sucumbência. Com o advento do CPC de 2015, essa súmula foi alterada 
para que os honorários sucumbenciais sejam devidos até o limite de 20%. 
Súmula nº 219 do TST 
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CABIMENTO (alterada a redação do item I e acrescidos os 
itens IV a VI em decorrência do CPC de 2015) - Res. 204/2016, DEJT divulgado em 17, 18 
e 21.03.2016 
I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios não 
decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte, concomitantemente: a) 
estar assistida por sindicato da categoria profissional; b) comprovar a percepção de 
salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que 
não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família. 
(art.14,§1º, da Lei nº 5.584/1970). (ex-OJ nº 305da SBDI-I). 
II - É cabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação rescisória 
no processo trabalhista. 
III – São devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente sindical figure 
como substituto processual e nas lides que não derivem da relação de emprego. 
IV – Na ação rescisória e nas lides que não derivem de relação de emprego, a 
responsabilidade pelo pagamento dos honorários advocatícios da sucumbência submete-
se à disciplina do Código de Processo Civil (arts. 85, 86, 87 e 90). 
 
1. Essa é a nova redação promovida pela reforma trabalhista já sancionada, que entrará em vigor. 
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V - Em caso de assistência judiciária sindical ou de substituição processual sindical, 
excetuados os processos em que a Fazenda Pública for parte, os honorários advocatícios 
são devidos entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da 
condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o 
valor atualizado da causa (CPC de 2015, art. 85, § 2º). 
VI - Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, aplicar-se-ão os percentuais 
específicos de honorários advocatícios contemplados no Código de Processo Civil. 
 
Portanto, não cabia honorários de sucumbência na Justiça do Trabalho, salvo se a 
parte tivesse assistência do sindicato e fosse detentora da gratuidade da justiça, no limite de 
15%. 
Pois bem, a súmula 219 do TST foi modificada para alterar somente o limite dos 
honorários sucumbenciais de 15% para 20%, quando couberem, nos mesmos termos do que 
já existia anteriormente (parte assistida por advogado e detentora da gratuidade da justiça). 
Posteriormente, a reforma trabalhista traz o art. 791-A da CLT com a seguinte 
redação: 
CLT, Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos 
honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo 
de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do 
proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado 
da causa.2 
 
Portanto, da leitura do dispositivo é possível concluir que a Justiça do Trabalho 
passou a permitir os honorários sucumbenciais como regra geral, e não somente nas 
hipóteses anteriormente previstas (quando a parte era assistida pelo sindicato e fosse 
detentora da justiça gratuita). 
 
6. BREVES OBSERVAÇÕES SOBRE A REFORMA TRABALHISTA E SUA INCIDÊNCIA 
NAS PROVAS 
Importante atentar que se o edital do concurso é publicado no período de vacância 
da reforma trabalhista, pois as alterações promovidas nos artigos ainda não estão vigendo 
no ordenamento jurídico, logicamente deve-se adotar a legislação anterior (em vigor). 
Agora, se o edital é publicado após o período da vacância legislativa, certamente a reforma 
 
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 Novo dispositivo trazido pela reforma trabalhista sancionada, que entrará em vigor. 
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trabalhista será objeto de prova, até porque as bancas examinadoras preferem trabalhar 
com as novidades legislativas. 
Na época de transição do CPC de 73 para o CPC de 2015, algumas provas faziam um 
comparativo de regras. As questões podem misturar temas de direito do trabalho e 
processual do trabalho, como pode acontecer em alguma questão relativa à prescrição, por 
exemplo, ou questão relacionada ao negociado sobre o legislado, sendo esse tema o ponto 
principal da reforma trabalhista, que delimita o que poderá ser discutido no âmbito da 
justiça do trabalho. 
Portanto, o professor recomenda que o candidato esteja dominando os pontos 
objeto da reforma, além do conhecimento do ordenamento jurídico ainda vigente. 
A reforma traz o que vinha sendo discutido na ADPF 323, que discutia a ultratividade 
da súmula 277 do TST, determinando que as regras de acordo ou convenção coletiva têm 
prazo máximo de vigência de dois anos, não havendo que se falar em ultratividade. A 
inovação legislativa trouxe solução para uma pergunta que era bem antiga. 
Súmula nº 277 do TST 
CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO OU ACORDO COLETIVO DE TRABALHO. EFICÁCIA. 
ULTRATIVIDADE (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada 
em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 
As cláusulas normativas dos acordos coletivos ou convenções coletivas integram os 
contratos individuais de trabalho e somente poderão ser modificadas ou suprimidas 
mediante negociação coletiva de trabalho. 
 
A reforma trabalhista disciplinou a respeito da dispensa coletiva, situação que, assim 
como a dispensa individual, era muito criticada no Brasil pela falta de sua regulamentação. 
Com a reforma, não há mais a necessidade de participação do sindicato para que a dispensa 
coletiva seja levada a efeito. 
Outro tema muito importante, objeto da reforma, diz respeito ao preposto na Justiça 
do Trabalho, permitindo que ele não seja, necessariamente, empregado da empresa. 
O art. 775 da CLT que trata dos prazos, também sofreu mudança com a reforma 
trabalhista. 
A reforma trabalhista, também, trouxe a desnecessidade de homologar a rescisão do 
contrato de trabalho na Justiça do Trabalho, quando o contrato já tem período superiora 
um ano. 
Em suma, por mais que o edital preveja expressamente que somente serão objeto de 
prova a CLT de 1943 com alterações posteriores, mas anteriormente à reforma de 2017, é 
importante o candidato estar ciente da mudança na legislação trabalhista e que tenha uma 
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ideia efetiva de comparativo entre o antes e o depois, o que pode ser objeto de 
questionamento. 
Outro ponto da reforma trabalhista importante diz respeito à quitação anual feita 
pelo empregado ao empregador. 
O tema da terceirização pode ser cobrado no âmbito do direito material do trabalho. 
A questão referente à jornada de trabalho é um dos principais pontos da reforma 
trabalhista. 
A reforma traz, ainda, mudanças na remuneração, conceito de grupo econômico e 
férias. 
O professor aposta muito, como questão de prova, nas custas e honorários 
sucumbenciais, porque sofreram alterações recentes na CLT, antes mesmo da reforma 
trabalhista de 2017. 
O art. 896 da CLT, que trata do recurso de revista, também sofreu alterações com a 
reforma, tema esse muito apreciado pelas bancas, de importante leitura. 
Agora, não obstante à reforma, é possível que a banca opte por cobrar os assuntos 
tradicionais, como execução, audiência, e outros.

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