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Direito Do Trabalho Contrato de trabalho Terminologia: Contrato de trabalho ou Contrato de emprego? Pode se usar as duas, são a mesma coisa. Conceito: O art. 442 da CLT traz a definição de contrato de trabalho: “Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego.” . Um contrato de trabalho deriva de um acordo. “É o negocio jurídico entre uma pessoa física (empregado) e uma pessoa física ou jurídica (empregador) sobre condições de trabalho” (MARTINS, idem, p.88). Características do contrato de trabalho: Bilateralidade: Significa que o contrato é firmado entre 2 partes (empregado e empregador) que conhecem os direitos e obrigações recíprocos que se equivalem. Consensual: O direito do trabalho brasileiro, principalmente no que tange o contrato de trabalho, é informal. Comutativo: De trato sucessivo: Está ligado a característica de ser consensual, costuma-se dizer que o contrato de trabalho se renova diariamente. Classificação do contrato de trabalho: Quanto à forma de celebração (Art. 443): Pode ser verbal ou escrito. Seja verbal ou por escrito, em sendo uma relação de emprego (com os requisitos), o empregador deve registrar o vínculo na CTPS do empregado. Quanto ao consentimento (Art. 443): Consentimento "tácito" é aquele que ocorre mesmo que a pessoa não externe, não exteriorize a sua vontade, que é identificada, observada em virtude do comportamento das partes. Quanto à regulamentação: Está ligado a “empregados especiais”, existem algumas normas especificas que dizem como alguns contratos devem ser feitos. Quanto ao prazo de duração: Existem dois tipos: por tempo determinado e por tempo indeterminado. Contrato indeterminado: É aquele em que as partes não ajustam o momento do seu término (BATISTUZO, FERNANDO). Lembrar que o contrato indeterminado está alinhado ao princípio da continuidade da relação de emprego, e que, quanto à duração do contrato, presume-se que tenha sido firmado por tempo indeterminado. Lembrar que ao final de um contrato, comparando-se o fim de um contrato indeterminado sem justa causa com o fim de um contrato determinado (que chega ao momento previamente ajustado), o fim do contrato indeterminado custa muito mais caro ao empregador que o determinado, por causa principalmente da multa dos 40% do FGTS e do aviso prévio! Em razão do princípio da continuidade da relação de emprego, a maioria dos contratos é por tempo indeterminado. Contrato determinado: Aqueles cuja duração temporal é preestabelecida desde o nascimento do pacto, estipulando como certa e previsível a data (“o momento”) de extinção da avença (DELGADO). No contrato determinado as partes, desde o momento do ajuste do contrato, sabem que ele vai acabar e quando vai acabar. Hipóteses de pactuação do contrato determinado (Art. 443, §2°, CLT): § 2º - O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando: a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; b) de atividades empresariais de caráter transitório; c) de contrato de experiência. OBS: Caso um empregador contrate um empregado por tempo determinado "fora" das hipóteses previstas "em lei", o contrato poderá (por causa de uma fiscalização ou por causa de um processo na justiça) ser convertido em tempo indeterminado, causando prejuízo financeiro ao empregador. A) Essa hipótese retrata a situação de uma empresa que funciona que atua o ano inteiro, mas que em algum momento precisará de mais empregados para atender a um aumento de demanda e o serviço a ser prestado pelos empregados será transitório. Isto é, a "transitoriedade" aqui, é do serviço do empregado, e não da atividade da empresa. B) Essa hipótese retrata a situação de uma empresa que não funciona, que não atua o ano inteiro, mas quando funcionar, contrata empregados por tempo determinado para trabalhar neste período de atividade. Isto é, aqui o que é transitória é a atividade da empresa, e não o serviço do empregado. C) Conceito de contrato de experiência: “Aquele destinado a permitir que o empregador, durante certo tempo, verifique as aptidões do empregado, tendo em vista a sua contratação por prazo INDETERMINADO” (MASCARO, idem, p.242). - Importante não confundir contrato de experiência com contrato de aprendizagem. O contrato de experiência também pode ser chamado de contrato de teste/período de teste. O contrato de experiência tem 2 objetivos: objetivo imediato e principal. Objetivo imediato: Analisar o empregado Objetivo principal: Converter, transformar e contratar o empregado por tempo indeterminado. O contrato de experiência não tem lei que fala que precisa ser por escrito, porém é preferível que seja por escrito pra evitar problemas. O prazo máximo de um contrato de experiência são 90 dias.. A prorrogação de um contrato indeterminado é possível desde que aconteça uma única vez e a soma dos dois períodos (inicial e prorrogado) não ultrapasse o prazo máximo (90 dias) sobre pena de o contrato, automaticamente, ser convertido em tempo indeterminado. Critérios de fixação do termo final dos contratos determinados (Art. 443, §1°, CLT). O critério mais utilizado nos contratos determinados é o termo prefixado, ou seja, colocar uma data. Sucessão contratual Não confundir esse ponto com prorrogação. Na "prorrogação", quando o termo final é prorrogado, no fim acabamos tendo um único contrato. Na “sucessão” teremos contratos diferentes. Este ponto, mais uma vez, tem tudo a ver com o principio da continuidade da relação de emprego - de o sistema privilegiar o contrato indeterminado. Art. 452 - Considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, dentro de 6 (seis) meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos. Extinção do contrato determinado antes do termo Final (arts. 479 e 480, clt): Exemplo para a explicação: Empregado contratado por 12 meses com salário de r$1.000,00 Com 3 meses após o início do contrato ele é rompido. Suspensão do contrato de trabalho e interrupção do contrato de trabalho: Não confundir com extinção do contrato, pois, tanto na suspensão como na interrupção o contrato não é extinto!! Suspensão do contrato de trabalho Definição: Cessação temporária e total da execução da prestação de serviços e total dos efeitos do contrato de trabalho (MARTINS, idem, p. 339) Ex: Intervalo intrajornada para almoço ou jantar Empregado com 08 horas de jornada de trabalho, com 01 hora de intervalo intrajornada 8H - 12H - INTERVALO - 13H - 17H Então, este intervalo é uma hipótese de suspensão do contrato de trabalho. Interrupção do contrato de trabalho Definição: Cessação temporária e total da execução da prestação de serviços e parcial dos efeitos do contrato de trabalho (MARTINS, idem, p. 339) Jornada de trabalho Art. 57 a 75, CLT – “Duração do trabalho”. Terminologia: “Duração de trabalho”: Quando quiser se referir a um período mais amplo. “Horário de trabalho”: Refere-se ao espaço de tempo compreendido entre o horário de inicio e fim da jornada, não se computando o período de intervalo. “Jornada de trabalho”: Quantidade de tempo que o empregado permanece á disposição do empregador em um dia de trabalho. Aguardando ou executando serviço = Ficar a disposição = Jornada de Trabalho = Direito a pagamento. Classificação da JT: Quanto à duração: É a jornada estabelecida para uma relação de empregoque pode decorrer de lei, norma coletiva, ou do contrato de emprego. Normal/Ordinária É a quantidade de tempo que ultrapassar a jornada normal. Quanto ao período a) Diurna: Entre 5h e 22hrs (art. 73, p.2 da CLT) b) Noturna: Entre 22hrs e 5h do outro dia. c) Mista: Se inicia em um período e acaba em outro. Quanto á profissão: Ex – telefonista (art. 227 – CLT, 06 HORAS) e Ex – bancário (art. 224 - CLT, 06 HORAS) e também Ex – advogado (empregado) – 04 horas se não for em dedicação exclusiva (lei 8.906/90) Prorrogação da jornada de trabalho (Art. 59, caput): Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. Esse ponto, então, se refere as horas extras. EX: Empregado com JT normal contratual de 07 horas - seu horário de trabalho é 8h00 - 12h00 - 13h00 - 16h00 Então, neste caso, e segundo o caput, poderia trabalhar até as 18h00, e teria trabalhado em 02 horas extras. OBS: Na prorrogação da JT, o empregado obrigatoriamente deve receber (é um direito seu) adicional de hora extra por cada período de jornada extraordinária (hora extra), ou seja, 16 minutos, 31 minutos, 01 hora, 01 hora e 27 minutos, 02 horas...etc... Limite diário da prorrogação: Máximo de 02 horas além da normal (sempre considerando a normal!!!!!) Forma de ajuste da JT: “(...) É o ajuste de vontade feito pelas partes para que a jornada de trabalho possa ser estabelecida além do limite legal, mediante o pagamento de adicional de horas extras (...)” (MARTINS idem, p. 520). - Acordo individual entre empregador e empregado (sem a participação do sindicato) - Acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho Com relação ao acordo individual, percebam que a CLT não exige a forma escrita, isto é, o ajuste pode ser verbal, e também tácito. Compensação da jornada de trabalho (art. 7º, xiii, cf; art. 59, pars. 2º, 5º e 6º, clt; s. 85, tst): Definição: “(...) Ajuste feito entre empregado e empregador para que o primeiro trabalhe mais horas em determinado dia para prestar serviços em número de horas inferior ao normal em outros dias.” (martins, idem, p. 525) – “acordo pelo qual as horas excedentes das normais prestadas num dia são deduzidas em outros dias, ou as horas não trabalhadas são futuramente repostas” (mascaro, idem, p. 298) ART. 59, § 2o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. OBS: Existindo na empresa o "regime", o sistema de compensação de jornada, as horas trabalhadas a mais, além da normal (ou seja, as horas extras), não serão pagas com o adicional de hora extra (empregado não tem direito). Lembrete (mantra): "nem sempre que o empregado fizer hora extra, automaticamente receberá adicional de hora extra". Ex: Na compensação de JT. Limite da duração da compensação: 10 horas diárias. - Limite diário de 10 horas: Se passar recebe hora extra. Duração máxima da compensação em uma jornada: Clássica ou tradicional. Deve ser estabelecido o tempo da duração (limite observado) e por semana não poderá ultrapassar 44 horas Semanal: 220hrs. Forma de ajuste da compensação: Art. 59, 2°, 5°, 6° A forma de ajuste varia confirme varia a compensação. Par. 6° - Compensação com duração máxima de 1 mês, estabelecida por acordo individual, tácito ou escrito ou verbal → Não tem participação do sindicato (empregado e empregador apenas). Par. 5° - Para a compensação superior a 1 mês e até 6 meses, acordo individual por escrito. Se não for escrito perde a validade!!! Para a compensação de 6 meses a 1 ano, acordo individual ou coletivo. Empregados excluídos do regime da jornada de trabalho (Art. 62 – CLT) O art. 62 trata dos empregados que não tem como fixar uma jornada ou que se fixarem atrapalha o rendimento dos mesmos. Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados; II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. III - os empregados em regime de teletrabalho. Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento). I – São os “empregados externos” II – Só se enquadra quem REALMENTE é gerente, quem tem autonomia na gestão. Hora extra São as horas prestadas além da jornada normal e que devem ser remuneradas com adicional (se não for caso de compensação de jornada). Valor da hora extra: Por previsão constitucional (art. 7°, XVI, da CF), é de no mínimo 50% a mais sobre o valor da hora normal. Cálculo da hora extra: Importante: Pra quem for contratado por 8 horas de jornada, o divisor é 220. 1° passo: Saber o valor da hora normal. EX: O calculo é o valor do salário dividido por 220. 2° passo: Acrescentar o adicional/normal. Intervalo para descanso: Objetivo do intervalo: Recomposição física e mental. Tipos de intervalo: Intervalo intrajornada: É o intervalo durante/dentro da jornada. Intervalo interjornada (art. 66, CLT): É aquele que ocorre entre uma jornada e outra de trabalho”. (GARCIA, idem, p. 600). Cuidado: Não digam que "é o intervalo entre um dia e outro de trabalho", porque nem sempre é assim. Ex: JT 08 horas - 8h - 12h - 13h - 17h. Art. 66 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso. OBS: A aplicação deste artigo deve ocorrer sempre no caso concreto, considerando o horário em que o empregado efetivamente encerrou sua JT e não o horário "em abstrato". Intervalo não concedido ou suprimido: O período não gozado será pago como hora extra. Jornada noturna (Art. 73, CLT) Já vimos que a JT noturna se compreende entre as 22h00 de um dia e as 05h00 do outro dia (73, par. 2º). Vamos lembrar que já falamos que quem trabalha em JT noturna tem direito a adicional noturno Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. Valor do adicional noturno: No mínimo 20% a mais sobre o valor da hora diurna (normal) de trabalho. Por que se paga adicional na jornada noturna? R: Por se entender que o trabalho em JT noturna é uma situação "mais gravosa" em comparação ao trabalho em JT diurna. Como o trabalho noturno é inafastável, o que resta é compensar em dinheiro o mais desgaste (a situação mais gravosa). A “hora reduzida” na jornada noturna (Art. 73, par. 1°). § 1º A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 segundos. JT noturna do empregado rural Zona rural – art. 7°, lei 5.889/73 – 21h00 até 05h00 (lavoura) e 20h00 até 04h00 (pecuária). Capítulo novo Repouso semanal remunerado (Arts. 7°, XV, CF, 67 a 70, CLT e L. 605/49) Terminologia: “Repouso semanal remunerado”; “RSR”; “Descanso semanal remunerado”; “DSR”; “Repousohebdomadário” (semana); “Folga semanal”; “Descanso semanal”; etc... A mais usada é a conhecida “folga semanal”. Definição: “(...) Lapso temporal de 24 horas consecutivas situado entre os módulos semanais de duração do trabalho do empregado, coincidindo preferencialmente com o domingo, em que o obreiro pode sustar a prestação de serviços e sua disponibilidade perante o empregador, com o objetivo de recuperação e implementação de suas energias e aperfeiçoamento em sua inserção familiar, comunitária e política.” (DELGADO, idem, p. 939). Duração do DSR: 24hrs consecutivas Em regra, o DSR não pode ser fracionado. A cada módulo semanal, tem direito à folga de 24 horas consecutivas. ** O obreiro pode sustar a prestação de serviços e sua disponibilidade perante o empregador" – O empregado não deve nem trabalhar, nem ficar à disposição. Preferencialmente aos domingos. Art. 67 - Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte. ART. 7º, XV, CF: XV - Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; Essa preferência constitucional e legal aos domingos se da ao fato de que pelo costume não se trabalhava aos sábados mas com a evolução e por preferencia prática o descanso se deu aos domingos e também por uma questão religiosa (guardar o domingo). Remuneração do descanso semanal: Trata-se de interrupção do contrato de emprego - porque o empregado não trabalha, não fica à disposição, e mesmo assim recebe. Valor da remuneração da folga: Para um empregado "mensalista", que recebe salário por ficar à disposição 01 mês, o valor da remuneração do descanso é o valor de 01 dia de trabalho. Cálculo: valor do salário: 30 (trinta dias). Requisitos para recebimento da remuneração da folga Para que o empregado receba o valor do dia da folga, ele tem que atender a 2 requisitos cumulativos: Pontualidade e assiduidade. Se o empregado “bater o ponto” dentro dos limites dos minutos de tolerância, ainda assim será considerado pontual. Com relação à assiduidade, lembrar do art. 473, que trata das faltas justificadas Ainda que o empregado falte ao emprego, se a falta se "enquadrar" em alguma das hipóteses do 473, ainda assim será considerado assíduo. Quem fixa o período de férias? É o empregador (art. 136). Art. 136 - A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do empregador. Em princípio, a escolha do momento das férias, cabe ao empregador – por que ele detém o poder de direção. Exceções quanto à escolha caber ao empregador: § 1º - Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço. § 2º - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares. (Direito potestativo do empregado estudante menor de 18 anos). Em quantos períodos (partes) são concedidas as férias? Em princípio, em um "único período" (art. 134, caput), é um direito do empregado gozar as férias em um único período "Em princípio" (acima) porque é possível "fracionar" o gozo das férias em até 03 períodos, desde que o empregado concorde (art. 134, par. 1º) EX: 15 + 10 + 5 = 30 DIAS EX: 15 + 08 + 07 EX: 20 + 05 + 05 Comunicação das férias (art. 135) Art. 135 - A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação o interessado dará recibo. “Participar" = comunicar Na prática existe um documento denominado de "aviso de férias". Data (momento) do pagamento das férias (art. 145): Art. 145 - O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono referido no art. 143 serão efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período. Férias concedidas após período concessivo (Art. 137, CLT): Ex: Empregado com salário de 3 mil, o valor das férias é o mesmo do salário + 1/3 (mil reais) = 4.000 Já o dobro disso que seria após o período concessivo daria 8 mil reais para o empregador pagar. Valor das férias: Valor do salário + 1/3 (terço constitucional). Dos efeitos da cessação do contrato de trabalho Quando o contrato de trabalho acaba, tem que ser analisado como estão as férias. Nesta linha de entendimento, podemos ter 02 (dois) tipos de férias: FÉRIAS VENCIDAS e FÉRIAS PROPORCIONAIS Férias “vencidas”: São as férias devidas, em razão do período aquisitivo já completado, porém sem a concessão das férias até a extinção do contrato. Melhorando: São as férias devidas no momento da extinção (fim) do contrato, em razão de o contrato já ter atingido período aquisitivo completado, porém, sem que o empregado tenha gozado as férias até o momento do fim do contrato. Lembrando que com relação às férias "vencidas", como não tem mais emprego o empregado não as gozará, mas, como conquistou o direito (direito adquirido às férias) vai receber o respectivo valor no "acerto" (pagamento das verbas rescisórias) Como ele recebem em dinheiro, também são chamadas de férias "indenizadas". OBS: Nesse contexto de férias "vencidas", temos que saber se o empregado terá direito a receber como férias vencidas "simples" ou férias vencidas "dobradas". Férias proporcionais: São as férias devidas ao empregado, em virtude de não ter sido completado o período aquisitivo no qual o contrato foi extinto. Neste caso, o empregado também receberá em dinheiro o valor correspondente ao período em que trabalhou neste período aquisitivo incompleto (por isso que é "proporcional"). Cálculo do valor: Para cada mês inteiro trabalhado ou para fração superior a 14 dias (considera-se o mês inteiro então), o empregado tem direito a receber o valor de 1/12 avos (por isso que é "proporcional"). Pergunta: Com relação à figura da lousa (no exemplo da lousa), responda: 1) No acerto ele terá direito a quais tipos de férias? 2) No acerto ele terá direito a receber qual o valor total das férias? Resposta: 1: Tem direito a 03 tipos de férias: Férias dobradas adquiridas no 2ª pa (não gozou no 2º pc) Férias simples adquiridas no 3º pa (não gozou no 3º pc - sem irregularidade) Férias proporcionais adquiridas no 4º pa) Resposta 2: Valor total r$13.000,00 Férias dobradas = 8.000,00 Férias simples = 4.000,00 Férias proporcionais (03 meses) = 1.000,00 Definição de salário § 1o Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador. “(...) PRESTAÇÃO FORNECIDA DIRETAMENTE AO TRABALHADOR PELO EMPREGADOR EM DECORRÊNCIA DO CONTRATO DE TRABALHO, SEJA EM RAZÃO DA CONTRAPRESTAÇÃO DO TRABALHO, DA DISPONIBILIDADE DO TRABALHADOR, DAS INTERRUPÇÕES CONTRATUAIS OU DEMAIS HIPÓTESES PREVISTAS EM LEI.” (MARTINS, idem, p. 228) "PRESTAÇÃO FORNECIDA DIRETAMENTE ... PELO EMPREGADOR", O SALÁRIO "SAI DO BOLSO" DO EMPREGADOR. "INTERRRUPÇÕES CONTRATUAIS" - EMPREGADO RECEBE SALÁRIO DURANTE AS FÉRIAS E DURANTE O DSR CRITÉRIOS PARA A FIXAÇÃO DO SALÁRIO: PARA DEFINIR O CRITÉRIO LEVA-SE EM CONTA O MODO DE AFERIÇÃO (MEDIR) SALÁRIO POR TEMPO ou UNIDADE DE TEMPO “(...) É AQUELE PAGO EM FUNÇÃO DO TEMPO NO QUAL O TRABALHO FOI PRESTADO OU O EMPREGADO PERMANECEU À DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR (...)” (MASCARO, idem, p. 338) - INDEPENDE DO SERVIÇO OU DA OBRA REALIZADOS, MAS DEPENDE DO TEMPO GASTO PARA SUA CONSECUÇÃO (SALÁRIO POR HORA, DIA, SEMANA, QUINZENA, MÊS) AINDA É O CRITÉRIO MAIS COMUM, MAIS ADOTADO PELAS EMPRESAS MAIS COMUM DE TODOS E O "MENSALISTA" - PQ FICA ÀDISPOSIÇÃO PELO PERÍODO DE 01 MÊS. OBS: NÃO CONFUNDAM: NÓS PROFESSORES SOMOS "HORISTAS" (PQ PERMANECEMOS À DISPOSIÇÃO POR HORA DE SERVIÇO), MAS RECEBEMOS A CADA MÊS NO 5º DIA ÚTIL. LOGO, NÃO EXISTE RELAÇÃO ALGUMA ENTRE PERÍODO À DISPOSIÇÃO COMO CRITÉRIO DE FIXAÇÃO E DATA DO PAGAMENTO DO SALÁRIO. SALÁRIO POR PRODUÇÃO ou UNIDADE DE OBRA “(...) É AQUELE CALCULADO COM BASE NO NÚMERO DE UNIDADES PRODUZIDAS PELO EMPREGADO (...)” (MASCARO, idem, p. 339) - VISA-SE A UM RESULTADO – NÃO SE LEVA EM CONTA O TEMPO GASTO NA CONSECUÇÃO DO SERVIÇO, MAS O PRÓPRIO SERVIÇO REALIZADO, INDEPENDENTEMENTE DO TEMPO DESPENDIDO (EX: PAGAMENTO POR PEÇA) EX: O EMPREGADOR PRECISA FIXAR UM VALOR POR PEÇA PRODUZIDA. EX: R$1,00 POR PEÇA. EMPREGADO QUE PRODUZ 5.000 PEÇAS RECEBERÁ R$5.000,00. EMPREGADO QUE PRDDUZ 2.500 PEÇAS RECEBERÁ R$2.500,00 EX: O MAIOR EXEMPLO DESTE CRITÉRIO DE FIXAÇÃO DO SALÁRIO É A COMISSÃO MEIOS DE PAGAMENTO DO SALÁRIO: OU SEJA, O QUE É ENTREGUE AO EMPREGADO PARA REPRESENTAR O SALÁRIO (PAGAMENTO) OS MEIOS DE PAGAMENTO DO SALÁRIO PODEM SER DINHEIRO E "UTILIDADES" - DINHEIRO Art. 463 - A prestação, em espécie, do salário será paga em moeda corrente do País. Parágrafo único - O pagamento do salário realizado com inobservância deste artigo considera-se como não feito. UTILIDADES (ART. 458, CLT) - DEFINIÇÃO: É O MEIO DE PAGAMENTO PELO QUAL O EMPREGADO RECEBE EM BENS ECONÔMICOS UTILIDADE É TUDO AQUILO QUE NÃO FOR DINHEIRO E QUE FOR ENTREGUE AO EMPREGADO COMO MEIO DE PAGAMENTO EXEMPLO SO PARA CONTEXTUALIZAR: EMPREGADOR E EMPREGADO AJUSTAM SALÁRIO DE R$3.000,00. AJUSTAM AINDA QUE R$2.000,00 SERÃO PAGOS EM DINHEIRO, E, R$1.000,00 SERÃO PAGOS EM UTILIDADES (R$200,00 ACADEMIA DE GINÁSTICA + R$600,00 DE ALUGUEL + R$200,00 - ENERGIA ELÉTRICA E ÁGUA) Quando é pago o adicional de periculosidade? R: É devido ao empregado que presta serviços em contato "permanente" (!!!!!!!!) Com elementos inflamáveis, explosivos e eletricidade, ou que exerça atividades perigosas Análise do conceito de exposição "permanente" SUM-364 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PERMANENTE E INTERMITENTE I - Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido.
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