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educação indígena

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ARIDO-UFERSA
LICENCIATURA INTERDISCIPLINAR EM EDUCAÇÃO DO CAMPO- LEDOC
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO DO CAMPO
DOCENTE: GLEDSON MOURA
FERNANDA VIVIANE COSTA E SILVA
ESTUDO DIRIGIDO
MOSSORÓ
Setembro de 2018
PERGUNTAS:
O que é educação escolar quilombola? (Caracterizar);
O que é educação escolar indígena? (Caracterizar).
RESPOSTAS:
Todos sabem o quanto à escravidão nos prejudicou e quantas lacunas sociais ela deixou, a educação era algo negado aos negros nesse período e depois de tantas lutas e conquistas essa etnia conseguiu o direito à educação, porém mesmo com alguns ajustes a educação ainda não é adequada para atender algumas necessidades básicas, é necessário que haja respeito as culturas afro-brasileira e Africana e as suas religiões como sendo assunto primordial dos conteúdos escolares para, dar visibilidade e reconhecimento a esses Pontos importantes, ao invés de ignorar e apoiar o preconceito.
A educação precisa atender a todos de maneira igualitária e inclusiva, para que possamos conviver todos em sociedade, sem discriminação. Para isso os sistemas de ensino disponibilizam formas específicas de educação para cada etnia, no caso dos povos indígenas não é diferente, existem muitas dificuldades para esses sujeitos acessarem a educação certa, mas as lutas das organizações indígenas junto com os Ministérios da educação buscam o direito a uma educação dialogada com as tradições e culturas diversas, respeitando todos os povos.
EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA
INTRODUÇÃO:
Uma das principais características da vida em sociedade, é a educação, com ela é possível formar sujeitos dignos e capazes de lidar com o mundo em que vivemos, e existe a educação formal e não formal, ambas buscam educar suas sociedades de acordo com seus interesses sociais.
Irei citar como exemplo os povos indígenas brasileiros, que a partir do contato com os europeus, passaram a receber educação formal em suas aldeias mesmo mantendo a educação informal entre si.
E no decorrer do texto veremos como uma educação se diferencia da outra, e como cada uma beneficia esses povos, com isso esse trabalho tem como finalidade retratar o conceito de educação informal e formal diante os povos indígenas, destacando assim as tradições ao longo dos anos de uma educação oral e cheia de cultura.
OS POVOS INDÍGENAS E A EDUCAÇÃO:
Os povos indígenas tem um longo histórico de desigualdade social, desde o início da colonização do Brasil, eles vem enfrentando imposições e desvalorizações culturais como consequência da exploração europeia. Que além de absorver todos os bens materiais de suas terras, também tiveram como objetivo domar essa população, e impor a sua cultura, sua linguagem, e seus costumes sociais, desconsiderando totalmente as particularidades locais desses povos indígenas.
Daí ficou a primeira impressão de injustiça social, diante da educação que foi um direito mal colocado aos sujeitos, e que até hoje sofre consequências por meio negação de direitos.
Essas relações sociais dos povos indígenas com a população não-indígena está de certa forma mais relevante se comparada ao passado, hoje existem punições para discriminações e violência contra povos indígenas, o país garante proteção a esses povos, e educação a todos os povos brasileiros, inclusive a lei de diretrizes e bases da educação Nacional garante educação diferenciada a todos os povos.
É fato que houveram várias perdas ao longos dos anos, resultados da colonização do Brasil, e uma delas foi:
A perda linguística dentro do contexto indígena constitui-se como uma das mais significativas porque, além de afetar a diversidade linguística, também envolve outros aspectos sociais como cultura e identidade. Pressupõem-se que língua, cultura e identidade estão atreladas no conjunto social de uma dada comunidade linguística; quando um desses elementos é afetado, os outros também o são. (QUARESMA; FERREIRA,2013, pag. 237).
Uma perda nas identidades dessas comunidades que causou danos irreparáveis, a nossa riqueza consiste na diversidade cultural, e quando acontece a perda de elementos culturais enfraquece nosso sistema social, prejudicando não só a esses povos como também ao restante da população que não passará a conhecer tais culturas. Por isso que as organizações indígenas e o ministério da educação lutam juntos por direitos educacionais para as comunidades indígenas, uma educação que priorize a cultura, e valorize suas especificidades, mais não deixando de dialogar com os sistemas educacional brasileiros.
A EDUCAÇÃO INDÍGENA (INFORMAL) E A EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA (FORMAL):
	“Os povos indígenas sempre tiveram seus mecanismos próprios de transmitir conhecimentos às crianças e de socializarem-se, sem precisar passar por salas de aula e por um professor para educarem seus membros.” (QUARESMA; FERREIRA,2013, pag. 238). Desta forma na educação indígena o conhecimento era repassado pelos membros mais velhos das tribos como sendo os mais importantes e ricos em saberes, porém qualquer adulto poderia educar uma criança, sendo assim desnecessário o conceito de professor, pelo próprio diálogo, sem escritas e em seus idiomas locais.
É um sistema que varia de aldeia para aldeia, mais que tem um único objetivo, formar seus jovens para sobreviveram e se reproduzirem, é uma educação construída em todos os momentos de vida dessas pessoas e que em cada etapa é retirado aprendizagens únicas, que garantem por meio da tradição seus valores culturais e sua identidade.
 	A educação escolar indígena é um sistema educacional resultado da colonização, diferentemente da educação tradicional indígena, que contava com um(a) não-indígena como professor(a) e as aulas ocorreriam em uma sala de aula, em uma instituição escolar, e inicialmente esse sistema era usado como forma de impor novos hábitos e culturas para os povos indígenas, desvalorizando assim seus valores culturais e religiosos, levando em conta que as primeiras formas de instituições escolar vinha diretamente da igreja.
E atualmente esse sistema de ensino valoriza muito mais os conceitos de cultura, linguagem e religião indígena.
A Educação Escolar Indígena diz respeito à escola projetada para os índios de acordo com as características próprias de cada povo. Esse novo modelo de escola surgiu pautado no paradigma do respeito ao pluralismo cultural e de valorização das identidades étnicas. De acordo com o RCNEI (1998, p. 24), ela deve ser comunitária, intercultural, bilíngue/multilíngue, específica e diferenciada. (RCNEI, 1998, pág. 24. Apud QUARESMA; FERREIRA,2013, pag. 242).
CONCLUSÃO:
	Podemos perceber claramente a diferença de uma educação indígena e uma educação escolar indígena, ressaltando que uma é totalmente forma, e a outra acontece em qualquer lugar e momento da vida dos povos indígenas sendo repassado não por um(a) professor(a), mas por qualquer membro da tribo, de preferência os mais idosos por possuírem mais conhecimentos. A educação escolar indígena evoluiu de instrumento de opressão cultural para apoio as lutas por direitos humanos a povos indígenas, busca políticas públicas que promovam e respeitem a diversidade cultural.
REFERENCIAS:
QUARESMA, Francinete de Jesus Pantoja; FERREIRA, Marília de Nazaré de Oliveira. OS POVOS INDÍGENAS E A EDUCAÇÃO. Práticas de Linguagem, [s. L.], v. 3, n. 2, p.235-246, set. 2013.
CAMPOS, Margarida Cássia; GALLINARI, Tainara Sussai. A educação escolar quilombola e as escolas quilombolas no Brasil. Revista Nera, Londrina, p.1-19, jan. abr. 2017.
SALTO Para O Futuro 2017 | Educação Escolar Indígena. [s. L.]: Tv Escola, 2017. (49 min.), P&B. Disponível em: <www.tvesco.la/agoranatvescola>. Acesso em: 01 set. 2018.

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