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Atividade Educação indígena

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Instituto Federal de Santa Catarina
Câmpus Criciúma
Curso de Licenciatura em Química
Disciplina de História da Educação
Professor: Dr. Marcos Grams
Acadêmicos: André Benedet Zilli
1 – A partir Quarta Atividade Pedagógica, da dissertação de mestrado profissional em Práticas em Educação Básica, intitulado “Coletânea de atividades pedagógicas – compartilhando saberes indígenas”, de Rafaela Albergaria Mello e Vera Lúcia Bogéa Borges, responda às questões.
MELLO, Rafaela Albergaria; BORGES, Vera Lúcia Bogéa. Coletânea de atividades pedagógicas: compartilhando saberes indígenas. 2016. 78 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Mestrado Profissional em Práticas em Educação Básica, Colégio Pedro II, Rio de Janeiro, 2016. Disponível em: <https://www.cp2.g12.br/blog/mpcp2/files/2017/03/2014_produtoeducacional_RAFAELA-ALBERGARIA.pdf>. Acesso em: 15 abr. 2018.
1.1 Quais são os critérios adotados para a apresentação dos indígenas no livro? O que a editora leva em conta?
Introduzindo, as gravuras analisadas foram dos três volumes do livro História, Sociedade e Cidadania, do autor Alfredo Boulos Junior, editado pela editora FTD, distribuídos em 2015. 
A editora leva em conta o período da história para representar o índio, não o pondo em destaque durante toda a história brasileira. No quadro a seguir, apresenta as unidades em que as figuras apareceram no livro:
	Volume 1
	Volume 2
	Volume 3
	Unidade I: Técnicas, tecnologia e vida social
	Unidade I: Nós e os outros: a questão do etnocentrismo
	Unidade II: Diversidade e pluralismo cultural
	Unidade IV: Terra e Liberdade
	Unidade III: Movimentos Sociais: Passado e Presente
	Unidade IV: Meio ambiente e saúde
	Capítulo 1: História, tempo e cultura
	Capítulo 2: Aventura humana, primeiros tempos
	Capítulo América Indígena
	Capítulo 3: Povos indígenas no Brasil
	Capítulo: A América Portuguesa e a presença holandesa
	Capítulo 7: Expansão e Ouro na América Portuguesa
	Capítulo 14
	Capítulo 11: O Regime Militar.
	 
O volume 1, o índio é apresentado como fazendo parte do tempo, história e cultura, das primeiras épocas do Brasil. Ele é representado somente ilustrativamente, como que dizendo: “os índios fizeram parte da construção do Brasil”.
O volume 2 da série de livro apresenta o indígena como alguém que vive no interior do Brasil, nas florestas, ainda caçando, extraindo e tecendo. No volume 3, aparecem imagens de índios durante a Constituinte, sendo ainda representada por plumas e cocares.
Em suma, a editora considera apenas o tempo cronológico dos fatos, e insere o indígena como mero coadjuvante e, por vezes, expectador, não dando crédito de protagonista da História. Ademais, os índios são generalizados e, amiúde, representados usando imagem que remetem a uma concepção romantizada, folclórico e infantil, pressupondo que todos vivem em ocas, nas matas, usam arco-e-flecha, caçam, usam plumas e cocares.
1.2 Pesquise os principais marcos normativos para a educação indígena no Brasil, destacando a temática no âmbito da Proposta Curricular de Santa Catarina.
	Diversos marcos normativos se encontram sobre e educação indígena. Em âmbito mundial, a Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho ficam garantidos os Direitos Fundamentais para a subsistência da vida e a preservação da cultura dos povos indígenas, além do direito à educação e meios de comunicação. No artigo 26 da referida Convenção: “Medidas deverão ser tomadas para garantir que os membros dos povos interessados tenham a oportunidade de adquirir uma educação em todos os níveis pelo menos em condições de igualdade com a comunidade nacional”. O artigo 27 estabelece que este processo deve ser realizado “em cooperação com estes povos, para que possam satisfazer suas necessidades especiais e incorporar sua história, conhecimentos, técnicas e sistemas de valores, bem como promover suas aspirações sociais, econômicas e culturais”.
	No Brasil, Para Educação Escolar Indígena, a Constituição Federal de 1988 foi um marco legal através do qual, em seus artigos 231 e 232, “se reconhece aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam”. Logo após, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9394/1996) diz ser obrigatório o ensino de seus conteúdos históricos nas escolas, quais sejam, os afro-brasileiros e indígenas. 
Ainda pode-se destacar, a nível federal, o Plano Nacional de Educação – Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001, o Parecer nº 14/1999 do Conselho Nacional de Educação - CNE (que trata das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Escolar Indígena) regulamentadas pela Resolução nº 3/CNE/1999. Incorpora-se a esta legislação, ainda o Decreto nº 6.861/2009, no qual é criada a política nacional dos Territórios EtnoEducacionais, resultado do diálogo entre os Povos Indígenas, Governo Federal, governos estaduais, municipais e a Sociedade Civil, além da Resolução n° 05/CNE/2012, ao estabelecer que as políticas para a Educação Escolar Indígena estejam: “pautadas pelos princípios da igualdade social, da diferença, da especificidade, do bilinguismo e da interculturalidade, fundamentos da Educação Escolar Indígena”.
Na LBD, que foi alterada pelas leis abaixo, iniciou a Educação das Relações Étnico-Raciais (ERER): trata-se de política curricular, determinada pelas Leis nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008 que torna obrigatório o ensino de conteúdos de matriz afro-brasileira, africana e indígena nos currículos das escolas, como já supracitado.
A ERER se aloja na ideia da desconstrução dos modelos e instituições escolares assumidos como únicos e propõe a construção de possibilidades educativas que levem em conta a pluralidade étnica. Esse processo de desconstrução e construção, levando em conta a identidade cultural brasileira e as suas pertenças, pode se constituir em prática constante de reflexão, no interior da escola. Os três princípios da educação das Relações Étnico-Raciais são:
a) A busca de uma consciência política e histórica da diversidade,
b) O fortalecimento de identidades e de direitos,
c) Ações educativas de combate ao racismo e às discriminações.
No âmbito estadual, na Proposta Curricular de Santa Catarina, no capítulo 1.2, que trata sobre Diversidade como Princípio Formativo, é destacado: “O movimento de Atualização da Proposta Curricular do Estado de Santa Catarina exprime a necessidade de uma Educação Básica que reconheça e assuma a diversidade como um princípio formativo e fundante do currículo escolar.
Outro documento importante foi a Resolução nº 182, de 19 de novembro de 2013, do CEE/SC estabeleceu também as “normas complementares para o Credenciamento, Autorização de Cursos e seu Reconhecimento, Mudança de Instituição Mantenedora, Sede/Endereço e Denominação de Estabelecimentos de Ensino, de Educação Básica e suas modalidades, integrantes do Sistema Estadual de Educação”, apontando para a especificidade da educação escolar indígena.
A Educação Escolar Indígena no Estado de Santa Catarina deverá considerar os Kaingang, os Xokleng ou Laklãnõ. Esses povos definiram seus territórios a partir de outros limites, cuja dimensão varia de acordo com cada grupo étnico, perfazendo uma população de 16.041 indivíduos em Santa Catarina. As escolas devem ser entendidas como inseridas nas políticas territoriais dessas comunidades. Esta escola, dentro da forma específica de interpretar o mundo pelos seus sujeitos, é um espaço coletivo, de práticas que promovam e garantam o fortalecimento das práticas e saberes “tradicionais”, sem subtrair-lhes o direito à igualdade de oportunidades e exercício de seus direitos fundamentais. Não se trata de um ‘retorno’ a um passado idealizado e folclorizado. Mas, sim, da construção de um processo de (re)significação desses sujeitos no diálogo com outras formas de organização social não indígena.
Neste aspecto, por exemplo, é obrigatório o estudo da História e Cultura Afrobrasileira e Indígena em seus diversosaspectos históricos e culturais que caracterizam a formação da população brasileira. Isso inclui o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.

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