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O que é psicanálise

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A expressão psicanálise designa uma ciência, área de conhecimento, escola psicológica que busca penetrar na dimensão do psiquismo humano para conhecê-lo. Possui um método, um conjunto de procedimentos para o estudo profundo dos fenômenos humanos. Através da associação livre (método interpretativo) ocorre um tratamento psicológico (psicoterapia, terapia analítica ou psicanalítica).  A psicanálise surgiu na década de 1890, com Sigmund Freud, um médico interessado em achar um tratamento efetivo para pacientes com sintomas neuróticos ou histéricos. Conversando com os pacientes, Freud acreditava que seus problemas se originaram da inaceitação cultural, sendo assim reprimidos seus desejos inconscientes e suas fantasias de natureza sexual. Desde Freud, a psicanálise se desenvolveu de muitas maneiras e, atualmente, há diversas escolas.
O método básico da Psicanálise é a interpretação da transferência e da resistência com a análise da livre associação. A originalidade do conceito de Inconsciente introduzido por Freud deve-se à proposição de uma realidade psíquica, característica dos processos inconscientes. É preciso diferenciar inconsciente, sem consciência, de Inconsciente, conforme elaborado por Freud, que diz respeito a uma instância psíquica basilar na constituição da personalidade. Charles Brenner, professor de psiquiatria da Escola Médica de Yale, didata do Instituto Psicanalítico de NY, tenta introduzir ao leitor os fundamentos da psicanálise, tratando de assuntos como o desenvolvimento psíquico normal e patológico do homem, desde os primórdios da ciência até os dias atuais e a influência que a teoria psicanalítica está tendo na sociedade e na compreensão dos comportamentos humanos. 
No final do século XIX, Sigmund Freud, quando estudava na clínica de Charcot, numa conversa com seu amigo Breuer, soube que tempos antes ele tratara de uma paciente histérica e que, quando hipnotizada, conversou com ele sobre os sintomas, os quais, dessa forma, puderam ser afastados. Assim, Freud, em suas próprias experiências começou a formular hipóteses sobre a continuidade do inconsciente, ou seja, os pensamentos inconscientes que vão surgindo não aparecem por acaso, existe uma continuidade, porém a qual é impedida por alguma forma de se revelar ao consciente e não é de fácil acesso como o pré consciente. Essa continuidade da vida mental é denominada determinismo psíquico e está ligada à hipótese de que existem processos mentais dos quais o indivíduo não se dá conta pois são inconscientes. Essas hipóteses são a base fundamental para o entendimento do aparelho psíquico.
Dessas experiências, Freud concluiu que os fatos ou acontecimentos que ficavam aparentemente esquecidos eram cruciais na determinação do atual comportamento manifesto do individuo. Mediante o processo catártico de Breuer, Freud desenvolveu seu método de associação livre. A utilização desse método possibilitou a Freud enfatizar a importância das ocorrências na primeira infância sobre a formação da personalidade do individuo e sua posterior evolução e descobrir a associação de cada ocorrência com outras formas, formando uma cadeia.
Assim, Freud começou a trabalhar sozinho , desenvolvendo suas idéias, o que resultou na publicação de sua primeira grande obra A Interpretação dos sonho, em 1900. Freud teve vários seguidores e criticou as práticas educacionais de sua época, porém, não há em sua obra tratado sobre 	educação.
A psicanálise divide o aparelho psíquico em três regiões: o Id, o Ego e o Superego que compõem a personalidade. O comportamento, por sua vez, resultará da interação entre eles. Os três atuam conjuntamente apesar de seus diferentes mecanismos. 
Id: Reservatório de instintos e de toda energia do indivíduo. Representa o extrato biológico do homem e funciona segundo o princípio do prazer. Busca descarga imediata e total e não tolera frustrações ou inibições. Não possui lógica, razão, moral ou ética. Os desejos são onipotentes, não questionam adaptação física ou social. É quase em sua totalidade inconsciente. Freud tenta compreendê-lo através da análise dos sonhos, lapsos da via cotidiana, delírios, alucinações, da arte e dos rituais. O que interditará o Id serão o Ego e o Superego.
Ego: estruturas psíquicas de defesa e controle que surgem como conseqüência de embates do Id com a realidade. Governado pelo principio da realidade. Está a serviço do Id e da realidade procurando harmonizar suas demandas potencialmente conflitivas. O ego a partir deste desejo, procura na realidade formas de satisfação. Controla impulsos, retarda-os, os contem, reconcilia impulsos incompatíveis a fim de conseguir seus objetivos. Evita a descarga imediata dos instintos, fazendo o indivíduo suportar a frustração de um impulso não satisfeito. Seu desenvolvimento permite a pessoa pensar com lógica, dominando a capacidade de síntese, organizando a linguagem, desenvolvendo a memória e agindo diante da realidade, realizando trocas com o ambiente. O ego é a parte consciente e inconsciente.
Superego: exerce a ação controladora sobre o ego. Responsável pela internalização das normas, valores, costumes e padrões sociais. E a soma das restrições sociais com o que é valorizado socialmente. A criança ao nascer é simplesmente Id. Gradativamente, da necessidade de estabelecer trocas com o meio ambiente para satisfação dos impulsos instintivos, o Ego vai se formando. O Superego vai sendo introjetado mais tarde, não sendo, necessariamente uma representação exata das normais sociais, mas uma interpretação delas. O Superego é também chamado de Eu Ideal correspondendo a internalização dos ideais valorizados culturalmente. É a internalização das proibições sociais, e corresponde aos ideais sócias. É uma introjeção de parte do mundo externo que passa a fazer parte do interno. Efetua funções desempenhadas por outras pessoas: controla o Ego, dá ordens, julga-o, ameaça-o com punições, exatamente como os pais cujo 	lugar ocupou. Atua também sobre as intenções.
O Id e o Superego têm em comum a influencia do passado. O Id congrega a influência hereditária e o passado orgânico; O Superego a influencia das outras pessoas, ou do passado cultural. O Ego representa a experiência da própria pessoa.

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