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RELATÓRIO DOS RESULTADOS DO EXPERIMENTO COM O SNIFFY

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1 
 
 
UNIP – Universidade Paulista 
Instituto de Ciências Humanas 
Curso de Psicologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PSICOLOGIA GERAL E EXPERIMENTAL 
“RELATÓRIO DOS RESULTADOS DO EXPERIMENTO COM O SNIFFY” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Júlia Jhemilly de Carvalho Silva 
Marcelo dos Santos Rocha Junior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RA: N1280H-8 
RA: D36CHD-3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campinas/SP 
2018 
 
 
 
2 
 
 
UNIP – Universidade Paulista 
Instituto de Ciências Humanas 
Curso de Psicologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
Júlia Jhemilly de Carvalho Silva 
Marcelo dos Santos Rocha Junior 
 
 
 
 
 
 
 
 
RA: N1280H-8 
RA: D36CHD-3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“RELATÓRIO DOS RESULTADOS DO EXPERIMENTO COM O SNIFFY” 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina “Psicologia 
Geral e Experimental” do 3º semestre do curso 
de Psicologia da Universidade Paulista – 
UNIP. 
 
Orientação: Prof. Dr. Abelardo Bosco 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campinas/SP 
2018 
 
 
 
 
3 
 
RESUMO 
 
 
Este trabalho apresentará os estudos feitos com o rato virtual Sniffy. Para tal 
estudo utilizamos como embasamento teórico a Análise do Comportamento, ou 
também conhecido como Behaviorismo Radical, ciência na qual temos como propulsor 
o psicólogo americano Burrhus Frederic Skinner (ou, simplificando, B. F. Skinner). 
Dentro do presente trabalho utilizamos de alguns experimentos propostos e estudados 
por Skinner, tais como: o comportamento operante; treino ao comedouro; modelagem 
do comportamento de pressão à barra; esquema de reforçamento contínuo e extinção. 
O experimento com o rato virtual como o que utilizamos, torna mais fácil a nossa 
observação, além do manejo que se torna muito mais acessível. 
O objetivo do estudo é de demonstrar como o indivíduo age sobre o ambiente, a 
resposta emitida por ele através da análise do comportamento e do condicionamento 
operante. A teoria que temos como base teórica debate a questão da interação entre o 
indivíduo e o ambiente. O estudo com o rato oferece-nos insights sobre o 
comportamento humano, pois a fisiologia desse mamífero roedor se parece em um 
pequeno grau, com a fisiologia humana. Pode-se perceber com clareza através deste 
experimento que, o nosso passado interfere no modo com que nos comportamos no 
nosso presente, e que o passado de cada organismo é diferente um do outro, e é por 
essa razão que duas pessoas se comportam de modo diferente diante de uma mesma 
situação. 
O programa utilizado para o estudo foi o Sniffy, o rato virtual. 
 
Palavras chave: Experimento; Nível Operante; Condicionamento operante; Treino ao 
comedouro; Modelagem; Reforçamento contínuo; Extinção; Estudo; Sniffy, o rato 
virtual; Caixa de Skinner; Behaviorismo Radical; Comportamento humano; 
Condicionamento. 
4 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 5 
 
2. MÉTODO ................................................................................................................ 9 
 
2.1. SUJEITO ............................................................................................................. 9 
 
2.2. AMBIENTE, MATERIAIS E INSTRUMENTOS .................................................... 9 
 
2.3. PROCEDIMENTOS ........................................................................................... 9 
 
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO DE DADOS. ....................................................... 13 
 
 3.1. NO E CRF ......................................................................................................... 13 
 
 3.2. MODELAGEM ................................................................................................... 14 
 
 4. CONCLUSÃO....................................................................................................... 15 
 
 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ..................................................................... 16 
 
 6. ANEXOS .............................................................................................................. 17 
 
 
5 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
BEHAVIORISMO METODOLÓGICO – Primeira Geração 
 
 O termo Behaviorismo foi inaugurado pelo americano John B. Watson, em um 
artigo intitulado “Psicologia: como os behavioristas a veem”. O termo inglês 
“behavior” significa “comportamento”, razão pela qual usamos, no Brasil, 
Behaviorismo como também Comportamentalismo, Análise Experimental do 
Comportamento, entre outros, para nos referirmos à visão teórica em pauta. Ao 
solicitar o comportamento como objeto de estudos da Psicologia, Watson estabelece 
um objeto de estudos observável, mensurável, que podia ser reproduzido em 
diferentes condições e em diferentes sujeitos. 
 O Behaviorismo Metodológico toma como base o realismo. O realismo defende 
a ideia de que há um mundo real, que ocorre no mundo real, sendo que é a partir 
desse mundo real externo que constituímos o nosso mundo interno (subjetivo). 
Como behaviorista metodológico, Watson concentra-se na busca de uma psicologia 
livre de conceitos mentalistas e de métodos subjetivos e que possa reunir condições 
de prever e de controlar. À ciência constituída de métodos próprios ao estudo do 
mundo objetivo, caberia lidar apenas com o mundo que está “fora” do sujeito, o 
mundo que é compartilhado, acessível a outras pessoas e com o qual, 
consequentemente, todos poderiam, possivelmente, concordar. 
 
BEHAVIORISMO RADICAL – Segunda geração 
 
B. F. Skinner, introduz em 1945 o Behaviorismo Radical, defendendo a análise 
experimental do comportamento. Contestando-se ao Behaviorismo Metodológico, a 
base teórica de Skinner adota os princípios do pragmatismo, cuja base é a de que a 
força da investigação científica reside não tanto na descoberta da verdade sobre a 
maneira como o universo objetivo funciona, mas no que ela nos permite fazer, ou seja, 
a grande realização da ciência é que ela permite dar significado a nossa experiência. 
Isso implica entender que o pragmatismo se preocupa com a funcionalidade do objeto 
real observável, mensurável, e não com a existência de um objeto real por detrás 
desses efeitos. (BAUM, 1999; FURTADO, 1999.) 
 
 
6 
 
 
O COMPORTAMENTO RESPONDENTE 
 
 O comportamento reflexo ou respondente é o que chamamos de “não voluntário” 
e inclui respostas que são eliciadas (ou produzidas) por estímulos antecedentes do 
ambiente, como por exemplo: a contração das pupilas quando uma luz forte incide 
sobre os olhos, a salivação provocada por uma gota de limão colocada na ponta da 
língua, o arrepio da pele quando recebe um ar gelado, etc. 
 Esses comportamentos respondentes são interações estímulo-resposta 
incondicionadas, nas quais certos eventos ambientais confiavelmente eliciam certas 
respostas do organismo que independem de “aprendizagem”. Interações desse tipo 
também podem ser provocadas por estímulos que, originalmente, não eliciavam 
respostas em determinado organismo. Quanto tais organismos são pareados com 
estímulos eliciadores, podem, em certas condições, eliciar respostas semelhantes às 
deles. 
 Condicionamento respondente é o procedimento onde um estímulo neutro (NS) 
para determinada resposta é pareado repetidas vezes com o estímulo incondicionado 
(US) e adquire função de estímulo condicionado (CS) para uma resposta condicionada 
(CR) que é semelhante a resposta incondicionada em questão. Não há aprendizagem 
de novas respostas, apenasnovos estímulos adquirem controle sobre respostas da 
espécie. 
 Fatores que afetam o condicionamento respondente: intensidade do estímulo 
incondicionado (quanto mais forte o US, mais fácil de ocorrer a aprendizagem); grau de 
predição do CS (se o CS preceder sempre o US e não apenas “de vez em quando”, 
maior as chances de condicionamento); frequência de pareamentos (quanto mais 
pareamentos, mais forte a resposta condicionada); tipo de pareamento (se o CS vier 
antes e se mantiver presente na apresentação do US). 
 
O COMPORTAMENTO OPERANTE 
 
O comportamento operante é o comportamento voluntário e abrande um leque 
amplo de atividades humanas – dos comportamentos do bebê de balbuciar, de agarrar 
objetos e de olhar os enfeites do berço aos mais sofisticados apresentados pelo adulto. 
Como nos diz Keller, o comportamento operante “inclui todos os movimentos de um 
organismo dos quais se pode dizer que, em algum momento, têm efeito sobre ou 
7 
 
fazem o mundo em redor. O comportamento operante opera sobre o mundo, por assim 
dizer, quer direta, quer indiretamente”. (Keller, 1973). 
 A leitura de um livro; escrever; fazer um gesto com a mão para o ônibus parar; 
tocar um instrumento; dirigir, são exemplos de comportamentos operantes. 
O condicionamento deste tipo de comportamento, neste caso, o operante, tem 
seus fundamentos na Lei do Efeito, de Thorndike. Segundo Keller, em essência, essa 
lei enuncia que “um ato pode ser alterado na sua força pelas consequências”. 
Nesse caso de comportamento, o que propicia a aprendizagem dos 
comportamentos é a ação do organismo sobre o meio e o efeito resultante – a 
satisfação de alguma necessidade, ou seja, a aprendizagem está na relação entre uma 
ação e seu efeito. 
Este comportamento operante pode ser representado da seguinte maneira: 
R → S, em que R é a resposta (pressionar a barra) e S (do latim, stimulus) é o estímulo 
reforçador (a pelota de comida), que tanto interessa ao organismo. A seta significa 
“levar a”. Esse estímulo reforçador é chamado de reforço, e é mantido o termo estímulo 
por ele ser o responsável pela ação, apesar de ocorrer depois do comportamento. 
Assim, agimos ou operamos sobre o mundo em função das consequências que nossa 
ação cria. 
 
REFORÇO 
 
Ações são mantidas, ou não, pelas consequências que produzem no meio 
ambiente. Essas consequências são denominadas reforçadoras quando aumentam a 
frequência de emissão das respostas que a produziram ou aversivas quando 
diminuem, mesmo que temporariamente, a frequência das respostas que as 
produziram. Chamamos de reforço a toda consequência que, mediante uma resposta, 
altera a probabilidade futura de ocorrência da resposta. 
O reforço pode ser positivo ou negativo. O reforço positivo é todo evento que 
aumenta a probabilidade futura da resposta que o produz. O reforço negativo é todo 
evento que aumenta a probabilidade futura da resposta que o remove ou atenua. O 
reforçamento positivo oferece alguma coisa ao organismo; o negativo permite a 
retirada de algo aversivo. 
 
 
 
 
8 
 
EXTINÇÃO 
 
 Assim como podemos instalar comportamentos, podemos “descondicionar” uma 
resposta. Skinner trabalhou nesse processo de eliminação dos comportamentos 
indesejáveis ou inadequados e denominou-o extinção. 
 A extinção é um procedimento no qual uma resposta deixa abruptamente de ser 
reforçada. Como consequência, a resposta diminuirá de frequência e até mesmo 
poderá deixar de ser emitida. O tempo necessário para que a resposta deixe de ser 
emitida dependerá da história e do valor do reforço envolvido. 
 Assim, quando uma pessoa na qual estávamos interessados deixa de nos olhar 
e passa a nos ignorar, nossas “investidas” na mesma tendem a desaparecer. 
 
9 
 
2. MÉTODO 
 
O experimento foi realizado a partir da observação de um rato albino como 
sujeito, colocado em uma caixa de condicionamento operante (caixa de Skinner/caixa 
operante), adaptado para um software de computador – Sniffy Pro. 
Esse software foi criado para reproduzir os comportamentos de um rato albino 
conforme estudos de observação. Pode-se dizer, assim, que o experimento, mesmo 
que através de um software foi legítimo, pois foi projetado para tal função. 
 
 
2.1 SUJEITO 
 
Por questões éticas e práticas a análise de comportamento do presente estudo, 
foram utilizados ratos albinos Wistar (em ambiente virtual – programa Sniffy Pro) para 
obter informações com bases empíricas. Utilizamos do programa Sniffy Pro pois, caso 
contrário, violaria o código de ética profissional do Psicólogo. ¹ 
 
2.1 AMBIENTE, MATERIAIS E INSTRUMENTOS 
 
Caixa de Skinner: a mesma compõe-se de três paredes sólidas e uma 
transparente à frente. Na parede do fundo pode-se observar no canto superior 
esquerdo uma lâmpada e no canto superior direito, uma caixa de som. No centro da 
parede do fundo observamos uma alavanca correspondente à barra, com uma 
lâmpada logo acima da mesma, e um comedouro abaixo, onde é disponibilizado o 
alimento para o sujeito experimental. Além da Caixa de Skinner ou Caixa Operante 
(como também é chamada), foram utilizadas folhas de registro para os procedimentos, 
lápis, canetas e cronômetro no celular. 
 
 
2.2 PROCEDIMENTOS 
 
Os procedimentos foram divididos em quatro sessões, sendo estas: Nível 
Operante (NO); Treino ao Comedouro (TC); Modelagem (MODEL); e Esquema de 
Reforçamento Contínuo (CRF). 
 O termo Operante se refere a forma com que o sujeito opera (age, realiza) sobre 
o ambiente antes de qualquer intervenção experimental, isto é, é como os organismos 
________________________________________________________________________________ 
¹ “Art. 2º - Ao psicólogo é vedado: a) Praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem negligência, 
discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão; c) Utilizar ou favorecer o uso de conhecimento e 
utilização de práticas psicológicas como instrumentos de castigo, tortura ou quaisquer formas de violência”. 
10 
 
 
se comportam em um determinado ambiente antes que qualquer manipulação 
estipulada seja feita para modificar seu comportamento. Para determinar o efeito de 
uma variável sobre o comportamento de um organismo, é necessário saber como ele 
se comporta antes da inserção da nova variável. 
 No procedimento de Nível Operante foram realizadas observações dos 
comportamentos emitidos pelo sujeito experimental durante 15 minutos consecutivos 
ininterruptos, registrando cada comportamento minuto a minuto, sendo eles: Farejar 
(F); Limpar-se (Li); Levantar (L); e Pressão a Barra (PB). Uma pessoa da dupla 
observou os comportamentos e os ditava em voz alta para que a outra pudesse anotar 
os mesmos na folha de registro (vide anexos), e esta observava também a passagem 
do tempo para que os comportamentos fossem separados minuto a minuto, como 
indicaram as orientações do experimento. Ao término do mesmo todos os dados foram 
tabulados, somados e divididos, onde encontramos as taxas de respostas, cujas foram 
utilizadas para a construção do gráfico de respostas de NO. 
 O Treino ao Comedouro tem como objetivo fazer com que o animal se aproxime 
do comedouro ao ouvir o ruído de seu funcionamento. O ruído produzido pelo 
funcionamento do comedouro pode produzir no animal comportamentos indesejáveis 
(afastar-se da barra, do próprio comedouro ou até mesmo, ficar parado). Contudo, o 
fato de o animal encontrar uma pelota de comida cada vez que o comedouro for 
acionado, gradualmente, reduzirá a frequência e a magnitude das respostas e 
começará a aproximar-se do comedouro quando ouvir o ruído produzido pelo seu 
acionamento. Tal práticaé fundamental para o posterior condicionamento da resposta 
de pressão à barra, pois a consequência imediata às respostas de pressão à barra 
será o ruído, e não a pelota de comida em si. Por conseguinte, o animal aprenderá a 
apertar a barra para produzir o ruído, uma vez que este sinaliza a disponibilidade da 
pelota de comida no comedouro. 
 No procedimento de Treino ao Comedouro, diferente do Nível Operante não 
houve nenhuma anotação nas folhas de registro, nem tabulação ou gráficos. O TC tem 
o objetivo de emparelhar um estímulo incondicionado com um estímulo neutro, ou seja, 
emparelhar o ruído do funcionamento do comedouro com a comida. No experimento, 
esperávamos o rato se aproximar do comedouro e então pressionávamos a barra, 
quando ele terminava de comer a pelota de comida que fora liberada, imediatamente 
acionávamos novamente a barra, liberando outra pelota de comida, uma atrás da outra, 
para que ele pudesse associar o som do comedouro com a presença de comida no 
11 
 
mesmo. O experimento só pôde ser finalizado quando a barra vertical “Sound Food” 
chegou em seu ponto máximo, significando então que o emparelhamento estava feito. 
Sucessivo ao procedimento de TC, realizamos a Modelagem. Tal experimento 
demonstra a aprendizagem de operantes complexos, explicados através dos conceitos 
de Aproximações Sucessivas e Reforçamento Diferencial. 
Antes de iniciar o experimento, criamos uma escala de aproximações 
sucessivas para orientar o reforçamento diferencial dos comportamentos do rato em 
direção ao comportamento final que queríamos instalar, que é o comportamento de 
pressão a barra. Para isto, consideramos os seguintes comportamentos: levantar-se 
em qualquer parede da caixa operante; depois, levantar-se somente na parede do 
fundo onde fica localizada a barra; em seguida, levantar-se entre o bebedouro e o alto 
falante (um localizado à esquerda e o outro à direita da barra); e finalmente, o rato 
pressionar a barra sozinho e este comportamento liberava a pelota de comida por si só. 
Iniciamos o experimento reforçando sucessivamente cada comportamento 
selecionado da escala cerca de 10 vezes, imediatamente depois que ele emitiu o 
comportamento desejado. A cada 10 vezes que ele emitia o comportamento (como por 
exemplo, levantar-se em qualquer lugar da caixa operante), pulamos para a próxima 
etapa da escala, reforçando-o também cerca de 10 vezes. Caso o rato permanecesse 
1 minuto sem apresentar o comportamento que estava sendo reforçado naquele 
momento, devíamos regredir ao comportamento anterior aquele, e reforçar o mesmo 
até que se completasse em média 15 esforços, e depois pulava novamente para a 
etapa seguinte. Fato que não foi necessário utilizar, pois, nosso sujeito experimental 
não ficou 1 minuto sem emitir o comportamento reforçado em nenhuma das etapas da 
escala de aproximações sucessivas. Quando chegamos ao último comportamento da 
escala, o de pressionar a barra por conta própria, observamos e anotamos o mesmo 
por 10 minutos, só que dessa fez sem reforço liberado por nenhum membro da dupla, 
somente o reforço que o próprio rato conseguia ao pressionar a barra, com o mesmo 
critério das etapas anteriores, caso passasse 1 minuto sem pressionar a barra, 
deveríamos regredir novamente ao comportamento de levantar-se entre o alto falante e 
o bebedouro, cujo também não fora necessário a utilização nesta etapa. Após os 10 
minutos de observação e registro dos comportamentos do rato, o experimento fora 
finalizado e salvo, sem necessidade de tabular e/ou fazer gráficos sobre o mesmo. 
Após ter feito os experimentos de NO, TC e Model, realizamos o procedimento 
de Esquema de Reforçamento Contínuo (CRF). Quando um novo comportamento é 
aprendido, ele deve ser reforçado continuamente para que sua aprendizagem seja 
consolidada. Isto é feito reforçando-se todas as respostas-alvo emitidas (neste caso, a 
12 
 
resposta-alvo é o comportamento de pressionar a barra). O objetivo deste experimento 
é de fortalecer o comportamento de pressionar a barra. O CRF e um esquema em que, 
todas as respostas-alvo são reforçadas, ou seja, para cada vez que o rato pressionar a 
barra, há a apresentação do reforço. 
O Esquema de Reforçamento Contínuo é um experimento muito parecido com o 
Nível Operante, onde um dos alunos da dupla observa os comportamentos do sujeito 
experimental e os dita em voz alta para o outro aluno, e este anota os mesmos na folha 
de registro de CRF. Esta observação foi feita durante 10 minutos, seguindo os 
mesmos padrões do Nível Operante, separando minuto a minuto os comportamentos 
emitidos pelo rato, e ao final da observação os resultados foram tabulados, somados e 
divididos para que pudéssemos chegar as taxas de respostas de CRF e assim, montar 
um gráfico comparativo entre os procedimentos de Nível Operante e Esquema de 
Reforçamento Contínuo.
13 
 
 
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO DE DADOS 
 
3.1. NO E CRF 
 
 
 
 Após termos observado o sujeito experimental durante 10 minutos consecutivos 
ininterruptos nos procedimentos de Nível Operante (NO) e Esquema de Reforçamento 
Contínuo (CRF), fizemos um gráfico comparativo com as taxas de resposta de ambos, 
onde podemos perceber que, após ser reforçado o comportamento de pressionar a 
barra para a obtenção da pelota de comida, o rato tem uma diminuição em outros 
comportamentos como os de farejar e limpar-se. O sujeito experimental fica 
pressionando a barra e comendo sucessivamente, conforme suas vontades, o que não 
era possível no procedimento de Nível Operante pois o comportamento ainda não 
havia instalado no rato. 
14 
 
 
3.2. MODELAGEM 
 
 
 
 No gráfico de Modelagem, com a apresentação do reforço por aproximações 
sucessivas que consiste em: reforçar os movimentos de levantar em qualquer parede 
da caixa operante; levantar apenas na parede do fundo; levantar entre o bebedouro e 
alto falante (um à esquerda da barra e outro à direita); até que o sujeito experimental 
aprenda a pressioná-la por conta própria para obter a comida. Observamos que, por 
termos reforçado o comportamento de levantar em diversas partes da caixa, o sujeito 
experimental associou o comportamento de levantar à obtenção de comida, e mesmo 
após ter aprendido a pressionar a barra sozinho manteve esse comportamento por 
alguns minutos, entretanto, notamos que o comportamento diminuiu gradativamente 
conforme o tempo do experimento, demonstrando assim que, o mesmo havia 
aprendido que não precisava levantar para obter comida, e simplesmente pressionar a 
barra. 
15 
 
4. CONCLUSÃO 
 
O presente trabalho teve como objetivo o desenvolvimento prático do 
condicionamento operante. O mesmo possibilitou a comprovação dos estudos sobre a 
Análise do Comportamento, demonstrando empiricamente que o comportamento pode 
ser alterado em decorrência da manipulação objetiva, do controle de estímulos do 
contexto, e da manipulação de processos reforçadores. 
 Os resultados obtidos com o sujeito experimental deste estudo sustentam a 
teoria comportamental, ao passo que em nenhum momento os conceitos propostos se 
apresentaram defectivos. 
16 
 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ALLOWAY, T.; WILSON, G.; GRAHAM, J.; KRAMES, L. Sniffy, o rato virtual: 
versão pro 2.0. São Paulo: Thomsom Learning, 2006. 
 
MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. A. Princípios básicos de análise do 
comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007. 
 
SKINNER, B. F. Ciência e Comportamento Humano. São Paulo: Martins Fontes, 
2000. 
 
BOCK, A.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. Psicologias: Uma introdução ao estudo 
de Psicologia. São Paulo: Saraiva, 1992. 
 
BAUM, W. Compreender o Behaviorismo. ArtesMédicas, 1999. 
17 
 
ANEXOS

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