Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Equilíbrio dos Corpos 1. Condição de equilíbrio Um ponto material encontra-se em equilíbrio desde que esteja em repouso, se originalmente se achava em repouso, ou tenha velocidade constante, se originalmente estava em movimento. Mais freqüentemente, entretanto, o termo equilíbrio ou mais especificamente equilíbrio estático é usado para descrever um objeto em repouso. Para manter o equilíbrio, é necessário que seja satisfeita a primeira lei do movimento de Newton, pela qual a força resultante que atua sobre um ponto material deve ser igual a zero. E um corpo rígido é uma combinação de um grande número de partículas que ocupam posições fixas umas em relação às outras. Conceitos: Forças As forças que atuam num corpo rígido podem ser classificados em dois grupos: – forças exteriores - representando a ação dos outros corpos sobre o corpo rígido e que condicionam o seu movimento ou repouso; – forças interiores – mantêm unidas as diferentes partículas que constituem o corpo rígido. Se o corpo for composto por vários partes as forças de ligação são definidos por forças interiores. Um corpo rígido livre está em equilíbrio quando o sistema de forças exteriores atuantes se reduz a um sistema equivalente a zero (num ponto O arbitrário). Curso: Arquitetura e Urbanismo Professor: Carlos Bomfim Disciplina : Sistemas Estruturais em Concreto Armado 2. Diagrama de Corpo Livre Para aplicarmos a equação de equilíbrio, devemos considerar todas as forças conhecidas e desconhecidas que atuam sobre o ponto material. A melhor maneira de fazer isso é desenhando o Diagrama de corpo livre do ponto material. O diagrama é um simples esboço que mostra o ponto material “livre” de seu entorno e com todas as forças que atuam sobre ele. Procedimento para traçar o diagrama de corpo livre Como devemos considerar todas as forças que atuam sobre o ponto material ao aplicar as equações de equilíbrio, não devemos dar ênfase excessiva à importância de desenhar primeiro o diagrama de corpo livre. Para construí-lo é necessário seguir estes passos: - Desenhar o contorno do ponto material a ser estudado; - Mostrar todas as forças sobre o ponto material; - Identificar cada força – direções e sentidos. Considere a bobina de peso W suspensa pela lança do guindaste. Se quisermos obter as forças nos cabos AB e AC, deveremos considerar o diagrama de corpo livre do anel em A, visto que as forças atuam sobre o anel. Nesse caso, os cabos AD exercem a força resultante W sobre o anel e a condição de equilíbrio é usada para obter TB e TC. 3. Conexões freqüentes em equilíbrio do ponto material Para aplicar o conhecimento, vamos apresentar dois tipos de conexões freqüentes nos problemas de equilíbrio do monto material. 3.1 Molas Se for usada para apoio a mola elástica linear, o comprimento da mola variará em proporção direta com a força que atua sobre ela. Uma característica que define a „elasticidade‟ é a constante da mola ou rigidez k. A intensidade da força exigida na mola elástica linear que tem rigidez k e está deformada (alongada ou comprimida) de uma distância s, medida a partir de sua posição sem carga, é: F=k.s Nesse caso, a distância s é definida pela diferença entre o comprimento deformado da mola e o seu comprimento sem deformação (final e o inicia). Se s for positivo, F ‘puxa‟ a mola; se for negativo F a „empurra‟. Para mola com lo=0,4m, l=0,6m e rigidez k=500N/m F=k.s = 500. (0,6 – 0,4) = 100 N Para mola com lo=0,4m, l=0,2m e rigidez k=500N/m F=k.s = 500. (0,2 – 0,4) = -100 N 3.2 Cabos e Polias Pode-se considerar para os casos estudados em Isostática que todos os cabos (ou cordas) têm peso desprezível e são indeformáveis. Além disso, o cabo suporta apenas uma tensão ou força de „tração‟, que atua sempre na direção do cabo. Portanto para qualquer ângulo, o cabo está submetido a uma tensão constate T ao longo de todo o seu comprimento. A caçamba é mantida em equilíbrio pelo cabo, e instintivamente, sabemos que a força no cabo deve ser igual ao peso da caçamba. Para manter o equilíbrio a resultante dessas forças deve ser igual a zero e, assim, T=W. 4. Binário É chamado de binário o conjunto de duas forças paralelas não colineares, de mesmo módulo e sentidos contrários, que tendem a produzir rotação nos corpos. O momento do binário (M) é obtido pelo produto do módulo da força (F) pela distância (d) entre elas. 5. Momento de uma Força Chama-se momento de uma força em relação a um dado ponto O, ao momento binário que seria formado se naquele ponto fosse aplicada uma força igual e em sentido oposto a F. Assim sendo, o produto do módulo da força F pela distância do ponto O até sua linha de ação fornece o valor do momento. 6. Transporte de uma força paralelamente a si mesma Para o estudo do equilíbrio nos corpos rígidos, uma força F aplicada em um ponto A qualquer, pode ser considerada aplicada no ponto O, desde que se considere o momento dessa força em relação ao referido ponto.
Compartilhar