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RESUMO REABILITAÇÃO ORAL EM ODONTOPEDIATRIA

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RESUMO 
 
Amanda A. Nogueira 
 
 Visando adequar as funções mastigatórias, estéticas, fonéticas, mantenedora de espaço, bem como a 
posição correta da língua, também é função do odontopediatra devolver o bem-estar psicoemocional do 
paciente. A remoção dos fatores causais, por meio de medidas preventivas específicas, deve ser o primeiro 
passo no tratamento, pois se sabe que a simples restauração de lesões cariosas não reduz a suscetibilidade à 
subsequente incidência da doença. 
 Prega-se a manutenção do tecido dentário o máximo possível, com ênfase na prevenção e remineralização 
de pequenas lesões, sendo esse tipo de filosofia de tratamento chamada de minimamente invasiva. 
CONSIDERAÇÕES 
 Controle do meio biológico: é necessário que haja um controle a doença cárie, levando-se em consideração 
sua etiologia, determinantes biológicos, sociais, econômicos e culturais. 
 Exames clínicos e radiográficos: é importante que o exame seja feito minuciosamente para observar o 
remanescente, estruturas de suporte, condição de higiene bucal, comprometimento pulpar, equilíbrio entre 
rizogênese e rizólise. 
 Crescimento, desenvolvimento e oclusão: toda e qualquer reabilitação protética em odontopediatria não 
pode ser estático, mas sim, dinâmica, favorecendo as condições fisiológicas do paciente e considerando o 
crescimento e desenvolvimento craniofacial da criança. 
 Habilidade profissional. 
Características Decíduo Permanente 
Morfológicas coronárias São dentes mais largos do que alto 
(forma retangular), exceto os 
incisivos que são quadrados. Possui 
colo cervical mais estreito, face 
oclusal com aspecto mais estreito. 
Áreas de contato na região cervical. 
Possuem fossas e fissuras 
superficiais. 
São dentes mais altos que largos, 
principalmente os incisivos. O seu 
colo é menos estreito. Possui pontos 
de contato nas áreas 
oclusais/incisais. Possuem fossas e 
fissuras mais profundas, bem 
marcadas. 
Morfológicas pulpares Cornos pulpares mais pronunciados. 
Menor quantidade de tecido dental 
protegendo a polpa e, 
consequentemente, câmara pulpar 
mais ampla. 
Cornos pulpares menos 
pronunciados. Maior quantidade de 
tecido dental protegendo a polpa e, 
consequentemente, câmara pulpar 
menos ampla, podendo estar quase 
atrésica, bem como seus canais. 
Morfológicas histológicas Os prismas de esmalte direcionam-
se para oclusão/incisal 
acompanhando a direção dos 
túbulos dentinários e a inclinação 
nos inferiores é maior. O esmalte 
superficial encontra-se aprismático. 
Há menos esmalte e dentina e o 
esmalte é menos calcificado 
Os prismas de esmalte direcionam-
se para oclusão/incisal contrários a 
direção dos túbulos dentinários. 
Apresenta boa quantidade de 
esmalte e dentina, sendo o esmalte 
bem mais mineralizado. 
 
LESÕES CARIOSAS (CLASSIFICAÇÃO DE BLACK): 
 Classe I: lesão localizada na face oclusal e no terço oclusal de molares e na faze palatina dos incisivos. 
RRReeeaaabbbiiillliiitttaaaçççãããooo OOOrrraaalll 
LIVRO: Odontopediatria – 
Guedes-Pinto (cap. 33 e 36) 
RESUMO 
 
Amanda A. Nogueira 
 Classe II: lesões nas faces proximais de molares 
 Classe III: lesões nas faces proximais de incisivos e caninos, que não comprometa a borda 
 Classe IV: lesões nas faces proximais de incisivos e caninos, que comprometa a borda 
 Classe V: lesões no terço cervical nas faces vestibular, lingual ou palatina 
REMOÇÃO DO TECIDO CARIADO 
 Clinicamente, a dentina cariada pode ser dividida em dentina externa e interna. A camada externa é 
caracterizada pela textura amolecida, coloração amarelada, aspecto umedecido; histologicamente, 
apresenta-se desmineralizada, com degradação das fibrilas colágenas e altamente contaminada, portanto, 
não passível de remineralização; é denominada de dentina infectada e deve ser totalmente removida. Já a 
camada interna ou dentina afetada, tem como características menos grau de desmineralização, com 
preservação da integridade da malha colágena e com numero reduzido de bactérias, sendo passível de 
remineralização; clinicamente, apresenta consistência mais endurecida que a camada anterior, à remoção, 
destaca-se em forma de lascas ou escamas e, geralmente, tem coloração acastanhada. 
 A remoção da dentina cariada pode ser feita com instrumentos manuais, as curetas, ou com brocas 
esféricas, bem como jatos de oxido de alumino (método químico-mecânico-físico). 
DENTES POSTERIORES DECÍDUOS 
Classe I: 
 Abordagem não-invasiva: envolve a observação e controle, como 
também o uso de selantes de fossas e fissuras. Esse tipo de 
abordagem acaba sendo indicada para quando o dente encontra-se 
hígido ou com lesão limitada ao esmalte dental. A observação e o 
controle baseiam-se fundamentalmente na conscientização e na 
motivação do paciente em relação ao controle de placa bacteriana, 
restrição do consumo de açúcar e uso racional de flúor. Como a 
maior incidência de cárie se dá na região de oclusal (retenção de 
resíduos alimentares), foram introduzidos os selantes de cicatrículas 
e fissuras que são materiais com características adesivas (selantes 
ionomêricos ou resinosos), que atuam penetrando nas fossas e fissuras, criando barreira mecânica nessas 
superfícies, ele não necessita preencher todas as fissura, mas deve-se estender ao longo de sua extensão, 
aderindo-se firmemente na sua entrada. 
o Técnica de aplicação de selante ionomêrico: 
 Profilaxia previa com pasta de pedra pomes e isolamento relativo com rolinhos de algodão e 
sugador 
 Condicionamento superficial prévio com ácido poliacrílico 
 Lavagem por 30 segundos, seguida de secagem 
 Manipulação e inserção do material com espátula de inserção ou sonda exploradora, 
seguida de pressão digital (luva vaselinada) 
 Proteção do selamento com verniz ou vaselina e avaliação da oclusão 
o Técnica de aplicação de selante resinoso: 
 Profilaxia previa com pasta de pedra pomes e isolamento relativo com rolinhos de algodão e 
sugador 
 Condicionamento superficial prévio com ácido fosfórico 
 Lavagem por 15 segundos, seguida de secagem 
 Aplicação do material com sonda exploradora, seguida da checagem da retenção e oclusão 
Regras para uso do selante: 
 Tipo de dente: primeiros e 
segundos molares permanentes 
e segundos molares decíduos 
 Estagio de erupção: inicio da 
erupção e oclusão funcional 
 Risco de cárie: experiência 
anterior de lesão oclusal ou 
atividade de cárie favorável ao 
desenvolvimento de lesões 
nessas superfícies. 
RESUMO 
 
Amanda A. Nogueira 
 Abordagem invasiva: envolvem restaurações adesivas conservadoras, incluindo as restaurações com 
cimento de ionômero de vidro, restaurações com amálgamas de prata. Esse tipo de abordagem será 
preconizada especialmente quando houve envolvimento de dentina ou quando a lesão de esmalte for muito 
extensa. Preconiza-se a remoção apenas na dentina infectada, ou seja, remoção parcial do tecido cariado e o 
selamento da cavidade com materiais ou a base de ionômero de vidro – material restaurador mais indicado, 
apesar das suas características mecânicas e estéticas reduzidas, porém as propriedades de adesão química a 
estrutura dentaria e a incorporação de fluoretos, superam, as propriedades deficientes - ou adesivos (resina 
composta) ou metálicos (amálgama). 
Classe II: 
 As lesões cariosas interproximais em dentes posteriores decíduos são de difícil diagnóstico, pois a área de 
contato desses dentes dificulta o exame clinico. Desse modo, o exame radiográfico é fundamental, 
principalmente após o fechamento dos espaços posteriores generalizados. Em casos de duvida, pode-se 
realizar o afastamento prévio com elásticos para visualização direta da possível lesão. Além disso, a 
identificaçãoprecoce e o pronto atendimento dessas lesões são importantes pelas características anatomo-
histológicas do dente decíduo, que permitem envolvimento pulpar rápido em lesões não-tratadas. 
 Abordagem não-invasiva: observação e controle, preconizando o uso do fio dental para remoção cuidadosa 
e periódica da placa bacteriana, além disso, essa prevenção deve incluir ainda fluorterapia e orientação 
quanto aos hábitos alimentares. Nem sempre haverá uma cooperação do núcleo familiar no controle da 
lesão, então pode-se optar por usar selantes proximais para formar uma barreira mecânica impedindo o 
acumulo de placa bacteriana, inibindo ou reduzindo a velocidade de progressão da lesão; para essa técnica 
pode-se empregar sistemas adesivos ou selantes resinosos. 
 Abordagem invasiva: envolvem restaurações adesivas conservadoras e restaurações com amálgamas de 
prata. 
Preparos atípicos – destruição extensa: 
 Amálgama: proporciona contorno superior, favorecendo a saúde periodontal. Para o uso do amálgama 
recomenda-se a remoção da cúspide afetada até a altura do assoalho pulpar, unindo-se o preparo da caixa 
proximal, sendo que essa reconstrução deve ter no mínimo um terço de altura da coroa clínica e um terço da 
distância mesiodistal do dente para dar corpo suficiente ao material restaurador. Pode-se empregar nessas 
restaurações extensas pinos de amalgama de prata (não podem ser pinos para dentina) que variam de 1 a 2 
mm de profundidade em dentina. Como forma de substituir as coroas de aço inoxidável pré-fabricadas, 
podem ser utilizados os chamados amálgamas com bandas ortodônticas para aumento da resistência do 
dente e retenção ao amálgama, após 48 horas no mínimo, pode-se remover a banda que atuara como uma 
matriz; a vantagem dessa técnica é a combinação da escultura individualizada no amálgama com a melhor 
adaptação cervical oferecida pela banda. Outra técnica pode ser o amálgama adesivo. 
 Resina composta direta associada a adesivos dentinários 
 Restaurações biológicas, ou seja, restaurações com colagem de fragmentos dentários obtidos de banco de 
dentes. Essa colagem é feito com cimento resinoso dual. 
DENTES ANTERIORES DECÍDUOS 
 Os problemas decorrentes de cárie dentária e traumatismo que afetam os dentes anteriores decíduos 
provocam uma série de distúrbios de maior ou menor grau, como perda de espaço (não frequente), 
problemas de ordem psicológica, alteração da fonação, interposição lingual, perda do guia de erupção do 
sucessor; e tudo isso depende muito da idade de criança, da extensão da lesão e da expectativa gerada pela 
família. Nesses casos, é necessário um emprego de programa de incentivo que inclua orientação quantos aos 
hábitos alimentares, controle da placa bacteriana e fluorterapia. 
RESUMO 
 
Amanda A. Nogueira 
 A maior probabilidade de ocorrência é nas crianças portadoras de arco 
tipo II de Baume e como tratamento tem-se: em lesão de esmalte apenas 
o desgaste com tira de lixa ou discos e em dentina, preparo cavitário e 
restauração com resina composta. O problema mais grave surge com os 
quadros de cáries rampantes – Classe III, IV e V -, sendo que a “cárie de acometimento precoce” é bastante 
comum; pode-se tratar com soluções cariostáticas. 
 Em dentes tratados endodonticamente, podem-se executar retenções adicionais preenchendo 3 ou 4 mm 
iniciais do canal – não mais que isso para que não haja interferência no ciclo de esfoliação biológico – com 
resina composta ou com um pedaço de fio ortodôntico de 0,5 ou 0,6 mm de espessura dobrado em forma da 
letra “gama”. Como alternativa de pino , há também os “pinos biológicos” ou de estrutura dentária. 
TRATAMENTO RESTAURADOR ATRAUMÁTICO 
 Para essa técnica, utiliza-se o CIV que será colocado na cavidade com pressão digitar ou com a Centrix, sob 
isolamento relativo e sobre uma cavidade apenas previamente preparada com instrumentos manuais, 
removendo-se a dentina infectada, com a manutenção da dentina afetada. É muito empregada em casos 
onde é necessário fazer uma escavação em massa. 
PRÓTESES FIXAS – COROAS TOTAIS 
 Podem ser de aço inoxidável ou de cerâmicos 
 RESTAURAÇÕES INDIRETAS - INLAY, ONLAY, OVERLAY 
 Inlay: quando a restauração é estritamente intracoronária, isto é, está contida no preparo, sem qualquer 
envolvimento de cúspides 
 Onlay: quando se tem envolvimento das cúspides 
 Overlay: quando envolve e recobre todas as cúspides 
 Vantagens: obtenção de total polimerização da resina; melhor adaptação marginal, evitando a 
microinfiltração; melhor contorno e contato proximal; excelente estética; proteção da estrutura dental 
remanescente; biocompatibilidade com os tecidos bucais; menor acumulo de placa dental, favorecendo a 
saúde periodontal. 
PRÓTESE FIXA FUNCIONAL – SISTEMA TUBO-BARRA 
 É um tipo de prótese muito indicado quando há perda precoce dos incisivos, normalmente é por trauma. 
Entre as características apresentada pela prótese fixa funcional, as principais são: não ser fundida, são 
articuladas e, portanto, não interferem no processo de crescimento e desenvolvimento da maxila, além 
disso, raramente será necessário um preparo nos dentes pilares. Atualmente, os cimentos ionomêricos e os 
resinosos são os preferidos e teve-se ter muito cuidado durante a cimentação para não ocorrer a formação 
de bolhas. Algumas vezes, usa-se mais de um dente como suporte, sempre do lado em que o elemento 
suspenso é fixo, devido a ação das forças mastigatórias. 
PRÓTESE REMOVÍVEL 
 Atuando como mantenedor de espaço, pode-se dizer que é um recurso muito versátil dentro da 
odontopediatria, pois, além de restaurar a oclusão funcional e a estética, também permite o 
reembasamento, evita a extrusão dos dentes antagonistas e é facilmente ajustado às alterações na cavidade 
bucal decorrentes do crescimento e desenvolvimento. É indicada em casos de perda precoce da dentição 
decídua e perda dos dentes permanentes ou oligodontias. São requisitos básicos para esse tipo de prótese: 
manter espaço para a erupção dos dentes permanentes, não deve interferir no processo de 
Soluções cariostáticas tem a função de 
diminuir a sensibilidade, estacionar o 
processo carioso e adiar o tratamento 
para uma fase na qual a criança possa 
ser condicionada psicologicamente. 
RESUMO 
 
Amanda A. Nogueira 
desenvolvimento de dentes e arcos dentários, deve impedir a extrusão do antagonista, deve proporcionar 
boa mastigação e fonação, deve restaurar os contornos faciais normais, deve ser de fácil limpeza. 
PRÓTESES TOTAIS: 
 A sua indicação em Odontopediatria é rara, sendo indicada somente em casos de perda precoce de todos os 
dentes ou anodontia dos decíduos, estando diretamente relacionada com problemas decorrentes do 
prejuízo na mastigação, estética, fonética e, principalmente, emocional. Entre os fatores etiológicos das 
perdas precoces a cárie ocupa lugar de destaque, sendo que a rampante (aguda) tem sido a responsável 
pelas perdas generalizadas. Entre as causas gerais são incluídas as doenças que provocam perdas precoces, 
tais como a síndrome de Papillon-Lefèvre ou ainda displasia de ectoderme do tipo anidrótico, nas quais se 
observam agenesias ou anodontias. 
 As vantagens são destacadas principalmente quanto a adaptação, pois as crianças possuem um bom tônus 
muscular e a distância entre a maxila e a mandíbula é pequena, favorecendo sua estabilidade além da 
melhor adaptação que nos adultos. Durante o seu planejamento, deve-se levar em consideração os aspectos 
morfofuncionais da dentadura decídua e se for para a Maxila, é absolutamente necessária a reconstrução 
dos dentes inferiores, que servirão como guias para os antagonistas.

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