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Aula 02 8112 resumão

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1 
Profa. Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br 
Oi, Gente! 
Mas vamos ao nosso encontro de hoje!!! 
Legislação federal aplicável aos agentes públicos – Lei nº 8112/90. 
Beijo carinhoso e bons estudos! 
Patrícia Carla 
 
REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS DA UNIÃO 
(Lei nº 8112/90) 
Ao conjunto de regras que disciplinam determinado instituto dá-se o nome 
de regime jurídico. Assim, são estabelecidas normas para a nomeação, 
aposentadoria, estabilidade, acumulação de cargos, enfim, seus deveres, 
direitos e demais aspectos da vida funcional do servidor público. 
Nesse contexto, essas normas podem ser estabelecidas por lei ou por 
contrato. No primeiro caso, o regime será legal, e estabelecido por meio do 
Estatuto dos Servidores Públicos. No último, será contratual, com as regras 
dadas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT, Decreto-lei nº 
5.452/1943 e Lei nº 9.962/20001). 
É justamente aí que se insere o referido Estatuto: trata-se da lei que 
estabelece a inter-relação dos servidores públicos com a Administração, 
especificando todos os detalhes dessa convivência profissional. 
A Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, é que dispõe sobre o regime 
jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das 
fundações públicas federais. 
E é essa lei que vai nos interessar neste estudo, voltado fundamentalmente 
para concursos federais. 
 
AGENTES PÚBLICOS 
 
1 Na ADI 2.135 (julgamento em 02/08/2007, DJ 14/08/2007) o STF suspendeu, 
cautelarmente e com efeito ex nunc, a alteração do caput do art. 39, CF/88, retornando sua 
redação original, onde se exige a existência de um Regime Jurídico Único (RJU) dos 
Servidores Públicos. Assim, a partir dessa decisão, tornou-se inaplicável a Lei nº 9.962/2000. 
2 
Profa. Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br 
 
O gênero agentes públicos abrange todas as pessoas que, de uma forma ou 
de outra, mesmo que transitoriamente e sem remuneração, prestam algum 
tipo de serviço ao Estado. 
Entre os agentes, encontram-se três espécies principais, quais sejam, os 
agentes políticos, os agentes em delegação e os servidores públicos. 
Assim, agentes políticos são os que compõem os altos escalões do Governo, 
como Presidente da República, Governador, Prefeito, Senador, Deputado, 
Vereador e Magistrado, com características, prerrogativas e privilégios 
próprios, em geral estabelecidos pela Constituição Federal. 
Já os agentes em delegação são aqueles particulares que recebem do 
Estado a competência para executar determinada atividade pública, ou 
prestação de serviço público ou, ainda, construção de obra pública. Citem-
se os leiloeiros, peritos, tradutores, concessionários, permissionários e 
autorizatários. 
Servidores públicos, em sentido amplo, são todos os que prestam serviços 
ao Estado, incluindo a Administração Pública Indireta, tendo vínculo 
empregatício e pagos pelos cofres públicos. São também chamados de 
agentes administrativos. Nessa classificação estão tanto os servidores 
estatutários, sujeitos ao regime legal, quanto os empregados públicos, do 
regime contratual, além dos temporários, nos termos do art. 37, IX, da 
CF/88. 
Os servidores estatutários, também chamados de funcionários públicos 
(como na CF/67), são os titulares de cargos públicos e estão sujeitos ao 
regime legal, ou estatutário, pois é lei de cada ente da federação (União, 
Estados-membros, Distrito Federal e Municípios) que estabelece as regras 
de relacionamento entre os servidores e a Administração Pública. 
Tais regras podem ser alteradas unilateralmente, mas com respeito aos 
direitos já adquiridos. Esse regime é destinado, preferencialmente, às 
funções públicas que exigem do agente poderes próprios de Estado (art. 
247, CF/88), conferindo-lhe prerrogativas especiais, como a estabilidade. 
No plano federal, o estatuto dos Servidores Civis da União, Autarquias e 
3 
Profa. Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br 
Fundações Públicas é esta Lei nº 8.112/90, com alterações posteriores 
determinadas especialmente pela Lei nº 9.527/972. 
Empregados públicos são aqueles contratados, seguindo o regime 
trabalhista, próprio da iniciativa privada. Assim, devem obedecer a 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT e Lei nº 9.962/20003), bem como 
as regras impostas pela CF/88, como acesso mediante concurso público 
(art. 37, II, CF/88), limitações de remuneração (art. 37, XI, CF/88) e 
acumulação remunerada de cargos e empregos públicos (art. 37, XVI e 
XVII, CF/88). 
Por sua vez, os empregados das empresas públicas ou sociedades de 
economia mista, ainda que exploradoras de atividade econômica (art. 173, 
CF/88), equiparam-se a servidores públicos em diversos aspectos, como 
limites à acumulação (art. 37, XVII, CF/88), teto remuneratório (art. 37, § 
9º, CF/88) e à regra do concurso público, conforme revela antiga decisão do 
STF4: 
CARGOS E EMPREGOS PUBLICOS. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
DIRETA, INDIRETA E FUNDACIONAL. ACESSIBILIDADE. 
CONCURSO PÚBLICO. A acessibilidade aos cargos públicos a 
todos os brasileiros, nos termos da Lei e mediante concurso 
público é princípio constitucional explícito, desde 1934, art. 168. 
Embora cronicamente sofismado, mercê de expedientes 
destinados a iludir a regra, não só foi reafirmado pela 
Constituição, como ampliado, para alcançar os empregos 
públicos, art. 37, I e II. Pela vigente ordem constitucional, em 
regra, o acesso aos empregos públicos opera-se mediante 
concurso público, que pode não ser de igual conteúdo, mas há de 
ser público. As autarquias, empresas publicas ou sociedades de 
economia mista estão sujeitas à regra, que envolve a 
 
2 O Regime Jurídico dos Servidores do Serviço Exterior Brasileiro está regrado na Lei nº 
11.440/2006. 
3 Na ADI 2.135 (julgamento em 02/08/2007, DJ 14/08/2007) o STF suspendeu, 
cautelarmente e com efeito ex nunc, a alteração do caput do art. 39, CF/88, retornando sua 
redação original, onde se exige a existência de um Regime Jurídico Único (RJU) dos 
Servidores Públicos. Assim, a partir dessa decisão, tornou-se inaplicável a Lei nº 9.962/2000. 
4 STF, MS 21.322/DF, relator Ministro Paulo Brossard, publicação DJ 23/04/1993. 
4 
Profa. Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br 
administração direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos 
poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios. Sociedade de economia mista destinada a explorar 
atividade econômica está igualmente sujeita a esse princípio, que 
não colide com o expresso no art. 173, § 1º. Exceções ao 
princípio, se existem, estão na própria Constituição. 
Já os temporários são aqueles contratados para atividades transitórias, 
emergenciais, submetidos a um regime jurídico especial, como, na esfera 
federal, disciplinado pela Lei no 8.745/935, com alterações posteriores, em 
especial pela Lei no 10.667/2003 e pelo Decreto no 4.748/2003, que a 
regulamenta. A lei que trate desse tipo de situação não pode estabelecer 
hipóteses abrangentes e genéricas de contratação temporária, sem a 
especificação da contingência fática que evidencie tal situação excepcional, 
sob pena de inconstitucionalidade6. Essa classe está prevista, como 
mencionado, no art. 37, IX, da CF/88, e também tem seus litígios 
submetidos à Justiça Federal, quando contratados por entidade dessa 
esfera: 
 
5 Lei no 8.745/93, art. 2º Considera-se necessidade temporária de excepcional interesse 
público: 
I - assistência a situações de calamidade pública; 
II - combate a surtos endêmicos;III - realização de recenseamentos e outras pesquisas de natureza estatística efetuadas pela 
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE; 
IV - admissão de professor substituto e professor visitante; 
V - admissão de professor e pesquisador visitante estrangeiro; 
VI - atividades: 
a) especiais nas organizações das Forças Armadas para atender à área industrial ou a 
encargos temporários de obras e serviços de engenharia; 
b) de identificação e demarcação desenvolvidas pela FUNAI; 
c) (Revogado) 
d) finalísticas do Hospital das Forças Armadas; 
e) de pesquisa e desenvolvimento de produtos destinados à segurança de sistemas de 
informações, sob responsabilidade do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para a 
Segurança das Comunicações - CEPESC; 
f) de vigilância e inspeção, relacionadas à defesa agropecuária, no âmbito do Ministério da 
Agricultura e do Abastecimento, para atendimento de situações emergenciais ligadas ao 
comércio internacional de produtos de origem animal ou vegetal ou de iminente risco à 
saúde animal, vegetal ou humana; 
g) desenvolvidas no âmbito dos projetos do Sistema de Vigilância da Amazônia - SIVAM e do 
Sistema de Proteção da Amazônia - SIPAM. 
h) técnicas especializadas, no âmbito de projetos de cooperação com prazo determinado, 
implementados mediante acordos internacionais, desde que haja, em seu desempenho, 
subordinação do contratado ao órgão ou entidade pública. 
6 STF, ADI 3.210/PR, relator Ministro Carlos Velloso, publicação DJ 03/12/2004. Veja 
também: STF, ADI 890/DF, relator Ministro Maurício Corrêa, publicação DJ 06/02/2004. 
5 
Profa. Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br 
CONFLITO DE COMPETÊNCIA. CONSTITUCIONAL. 
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR FEDERAL. FUNASA. CONTRATO 
TEMPORÁRIO. GUARDA DE ENDEMIAS. EXCEPCIONAL INTERESSE 
PÚBLICO. RESCISÃO. LEI 8745/93. Compete à Justiça Comum 
Federal processar e julgar pedido indenizatório relativo à 
contratação efetuada pela Fundação Nacional da Saúde para 
atendimento de necessidade temporária de excepcional interesse 
público. Conflito conhecido para declarar a competência da Justiça 
Comum Federal.7 
CONFLITO DE COMPETÊNCIA. CONSTITUCIONAL. 
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR FEDERAL. CONTRATO 
TEMPORÁRIO. EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO. RESCISÃO. 
Compete à Justiça Comum Federal processar e julgar pedido de 
verbas indenizatórias relativas a contratação efetuada pela União 
ou suas entidades para atendimento de necessidade temporária 
de excepcional interesse público. Conflito conhecido. Competência 
da Justiça Comum Federal.8 
Assim sendo, os comentários aqui serão fixados nos servidores públicos 
estatutários, que são o objeto do Estatuto Federal. 
 
A LEI Nº 8.112/90 E A REFORMA ADMINISTRATIVA DA 
EC Nº 19/98 
 
Nossa Constituição Federal de 1988 dedicou um capítulo próprio à 
Administração Pública, traçando seus contornos principais e tratando 
especificamente dos servidores públicos, com normas gerais a serem 
observadas por todos os entes da federação (artigos 37 a 41, CF/88). 
Aí estabeleceu formas de acesso, aquisição de estabilidade, perda do cargo, 
acumulação legal de cargos, aposentadoria, princípios de observância 
obrigatória e outras normas, que devem ser esmiuçadas pela legislação 
ordinária. 
 
7 STJ, CC 40.114/RJ, relator Ministro José Delgado, publicação DJ 09/08/2004. 
8 STJ, CC 33.491/RJ, relator Ministro Vicente Leal, publicação DJ 17/06/2002. 
6 
Profa. Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br 
O conteúdo original do caput do art. 39 determinava que a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios deveriam instituir, no âmbito de 
sua competência, regime jurídico único (RJU) e planos de carreira para os 
servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações 
públicas. 
Ressalte-se que não se exigia, obrigatoriamente, o regime estatutário. 
Havia, isso sim, que ser o mesmo regime para todos, independente de ser 
estatutário (ou legal), celetista (ou contratual), ou outro qualquer que fosse 
criado. Tal previsão tinha base no princípio da isonomia, segundo o qual 
todos deveriam ter o mesmo tratamento. 
A União saiu à frente editando a Lei nº 8.112, em 11 de dezembro de 1990, 
optando pelo regime estatutário, ou seja, os servidores estariam 
submetidos à lei, que regularia sua relação com a Administração Pública. 
Poderia também ter optado pelo regime contratual, seguindo as regras da 
Consolidação das Leis do Trabalho. 
Importante repetir: uma vez optado por um ou outro regime, todos os 
servidores daquele ente federativo deveriam estar vinculados a ele. Assim, 
o Estatuto atendeu ao comando constitucional, instituindo esse regime 
jurídico, à época único, para seus servidores. 
Em 04 de junho de 1998 fez-se promulgar a Emenda Constitucional nº 19, 
apelidada de Reforma Administrativa, que inaugurou uma nova fase para os 
servidores públicos, com importantes alterações no texto constitucional. 
Em especial, alterou-se o texto do artigo 39, deixando de ser necessária a 
fixação de um único regime jurídico para todos os servidores, passando a 
ser possível a convivência, numa mesma esfera de governo, de múltiplos 
regimes jurídicos, cada qual estabelecendo regras de determinada carreira, 
com peculiaridades próprias de cada caso. 
Com isso, buscou-se a flexibilização da Administração Pública, deixando de 
lado muitas regras rigorosas do Estatuto, em especial facilitando a dispensa 
de trabalhadores, que passariam a ser contratados pelas regras da CLT, 
sem direito à estabilidade, como prevista no art. 41 da CF/88, após a 
7 
Profa. Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br 
alteração promovida por essa Emenda9. Embora não seja pacífica tal 
interpretação10, parece clara a intenção do constituinte derivado ao alterar a 
redação do caput do art. 41. Originalmente, a estabilidade era dirigida a 
todo aquele “nomeado em virtude de concurso público”, tanto titular de 
cargo quanto de emprego público11. Com a nova regra, limita-se a 
estabilidade aos “nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de 
concurso público”. 
Assim, deixou de fazer sentido referir-se a Regime Jurídico Único dos 
Servidores Públicos, visto que tal sistema deixou de existir com essa EC nº 
 
9 Redação original: art. 41. São estáveis, após dois anos de efetivo exercício, os servidores 
nomeados em virtude de concurso público. 
Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19/98: art. 41. São estáveis após três anos de 
efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de 
concurso público. 
10 Súmula 390, TST: I – O servidor público celetista da administração direta, autárquica ou 
fundacional é beneficiário da estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. II – Ao empregado 
de empresa pública ou de sociedade de economia mista, ainda que admitido mediante 
aprovação em concurso público, não é garantida a estabilidade prevista no art. 41 da 
CF/1988. TST, RR 3.572/2001-201-02-00.1, relator Ministro João Batista Brito Pereira, 
publicação DJ 29/06/2007: O servidor público celetista da administração direta, autárquica 
ou fundacional é beneficiário da estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. Noutro sentido: 
TST, RR 616.054, relator Ministro Guedes de Amorim, publicação DJ 24/08/2001: 
Empregado público, ainda que admitido nos serviços do Município, mediante concurso 
público de ingresso, nos termos do artigo 37, inciso II, da Constituição Federal, e sob o 
regime da legislação trabalhista, adotada pelo Reclamado em observância do artigo 39 da 
Carta Magna, não se beneficia da estabilidade assegurada em seu artigo 41, pois destinadoapenas aos servidores públicos civis. TST, RR 459.515, relator Ministro Wagner Pimenta, DJ 
02/02/2001: A estabilidade prevista no artigo 41 da Constituição Federal não alcança o 
empregado público celetista da administração direta, admitido por concurso público, que, à 
data da demissão, contava com mais de dois anos de efetivo exercício. A conclusão desse 
entendimento se encontra no artigo 37 da Constituição Federal, que distinguiu cargo de 
emprego público, embora para ambos a aprovação dependa de concurso público para a 
investidura na Administração Pública, Direta ou Indireta. O cargo público é criado por lei, 
enquanto que, no emprego público, a natureza do vínculo é contratual, regida pela CLT. STF, 
RE 159.005/PR, relator Ministro Sydney Sanches, publicação DJ 10/02/1995, e AI-AgR 
88.486/PR, relator Ministro Aldir Passarinho, publicação DJ 29/06/1984: Não se cumulam os 
dois regimes: o do FGTS e o da estabilidade. STF, AI-AgR 561.230/RS, relator Ministro 
Gilmar Mendes, publicação DJ 22/06/2007: Funcionários de empresa pública. Regime 
Celetista. Readmissão com fundamento no art. 37, da Constituição Federal. Impossibilidade. 
Estabilidade que se aplica somente a servidores públicos. STF, AI-AgR 630.749/PR, relator 
Ministro Eros Grau, publicação DJ 18/05/2007: A estabilidade dos servidores públicos não se 
aplica aos funcionários de sociedade de economia mista. Estes são regidos por legislação 
específica [Consolidação das Leis Trabalhistas], que contém normas próprias de proteção ao 
trabalhador no caso de dispensa imotivada. STF, RE-AgR 242.069/PE, relator Ministro Carlos 
Velloso, publicação DJ 22/11/2002: A norma do art. 41, C.F., conferidora de estabilidade, 
tem como destinatário o servidor público estatutário exercente de cargo público. 
11 STF, AI-AgR 510.994/SP, relator Ministro Cezar Peluso, publicação DJ 24/03/2006: Faz jus 
à estabilidade prevista no art. 41 da Constituição Federal, em sua redação original, o 
empregado público que foi aprovado em concurso público e cumpriu o período de estágio 
probatório antes do advento da EC nº 19/98. Veja também a seguinte decisão, anterior à EC 
nº 19/98: STF, MS 21.236/DF, relator Ministro Sydney Sanches, publicação DJ 25/08/95 - A 
garantia constitucional da disponibilidade remunerada decorre da estabilidade no serviço 
publico, que é assegurada, não apenas aos ocupantes de cargos, mas também aos de 
empregos públicos, já que o art. 41 da C.F. se refere genericamente a servidores. 
8 
Profa. Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br 
19/98. Correto tecnicamente seria chamá-lo de Estatuto dos Servidores 
Públicos ou Regime Jurídico Estatutário. 
Com efeito, com essa alteração constitucional, passou a caber a cada ente 
da Federação a eleição da forma como seriam disciplinadas as regras entre 
ele e determinada carreira pública. Essa liberdade, contudo, não é ilimitada, 
tendo a própria Constituição Federal deixado implícito que determinados 
cargos devem ser organizados em carreira, o que lhes exige a vinculação 
estatutária, não necessariamente à Lei nº 8.112/90. Citem-se a Polícia, a 
Defensoria, a Advocacia Públicas e as carreiras das administrações 
tributárias. Além destas, há ainda a previsão de que determinadas 
atividades serão consideradas típicas de Estado, e também deverão estar 
vinculadas ao Estatuto, como se denota da redação do novo art. 247, 
acrescentado pelo art. 32 da EC no 19/98. 
Ademais, é da União a competência para legislar sobre Direito do Trabalho 
(art. 22, I, CF/88), o que retira a liberdade dos demais entes de legislar 
sobre regimes contratuais, sujeitos a esse ramo do direito. 
Então, ao criar novo cargo ou abrir vagas para concurso público, a 
Administração Pública, pela via adequada, deveria estabelecer se esses 
novos integrantes seriam regidos pelo Estatuto, com regras rígidas, 
inalteráveis por acordo entre as partes, ou pelo regime contratual, com 
cláusulas discutidas entre empregado e empregador. 
Mas esse cenário alterou-se profundamente com o julgamento pelo STF, 
ainda em sede cautelar, da ADI 2.13512, onde se discute a 
constitucionalidade da EC nº 19/98, em especial no que concerne à 
alteração do art. 39, caput, CF/88. 
Ocorre que, quando das votações na Câmara dos Deputados, em primeiro 
turno, a proposta de alteração do caput do art. 39, CF/88, não foi aprovada 
pela maioria qualificada constitucionalmente exigida (art. 60, § 2º, CF/88). 
Ao elaborar o texto enviado para votação, em segundo turno, a comissão 
especial de redação da Câmara dos Deputados teria deslocado o § 2º do 
art. 39 – que havia sido aprovado, para o lugar do caput do artigo 39, cuja 
 
12 STF, ADI 2.135/MC, relator Ministro Néri da Silveira, publicação DJ 14/08/2007. 
9 
Profa. Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br 
proposta de alteração havia sido rejeitada no primeiro turno. Com essa 
substituição, a redação original do caput do artigo 39 simplesmente 
desapareceu. Naturalmente que essa transposição não pode ser tida por 
mera emenda redacional13, exigindo-se, então, nova votação, para 
cumprimento da exigência de aprovação por dois turnos em cada uma das 
Casas legislativas do Congresso Nacional (art. 60, § 2º, CF/88). 
Com isso, haveria inconstitucionalidade formal. Nesse julgamento afastou-
se, em sede cautelar, a nova redação do caput desse art. 39, retomando-se 
a redação original do texto constitucional. 
Para que fique claro, compare-se a redação original e a alterada pela EC nº 
19/98: 
Texto original da CF/88: 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e 
planos de carreira para os servidores da administração pública 
direta, das autarquias e das fundações públicas. 
Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998: 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
instituirão conselho de política de administração e remuneração 
de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos 
Poderes. 
À decisão foi dado efeito ex nunc, é dizer, irretroativo, não atingindo as 
situações jurídicas havidas entre a promulgação da EC nº 19/98 e a decisão 
do STF. 
A partir de então, repise-se, retorna a regra da exigência de um Regime 
Jurídico Único, sendo incabível, hoje, contratação pelo regime da CLT, no 
âmbito federal. 
Como efeito imediato, tem-se a inaplicabilidade da Lei nº 9.962/2000, que 
disciplinou o regime de emprego público do pessoal da Administração 
federal direta, autárquica e fundacional. Como agora só cabe um regime, 
único, o estatutário, não será mais possível a existência de novos empregos 
 
13 De acordo com o art. 118 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. 
10 
Profa. Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br 
públicos no âmbito da Administração federal direta, autárquica e 
fundacional. Aqueles contratados sob esse regime antes da decisão do STF 
seguem em seus empregos, já que, como se disse, a decisão cautelar teve 
efeito ex nunc. 
Aguarde-se a decisão final de mérito. 
O Estatuto não é imutável. Ao contrário, não cabe argüir violação ao direito 
adquirido contra mudanças no regime jurídico. 
Como já visto, regime jurídico é o conjunto de normas que regem 
determinado instituto. Ao tomar posse em um cargo público, sob as 
determinações do Estatuto, tem-se um determinado conjunto de regras 
sobre os mais variados temas: férias, licenças, horário de trabalho etc. 
Segundo entende o Supremo Tribunal Federal, não há direito adquirido que 
garanta imutabilidade do regime jurídico14. Esse tribunal, que está no ápice 
do nosso Poder Judiciário,reiteradamente tem entendido que não se pode 
exigir a permanência dessas regras por todo o tempo em que houver 
vínculo com a Administração Pública, sendo possível a alteração desses 
institutos sem que seja ferido o direito adquirido. 
Assim, a não existência de direito adquirido a regime jurídico “implica dizer 
que pode a lei nova, ao criar direito novo para o servidor público, 
estabelecer exigência que não observe o regime jurídico anterior”15. 
Como se percebe nesse julgado, esse entendimento é antigo e, acrescente-
se, pacífico e consolidado. 
Dessa forma pode a Administração alterar unilateralmente as regras. E 
assim foi alterado o Estatuto em diversas ocasiões, em especial com a 
profunda reforma promovida pela Lei nº 9.527, de 10 de dezembro de 
1997, que retirou inúmeros direitos dos servidores públicos federais, como, 
e a título de exemplo, a possibilidade de incorporação de anuênios e os 
chamados quintos das gratificações, licença prêmio, venda de 1/3 das férias 
etc. 
 
14 STF, RMS 24.273 AgR-ED/DF, relatora Ministra Ellen Gracie, publicação DJ 10/12/2004 e 
ADI 2.555/DF, relatora Ministra Ellen Gracie, publicação DJ 02/05/2003. 
15 STF, RE 99.522/PR, relator Ministro Moreira Alves, publicação DJ 20/05/1983. 
11 
Profa. Patrícia Carla www.pontodosconcursos.com.br 
Percebe-se que as regras do jogo foram alteradas: o que antes era possível 
fazer, agora não é mais; de outro lado, novas opções foram deferidas aos 
servidores. Como o regime é legal, à lei cabe estabelecer as regras, e aos 
servidores cabe cumpri-las. Se o regime é contratual, não pode o 
empregador alterar cláusulas como bem entender, devendo haver 
concordância entre os contratantes. Destaque-se que, ainda que haja 
concordância do empregado, pelo princípio da proteção, algumas alterações 
prejudiciais a ele não são admitidas. 
Quando da mudança unilateral da lei, as situações já consolidadas devem 
ser respeitadas. 
Para que fique bem claro, citem-se exemplos ilustrativos. Aquele que 
tivesse optado pela conversão em pecúnia de 1/3 das férias (popularmente 
chamada de venda de 1/3 das férias) antes de dezembro de 1997, ainda 
que o gozo das mesmas fosse em 1998, tinha o direito adquirido à essa 
conversão, pois tinha cumprido todos os requisitos antes da extinção dessa 
possibilidade. Porém, aquele que ainda não tinha feito essa opção não pôde 
mais fazê-la, assim como não pode exigir que continue tendo esse direito. 
Outro exemplo é do servidor que já havia cumprido cinco anos de exercício 
sem nenhuma falta, exigência para ter direito à licença prêmio de três 
meses. Todo aquele que já tinha cumprido o requisito temporal à época da 
edição da lei que extinguiu essa vantagem tem o direito adquirido ao gozo 
desses três meses de licença prêmio. Porém, aquele que tinha quatro anos, 
tinha mera expectativa de direito, não podendo gozar dessa licença, pois 
não cumpria os requisitos de então e, quando completou os cinco anos, já 
não havia essa previsão legal. 
 
CARGOS, EMPREGOS E FUNÇÕES 
 
A Constituição Federal distribui competência entre as pessoas jurídicas 
(União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios), órgãos e 
servidores públicos. Por sua vez, estes ocupam cargos, empregos ou 
exercem funções. 
12 
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Assim, cargo é, seguindo o art. 3º do Estatuto, o conjunto de atribuições e 
responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser 
cometidas a um servidor. 
É criado por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres 
públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão (art. 3º, § 
único). 
O cargo público pode ser de provimento efetivo ou em comissão, e essa 
característica quanto à possibilidade de permanência no cargo deve ser 
prevista na lei que o cria. Assim, se o preenchimento pressupõe 
continuidade e permanência no cargo, será este efetivo; de outro modo, 
temporário é o provimento do cargo em comissão, também chamado de 
cargo em confiança, pois está atrelado à confiança que determinada 
autoridade tem em seu auxiliar, como no caso dos Diretores de Secretaria 
na Justiça Federal. Este cargo não comporta maiores regalias ao seu titular 
momentâneo, não gerando direito de permanência nele, tampouco à 
aposentadoria pelo regime dos servidores públicos (artigos 37, II, V e 40, § 
13, CF/88). 
O cargo público é exclusividade do servidor estatutário. De outro lado, ao 
celetista cabe o emprego público, que também é um conjunto de 
atribuições, mas que se diferencia exclusivamente pelo vínculo que une 
seus titulares ao Estado. Assim, funcionário (estatutário) será titular de um 
cargo, empregado (celetista) será titular de um emprego. 
Já a função se refere a uma atribuição específica, pelo Poder Público, a um 
agente. Ou seja, é o acréscimo de algumas atribuições àquelas já 
destinadas ao agente, no que concerne à chefia, direção ou 
assessoramento. Assim, exige-se que, para exercê-la, já seja concursado. O 
agente tem suas atividades normais dentro do cargo que ocupa e adquire 
mais algumas, como, por exemplo, para ser chefe de uma seção. Em 
contrapartida, há acréscimo na remuneração (art. 61, I). Essa possibilidade 
está prevista no art. 37, V, da CF/88, e é chamada de função de confiança. 
13 
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Maria Sylvia Zanella di Pietro16 ainda lembra outra situação quando fala em 
função, que é aquela “exercida por servidores contratados temporariamente 
com base no art. 37, IX, para as quais não se exige, necessariamente 
concurso público, porque, às vezes, a própria urgência da contratação é 
incompatível com a demora do procedimento; a Lei nº 8.112/90 definia, no 
artigo 233, § 3º, as hipóteses em que o concurso era dispensado; esse 
dispositivo foi revogado pela Lei nº 8.745, de 9-12-93, que agora disciplina 
a matéria, com as alterações introduzidas pela Lei nº 9.849, de 26-10-99”. 
Assim, quer seja em um caso, quer seja noutro, não há necessidade de 
prévio concurso público, pois, naquele, exige-se que já seja servidor, neste, 
exige-se urgência na contratação. Bem por isso, o inciso II do art. 37 da 
CF/88 o exige somente para investidura em cargo ou emprego, silenciando 
quanto à função. 
Por fim, reproduzo o art. 37, V, da CF/88: 
As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores 
ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem 
preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e 
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às 
atribuições de direção, chefia e assessoramento. 
Não é qualquer pessoa, no entanto, que pode assumir um cargo em 
comissão ou função gratificada. Nessa linha, editou o STF, em 21/08/2008, 
a Súmula Vinculante nº 13, com o seguinte teor: 
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, 
colateral ou por afinidade, até 3º grau, inclusive da autoridade 
nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em 
cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de 
cargo em comissão ou de confiança ou ainda de função 
gratificada da administração pública direta, indireta em qualquer 
dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
municípios, compreendido o ajuste mediante designações 
recíprocas, viola a Constituição Federal. 
 
16 Direito Administrativo. Cit., p. 439. 
14 
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Acrescento outras decisões do STF acerca da aplicação ou não da Súmula 
em análise: 
NEPOTISMO. SÚMULA VINCULANTENº 13. INAPLICABILIDADE AO 
CASO. CARGO DE NATUREZA POLÍTICA. AGENTE POLÍTICO. 
Impossibilidade de submissão do reclamante, Secretário Estadual 
de Transporte, agente político, às hipóteses expressamente 
elencadas na Súmula Vinculante nº 13, por se tratar de cargo de 
natureza política.17 
A vedação do nepotismo não exige a edição de lei formal para 
coibir a prática, uma vez que decorre diretamente dos princípios 
contidos no art. 37, caput, da Constituição Federal. O cargo de 
Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Paraná reveste-
se, à primeira vista, de natureza administrativa, uma vez que 
exerce a função de auxiliar do Legislativo no controle da 
Administração Pública.18 
Atenção para não confundir: funções de confiança → servidores ocupantes 
de cargo efetivo; cargos em comissão (=cargo em confiança) → servidores 
de carreira ou não. 
 
Nomeação x Posse x Exercício 
 
Nomeação: é a única forma de provimento originário prevista no atual 
ordenamento jurídico brasileiro; é a atribuição de um cargo a um servidor 
independentemente de qualquer relação jurídica anterior com a 
Administração. O pressuposto para a sua realização é a prévia aprovação 
em concurso público, devendo ser formalizada durante o seu prazo de 
validade e respeitada a sua ordem de classificação. 
 
 
17 STF, Rcl 6.650 MC-AgR/PR, DJ 21/11/2008, Informativos 524 e 529. Excertos do 
Informativo 524, Rcl 6.650 MC-AgR/PR: A nomeação de parentes para cargos políticos não 
implica ofensa aos princípios que regem a Administração Pública, em face de sua natureza 
eminentemente política, e que, nos termos da Súmula Vinculante 13, as nomeações para 
cargos políticos não estão compreendidas nas hipóteses nela elencadas. 
18 STF, Agr. na Med. Caut. em Rcl. 6.702/PR, Informativo 537 e 544. Veja também a Rcl 
7.952/PI, onde foi concedida liminar permitindo o afastamento de um assessor de controle 
interno do Tribunal de Contas (TC) estadual, sobrinho do esposo de uma conselheira do 
próprio TC (decisão liminar de 06/04/2009). 
15 
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Súmula nº 16, STF: “Funcionário nomeado por concurso tem direito 
à posse”. 
 
Posse: é a aceitação, pelo servidor, das atribuições do cargo, momento em 
que esse assume o compromisso de bem servir. Nesse momento forma-se a 
relação jurídica: a Administração atribui o cargo e o servidor aceita-o, 
formando-se, assim, o vínculo estatutário, o que se denomina investidura. 
Portanto, com a nomeação tem-se provimento e com a posse faz-se a 
investidura. 
 
A posse deve ser feita com a assinatura do respectivo termo, no qual 
deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os 
direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados 
unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício 
previstos em lei. Esse ato só ocorre no provimento originário e nada impede 
que seja realizado por meio de procuração específica. 
 
O servidor tem o prazo de até 30 dias, contados da publicação do ato de 
nomeação, para tomar posse, sob pena de a nomeação ficar sem efeito. 
Caso o administrador dê posse fora desse prazo, o ato é inválido e não terá 
efeito. Em caso de impedimento, esse prazo será contado do seu término. 
 
Na oportunidade da posse, o servidor deve apresentar a sua declaração de 
bens e valores. O objetivo dessa declaração é acompanhar a sua evolução 
patrimonial que, em caso de desproporcionalidade, pode caracterizar 
Improbidade Administrativa (Lei nº 8429/92). Exige-se também a 
declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função 
pública, para evitar acumulações ilegais, além da prévia inspeção médica 
para atestar sua capacidade física e mental para o exercício do cargo. 
 
Exercício: é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da 
função de confiança (art. 13, Lei nº 8112/90). Efetivada a posse, o servidor 
tem o prazo de 15 dias pra entrar em exercício a contar daquele ato, sob 
pena de ser exonerado de ofício. 
16 
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Tratando-se de função de confiança, o servidor deve entrar em exercício na 
data da publicação do ato de designação, sob pena de o ato ficar sem 
efeito. Estando o servidor impedido em razão de licença ou afastamento, a 
entrada em exercício deve ocorrer no primeiro dia após o término do 
impedimento, que não pode exceder a 30 dias. 
 
Nas hipóteses em que o servidor tenha exercício em outro município em 
razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em 
exercício provisório, terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de 
prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo 
desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo 
necessário para o deslocamento para a nova sede. 
 
A jornada semanal de trabalho do servidor terá duração máxima de 40h, 
+enquanto a jornada diária terá o limite mínimo de 6h e o máximo de 8h. 
Para os ocupantes de cargo em comissão, o regime é de dedicação integral 
ao serviço, podendo ser convocado sempre que houver interesse da 
Administração. 
 
Formas de deslocamento 
 
 
Nessa oportunidade, é importante tomar cuidado para não confundir formas 
de provimento com formas de deslocamento, não havendo nesse último 
atribuição de um novo cargo a um servidor, mas, somente o seu 
deslocamento. O Estatuto definiu duas formas de deslocamento: a remoção 
e a redistribuição. 
 
Remoção: é um instituto utilizado pela Administração com o intuito de 
aprimorar a prestação do serviço público, podendo ser usado, também, no 
interesse do servidor, diante da ocorrência dos casos especificados na lei. 
Trata-se de uma forma de deslocamento do servidor no âmbito do mesmo 
quadro, com ou sem mudança de sede (art. 36). A lei admite três formas de 
deslocamento: realizada de ofício pela Administração para atender aos seus 
17 
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interesses; a pedido do servidor e deferida de acordo com a conveniência e 
oportunidade da Administração; e as hipóteses em que o servidor pede e 
tem direito subjetivo ao seu deferimento, isto é, independe do interesse da 
Administração, o que ocorre nas seguintes circunstâncias: 
 
a) Quando o pedido for para acompanhar cônjuge ou companheiro, 
também servidor público civil ou militar, de qualquer dos poderes e 
de qualquer ordem política, que foi deslocado no interesse da 
Administração. Essa regra não pode ser utilizada para os servidores 
que se deslocaram a pedido e que passaram no concurso quando o 
cônjuge já era servidor em outra localidade; 
b) Por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou 
dependente, desde que viva às suas expensas e que essa informação 
conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação 
por junta médica oficial; 
c) Em virtude de processo seletivo promovido, na hipóteses em que o 
número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo 
com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que eles 
estejam lotados. 
 
Redistribuição: é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, 
ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão 
ou entidade do mesmo Poder; com prévia apreciação do órgão competente 
(art. 37). Esse deslocamento é possível dede que preenchidos os seguintes 
requisitos: interesse da Administração, equivalência de vencimentos; 
manutenção da essência das atribuições do cargo; vinculação entre os 
graus de responsabilidade e complexidade das atividades; mesmo nível de 
escolaridade, especialidade ouhabilitação profissional, compatibilidade 
entre as atribuições do cargo e as finalidades do órgão ou entidade. 
 
A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento de lotação e da força 
de trabalho às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de 
reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade. Nessa hipótese, 
18 
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caso o servidor não seja redistribuído, este será colocado em 
disponibilidade. 
 
Vacância 
 
Vacância é a terminologia técnica para descrever que o cargo público está 
vago, é um fato administrativo que indica que determinado cargo público 
não está provido, isto é, está sem titular. O rol de hipótese que geram a 
vacância está previsto no art. 33, da Lei nº 8112/90: 
 
1 – Exoneração: ocorre quando a dissolução do vínculo entre o servidor e 
a administração se dá sem caráter punitivo, podendo, de acordo com os 
arts. 35 e 35 da Lei, ocorrer em duas situações: em cargo efetivo a pedido 
do servidor ou de ofício, ou de cargo em comissão a juízo da autoridade 
competente ou a pedido do próprio servidor; 
 
2 – Demissão: forma de penalidade disciplinar, cabível às hipóteses 
descritas no art. 132, a qual seguida da indisponibilidade dos bens e 
ressarcimento ao erário nas circunstâncias onde a conduta motivadora do 
agente importar em lesão aos cofres públicos, aplicação irregular de 
dinheiro público, corrupção ou improbidade administrativa; 
 
3 – Promoção: constitui também uma das formas de provimento derivado 
de cargo público, que se constitui de forma vertical, com ascensão 
funcional. No âmbito federal, caberá à lei que fixar as diretrizes do sistema 
de carreira na Administração Pública Federal, também estabelecer os 
requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira, 
mediante promoção, uma vez promovido o servidor, abre-se vaga pra o 
cargo anteriormente ocupado; 
 
4 – Readaptação: é a investidura do servidor em cargo de atribuições e 
responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua 
capacidade física ou mental verificada em inspeção médica. É ao mesmo 
tempo forma de investidura e vacância de cargo público. O servidor 
readaptado passará a ocupar um cargo semelhante, respeitando suas novas 
19 
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limitações, deixando o anterior vago para ser ocupado por outro servidor 
que preencha os requisitos de capacidade física ou mental; 
 
5 – Aposentadoria: dá-se quando o servidor passa para a inatividade. 
Trata-se de direito do servidor e ocorrerá de formas específicas: voluntária, 
compulsória, por invalidez permanente e especial; 
 
6 – Posse em outro cargo inacumulável: pode se dar como uma das 
hipóteses previstas em lei autorizadora da demissão do servidor. Como 
prevê o art. 133, detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de 
cargos, emprego ou funções públicas, a autoridade competente notificará o 
servidor para que opte por um dos cargos, emprego ou função no prazo de 
10 dias. Este terá até o último dia do prazo da defesa do processo 
administrativo disciplinar para efetivar sua escolha. Caso contrário, 
configurar-se-á má-fé, aplicando-lhe a pena de demissão. Se, porém, 
houver a escolha em tempo hábil do cargo, emprego ou função, sua 
conduta converterá automaticamente em pedido de exoneração do outro 
cargo. Em ambas as hipóteses haverá vacância; 
 
7 – Falecimento: como o próprio nome já sugere, é a hipótese gerada pelo 
óbito do servidor. 
 
Desinvestitura: exoneração x demissão 
 
Desinvestidura é o ato administrativo através do qual o servidor é 
destituído do cargo, representa o fim da relação jurídica funcional, gerando 
a vacância do mesmo. As duas principais formas são: exoneração e a 
demissão. 
 
Exoneração: é o desligamento sem caráter sancionador, podendo ocorrer a 
pedido do servidor que não deseja mais trabalhar naquele cargo da 
Administração, ou por iniciativa e deliberação espontânea da Administração, 
denominada por parte da doutrina de exoneração de oficio. Assim, a 
exoneração por iniciativa da Administração pode ocorrer nas seguintes 
hipóteses: 
20 
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1 – Quando se tratar de cargo em comissão: essa hipótese também 
denominada exoneração ad nutum, independe de qualquer motivação. 
Tratando-se de cargo de livre nomeação e livre exoneração, em que a 
escolha e a manutenção são baseadas na confiança; 
 
2 – Quando o servidor, nomeado e empossado, não entrar em exercício no 
prazo legal, o qual, para os servidores públicos federais, é de 15 dias a 
contar da data da posse (art. 15, § 1º, RJU); 
 
3 – Quando, em cargo efetivo e antes da estabilidade, o servidor não for 
habilitado no estágio probatório ou não aprovado na avaliação especial de 
desempenho, prevista no art. 14, § 4º, da CF/88 e realizada por uma 
comissão instituída pra essa finalidade, com garantia do contraditório e da 
ampla defesa; 
 
4 – Quando, após a aquisição da estabilidade, o servidor é considerado 
insatisfatório na avaliação periódica de desempenho, disposição do art. 41, 
§ 1º, inciso III, da CF, que representa uma hipótese de perda da 
estabilidade com a conseqüente exoneração do servidor, garantidos sempre 
o contraditório e a ampla defesa. Essa avaliação depende de 
regulamentação através de lei complementar, que deve definir critérios e 
garantias para o procedimento, inclusive com regras especiais para os 
servidores estáveis que desenvolvem atividades exclusivas de Estado (art. 
247, CF); 
 
5 – Para se adequar aos limites previstos no art. 169, CF, quanto às 
despesas com pessoal. Esses limites devem ser definidos por lei 
complementar, hoje LC nº 101/00, e os entes que estiverem fora da regra 
devem reduzir os seus gastos inclusive exonerando servidores, se 
necessário, conforme critérios definidos na própria Constituição; 
 
6 – Quando o servidor estiver de boa-fé, em acumulação proibida, a 
hipótese prevista no art. 133, § 5º, do RJU que garante ao servidor que 
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estiver acumulando ilegalmente a opção de escolher, no prazo de 10 dias, 
com qual cargo deseja continuar. Não ocorrendo a escolha, será instaurado 
o respectivo processo administrativo disciplinar para investigar a prática da 
infração funcional de acumulação ilegal. Durante o processo, o servidor 
ainda terá a chance de fazer opção até o prazo da defesa (5 dias), 
oportunidade em que se reconhece a boa-fé do servidor e converte a sua 
escolha em pedido de exoneração do cargo que não desejar mais. Caso a 
opção não ocorra, comprovadas a infração funcional e a má-fé do servidor, 
aplica-se a pena de demissão; 
 
7 – A EC 51/06, introduziu o § 6º, do art. 198, da CF, que estabeleceu mais 
uma hipótese de exoneração, disponde que o servidor que “exerça funções 
equivalentes às de agente comunitário de saúde ou de agente de combate 
às endemias poderá perder o cargo em caso de descumprimento dos 
requisitos específicos, fixados em lei, para o seu exercício”, requisitos esses 
hoje definidos na Lei nº 11.350/06. 
 
A segunda hipótese de desinvestidura é a demissão, que tem a natureza de 
sanção. Trata-se do desligamento do servidor do cargo que ocupa em razão 
da prática de uma infração funcional grave; é pena. 
 
A Lei nº 8112/90, em seu art. 132, enumera quais são as infrações 
funcionais puníveis com a pena de demissão, exigindo sempre o respectivo 
processo administrativo disciplinar, garantindo o contraditório e a ampla 
defesa. 
 
A pena de demissão pode ser transformada em pena decassação ou 
destituição, seguindo a Lei nº 8112/90. Prevê o estatuto que, quando o 
servidor ocupante de um cargo efetivo pratica uma infração grave e está 
em atividade, se comprovada em processo disciplinar, este será demitido. 
Todavia, caso o servidor tenha praticado a mesma infração grave enquanto 
esteve em atividade e, em data posterior, se aposentou ou entrou em 
disponibilidade, a pena de demissão será convertida em cassação de 
aposentadoria ou disponibilidade. 
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E mais, caso o citado servidor ocupe um cargo em comissão ou função de 
confiança e pratique a mesma infração grave, a pena de demissão será 
convertida em destituição de cargo em comissão ou função de confiança. 
Por fim, em razão da confiança exigida para esses cargos, caso o servidor 
pratique uma infração média que para os demais servidores seria punível 
com uma simples pena de suspensão, nesses cargos aplica-se a pena mais 
grave de destituição. Portanto, servidor de cargo em comissão ou função de 
confiança que pratique infração média ou grave será penalizado com a pena 
de destituição e perderá o cargo. 
 
O legislador, preocupado com a efetiva aplicação das diversas sanções 
previstas pela lei, estabeleceu que, se o servidor estiver respondendo por 
processo administrativo disciplinar, não poderá, enquanto não for julgado o 
processo e cumprida a pena, exonerar-se a pedido ou aposentar-se de 
forma voluntária (art. 172, RJU). 
 
Ressalvada a restrição acima, ocorrendo a exoneração, seja porque 
desconhecia a infração ou nas hipóteses praticadas de ofício pela 
Administração, o ato de exoneração poderá ser convertido em pena de 
demissão se comprovado, por meio de processo administrativo disciplinar, 
que o servidor, enquanto em atividade praticou uma infração funcional 
grave (art. 132). Da mesma forma, caso ele obtenha aposentadoria, essa 
será cassada. 
 
A situação inversa também é possível. Na hipótese em que o servidor foi 
processado e ao final condenado, sofrendo a pena de demissão, se ficar 
provada a sua inocência em processo de revisão julgado procedente, a 
penalidade ficará sem efeito e o servidor terá direito de retornar para o seu 
cargo com todos os seus direitos (art. 182). Contudo, quando tratar-se de 
cargo em comissão, a demissão ficará sem efeito e será convertida em 
exoneração, mas, nesse caso, o servidor não terá direito de retornar para o 
cargo, porque a confiança ficou abalada. 
23 
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Quadro esquemático dos direitos e vantagens dos servidores 
 
Remuneração 
Modalidades: vencimentos e subsídio; 
Não se admite remuneração inferior ao salário mínimo; 
Fixação por meio de lei, ressalvadas algumas hipóteses expressas na CF, 
como o Presidente da República, Ministros de Estado, Senadores e 
Deputados Federais, além dos vereadores; 
Sujeita ao teto remuneratório e aos princípios da irredutibilidade; 
Vedada a vinculação ou equiparação; 
Descontos: são possíveis em caso de falta sem motivo justificado; faltas 
justificadas, a depender da chefia, é possível compensá-las não sendo 
assim descontadas; e atrasos – sendo estes proporcionais; 
Consignação em folha: é possível a critério do administrador, quando 
autorizado pelo servidor; 
Débito com o erário: servidor com débito superior a cinco vezes a 
remuneração e que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria 
ou disponibilidade cassada terá 60 doas para quitar o débito, sob pena de 
inscrição na dívida ativa; 
Penhora: o vencimento não pode ser objeto de penhora, arresto ou 
seqüestro, salvo por débito alimentar. 
24 
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Indenizações 
 
 
Não se incorporam ao vencimento/provento para qualquer efeito 
Valores que são estabelecidos em regulamento 
 
 
 
 
Ajuda de custo 
- para compensar as despesas de 
instalação do servidor que, no 
interesse do serviço, passar a ter 
exercício em nova sede, com 
mudança de domicílio em caráter 
permanente; 
- é calculada sobre a remuneração 
do servidor, conforme se dispuser 
em regulamento, não podendo 
exceder à importância 
correspondente a 3 meses 
 
 
 
Diárias 
- para compensar afastamento da 
sede em caráter eventual ou 
transitório para outro ponto do 
território nacional ou para o 
exterior; 
- servem para indenizar despesas 
extraordinárias com pousada, 
alimentação, locomoção etc; 
- dependem de regulamento 
 
Transporte 
- para compensar despesas com a 
utilização de meio próprio de 
locomoção para a execução de 
serviços externos, por força das 
atribuições próprias do cargo; 
- depende de regulamento 
 
 
- para compensar despesas 
comprovadamente realizadas pelo 
servidor com aluguel de moradia ou 
com meio de hospedagem 
25 
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Auxílio-moradia 
administrado por empresa hoteleira, 
no prazo de um mês, após a 
comprovação da despesa pelo 
servidor; 
- tem que atender aos requisitos da 
lei (art. 60 – B); 
- não será concedido por prazo 
superior a 8 anos dentro de cada 
período de 12 anos; 
- o valor é limitado a 25% do valor 
do cargo em comissão, função 
comissionada ou cargo de Ministro 
de Estado ocupado; 
- ocorrendo falecimento, 
exoneração, colocação de imóvel 
funcional à disposição do servidor ou 
aquisição de imóvel, o auxílio-
moradia continuará sendo pago por 
mais um mês. 
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Gratificações e Adicionais 
 
 
- as gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou 
provento, nos casos e condições indicados em lei. 
 
 
Função de direção, chefia e 
assessoramento 
 
 
 - lei específica estabelecerá a 
remuneração 
 
 
Gratificação natalina 
 
 - corresponde a 1/12 da 
remuneração mensal do servidor, 
por mês de exercício no respectivo 
ano – será paga até o dia 20.12 
 
 
Adicional de atividades 
insalubres, perigosas ou 
penosas 
 
- servidores que trabalhem com 
habitualidade em locais insalubres 
ou em contato permanente com 
substâncias tóxicas, radioativas ou 
com risco de vida (definido em lei 
específica) 
 
 
Adicional de serviço 
extraordinário 
 
 - remunerado com acréscimo de 
50% em relação à hora normal, 
respeitado o limite máximo de 2h 
por jornada 
 
Adicional noturno 
- prestado em horário compreendido 
entre 22h e 5h do dia seguinte, terá 
o valor-hora acrescido de 25%, 
computando-se cada hora como 
52,30. 
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Adicional de férias 
 
- corresponde a 1/3 da remuneração 
do período de férias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gratificação por encargo de 
curso ou concurso 
- devida ao servidor que, em caráter 
eventual: 
a) atuar como instrutor em curso de 
formação, de desenvolvimento ou de 
treinamento regularmente instituído 
no âmbito da administração pública 
federal; 
b) participar de banca examinadora 
ou de comissão para exames orais, 
análise curricular, correção de 
provas discursivas, elaboração de 
questões de provas ou julgamento 
de recursos intentados por 
candidatos; 
c) participar da logística de 
preparação e de realização de 
concurso público envolvendo 
atividades de planejamento, 
coordenação, supervisão, execução 
e avaliação de resultado, quando 
tais atividades não estiverem 
incluídas entre as suas atribuições 
permanentes; 
d) participar ou supervisionar a 
aplicação de provas de exame 
vestibular ou de concurso público. 
- os critérios de concessãoe os 
limites da gratificação por 
regulamento, observados os 
parâmetros legais; 
- não se incorpora ao vencimento ou 
salário do servidor para qualquer 
efeito e não poderá ser utilizada 
como base de cálculo para quaisquer 
outras vantagens, inclusive para fins 
de cálculo dos proventos da 
aposentadoria e das pensões. 
- Podem ser instituídos outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho 
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Férias 
 - 30 dias – podendo ser acumuladas até no máximo 2 períodos, salvo casos 
previstos em lei específica; 
- raio x ou substâncias radioativas – 20 dias por semestre, vedada 
acumulação; 
- primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 meses de exercício; 
- pagamento será efetuado 2 dias antes do início do período; 
- parcelamento – até 3 etapas dede que assim requeridas pelo servidor, e 
no interesse da administração pública; 
- indenização – na exoneração de cargo efetivo, ou em comissão, há 
indenização relativa ao período das férias a que tiver direito e ao 
incompleto, na proporção de um doze avos por mês do efetivo exercício; 
- interrupção – por motivo de calamidade pública, comoção interna, 
convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do 
serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade. 
 
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Licenças 
- A licença concedida dentro de 60 dias do término de outra da mesma 
espécie será considerada prorrogação. 
 
 
 
 
Doença em pessoa da família 
- doença do cônjuge ou 
companheiro, dos pais, dos filhos, 
do padrasto ou madrasta e enteado, 
ou dependente que viva às suas 
expensas; 
- exige comprovação por junta 
médica, quando a assistência for 
indispensável e não puder ser 
prestada simultaneamente; 
- prazo: 30 dias + 30 dias com 
remuneração e, ultrapassando, até 
90 dias sem remuneração; 
- não será concedida nova licença 
em período inferior a 12 meses do 
término da última licença concedida. 
 
 
Afastamento do cônjuge ou 
companheiro 
- para acompanhar cônjuge ou 
companheiro que foi deslocado para 
outro ponto do território nacional, 
para o exterior ou para o exercício 
de mandato eletivo, podendo haver 
exercício provisório em órgão ou 
entidade da Administração Federal, 
desde que para o exercício de 
atividade compatível. 
 
Serviço militar 
- será concedida por lei específica 
mas, concluído o serviço militar, o 
servidor terá ainda até 30 dias sem 
remuneração para reassumir o 
exercício do cargo. 
 
Atividade política 
 - sem remuneração, durante o 
período que mediar entre a sua 
escolha em convenção partidária, 
como candidato a cargo eletivo, e a 
véspera do registro de sua 
candidatura perante a Justiça 
Eleitoral e será afastado, a partir do 
dia imediato ao do registro de sua 
candidatura perante a Justiça 
Eleitoral, até o décimo dia seguinte 
ao do pleito (licença com 
vencimentos pelo período de 3 
meses) 
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Capacitação 
- a cada 5 anos poderá afastar-se do 
exercício do cargo efetivo, com a 
respectiva remuneração, por até 3 
meses, para participar de curso de 
capacitação profissional. 
 
Interesses particulares 
- poderão ser concedidas ao servidor 
ocupante de cargo efetivo, desde 
que não esteja em estágio 
probatório, licenças para o trato de 
assuntos particulares pelo prazo de 
até 3 anos consecutivos, sem 
remuneração. 
 
 
 
Mandato classista 
- sem remuneração para o 
desempenho de mandato em 
confederação, federação, associação 
de classe de âmbito nacional, 
sindicato representativo da categoria 
ou entidade fiscalizadora da 
profissão, ou, ainda, para participar 
de gerência ou administração em 
sociedade cooperativa constituída 
por servidores públicos para prestar 
serviços a seus membros, terá 
duração igual a do mandato, 
podendo ser prorrogada, no caso de 
reeleição, e por uma única vez. 
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Afastamentos 
 
 
 
 
Servir a outro órgão ou entidade 
- pode ser utilizado para servir em 
cargo em comissão ou função de 
confiança ou em casos previstos em 
leis específicas; 
- para órgãos ou entidades dos 
Estados, DF ou dos Municípios, o 
ônus da remuneração será do órgão 
ou entidade cessionária, mantido o 
ônus para o cedente nos demais 
casos; 
- se EP ou SEM e o servidor optar 
pela remuneração do cargo efetivo 
acrescida de percentual da 
retribuição do cargo em comissão, a 
entidade cessionária efetuará o 
reembolso das despesas realizadas 
pelo órgão ou entidade de origem. 
Mandato eletivo - quando vedada a acumulação: 
art. 38, CF e art. 94, RJU. 
 
 
 
Participação em programa de 
pós-graduação stricto sensu no 
país 
- será concedida desde que a 
participação não possa ocorrer 
simultaneamente com o exercício do 
cargo ou mediante compensação de 
horário; 
- mantém a remuneração; 
- os beneficiados terão que 
permanecer no exercício de suas 
funções após o seu retorno por um 
período igual ao do afastamento 
concedido, devendo, caso contrário, 
ressarcir o órgão ou entidade dos 
gastos com seu aperfeiçoamento; 
isso também ocorrerá caso o 
servidor não obtenha o título ou 
grau que justificou seu afastamento, 
salvo na hipótese comprovada de 
força maior ou de caso fortuito. 
 
 
Estudo ou missão no Exterior 
- a ausência não excederá a 4 anos 
e, finda a missão ou estudo, 
somente decorrido igual período, 
será permitida nova ausência; 
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- não será concedida exoneração ou 
licença para tratar de interesse 
particular antes de decorrido período 
igual ao do afastamento, ressalvada 
a hipótese de ressarcimento da 
despesa havida com seu 
afastamento. 
 
Concessões 
 
Doação de sangue 
 
- 1 dia 
 
Alistamento eleitoral 
 
- 2 dias 
 
Casamento 
 
- 8 dias 
 
Falecimento do cônjuge, 
companheiro, pais, madrasta ou 
padrasto, filhos, enteados, 
menor sob guarda ou tutela e 
irmãos 
 
- 8 dias 
 
Horário especial 
- utilizado nas seguintes hipóteses: 
a) para estudante, quando 
comprovada a incompatibilidade 
entre o horário escolar e o da 
repartição, sem prejuízo do exercício 
do cargo, com compensação de 
horário; 
b) para portador de deficiência, 
quando comprovada a necessidade 
por junta médica oficial, 
independentemente de 
compensação de horário; 
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c) para servidor que tenha cônjuge, 
filho ou dependente portador de 
deficiência física, exigindo-se, 
porém, compensação de horário; 
d) para servidor que desempenhe 
atividade prevista nos incisos I e II 
do art. 76-A, quais sejam: 
I – atuar como instrutor em curso 
de formação, de desenvolvimento ou 
de treinamento regularmente 
instituído no âmbito da 
administração pública federal; 
II – participar de banca 
examinadora ou de comissão de 
análise de currículos, fiscalizar ou 
avaliar provas de exames vestibular 
ou de concurso público, ou 
supervisionar essas atividades. 
 
PARA GUARDAR! 
 
 
Agentes Públicos 
 
 
 
 
Conceito 
 
 
É todo aquele que exerce algum tipo 
de serviço para o Estado, ainda que 
transitoriamente ou sem 
remuneração, por eleição, 
nomeação, designação, contratação 
ou qualquer outra forma de 
investidura ou vínculo, mandato, 
cargo, emprego ou função. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Espécies 
 
 
Agentes políticos: São os que 
compõem os altos escalões do 
Governo, como Presidente da 
República, Governador, Prefeito, 
Senador,Deputado, Vereador e 
Magistrado, com características, 
prerrogativas e privilégios próprios, 
em geral estabelecidos pela 
Constituição Federal; 
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Agentes em delegação: São 
aqueles particulares que recebem do 
Estado a competência para executar 
determinada atividade pública, ou 
prestação de serviço público ou, 
ainda, construção de obra pública. 
Citem-se os leiloeiros, peritos, 
tradutores, concessionários, 
permissionários e autorizatários. 
Servidores públicos em sentido 
amplo: são todos os que prestam 
serviços ao Estado, incluindo a 
Administração Pública Indireta, 
tendo vínculo empregatício e pagos 
pelos cofres públicos. São também 
chamados de agentes 
administrativos. Nessa classificação 
estão tanto os servidores 
estatutários, sujeitos ao regime 
legal (Lei nº 8.112/90), quanto os 
empregados públicos, do regime 
contratual, além dos temporários, 
nos termos do art. 37, IX, da CF/88. 
 
 
 
 
Servidor estatutário 
 
 
 
São os titulares de cargos públicos e 
estão sujeitos ao regime legal, ou 
estatutário, pois é lei de cada ente 
da federação (União, Estados-
membros, Distrito Federal e 
Municípios) que estabelece as regras 
de relacionamento entre os 
servidores e a Administração 
Pública. 
 
 
 
 
 
 
 
Empregados públicos 
 
 
São aqueles contratados, seguindo o 
regime trabalhista, próprio da 
iniciativa privada. Assim, devem 
obedecer a Consolidação das Leis do 
Trabalho (CLT), bem como as regras 
impostas pela CF/88, como acesso 
mediante concurso público (art. 37, 
II, CF/88), limitações de 
remuneração (art. 37, XI, CF/88) e 
acumulação remunerada de cargos e 
empregos públicos (art. 37, XVI e 
XVII, CF/88). 
 
35 
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Temporários 
 
 
 
São aqueles contratados para 
atividades transitórias, 
emergenciais, submetidos a um 
regime jurídico especial, como, na 
esfera federal, disciplinado pela Lei 
nº 8.745/93. A lei que trate desse 
tipo de situação não pode 
estabelecer hipóteses abrangentes e 
genéricas de contratação 
temporária, sem a especificação da 
contingência fática que evidencie tal 
situação excepcional, sob pena de 
inconstitucionalidade. Essa classe 
está prevista, como mencionado, no 
art. 37, IX, da CF/88, e também tem 
seus litígios submetidos à Justiça 
Federal, quando contratados por 
entidade dessa esfera 
 
 
 
PARA GUARDAR! 
Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que 
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, 
na forma da lei (art. 37, I, da CF/88). 
Cargo: 
Lei nº 8112/90, art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuições e 
responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser 
cometidas a um servidor. 
Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são 
criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres 
públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão. 
Requisitos básicos para investidura em cargo público: 
 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o gozo dos direitos políticos; 
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; 
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; 
V - a idade mínima de dezoito anos; 
VI - aptidão física e mental. 
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A relação dos requisitos é meramente exemplificativa, podendo a lei exigir 
outros, de acordo com as atribuições do cargo. Incabível restringir, no Edital 
do Concurso, o que a lei não limitou. 
Súmula 686, do STF: Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a 
habilitação de candidato a cargo público. 
A exigência de habilitação para o exercício do cargo objeto do certame dar-
se-á no ato da posse e não da inscrição do concurso (STF, RE 392.976/MG, 
DJ 08/10/2004). 
Os cargos em comissão são os de livre nomeação e exoneração, não 
necessitam de concurso público e não oferecem qualquer garantia de 
permanência ao seu titular, posto que transitórios. Essa característica é 
dada pela lei que cria o cargo, nos casos em que é necessário um liame de 
confiança entre determinada autoridade e o titular de cargo de direção, 
chefia ou assessoria. A lei também indica a autoridade competente para 
fazer a nomeação. 
É o caso dos assessores ou diretores, onde é fundamental o envolvimento 
entre estes e a autoridade que os nomeia. 
Apesar de ser livre a nomeação, a lei pode estabelecer certas regras, o que 
não desvirtua essa característica do cargo. Assim, pode determinar idade 
mínima de vinte e um anos, como no citado caso dos Ministros de Estado 
(art. 87, CF/88), exigir diploma de bacharel em Direito, para os Diretores de 
Secretaria na Justiça Federal, proibir nomeações de determinados parentes 
etc. 
A exoneração não precisa ser motivada, sendo ato puramente 
discricionário da autoridade competente para nomear; diz-se, por isso, que 
a exoneração é ad nutum. 
Emprego: 
Emprego público é um conjunto de atribuições, mas que se diferencia do 
cargo pelo vínculo que une seus titulares ao Estado. Assim, o estatutário 
(regido por um estatuto que no âmbito federal é a Lei nº 8112/90) será 
titular de um cargo (ex. servidor do INSS, TRE), já o empregado (regido 
pela CLT) será titular de um emprego (ex. empregado dos Correios, Banco 
do Brasil, Petrobras). 
 
Função: 
Já a função refere-se a uma atribuição específica, pelo poder Público, a um 
agente. É o acréscimo de algumas atribuições àquelas já destinadas ao 
agente, no que concerne à chefia, direção ou assessoramento. Assim, 
exige-se que, para exercê-la, já seja concursado. 
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Art. 37, V, da CF/88: As funções de confiança, exercidas exclusivamente 
por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a 
serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e 
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de 
direção, chefia e assessoramento 
 
PATTYDICAS! 
1. O gênero agentes públicos abrange todas as pessoas que, de uma 
forma ou de outra, mesmo que transitoriamente e sem remuneração, 
prestam algum tipo de serviço ao Estado; 
2. Entre os agentes, encontram-se três espécies principais, quais sejam, 
os agentes políticos, os agentes em delegação e os servidores 
públicos. 
3. A estabilidade é uma garantia de ordem constitucional deferida aos 
ocupantes de cargos públicos de provimento efetivo, com o intuito de 
assegurar sua permanência no cargo, enquanto atendidos os 
requisitos legais. 
4. São quatro as possibilidades de perda do cargo do servidor estável: I 
– em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II – 
mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla 
defesa; III – mediante procedimento de avaliação periódica de 
desempenho; IV – para o cumprimento dos limites com a despesa 
com pessoal ativo e inativo. 
5. Todo servidor é responsável por suas ações e omissões, envolvendo 
as esferas civil, penal e administrativa, e por elas responde quando 
do exercício irregular de suas atribuições; 
6. A responsabilidade civil decorre tanto de ato omissivo quanto de 
comissivo, seja ele doloso ou culposo, desde que resulte em prejuízo 
ao erário ou a terceiros; 
7. A responsabilidade do Estado por danos que seus agentes causarem 
a terceiros é objetiva, ou seja, independe de dolo ou culpa; 
8. A responsabilidade do servidor é subjetiva, depende de comprovação 
de culpa lato sensu para que venha a responder pelo prejuízo; 
9. Se falecer o servidor devedor, a obrigação de reparar o dano 
estende-se aos sucessores e, contra eles, será executados, até olimite do valor da herança recebida; 
10.Em havendo necessidade de deslocamento do servidor da sede, em 
caráter eventual ou transitório, para outro ponto do território 
nacional ou para o exterior, por razões do serviço, receberá 
indenização relativa a todos os custos do afastamento, ou seja, 
passagens e diárias destinadas a fazer face às parcelas de despesas 
extraordinárias com pousadas, alimentação e locomoção urbana, 
conforme se dispuser em regulamento; 
 
38 
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11.Se o servidor receber diárias e não se afastar da sede, por 
qualquer motivo, ficará obrigado a restituí-las integralmente, 
no prazo de 5 dias; 
12.Havendo deslocamento, porém retornando à sede em prazo 
menor do que o previsto para o seu afastamento, restituirá as 
diárias recebidas em excesso, no mesmo prazo (Lei nº 8112/90, 
art. 59); 
13.Se não houver devolução, poderá haver desconto na 
remuneração do servidor (Lei nº 8112/90, art. 49). 
 
Há duas formas de retorno do servidor aposentado à ativa por meio 
da reversão: 
 
1. A primeira refere-se ao aposentado por invalidez que deixou 
de ser inválido (Lei nº 8.112/90, art. 25, I): neste caso, como é do 
interesse da Administração Pública, encontrando-se provido o cargo, 
o servidor exercerá as suas atribuições como excedente, até a 
ocorrência de vaga (art. 25, § 3º); 
 
2. A segunda hipótese de reversão ocorre no interesse da 
Administração, desde que sejam atendidos, pelo aposentado, os 
seguintes requisitos: 
 
a) Tenha solicitado a reversão; 
b) A aposentadoria tenha sido voluntária; 
c) Estável quando na atividade; 
d) A aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à 
solicitação; 
e) Haja cargo vago. 
 
Os cinco requisitos são cumulativos, na falta de um deles, não será 
possível a reversão a pedido. 
 
No caso do inválido que sofre a reversão, não havendo cargo vago, 
exercerá as atribuições como excedente. Na segunda hipótese, não 
havendo vaga, não poderá ser deferido o pedido. 
 
Em ambas as hipóteses, a reversão far-se-á no mesmo cargo ou no 
cargo resultante de sua transformação (art. 25, § 1º) e não poderá 
ser efetivada no caso de aposentado que já tenha completado 70 
anos de idade (art. 25). 
 
No que diz respeito à remuneração, o servidor que retornar à atividade 
por interesse da Administração perceberá, em substituição aos 
proventos da aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a 
exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que 
percebia anteriormente à aposentadoria, revertendo os prejuízos 
financeiros que eventualmente teve com a mesma (art. 25, § 4º). 
 
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A gratificação por encargo de curso ou concurso é devida ao 
servidor que, em caráter eventual: 
 
1. Atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento 
ou de treinamento regularmente instituído no âmbito da 
administração pública federal; 
2. Participar de banca examinadora ou de comissão para exames 
orais, análise curricular, correção de provas discursivas, elaboração 
de questões de provas ou julgamento de recursos intentados por 
candidatos; 
3. Participar da logística de preparação e de realização de 
concurso público envolvendo atividades de planejamento, 
coordenação, supervisão, execução e avaliação de resultado, quando 
tais atividades não estiverem incluídas entre as suas atribuições 
permanentes; 
4. Participar ou supervisionar a aplicação de provas de exame 
vestibular ou de concurso público. 
 
A referida gratificação não se incorpora ao vencimento ou salário do 
servidor para qualquer efeito e não poderá ser utilizada como base de 
cálculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de cálculo 
dos proventos da aposentadoria e das pensões. 
Art. 104. É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes 
Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo. 
O direito de petição é o direito que todo servidor tem de pedir, requerer aos 
Poderes Públicos, em defesa de direitos ou interesse legítimo, seja férias, 
licença, reintegração, reversão, horário especial de estudante, cópias de um 
processo administrativo, promoção etc. 
 Art. 105. O requerimento será dirigido à autoridade competente para 
decidi-lo e encaminhado por intermédio daquela a que estiver 
imediatamente subordinado o requerente. 
 Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver 
expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado. 
(Vide Lei nº 12.300, de 2010) 
 Parágrafo único. O requerimento e o pedido de reconsideração de que 
tratam os artigos anteriores deverão ser despachados no prazo de 5 (cinco) 
dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias. 
 Art. 107. Caberá recurso: (Vide Lei nº 12.300, de 2010) 
 I - do indeferimento do pedido de reconsideração; 
 II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos. 
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 § 1o O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à 
que tiver expedido o ato ou proferido a decisão, e, sucessivamente, em 
escala ascendente, às demais autoridades. 
 § 2o O recurso será encaminhado por intermédio da autoridade a que 
estiver imediatamente subordinado o requerente. 
 Art. 108. O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou 
de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo 
interessado, da decisão recorrida. (Vide Lei nº 12.300, de 2010) 
 Art. 109. O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a 
juízo da autoridade competente. 
 Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de reconsideração 
ou do recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado. 
 Art. 110. O direito de requerer prescreve: 
 I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de 
aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e 
créditos resultantes das relações de trabalho; 
 II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando 
outro prazo for fixado em lei. 
 Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da data da 
publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, 
quando o ato não for publicado. 
 Art. 111. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, 
interrompem a prescrição. 
 Art. 112. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada 
pela administração. 
Ser a prescrição de ordem pública significa que o interesse do Estado em 
manter a ordem pública prevalece, não podendo abrir mão dos prazos, 
recebendo recurso a destempo. Por isso, são fatais e improrrogáveis os 
prazos aqui estabelecidos, salvo motivo de força maior, que são 
acontecimentos imprevisíveis e estão fora do alcance das partes. 
 Art. 113. Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do 
processo ou documento, na repartição, ao servidor ou a procurador por ele 
constituído. 
 Art. 114. A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, 
quando eivados de ilegalidade. 
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 Art. 115. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste 
Capítulo, salvo motivo de força maior. 
Nos termos da Lei no 8.112/90, é assegurado ao servidor o direito de 
requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo. 
 
 
Muito bem! Depois da aula teórica, vamos aos exercícios! Eu sei que muitos 
de vocês não são da área jurídica e isso pode fazer com que encontrem 
alguma dificuldade com os termos. Mas não se preocupem, com muita 
leitura e muitos exercícios esse problema

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