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O MÉTODO CIENTÍFICO MODERNO

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O MÉTODO CIENTÍFICO MODERNO
Segundo Bacon, a ciência deve ser útil para a vida humana. Tal é a ideia presente no debate acerca da finalidade da escola. A crítica diz respeito a que o conteúdo ensinado na escola não tem utilidade, em geral, o aluno pergunta: "mas pra que serve isso? O que é que eu vou fazer com isso?". Independente da disciplina ser matemática, história ou filosofia. Então, o paradigma do conteúdo do processo de ensino-aprendizagem passa a ser a contextualização.
A preocupação de Bacon, de que a ciência, o conhecimento tenha uma utilidade para a vida humana vem até os dias de hoje com a exigência de que o conteúdo ministrado na escola tenha uma contextualização, esteja ligado à vida dos alunos.
Basicamente, o método científico moderno consiste na observação da natureza, mas não como contemplação. O método experimental de pesquisa das causas naturais, dos fatos, inicia-se com a acumulação dos fatos, em seguida, com a classificação, e finalmente, com a determinação da causa. A formação desse método experimental e indutivo (é um método baseado na indução, ou seja, numa operação mental que consiste em se estabelecer uma verdade universal, ou uma referência geral com base no conhecimento de certo número de dados singulares. Ex.: Todos os cães que foram observados tinham coração. Logo, todos os cães têm um coração) tem como condição a eliminação de falsas noções, denominadas por Bacon como "ídolos", fantasmas da verdade, imagens tomadas por realidade.
Pelo método indutivo, uma lei geral é estabelecida a partir da observação e repetição de regularidades em casos particulares, ele não permite estabelecer a verdade da conclusão em caráter definitivo, mas fornece razões para sua aceitação, que se tornam mais seguras quanto maior o número de observações realizadas, sendo essencialmente probabilístico. 
A ciência tem o objetivo de estabelecer leis, enumerando exaustivamente as manifestações dos fenômenos, registrando as variações e a ocorrência de casos negativos. Os resultados são depois testados por meio de experiências. Como dito, não se trata de simples enumeração de casos, selecionados de modo mecânico e generalizações decorrentes.
Pelo método hipotético-dedutivo (é uma maneira de pensar, um tipo de raciocínio. O ponto de partida é sempre um enunciado, uma ideia geral que não surge do nada, mas que normalmente se baseia na observação.), propõe-se uma hipótese e deduzem-se dela certas consequências, que depois são testadas pelo confronto com a experiência. Se a hipótese não for falsificada, pode-se testar outras hipóteses. A falsificação trata da possibilidade da ciência ser contraditada, de ser afirmado o contrário. Por exemplo, se solto o objeto, ele cai, exprimindo o enunciado da lei da queda livre e da gravitação. A possibilidade no caso de ser falsificada pode ser observada, a possibilidade do objeto não cair, flutuar, etc. Quando não há a possibilidade de falsificação, não há possibilidade de conhecimento científico, por exemplo, segundo o método, a possibilidade de provar a existência de vida após a morte, hipótese que não pode ser falsificada, pois implica a não-existência da vida.
Como aquela história do indivíduo que queria provar que existe vida depois da morte e deu um tiro na cabeça. Bem, até agora ele não voltou para provar a hipótese, morreu. Conclui-se assim, que o problema da existência da vida depois da morte não pode ser objeto de conhecimento pelo método científico, segundo o critério da falsificabilidade. A probabilidade da teoria ser verdadeira aumenta à medida que esta sobrevive aos testes.
A investigação científica metodológica é a possibilidade de conduzir à verdade, existindo a maneira correta de investigar, conduzindo de maneira logicamente segura. Assim se torna necessário revelar o método correto.
Na sala de aula, a ênfase no trato da questão do método científico está nos exemplos da utilização do método da observação da pesquisa empírica (é a pesquisa de campo que é a busca de dados relevantes e convenientes obtidos através da experiência, da vivência do pesquisado) e de laboratório, em diversas pesquisas que podem auxiliar na vida do educando. Por exemplo, em filosofia, quando trata do conteúdo acerca do Estado, é pedido ao aluno para listar em seu município a ação dos agentes públicos. Primeiramente é apresentada ao aluno a estrutura do Estado no país, de acordo com a Constituição, a organização do Estado, através dos municípios, dos Estados e da União federal. Assim, o aluno deve relatar um momento em que precisou da ação e dos serviços de agentes públicos, o posto de saúde, a escola, a delegacia, o trânsito, o transporte, a prefeitura, os impostos, esse trabalho de pesquisa e esses relatos constituem um trabalho metodológico de observação empírica, de relacionar dados e tem uma finalidade e uma utilidade para o aluno, pois ele passa a ter consciência da necessidade do agente público do Estado e como esse trabalho se manifesta proximamente à sua vida e suas necessidades, seja na matrícula e no estudo escolar, na necessidade da saúde, e assim por diante. 
Para que um pesquisador consiga explicar um fenômeno ou a composição de um material, por exemplo, ele deve utilizar o método científico. 
O método científico pode ser definido como um conjunto de procedimentos por meio dos quais um cientista consegue propor um conjunto de explicações para fenômenos, constituição e formação de materiais etc. De forma geral, o método científico pode apresentar as seguintes etapas:
1º - Observação
É a etapa em que o pesquisador observa uma determinada matéria ou fenômeno.
2º - Elaboração do problema (fase do questionamento)
Nessa etapa, o cientista ou pesquisador elabora perguntas sobre o fenômeno ou material analisado, tais como:
Por que esse fenômeno ocorre? Como esse fenômeno ocorre? Quais são os fatores que originaram esse fenômeno? Qual é a composição do material? Que substâncias formam esse material? Qual é a importância desse material?
3º - Hipóteses
É a etapa em que o pesquisador responde às perguntas feitas na etapa anterior. Essas respostas podem ser pautadas em seu conhecimento prévio sobre materiais ou fenômenos semelhantes. A elaboração das hipóteses deve ser feita com muita cautela porque é por meio delas que a fase da experimentação será realizada, ou seja, elas serão o ponto de partida da experimentação.
4º - Experimentação
Nessa etapa, experimentos e pesquisas bibliográficas são realizados com base nas hipóteses levantadas. O objetivo é encontrar a resposta para cada um dos questionamentos que foram elaborados. Cada cientista desenvolve essa etapa de acordo com os conhecimentos que possui e as práticas que são necessárias para o esclarecimento de cada hipótese.
5º - Análise dos resultados
Após a fase da experimentação, o pesquisador analisa cada um dos resultados para verificar se eles são suficientes para explicar cada um dos problemas levantados e também se estão de acordo com as hipóteses. Caso os resultados não sejam satisfatórios, novas hipóteses podem ser levantadas para que novas experimentações ocorram. Se os resultados da experimentação forem satisfatórios, o cientista parte para a etapa da conclusão.
6º - Conclusão
A conclusão é a etapa em que o cientista verifica se os experimentos e pesquisas realizados respondem aos questionamentos levantados e permitem que ele faça afirmações acerca dos fenômenos ou materiais analisados. Todas as afirmações realizadas após a utilização do método científico são chamadas de teorias. Quando diferentes hipóteses e experimentações são realizadas e o resultado é sempre o mesmo, passamos a ter uma lei.
Finalizando:
O método científico não necessariamente deve apresentar as etapas descritas anteriormente. Um cientista possui toda liberdade de lidar com o método científico da forma que lhe convém.
COMO CLASSIFICAR AS PESQUISAS?
As pesquisas são classificadas em três grandes grupos: exploratórias, descritivas e explicativas.
Pesquisas exploratórias: têm como objetivo proporcionar maiorfamiliaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. Seu planejamento é portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado. Na maioria dos casos, essas pesquisas envolvem: (a) levantamento bibliográfico; (b) entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; e (c) análise de exemplos que “estimulem a compreensão”. Embora o planejamento da pesquisa exploratória seja bastante flexível, na maioria dos casos assume a forma de pesquisa bibliográfica ou de estudo de casos.
Pesquisas descritivas: têm como objetivo primordial à descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis.
Serão inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título e uma de suas características mais significativas estão na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistêmica. Entre as pesquisas descritivas, salientam-se aquelas que tem por objetivo estudar as características de um grupo: sua distribuição por idade, sexo, procedência, nível de escolaridade, estado de saúde física e mental etc. Outras pesquisas deste tipo são as que se propõem a estudar o nível de atendimento dos órgãos públicos de uma comunidade, as condições de habitação de seus habitantes, o índice de criminalidade que se registra etc. Serão incluídas neste grupo as pesquisas que têm por objetivo levantar as opiniões, atitudes e crenças de uma população. Também serão pesquisas descritivas aquelas que visam descobrir a existência de associações entre variáveis, como, por exemplo, as pesquisas eleitorais que indicam a relação entre preferência político-partidário e nível de rendimentos ou de escolaridade.
Algumas pesquisas descritivas vão além da simples identificação da existência de relações entre variáveis, e pretendem determinar a natureza dessa relação. Nesse caso, tem-se uma pesquisa descritiva que se aproxima da explicativa. Há, porém, pesquisas que, embora definidas como descritivas com base em seus objetivos acabam servindo mais para proporcionar uma nova visão do problema, o que as aproxima das pesquisas exploratórias. As pesquisas descritivas são, juntamente com as exploratórias, as que habitualmente realizam os pesquisadores sociais preocupados com a atuação prática. São também as mais solicitadas por organizações como instituições educacionais, empresas comerciais, partidos políticos etc. Geralmente assumem a forma de levantamento.
Pesquisas explicativas: têm como preocupação central identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Esse é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas. Por isso mesmo, é o tipo mais complexo e delicado, já que o risco de cometer erros aumenta consideravelmente.
Pode-se dizer que o conhecimento científico está assentado nos resultados oferecidos pelos estudos explicativos. Isso não significa, porém, que as pesquisas exploratórias e descritivas tenham menos valor, porque quase sempre constituem etapa prévia indispensável para que se possa obter explicações cientificas. Uma pesquisa explicativa pode ser a continuação de outra descritiva, posto que a identificação dos fatores que determinam um fenômeno exige que este esteja suficientemente descrito e detalhado.
As pesquisas explicativas nas ciências naturais valem-se quase exclusivamente do método experimental. Nas ciências sociais, a aplicação deste método reveste-se de muitas dificuldades, razão pela qual se recorre também a outros métodos, sobretudo ao observacional. Nem sempre se torna possível a realização de pesquisas rigidamente explicativas em ciências sociais, mas em algumas áreas, sobretudo da psicologia, as pesquisas revestem-se de elevado grau de controle, chegando mesmo a ser chamada “quase experimental”.
O QUE E PESQUISA BIBLIOGRÁFICA?
A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho dessa natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. Boa parte dos estudos exploratórios pode ser definida como pesquisas bibliográficas. As pesquisas sobre ideologias, bem como aquelas que se propõem a uma análise das diversas posições acerca de um problema, também costumam ser desenvolvida quase exclusivamente mediante fontes bibliográficas. As fontes bibliográficas são em grande número e podem ser assim classificadas:	
	A principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente. Essa vantagem torna-se particularmente importante quando o problema de pesquisa requer dados muito dispersos pelo espaço. Por exemplo, seria impossível a um pesquisador percorrer todo o território brasileiro em busca de dados sobre população ou renda per capita; todavia, se tem a sua disposição uma bibliografia adequada, não tem maiores obstáculos para contar com as informações requeridas. A pesquisa bibliográfica também é indispensável nos estudos históricos.

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