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Bacillariophyta: Algas Castanho-Douradas

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BACILLARIOPHYTHA (OCHROPHYTA)
1	Há conflitos entre sistemas de classificação. Alguns autores colocam as espécies em uma Divisão Bacillariophyta.
2	Outros autores englobam as linhagens de algas castanho-douradas em uma única divisão Ochrophyta e subdivididas em um número variável de classes, coerente com as observações morfológicas e com os dados das análises de seqüências moleculares. 
3	Seguindo esta linha, as algas agora vistas pertencem a uma Classe Diatomophyceae ou Bacillariophyceae.
4	Do latim – bacil (lus) = bastonete + do grego phyton = vegetal. 
2	Do latim – ochrós = de cor ocre
1	Conhecidas vulgarmente como diatomáceas – do gr. Dia = através de + thomé = incisão.
2	Algas unicelulares, eucariontes, não flageladas (exceto gameta masculino de algumas Centrales)
3	250 gêneros cerca de 10.000 a 12.000 espécies atuais.
4	Conhecem-se também numerosas espécies fósseis.
PIGMENTOS
1	clorofilas a e c, a e b-carotenos, além de xantofilas como fucoxantinas, diatoxantina, diadinoxantina e neodioxantina;
2	dois a vários cloroplastos (parietais ou axiais), com pirenóide central.
3	Coloração castanha-dourada.
 (Algumas são despigmentadas).
RESERVA
1	óleos graxos, grãos de crisolaminarina (glicano), mas podem também acumular lipídios.
TALO
1	células isoladas não flageladas ou coloniais – (por produção de mucilagem; envoltório gelatinoso tubular; expansões de parede como espinhos ou cerdas)
PAREDE CELULAR
1	Pectina + silicatos.
2	Principal característica de diagnose desse grupo (estrutura e ornamentação).
3	Constituída por duas metades que se sobrepõem = frústula.
4	Cada uma das metades = teca.
5	A mais externa das tecas = epiteca.
6	Mais interna = hipoteca
7	Parte silicificada de cada teca = valva
8	Borda de cada valva = faixa conectiva ou cíngulo.
9	Conjunto das faixas conectivas = pleura.
10	Fenda no eixo longitudinal da valva = rafe.
11	Interrupção da rafe a meia distância das extremidades = nódulo central.
12	Interrupção da rafe em ambas as extremidades = nódulos polares.
13	Substância silicosa depositada segundo desenhos característicos, ornamentando a mesma; que pode ser de 4 tipos básicos:
�	cêntrica: radial, onde a estrutura é arranjada de acordo com um ponto central.
�	trelissóide: onde a estrutura é arranjada uniformemente sobre a superfície sem um ponto ou linha referencial.
�	gonóide: a estrutura é dominada por ângulos.
�	penada: a estrutura é simetricamente arranjada em ambos os lados de uma linha central.
Pela simetria distinguem-se dois tipos principais de frústulas:
�	Penadas – simetria bilateral;
�	Cêntricas – simetria radial.
REPRODUÇÃO 
VEGETATIVA: Divisão celular simples. Aumento do protoplasto – separação das duas tecas – divisão dos elementos nucleares e citoplasmáticos – formação de novas semitecas no interior das tecas parentais – sempre formação de teca de menor tamanho. 
SEXUADA:
1	Só ocorre em células cujo tamanho normal encontra-se muito reduzido.
2	Formação de auxósporos (células de tamanho normal desenvolvidas a partir de zigotos pré-formados).
3	Reprodução isogâmica nas Pennales;
4	Reprodução oogâmica nas Centrales.
Esporos de resistência e células latentes
1	Esporos: choques de stress - Frústulas espessadas, sem cíngulo.
2	Células latentes: mesma morfologia das células vegetativas.
* Diminuição de elementos celulares por autofagia.
* Maior concentração de clorofila. 
* Formadas durante o verão – deposição no fundo das águas.
MOVIMENTO
* Deslizamento sobre o substrato, deixando rastro mucilaginoso. A mucilagem induz adesão ao substrato.
* Restrito às espécies penadas com rafe (através de microfibrilas) e algumas cêntricas.
1	Têm capacidade de se enterrarem periodicamente nos sedimentos. Migração controlada por um relógio biológico.
CLASSIFICAÇÃO
1	Baseada na simetria da frústula; presença ou ausência de rafe e ornamentação da valva.
2	Duas Ordens – Centrales e Pennales
HABITAT E SIMBIOSES
1	Amplamente distribuídas na natureza; aptas a colonizar todos os meios aquáticos. 
2	Bentônicas ou planctônicas; água doce, salobra, marinha, corrente ou parada.
3	Algumas terrestres, epilíticas, epífitas, epizoóicas (invertebrados marinhos e/ou plumagem de aves mergulhadoras marinhas), cavernícolas, viver em sedimentos ou na neve.
2	Algumas formas simbióticas (zooxantelas) são conhecidas em foraminíferos.
IMPORTÂNCIA
	UTILIDADES E EFEITOS PREJUDICIAIS
1	Parte importante do fitoplâncton marinho e de água doce
2	De importância fundamental no ecossistema marinho atuando como elo inicial da cadeia alimentar.
3	Diatomito: material pulverulento, muito leve, formado de frústulas silicosas. (farinha-fóssil, terra de diatomáceas, trípole, etc.)
�	Originado no transcorrer das épocas geológicas pela deposição destas microalgas no fundo de mares e lagos.
�	Aplicações: base para dentifrícios; preparo de pomadas dermatológicas; filtração de xaropes; isolador de ruído; absorção de nitroglicerina, isolante de poços de gasolina, indústria fotográfica, etc.
4	Utilizadas como indicadores estratigráficos em exploração petroleira.
5	Utilizadas como bioindicadores da qualidade das águas continentais.
6	Utilizadas na reconstituição de paleoambientes.
7	Causam o esverdeamento de ostras (pigmento marenina de Haslea ostrearia).
8	Utilizadas como alimento em aqüicultura.
9	Utilizadas no diagnóstico de afogamentos em medicina legal.
10	Espécies prejudiciais para o homem são raras. Somente algumas espécies do gênero Pseudonitzschia, que contêm ácido domóico (transmitido na cadeia alimentar e pode causar morte) – Neurotoxina que causa perda de memória recente.
11	Tal ácido pode ser o responsável pelo comportamento agressivo de algumas aves marinhas (Filme: “Os pássaros”).
12	Foram registrados casos de silicoses devido a inalação de pó de diatomáceas.
13	Águas potáveis são filtradas, entre outros motivos, para evitar o acúmulo de frústulas nos rins.
14	Certas diatomáceas também podem produzir em abundância uma mucilagem que se acumula nas praias do mar Asiático sob a forma de escuma.

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