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Revolução Industrial

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Revolução Industrial. 
Laranjeiras, Luciano. Revolução Industrial. Disponível em: 28/08/2012 < 
http://www.coladaweb.com/historia/revolucao-industrial > Acesso em: 28/01/2013 
 
O primeiro país a realizar a Revolução Industrial foi a Inglaterra, a partir de meados do 
século XVIII, seguida, no século XIX, por outras nações européias: Alemanha, Itália, 
Bélgica, Luxemburgo, Holanda, Suíça, Suécia, Áustria, e Rússia. 
Fora do continente europeu, apenas Estados Unidos e Japão realizaram sua Revolução 
Industrial ao mesmo tempo em que os países da Europa. Na grande maioria dos países 
subdesenvolvidos o processo de industrialização chegou cerca de duzentos anos 
atrasado em relação à Inglaterra. É o caso da Revolução Industrial no Brasil, Argentina, 
México, África do Sul, Índia... 
O espaço geográfico dos países altamente industrializados da Europa Ocidental 
caracteriza-se pelo menos por três aspectos: intensa industrialização, forte 
urbanização e grande aproveitamento do aspecto físico por uma agricultura e pecuária 
em bases modernas. 
 
A Revolução Industrial dos Países da Europa ocidental apoiou-se em vários fatores, 
que resumidamente são: 
• Acumulação de capitais em decorrência da intensa exploração da atividade 
comercial no mundo e particularmente nas colônias americanas, nas feitorias e 
nas colônias asiáticas e africanas. 
• Existência de abundantes reservas de carvão mineral, minério de ferro e outras 
matérias primas industriais em muitos países europeus. 
• Grande desenvolvimento das técnicas de produção mediante a aplicação de 
dinheiro em pesquisas cientifica. 
• Disponibilidade de mão de obra e intensa exploração da força de trabalho do 
operário ou trabalhador mediante o pagamento de baixos salários. 
• Expansão de empresas multinacionais ou transnacionais nos países 
subdesenvolvidos. 
 
Surgiram então, no séc. XIX, as estradas de ferro, que facilitaram muito o transporte 
dos produtos manufaturados, tomando-os mais baratos e colaborando para a 
Revolução Industrial. A invenção dos alto-fornos desenvolveu muito as indústrias de 
ferro e aço. A população das cidades aumentou demais: um número cada vez maior de 
pessoas deixava o campo para trabalhar nas fábricas. O povo sofreu bastante com os 
vários problemas ligados a salários e condições de trabalho, tendo a Grã-Bretanha que 
importar cada vez mais gêneros alimentícios para suprir sua população sempre 
crescente. 
 
APOSTILA 1 
Curso: Psicologia - Turma: 2MA - Disciplina: Economia e Gestão – Prof
a
: 
Socorro Braz. 
Nome: __________________________________________________ 
 
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As cidades e as Fábricas na Revolução Industrial 
Antes da invenção da máquina a vapor, as fábricas situavam-se em zonas rurais 
próximas às margens dos rios, dos quais aproveitavam a energia hidráulica. Ao lado 
delas, surgiam oficinas, casas, hospedarias, capela, açude, etc. a mão-de-obra podia 
ser recrutada nas casas de correção e nos asilos. Para fixarem-se, os operários 
obtinham longos contratos de trabalho e moradia. 
 
Com o vapor, as fábricas passaram a localizar-se nos arredores das cidades, onde 
contratavam trabalhadores. Elas surgiam "tenebrosas e satânicas", em grandes 
edifícios lembrando quartéis, com chaminés, apitos e grande número de operários. O 
ambiente interno era inadequado e insalubre. 
Até o século XVIII, cidade grande na Inglaterra era uma localidade com cerca de 5 000 
habitantes. Em decorrência da industrialização, a população urbana cresceu e as 
cidades modificaram-se. Os operários, com seus parcos salários, amontoavam-se em 
quartos e porões desconfortáveis, em subúrbios sem condições sanitárias. 
 
Na primeira metade do século os sistemas de transporte e de comunicação 
desencadearam as primeiras inovações com os primeiros barcos a vapor (Robert 
Fulton/1807) e locomotiva (Stephenson/1814), revestimentos de pedras nas estradas 
McAdam (1819), telégrafos (Morse/1836). As primeiras iniciativas no campo da 
eletricidade como a descoberta da lei da corrente elétrica (Ohm/1827) e do 
eletromagnetismo (Faraday/1831). Dá para imaginar a quantidade de mudanças que 
estes setores promoveram ou mesmo promoveriam num futuro próximo. As distâncias 
entre as pessoas, entre os países, entre os mercados se encurtariam. Os contatos mais 
regulares e freqüentes facilitaram a Revolução Industrial, permitiriam uma maior 
aproximação de mundos tão distintos como o europeu e o asiático. 
No setor têxtil a concorrência entre ingleses e franceses permitiu o aperfeiçoamento 
de teares (Jacquard e Heilmann). O aço tornou-se uma das mais valorizadas matérias-
primas. Em 1856 os fornos de Siemens-Martin, o processo Bessemer de transformação 
de ferro em aço. A indústria bélica também se revolucionou (como os Krupp na 
Alemanha) acompanhando a própria tecnologia metalúrgica. 
A explosão tecnológica conheceu um ritmo ainda mais frenético para a Revolução 
Industrial com a energia elétrica e os motores a combustão interna. A energia elétrica 
aplicada aos motores, a partir do desenvolvimento do dínamo, deu um novo impulso 
industrial. Movimentar máquinas, iluminar ruas e residências, impulsionar bondes. Os 
meios de transporte se sofisticam com navios mais velozes. Hidrelétricas aumentavam, 
o telefone dava novos contornos à comunicação (Bell/1876), o rádio (Curie e 
Sklodowska/1898), o telégrafo sem fio (Marconi/1895), o primeiro cinematógrafo 
(irmãos Lumière/1894) eram sinais evidentes da nova era industrial consolidada. 
E, não podemos deixar de lado um importante avanço na Revolução Industrial, a 
invenção do automóvel movido à gasolina (Daimler e Benz/1885) que geraria tantas 
mudanças no modo de vida das grandes cidades. O motor à diesel (Diesel/1897) e os 
dirigíveis aéreos revolucionavam os limites da imaginação criativa e a tecnologia 
avançava a passos largos. 
 
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A indústria química também se tornou um importante setor de ponta no campo fabril. 
A obtenção de matérias primas sintéticas a partir dos subprodutos do carvão - 
nitrogênio e fosfatos. Corantes, fertilizantes, plásticos, explosivos, etc. 
Entrava-se no século XX com a visão de universo totalmente transformado pelas 
possibilidades que se apresentavam na Revolução Industrial proporcionada pelo 
avanço tecnológico. 
 
Conclusão 
A Revolução Industrial tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos 
passaram a ser produzidos mais rapidamente, barateando o preço e estimulando o 
consumo. Por outro lado, a Revolução aumentou também o número de 
desempregados. As máquinas foram substituindo, aos poucos, a mão-de-obra humana. 
A poluição ambiental, o aumento da poluição sonora, o êxodo rural e o crescimento 
desordenado das cidades também foram conseqüências nocivas para a sociedade. Até 
os dias de hoje, o desemprego é um dos grandes problemas nos países em 
desenvolvimento. Gerar empregos tem se tornado um dos maiores desafios de 
governos no mundo todo após a Revolução Industrial. Os empregos repetitivos e 
pouco qualificados foram substituídos por máquinas e robôs. As empresas procuram 
profissionais bem qualificados para ocuparem empregos que exigem cada vez mais 
criatividade e múltiplas capacidades. Mesmo nos países desenvolvidos têm faltado 
empregos para a população. 
 
Processo da Industrialização do Brasil. 
Processo da Industrialização do Brasil. Disponível em: 29/09/2012 < 
http://www.coladaweb.com/historia-do-brasil/o-processo-da-industrializacao-do-
brasil > Acesso em 28/01/2013. 
 
O presidente da República é apoiado pelos governadores dos estados que 
representam as oligarquias regionais dos coronéis. Mas os grandes beneficiados são os 
cafeicultores de Minas Gerais e São Paulo. A cada queda nos preços internacionais do 
café, o governo compra os estoques dos fazendeiros, dividindo os prejuízos com o 
resto do país. Na década de 1920, a industrializaçãoe o crescimento das cidades 
promovem a ascensão de novos grupos sociais. O operariado se organiza e, em 1922, 
funda o Partido Comunista do Brasil 
Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial em 1914, o fluxo internacional de comércio 
sofreu uma drástica desaceleração. Aumentaram as dificuldades para a exportação do 
café brasileiro, que foram ainda mais agravadas pela volumosa safra de 1917-18. 
Paralelamente, porém, o conflito mundial favoreceu o processo de industrialização do 
Brasil. A interrupção da entrada de capitais estrangeiros e a obrigação de honrar os 
compromissos da dívida externa minaram os estoques de divisas nacionais. Como 
conseqüência, foi necessário controlar as importações, já prejudicadas devido à 
guerra, e promover a produção nacional de artigos industrializados. Estima-se que a 
produção industrial brasileira cresceu a uma taxa anual de 8,5% durante os anos de 
conflito. 
O processo de industrialização da década de 1920 se dividiu em duas etapas: a 
primeira até 1924, coincidindo com a terceira valorização do café (1921-24), quando 
 
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foram realizados importantes investimentos em maquinaria que levaram à 
modernização da indústria; a segunda, de 1924 até 1929, quando ocorreu um 
processo de desaceleração na produção industrial, em virtude da retomada do fluxo de 
importações graças a uma taxa de câmbio que tornava mais barato o produto 
estrangeiro. 
A crise política dos anos 20 foi caracterizada pela rejeição do sistema oligárquico, que 
era associado ao "rei Café". Seu desfecho foi o fim da hegemonia da burguesia cafeeira 
na condução da economia e da política brasileiras. Mas a estreita relação entre café e 
indústria fez com que tanto os cafeicultores quanto os industriais fossem identificados 
como beneficiários da política do governo. De fato, os industriais - supostamente 
representantes dos novos tempos - aliaram-se em sua maioria aos setores mais 
conservadores das forças em luta. Ao se inaugurar a Era Vargas, apesar das 
dificuldades políticas e econômicas enfrentadas, a industrialização do país já iniciara 
um caminho sem retorno. 
 
Conclusão 
Getúlio Vargas foi praticamente forçado a iniciar a industrialização no Brasil por causa 
da desvalorização do café, (devido à guerra e obrigação do Brasil parar de fazer 
empréstimos de fora e começar a pagar) a necessidade de produzir mais produtos no 
Brasil 
Características industriais de 1950 – Nos inícios dos anos 50, a indústria brasileira 
apresentava dois aspectos salientes: de um lado, empreendimentos centrados na 
produção de bens perecíveis e semiduráveis, destacando-se particularmente as 
indústrias têxtil, alimentar, gráfica, editorial, de vestuário, fumo, couro e peles; de 
outro, empresas inteiramente nacionais, normalmente gerenciadas pelo núcleo 
familiar proprietário. Quanto a estas últimas - segundo o economista Paul Singer –, 
embora algumas "tivessem dado mostras da apreciável capacidade de expansão via 
auto-acumulação, chegando a se constituir alguns ‘impérios industriais’ (como os de 
Francisco Matarazzo e Ermírio de Moraes), estava claro que nenhuma tinha 
possibilidade de mobilizar os recursos necessários para efetivamente iniciar a indústria 
pesada no país". 
Efetivamente, a industrialização em 1950 não estava ainda completa, pois, segundo o 
mesmo autor, a produção de bens perecíveis e semiduráveis de consumo não conduziu 
a indústria além dos limites da demanda por esse tipo de produto. Para compreender 
melhor o passo seguinte na industrialização, vejamos quais as partes essenciais de um 
sistema industrial completo. Segundo os economistas, as indústrias estão articuladas 
da seguinte maneira: indústria de consumo, que se caracteriza pela produção de bens 
e serviços destinados à direta satisfação dos consumidores (alimentos, roupas, 
diversões, sapatos, fumo, couro); indústria de bens intermediários, que produz bens 
que necessitam de transformações finais para se converterem em produtos aptos ao 
consumo (gusa para diversas indústrias, trigo para o padeiro, etc.); e, finalmente, a 
indústria de bens de capital, que não se destina à produção de bens imediatamente 
consumíveis, sendo organizada para dar eficiência ao trabalho humano, tornando-o 
mais produtivo (máquinas, estradas, portos, etc.). 
Pois bem, no Brasil havia quase que exclusivamente a indústria de consumo, ou leve, 
que se dedicava à produção de "bens perecíveis e semiduráveis”. Desse modo, a 
 
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implantação definitiva do sistema industrial dependia do encontro de soluções para a 
implantação da indústria pesada, produtora de bens duráveis de consumo, bens 
intermediários e bens de capital. 
 
O espaço urbano no Brasil. 
Santiago, Elton. O espaço Urbano no Brasil. Disponível em: 15/08/2012 < 
http://www.coladaweb.com/geografia-do-brasil/o-espaco-urbano-no-brasil > Acesso 
em: 28/01/2013. 
 
Crescimento urbano – crescimento da população que vive nas cidades. 
 
Urbanização – corresponde a transferência de populações originárias das zonas rurais 
em direção às cidades. 
O processo de urbanização brasileira começou a partir de 1940, como resultado da 
modernização econômica e do grande desenvolvimento industrial graças a entradas de 
capital estrangeiro no país. As empresas transnacionais preferiram se instalar nas 
cidades em que a concentração populacional fosse maior e de melhor infra-estrutura, 
dando origem às grandes metrópoles. A industrialização gerou empregos para os 
profissionais qualificados, expandiu a classe média e o nível de consumo urbano. A 
cidade transformou-se num padrão de modernidade, gerando êxodo rural. 
A tecnologia e o nível de modernização econômica não estavam adaptados à realidade 
brasileira. A migração campo-cidade gerou desemprego e aumento das atividades do 
setor terciário informal. 
O modelo de desenvolvimento econômico e social adotado no Brasil a partir dos anos 
50 levou a um processo de metropolização. Ocorrência do fenômeno da conurbação, 
que constituem as regiões metropolitanas (criadas em 1974 e 1975). 
A partir da década de 80 houve o que se chama de desmetropolização, com os índices 
de crescimento econômico maiores nas cidades médias, havendo assim um processo 
de desconcentração econômica. Outras regiões passaram a atrair mais que as regiões 
metropolitanas, havendo também desconcentração populacional. Está ocorrendo um 
declínio da importância das metrópoles na dinâmica social e econômica do país. Um 
número crescente de cidades passou a pertencer ao conjunto das cidades médias e 
grandes. 
Podemos dizer que o Brasil se modernizou e que a grande maioria da população 
brasileira, já está de alguma forma integrada aos sistemas de consumo, produção e 
informação. Existe hoje uma integração entre o Brasil urbano e o agrário, um 
absolvendo aspectos do outro. A produção rural incorporou inovações tecnológicas 
produzidas nas cidades. O Brasil rural tradicional está desaparecendo e sobrevive 
apenas nas regiões mais pobres. A produção comercial está cada vez mais voltada para 
a cidade. A produtividade aumentou e o meio rural integrou-se aos principais 
mercados nacionais e internacionais. A implantação de modernos sistemas de 
transportes e de comunicações reduziu as distâncias e possibilitou a desconcentração 
das atividades econômicas, que se difundiram por todo o país e hoje são coordenadas 
a partir de diretrizes produzidas nos grandes centros nacionais e internacionais. 
Segundo o modelo informacional, São Paulo é a metrópole mundial brasileira que 
exerce controle sobre os principais sistemas de comunicação que difundem as 
 
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inovações por todo o país, através dos meios de comunicação. Observa-se uma ruptura 
com a hierarquia urbana tradicional e a formulação de um novo modelo de relações, 
muito mais complexo e adequado ao quadro social e econômico do Brasil 
contemporâneo.

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