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Hemorragia e Estado de Choque: Primeiros Socorros

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AULA 4
S.O.S E URG. EM AT. FIS.
HEMORRAGIA E ESTADO DE CHOQUE
Quando falamos sobre hemorragia e estado de choque, estamos nos referindo ao sistema circulatório. Alguns tipos de sangramentos profusos podem colocar a vida do indivíduo em risco e até levá-lo ao óbito.
Sangramentos podem ocorrer de forma interna ou externa, em decorrência de diversos tipos de lesões.
Devemos sempre nos preocupar com a nossa exposição em relação aos diversos tipos de enfermidades através de secreções, em especial nas hemorragias. Para administrar atendimento de Primeiros Socorros a qualquer indivíduo que necessite de cuidados, você deve se proteger contra a exposição ao sangue da vítima. Para isto, é preciso estar devidamente munido de equipamentos de proteção individual.
Efeitos da Hemorragia
Toda e qualquer hemorragia terá possíveis severidades dependendo da quantidade de extravasamento do sangue; da rapidez com que ele flui do vaso sanguíneo rompido; se o sangue sai de um vaso sanguíneo venoso ou arterial ; do tamanho do vaso sanguíneo; de onde a hemorragia se originou (interna ou externamente); da idade e peso corporal do indivíduo; entre outros fatores.
A hemorragia ocasiona eventos fisiológicos no organismo, como forma de supercompensação orgânica, para equilibrar de forma hemodinâmica esta perda de sangue, além de oxigênio e nutrientes. Estes deixam de circular para órgãos nobres tais como cérebro, coração, rins, e pulmões, além de outras estruturas e tecidos corporais.
Caso a hemorragia esteja descontrolada, o organismo não possui uma compensação eficiente e rápida o suficiente para equilibrar o volume sanguíneo perdido. Assim, o sangramento acaba por se tornar uma emergência extrema e potencialmente fatal caso o indivíduo não seja atendido. Os processos vitais do organismo dependem de um suprimento adequado e ininterrupto de sangue, já que ele leva oxigênio e nutrientes a todo o corpo.
Se o paciente for hemofílico  e não for logo socorrido, por menor que seja o corte e o rompimento do vaso sanguíneo, ele pode vir a morrer.
Como realizar a hemostasia
Antes de realizar qualquer tipo de medida para controlar o sangramento, você deve ter em mente a causa da hemorragia. Então, ao abordar a vítima, verifique sua condição geral.
 
Coloque a vítima em uma posição em que ela perca menos sangue, tomando os devidos cuidados com todo o corpo e principalmente da região cervical, caso ela tenha tido um acidente traumático, evitando com isso a manipulação brusca e incorreta. 
Sempre verifique se a vítima possui vias aéreas livres e desobstruídas e se ela respira livremente. 
Realize a hemostasia, para evitar o agravamento do estado geral da vítima e o estado de choque hemorrágico e hipovolêmico . Verifique também seus sinais vitais , procurando contornar qualquer tipo de complicação hemodinâmica pela perda sanguínea. 
Fique atento ao tempo do atendimento! Este pode ser realizado a cada cinco minutos, sempre conversando com a vítima.
Prevenindo infecções
Sempre que atender uma vítima de hemorragia, procure tomar algumas precauções para se proteger de doenças transmitidas pelo sangue. Uma delas é a utilização de equipamento de proteção individual, como uma barreira entre você e a vítima. Sempre que possível, use luvas de procedimento, óculos de proteção e máscara facial. Também por este motivo, evite tocar seu próprio corpo com o equipamento de proteção individual.
Quando terminar o atendimento, lave as mãos de forma cuidadosa e criteriosa, mesmo utilizando luvas de procedimento e material de proteção, para evitar infecções futuras.
Também de forma a evitar futuros contágios, caso tenha utilizado na vítima qualquer tipo de material não descartável, e que contenha sangue ou qualquer tipo de secreção ou fluido, é imprescindível lavar este material.
Aplicando a hemostasia através da compressão direta e elevação
O primeiro método hemostático  que você deve utilizar em uma situação de sangramento é a pressão direta. Pressione firmemente o local do ferimento, usando seus dedos ou a palma da mão. Isto assegurará que a pressão seja distribuída uniformemente no local do ferimento. 
Procure realizar a pressão com energia suficiente para parar o processo de hemorragia; porém tenha bom senso, pois se aplicar pressão demais, a vítima reclamará de mais dor localizada. 
Outro método que você pode utilizar é a aplicação de um curativo compressivo sobre o ferimento, cobrindo-o completamente, evitando com isso a hemorragia.
Você pode ainda elevar a região ferida acima do nível do coração o máximo possível, favorecendo assim o retorno venoso e a diminuição do sangramento. 
Se achar necessário, utilize uma compressa fria sobre o ferimento ou ao redor, diminuindo a perda sanguínea, devido à vasoconstrição.
 
Caso o curativo compressivo tenha muito sangue, não o retire; simplesmente aplique outra compressa de gaze por cima e feche o curativo, reaplicando a pressão compressiva.
Usando bandagem de compressão
A bandagem de pressão  é usada para pressionar a gaze do curativo juntamente com uma atadura de crepom. 
Cubra e feche adequadamente o ferimento com um curativo espesso e firme, certificando-se de que ele esteja totalmente coberto e protegido. 
Segure a gaze no local da ferida, enrolando e enfaixando o curativo com a atadura. A pressão deve ser firme o suficiente para cessar o sangramento. Evite, porém, fazer uma pressão muito forte, pois você deve verificar os pulsos distais próximos do local do ferimento, evitando que a área fique sem acesso sanguíneo.
Usando compressão indireta
Se a pressão direta, juntamente com a elevação do membro, não for suficiente para o processo hemostático, realize a pressão em pontos específicos. Utilizando as mãos ou dedos, pressione pontos localizados em vasos sanguíneos (arteriais ou venosos) próximos à lesão ou a uma estrutura óssea. A pressão aplicada especificamente nestes pontos anatômicos poderá auxiliar no controle do fluxo sanguíneo. 
Você pode utilizar tanto as pressões diretas quanto as indiretas de forma simultânea, para evitar uma maior hemorragia na vítima.
Hemostasia através da pressão nas artérias braquial e femoral
A hemostasia indireta, através da compressão sobre a artéria braquial, é usada para controlar as hemorragias intensas de feridas nos membros superiores. O ponto de pressão está localizado em um sulco na parte interna do braço, entre a axila e o cotovelo. Já nos membros inferiores, o ponto de pressão se localiza na parte central anterior da dobra da virilha.
Usando um torniquete
Este método de hemostasia deve ser utilizado somente como último recurso, quando todos os outros métodos de controle de hemorragias potencialmente fatais tiverem falhado.
Podemos improvisar um torniquete a partir de diversos materiais como retalhos, cintos, lenços, toalhas, gravatas, panos, etc.
Nunca use arames, grampos ou qualquer outro objeto cortante, evitando outra lesão na vítima.
Usando o manguito do esfigmomanômetro
Em alguns casos, é possível usar o manguito do esfigmomanômetro  para controlar o sangramento. Procure prendê-lo bem para que o velcro não abra subitamente. Mantenha uma pressão que você usaria para verificar o pulso periférico, e deixe por pelo menos 30 minutos.
Hemorragia interna
Os sangramentos internos resultam geralmente de algum tipo de trauma fechado (golpe ou pancada no local). Por não ser visível, o socorrista pode se equivocar e não atender com o devido apuro. Portanto, tenha bastante cuidado neste tipo de hemorragia, por ser bastante séria, pois pode rapidamente ocasionar o estado de choque hemorrágico e hipovolêmico. 
Tenha sempre em mente a biomecânica e cinemática do trauma  e a sintomatologia  apresentada devido à lesão.
Atendimento de emergência
As prioridades em relação ao atendimento de emergência nas hemorragias são:
Ativação do serviço de resgate, caso haja necessidade;
Verificar se o indivíduo encontra-se consciente. Em caso positivo, converse com ele para saber o que aconteceu em relação ao acidente;
Manter as vias aéreaslivres e desobstruídas, monitorando-as caso o indivíduo se encontre inconsciente;
Fazer um curativo compressivo no local do ferimento, evitando o agravamento da lesão e da hemorragia e prevenindo o estado de choque hipovolêmico e hemorrágico ;
Manter a vítima imóvel, evitando alguma lesão secundária.
Estado de choque
No que diz respeito à macro e micro circulação, estamos falando do estado de choque, que seria um desequilíbrio em relação à circulação sanguínea, vindo a ocasionar uma falência progressiva e um colapso fisiológico do sistema circulatório, cardiovascular e cerebrovascular.
Esta situação pode ser fatal se não houver atendimento imediato por parte do socorrista.
Causas: O processo do estado de choque acontece em etapas, basicamente ocorrendo quando o coração não tem força e capacidade suficientes para bombear sangue para todo o organismo, comprometendo a quantidade de nutrientes para o resto do corpo.
A perda de sangue é a principal causa do choque, porém a desidratação, diarreias, vômitos e queimaduras também podem desencadear este estado.
Controle: Devemos de imediato ativar o serviço de resgate, e em seguida:
- Verificar e desobstruir as vias aéreas, se necessário. Devemos dar uma atenção especial à vítima com comprometimento das vias aéreas. Por sermos seres aeróbios, somos dependentes de oxigênio;
- Controlar qualquer tipo de sangramento;
- Se possível elevar as pernas da vítima a não mais do que 20 a 30 cm acima do nível do coração. Caso não seja possível, deixar na linha do corpo e de preferência com a vítima deitada ao solo;
- Devemos verificar se é possível manter sempre presentes os sinais vitais  da vítima o mais próximo da normalidade até a chegada do serviço de resgate.
Prevenção: Nunca devemos esperar que sinais e sintomas tardios se desenvolvam. A diminuição da pressão arterial, por exemplo, é um sinal tardio, pois se o indivíduo possui uma quantidade menor de sangue no seu organismo, menor também será a pressão. O corpo compensará o menor volume sanguíneo acelerando a frequência cardíaca e também a respiração. 
A precaução ainda é o melhor remédio. Ao controlar o sangramento, o socorrista previne diversas situações específicas e fisiológicas que o paciente possa apresentar.
Tente, da melhor maneira possível, tranquilizar a vítima, mantendo-a calma e com total controle da situação.

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