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Princípio da Presunção de Inocência e Regras Probatórias

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PROVAS 
 
 
 
a.1) Conceito À luz do HC 126.292 (STF): Consiste no direito de não ser declarado culpado 
senão após a prolação de acórdão condenatório por TJ (Ou TRF) 
 
A maioria entende que não há diferença entre os dois conceitos. Porém, há uma controvérsia 
sobre o limite temporal. 
 
A partir de uma interpretação sistemática da convenção americana, o limite temporal será o 
acórdão de um TJ ou TRF. Ou seja, até o exato momento em eu houver o exercício do direito 
ao duplo grau de jurisdição. 
No entanto, na CF o momento é distinto. Na CF o limite temporal é mais elástico e benéfico ao 
acusado. 
Resolução desse Conflito: Conforme o princípio pro homo, quando a normas diversas na 
convenção e na constituição, prevalece a Constituição Federal. Nesse sentido: 
 
 Superação desse entendimento: HC 126292/STF 
 
 
C) REGRAS QUE DERIVAM DA PRESUNÇÃO DA Inocência: 
c.1) Regra Probatória : A parte acusadora tem o ônus de comprovar a culpabilidade do acusado 
além de qualquer duvida razoável, e não este de provar sua inocência. 
 In dubio Pro reo: 
 
# REVISÃO CRIMINAL: Não aplica o In dubio pro reo, mas sim o in dubio contra reum. Pois na 
revisão criminal, já foi comprovada a culpa do réu. 
c.2) Regra de tratamento: a privação cautelar da liberdade de locomoção somente encontra 
justificativa em hipóteses restritas. Ou seja, a regra é que o acusado responda ao processo penal 
em liberdade, salvo se presentes os pressupostos que autorizam a aplicação das medidas 
cautelares pessoais. 
 
Segundo esse artigo, seria possível a execução provisória da penal. Porém , no HC 84.078 – 2009: 
somente se admite a execução da pena quando houver o trânsito em julgado da sentença 
condenatória. À evidência, se presentes os pressupostos, é cabível eventual prisão cautelar. 
Esse posicionamento influenciou, inclusive a lei 12. 403 que alterou o art. 283 
 
MUDANÇA DE POSICIONAMENTO * 
 
 
 
 
 
d) Concessão Antecipada de benefícios prisionais aos presos cautelares: 
 
 
3. Princípio da Inadmissibilidade das Provas obtidas por Meios Ilícitos. 
-Como todo e qualquer direito fundamenta, o direito à prova não tem natureza absoluta. Está 
sujeito a limitações porque coexiste com outros direitos, igualmente protegidos pelo 
ordenamento jurídico. 
3.1 Previsão Constitucional 
 
 Essa vedação funciona como fator de dissuasão à adoção de provas probatórias ilegais. 
 também a preservação de direitos e garantias fundamentais. 
 
 
 
 
 
Ex. de prova ilegítima: 
a violação gera nulidade absoluta 
consequência da prova ilícita/ 
Desentranhamento / essa decisão deve ser decretada o mais cedo possível, para evitar 
contaminação das demais provas. Se através de decisão interlocutória(RESE) - Sentença 
(APELAÇÃO). Ou em outros momentos através de HC (defesa) ou MS (para o MP). 
Após a preclusão da decisão (quando não couber mais recurso) a prova será destruída. Exceto 
quando constituir corpo de delito em relação ao outro crime e quando se tratar de objeto lícito 
pertencente a alguém. 
*Descontaminação do Julgado: Foivetada, par. 4 do 157 
Porém , com a lei 11.690, o art. 157 resolveu definir o que seria provas ilícita, mas não definiu 
qual seria o tipo da provas ilegais incluídas no conceito, se material ou processual 
 
Surgindo as seguintes correntes: 
1.C: O disposto deve ser interpretado extensivamente. Como o artigo não faz distinção sobre 
provas legais. Essa normas abrange tanto normas de direito MATERIAL como PROCESSUAL. 
2.C: Interpretação restritiva. : As provas ilegais citadas no artigo seria apenas as de natureza 
material. MELHOR ORIENTAÇÃO 
 
3.3 TEORIA DA PROVA ILICITA POR DERIVAÇÃO (teoria dos frutos da árvore envenenada) 
Conceito: são os meios probatórios que, não obstante produzidos validamente em momento 
posterior, encontra-se afetados pelo vício da ilicitude originaria, que a eles se trasmite em vitude 
no nexo causal. 
 
 
3.4 LIMITAÇÕES à TEORIA DA PROVA ILÍCITA POR DERIVAÇÃO 
A) Teoria da Fonte independente: 
Conceito: Se o órgão de persecução penal demonstrar que obteve, legitimamente, novos 
elementos de informação a partir de uma fonte autônoma de prova, que não guarde qualquer 
relação de dependência, nem decorra da prova originariamente ilícita, com esta não mantendo 
vínculo causal, tais dados probatórios são admissíveis, porque não contaminados pela mácula 
da ilicitude originária. 
 
 
 
B) Teoria da descoberta inevitável (Exceção da fonte hipotética independente) : A prova 
derivada da ilícita deve ser considerada válida se acaso demonstrado que tal prova seria 
produzida de qualquer maneira, independentemente da prova ilícita originaria. Essa teoria não 
pode ser aplicada com base em dados especulativos. É indispensável a existência de dados 
concretos demonstrando que sua descoberta seria inevitável. 
Conceito: se restar demonstrando que a prova derivada da ilícita seria produzida de qualquer 
modo, independentemente da prova ilícita originaria, tal prova deve ser considerada válida. 
Na verdade este conceito é de 
descoberta inevitável e não fonte independente. 
 
c) LIMITAÇÃO DA MANCHA PURGADA: 
Conceito: não se aplica a teoria da prova ilícita por derivação se o nexo causal entre a prova 
primária e a secundária for atenuado em virtude do tempo, de circunstancias supervenientes na 
cadeia probatória, da menor relevância da ilegalidade ou da vontade de um dos envolvidos em 
colaborar com a persecução criminal. Nesse caso, apesar de já ter havido a contaminação de um 
determinado meio de prova em face da ilicitude ou ilegalidade da situação que o gerou, um 
acontecimento futuro expurga, afasta, elide esse vício, permitindo-se, assim, o aproveitamento 
da prova inicialente contaminada. 
NÃO HÁ PRECEDENTES PARA ESTA TEORIA. Apesar disso, alguns doutrinador sem 
 
d) TEORIA DO ENCONTRO FORTUITO DE PROVAS: 
Conceito : é utilizada nos casos em que no cumprimento de diligencia relativa a um delito, a 
autoridade policial casualmente encontra provas pertinentes a outra infração (outros 
investigados), que não estavam na linha de desdobramento normal da investigação. Nesses 
casos, a validade da prova está condicionada à forma como foi realizada a diligencia: se houve 
desvio de finalidade, abuso de autoridade, a prova não deve ser considerada válida; se o 
encontro da prova foi casual, fortuito, a prova é válida. 
Teora da serendipidade: essa estranha palavra significa algo como sair em busca de uma coisa e 
descobrir outra(ou outras), as vezes até mais interessante e valiosa. Vem do inglês serendipity, 
onde tem o sentido de descobrir coisas por acaso. 
Muito comum na interceptação telefônica 
 O crime deve ser punido com reclusão para 
haver interceptação . 
STF: “(...) Uma vez realizada a interceptação telefônica de forma fundamentada, legal e legítima, 
as informações e provas coletadas dessa diligência podem subsidiar denúncia com base em 
crimes puníveis com pena de detenção, desde que conexos aos primeiros tipos penais que 
justificaram a interceptação. Do contrário, a interpretação do art.2º, III, da L. 9.296/96 levaria ao 
absurdo de concluir pela impossibilidade de interceptação para investigar crimes apenados com 
reclusão quando forem estes conexos com crimes punidos com detenção. Habeas corpus 
indeferido”. 
 
- Busca e apreensão em escritório de advocacia: 
Lei n. 8.906/94 
Art. 7º São direitos do advogado: 
(…) 
II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de 
trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas 
ao exercício da advocacia; (Redação dada pela Lei nº 11.767, de 2008) 
 
§6º Presentes indícios de autoria e materialidadeda prática de crime por parte de advogado, a 
autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da inviolabilidade de que trata o inciso 
II do caput deste artigo, em decisão motivada, expedindo mandado de busca e apreensão, 
específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, sendo, em 
qualquer hipótese, vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes 
a clientes do advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que 
contenham informações sobre clientes. 
 
A OAB não precisa ser informada sobre qual escritório vai se e caso não indique um 
representante, o mandado poderá ser cumprido sem ele. 
§7º A ressalva constante do § 6o deste artigo não se estende a clientes do advogado averiguado 
que estejam sendo formalmente investigados como seus partícipes ou coautores pela prática do 
mesmo crime que deu causa à quebra da inviolabilidade. 
 
4. Princípio do “Nemo Tenetur se Detegere”. 
Conceito: o imputado não é obrigado a produzir prova contra si mesmo 
 
4.1. Previsão Constitucional e convencional 
CADH. 
Art. 8º Garantias judiciais (...) 
2. Toda pessoa acusada de um delito tem direito a que se presuma sua inocência, enquanto não 
for legalmente comprovada sua culpa. Durante o processo, toda pessoa tem direito, em plena 
igualdade, às seguintes garantias mínimas: 
(...) 
g) direito de não ser obrigada a depor contra si mesma, nem a confessar-se culpada. 
 
]CF/88. 
Art. 5º (...) 
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-
lhe assegurada a assistência da família e de advogado; 
(o direito ao silencio é apenas um dos desdobramento do princípio do nemo tenetur) 
 
Por preso, entenda-se imputado: Suspeito, investigao, indiciado, acusado na fase judicial, pouco 
importando se o imputado está preso ou solto. 
 
4.2. Titular do Direito a Não-Autoincriminação. 
 
- Imputado 
-Testemunha: enquanto é ouvido como testemunha tem obrigação de dizer a verdade, sob pena 
de incidir no art. 342 CP. Porém, se das perguntas formuladas a testemunha resultar em 
autoincriminação, esta pode ser valer do princípio do nemo tenetur 
 
CP. 
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, 
tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo 
arbitral: (Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001) 
Pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa. 
(Vide Lei nº 12.850, de 2.013) (Vigência) 
(...) 
 
4.3. Dever de advertência quanto ao direito de não produzir prova contra a si mesmo. 
- Aviso de Miranda (Miranda Warnings): Origem no direito norte-americano. É obrigatório ser 
informado sobre seu direito ao silêncio, sob pena de se considerar ilícita a confissão. 
-Esse dever não pode ser exigido da imprensa, apenas do poder publico, assim, eventual 
confissão dada a um repórter pode ser considerada licita. . 
 
 
- 4.4. Desdobramentos do Princípio. 
- Direito ao silêncio ou de permanecer calado: 
CPP. 
Art. 198. O silêncio do acusado não importará confissão, mas poderá constituir elemento para a 
formação do convencimento do juiz. 
Essa parte final não foi recepcionada pela CF, poir incompatível com o direito ao silêncio previsto 
na CF. 
 
b) Direito ao silêncio no Tribunal do Júri e sua utilização como argumento de autoridade: 
Nem sempre o direito ao silencio no júri pode ser vantajoso, pois para os jurados o silencio seria 
uma confissão, assim, se o cliente quiser usufruir do seu direito ao silencio, seria melhor nem 
aparecer ao júri. 
Durante os debates, não é mais possível usar o direito ao silencio do acusado como argumento 
de autoridade pelo Promotor. 
 
 
c) Direito à mentira X Inexigibilidade de dizer a verdade: 
No brasil não existe o crime de perjúrio (quando o próprio acusado mente) . Mas isso não significa 
que exista o direito a mentir (uma conduta antiética) , o que há na verdade é a inexigibilidade de 
dizer a verdade. 
- Mentiras agressivas: quando há a incriminação de terceiros inocentes, não está protegida pelo 
nemo tenetur. 
 
d) Direito de não praticar qualquer comportamento ativo que possa incriminá-lo: 
Provas que demandam comportamento ativo COMPORTAMENTO PASSIVO 
Não está obrigada a produzir prova 
 
EX.: Reconstituição do crime; 
doação de sangue; 
 exame grafotécnico; 
 
Bafômetro ativo (que sopra) 
É obrigado a produzir a prova 
 
Ex.: Reconhecimento de pessoas e coisas, 
identificação criminal (a identificação não 
está protegida pelo princípio) : Súmula 522 
do STJ: “A conduta de atribuir-se falsa 
Identidade perante autoridade policial é 
típica, ainda que em situação de alegada 
autodefesa 
 
-Bafômetro passivo: não exige que sopre, 
não está abrangido pelo princípio. 
 
e) Direito de não permitir a prática de prova invasiva: 
-Prova invasiva: intervenções corporais que pressupõe penetração no organismo humano. Estao 
abrangidas pelo nemo tenetur se degetere, ou seja, só vai realizar se houver concordância 
 
-Provas não invasiva: consiste numa inspeção ou verificação corporal sem que haja penetração 
no corpo humano. Não estão abrangidas, podem ser realizadas mesmo sem concordância do 
imputado Ex.: RAIO X (verificação de droga no corpo da vitima) 
 
- Análise de material descartado: é perfeitamente possível ( Ex.: placenta descartado, guimba 
de cigarro, escova de dente...) 
 
- Nemo tenetur se detegere e a prática de outros ilícitos: 
Súmula 522 do STJ: “A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é 
típica, ainda que em situação de alegada autodefesa”. 
Não pode praticar outros crimes sobre o pretexto de estar abrangido pelo principio (Ex.: Fraude 
processual...) 
 
5. TERMINOLOGIA DA PROVA. 
a) Fontes de Prova X Meios de Prova X Meios de Obtenção de Prova: 
Fontes de provas Meios de prova 
Cometido o fato delituoso, 
tudo aquilo que possa servir 
para esclarecer alguém 
acerca da existência desse 
fato pode ser conceituada 
como fonte de prova. 
Derivam do fato delituoso em 
si e existem 
independentemente do 
processo. São anteriores ao 
processo 
São os instrumentos através 
dos quais as fontes de prova 
são introduzidas no 
processo. Dizem respeito a 
uma atividade 
endoprocessual que se 
desenvolve perante o juiz 
com a participação dialética 
das partes (contraditório e 
ampla defesa) – Ex.: 
depoimento de prova 
testemunhal. 
 
Referem a certos 
procedimentos geralmente 
extraprocessuais realizados 
com o objetivo de identificar 
fontes de prova. Em regra, 
são realizados de maneira 
sigilosa. Exigem surpresa, e 
contraditório são diferidos 
 
Ex.: agente infiltrado, 
colaboração premiada; ação 
controlada 
Liberdade dos meios de 
prova, previstos ou n na 
legislação, vedadas 
ilícitas/imorais/antiéticas. 
 
b) Indícios: 
b.1) Sinônimo de prova indireta: 
 
 Art. 239. Considera-se indício a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o 
fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias. 
 
É possível a condenação por indícios, desde que como sinônimo da indireta, e seja robusta 
 
b.2) Sinônimo de prova semiplena: é uma prova como menos valor persuasivo. Não autoriza um 
juízo de certeza, mas sim de probabilidade. Não é possível uma condenação, pois não há juízo 
de certeza, ela serve geralmente para decretação de medidas cautelares (que não exige um 
juízo de certeza) 
 
CPP 
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem 
econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, 
quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. 
 
c) Objeto da prova: é a verdade ou falsidade de uma afirmação sobre um fato que interessa asolução do processo. (é a afirmação e não o fato, a afirmação que deve ser provada) 
 
c.1) O que deve ser provado no processo penal: 
-A imputação constante da peça acusatória 
-Costumes (ex.: repouso noturno no local do crime de furto 
-regulamentos e portarias (salvo quando a portaria uncionar como complemento de uma norma 
penal em branco_ 
-direito estrangeiro, estadual e municipal ( se estadual e municipal deve-se se provar apenas se 
referente a comarca diversa da que atua o juiz) 
-fatos não contestados ou incontroversos: 
 Obs.: a revelia no processo penal não se presume a veracidade dos fatos, ainda que o acusado 
seja revel, o MP terá o ônus de provar a imputação 
*Confissão : (não está contestando) :apesar disso, tem valor relativo e deve ser confrontada com 
as demais provas. 
 
CPP. 
Art. 197. O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros elementos de 
prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas do processo, 
verificando se entre ela e estas existe compatibilidade ou concordância. 
 
Art. 367. O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado pessoalmente 
para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado, ou, no caso de mudança de 
residência, não comunicar o novo endereço ao juízo. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 
17.4.1996) 
 
c.2) O que não precisa ser provado no processo penal: 
-Fatos notórios 
-fatos axiomáticos ou intuitivos (ex.: que a cocaína causa dependência, que o fogo queima...) 
-Fatos inúteis ou irrelevantes 
CPP. 
Art. 400 (...) 
§ 1º As provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas 
irrelevantes irrelevantes, impertinentes ou protelatórias. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). 
(...) 
-Presunções legais (a própria lei atesta): Podem ser absolutas ou relativas (admite prova em 
sentido contrário) 
 
 
d) Prova emprestada: 
d.1) Conceito: consiste na utilização em um processo de prova que foi produzida em outra, sendo 
que esse transporte da prova é feito por meio de certidão extraída do feito original ( Forma 
sempre documentada) 
d.2) Valor probatório: embora seja trazida ao segundo processo pela forma documentada, a 
prova terá o mesmo valor da prova originalmente produzida 
d.3) Requisitos: a utilização da prova emprestada so é possível se o agente tiver participado de 
sua produção no processo originário. 
Segundo a jurisprudência, uma prova documental, por si só, não pode fundamentar a convicção 
do juiz 
 
Novo CPC 
Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe 
o valor que considerar adequado, observado o contraditório.: 
 
- Interceptação telefônica e elementos probatórios que foram produzidos em processo 
administrativo: De acordo com a CF, a interceptação telefônica só pode ser decretada no âmbito 
de persecução penal (investigação preliminar e processo judicial) , Mas como já foi quebrada a 
vida privada, ela poderá ser utilizada em eventual processo cível ou administrativo a título de 
prova emprestada. 
 
e) Prova típica X atípica; prova nominada X inominada; prova anômala; prova irritual: 
 
-Prova nominada: aquela que está prevista em lei, com ou sem procedimento probatório 
legalmente previsto. 
Ex.: reconstituição do crime 
-Prova inominada: aquela não prevista em lei. É possível utilizá-la, desde que licitas 
-Prova típica: com procedimento probatório previsto em lei. 
-Prova atípica: sem procedimento previsto em lei. :Ex.: 
 
CPP. 
Art. 7º Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a 
autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não 
contrarie a moralidade ou a ordem pública. 
 (reconstituição do crime, apesar de nominada, não é típica, sem procedimento previsto em lei) 
 
Obs.: Quando a prova não tem procedimento previsto em lei, pode ser utilizado procedimento 
probatório previsto para prova semelhante. 
 
-prova anômala: aquela utilizada para fins diversos daqueles que lhes são próprios (ex.: substituir 
depoimento de testemunha por documento – onde oficial de justiça fez a oitiva) 
 
-Prova irritual: é aquela colhida em desacordo com o modelo típico previsto em lei. É uma prova 
ilegítima. 
 
 
I 6. ÔNUS DA PROVA. 
 6.1. Conceito. 
É o encargo que recai sobre as partes de provar a veracidade das afirmações por elas formuladas 
ao longo do processo, resultando de sua inatividade uma situação de desvantagem perante o 
Direito. 
Ex.: O recurso funciona como um ônus, não é obrigado a recorrer, porém, se não recorrer, vai 
suportar uma situação de desvantagem, no caso, a sucumbência. 
 
 6.2. Espécies. 
 a) Ônus da prova objetivo: uma regra de julgamento destinada ao juiz, se acaso permanecer em 
dúvida no momento do julgamento ( juiz não pode deixar de decidir – NON liquet) . Aplicando o 
In dubio pro réu. 
 b) Ônus da prova subjetivo: O conceito acima, o ônus que recai sobre as partes. 
 
6.3. Distribuição do Ônus da Prova. 
1ª C.: Diante do princípio da presunção de inocência, o ônus da prova no processo penal é 
exclusivo da acusação. (Badaró e Magalhães) - MINORITARIA 
2ªC.: é possível a distribuição do ônus da prova no processo penal (MAJORITÁRIA) : 
 
 
 
 
CPP. 
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça: 
(...) 
VI- existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 
21, 22, 23, 26 e § 1o do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver fundada 
dúvida sobre sua existência; 
VII – não existir prova suficiente para a condenação. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) 
 
7. SISTEMAS DE AVALIAÇÃO DA PROVA. 
 
 7.1. Sistema da Íntima Convicção (certeza moral do juiz ou da livre convicção): O juiz tem 
ampla liberdade para valorar as provas, inclusive aquelas que não estão nos autos do processo, 
não sendo obrigado a fundamentar seu convencimento. 
> Em regra não é adotado, EXCEÇÃO: Quanto aos jurados no júri (não se aplica ao juiz presidente) 
 CF/88. Art. 5º (...) XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a 
lei, assegurados: 
 (...) 
 b) o sigilo das votações; 
(...) 
 
7.2. Sistema da Verdade Legal/Tarifado de Provas/Tarifário de Provas/Certeza Moral do 
Legislador;: determinados meios de provas tem valor fixado em abstrato pelo próprio legislador, 
cabendo ao juiz tão somente apreciar o conjunto probatório e lhe atribuir o valor estabelecido 
em lei. 
> pelo menos em regra, não é adotado. Mas há resquícios de aplicação desse sistema: 
 - Crime material que deixa vestígios: exigência do corpo de delito 
 CPP. 
 Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, 
direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. 
 
- Provas quanto ao estado das pessoas: 
CPP 
Art. 155. (...) 
Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições 
estabelecidas na lei civil. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) 
 
 CPP Art. 62. No caso de morte do acusado, o juiz somente à vista da certidão de óbito, e depois 
de ouvido o Ministério Público, declarará extinta a punibilidade. 
 
 Súmula n. 74 do STJ: “Para efeitos penais, o reconhecimento da menoridade do réu requer prova 
por documento hábil”. 
 
7.3. Sistema do Livre Convencimento Motivado ou da Persuasão Racional do Juiz; O 
magistrado tem ampla liberdade para valoração das provas constantes dos autos, as quais têm 
legal e abstratamente, o mesmo valor probatório, porém está obrigado a fundamentar se 
convencimento. 
 
CF/88. Art. 93 (...) IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e 
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em 
determinadosatos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos 
quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse 
público à informação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
 
CPP. Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em 
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos 
informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e 
antecipadas. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) 
 
-Consequencias: 
 
a) Não há prova com valor absoluto. Nem mesmo a confissão, deve ser confrontada com 
as demais provas. 
b) O magistrado deve valorar todas as provas produzidas no processo, mesmo que para 
refutá-las 
c) Somente podem ser objeto de valoração pelo juiz as provas constantes dos autos do 
processo, e, subsidiariamente os elementos colhidos na investigação. 
 
8. Interrogatório Judicial. 
 
8.1. Conceito. É o ato processual por meio do qual o juiz ouve o acusado sobre sua pessoa e 
sobre a imputação que lhe é feita. 
 
-Sobre a pessoa: para o juiz analisar as circunstancias judiciais. Não está abrangido pelo nemo 
tenetur se detegere. 
CPP. Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do acusado e 
sobre os fatos. 
 § 1º Na primeira parte o interrogando será perguntado sobre a residência, meios de vida ou 
profissão, oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua atividade, vida pregressa, 
notadamente se foi preso ou processado alguma vez e, em caso afirmativo, qual o juízo do 
processo, se houve suspensão condicional ou condenação, qual a pena imposta, se a cumpriu e 
outros dados familiares e sociais. (Incluído pela Lei n º 10.792, de 1º.12.2003) 
 
(...) 
 
-Sobre a imputação: 
 § 2º Na segunda parte será perguntado sobre 
 I - ser verdadeira a acusação que lhe é feita; 
II - não sendo verdadeira a acusação, se tem algum motivo particular a que atribuí-la, se conhece 
a pessoa ou pessoas a quem deva ser imputada a prática do crime, e quais sejam, e se com elas 
esteve antes da prática da infração ou depois dela; 
III - onde estava ao tempo em que foi cometida a infração e se teve notícia desta; 
IV - as provas já apuradas; 
V - se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou por inquirir, e desde quando, e se tem o 
que alegar contra elas; 
 VI - se conhece o instrumento com que foi praticada a infração, ou qualquer objeto que com esta 
se relacione e tenha sido apreendido; 
VII - todos os demais fatos e pormenores que conduzam à elucidação dos antecedentes e 
circunstâncias da infração; 
VIII - se tem algo mais a alegar em sua defesa. 
 
CPP Art. 185. 
§ 10. Do interrogatório deverá constar a informação sobre a existência de filhos, respectivas 
idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos 
cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. (Incluído pela Lei n. 13.257/16 – vigência em 09 
de março de 2016). 
 
Obs.:Deve ser conduzido pelo magistrado de maneira neutro e sereno 
 
8.2. Natureza Jurídica: Meio de Defesa. Apesar de se localizar como meio de prova no CPP. 
- Ampla defesa subdivide-se: 
 a) Defesa técnica: exercida por um profissional da advocacia. É irrenunciável. 
Obs.1: Ao acusado pertence o direito de constituir seu próprio advogado. Portanto, nos 
casos de abandono do processo por advogados constituídos, antes de ser nomeado um 
defensor dativo, incumbe ao juiz intimar o acusado constituir novo defensor. 
Obs 2.: um mesmo advogado pode defender dois ou mais acusados, mas dede que não 
haja colidencia de teses defensivas pessoais. 
 
 CPP. Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado 
sem defensor. 
Parágrafo único. A defesa técnica, quando realizada por defensor público ou dativo, será sempre 
exercida através de manifestação fundamentada. 
 
Súmula 523 do STF: “no processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua 
deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu”. 
 
Súmula 707 do STF: “constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer 
contrarrazões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação de 
defensor dativo”. 
 
Súmula vinculante nº 5: “a falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo 
disciplinar não ofende a constituição”. 
 
b) Autodefesa: aquela exercida pelo próprio acusado. É Renunciável. 
b.1) Direito de audiência: (interrogatório) Direito que o acusado tem de ser ouvido pelo juiz 
b.2) Direito de presença; direito de acompanhar os atos de instrução probatória, auxiliando, por 
exemplo, seu advogado quantos as perguntas que devem ser formuladas às testemunhas. 
Não é absoluto, pode sofrer restrições, exemplo: 
 
CPP. Art. 217. Se o juiz verificar que a presença do réu poderá causar humilhação, temor, ou 
sério constrangimento à testemunha ou ao ofendido, de modo que prejudique a verdade do 
depoimento, fará a inquirição por videoconferência e, somente na impossibilidade dessa forma, 
determinará a retirada do réu, prosseguindo na inquirição, com a presença do seu defensor. 
(Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) Parágrafo único. A adoção de qualquer das medidas 
previstas no caput deste artigo deverá constar do termo, assim como os motivos que a 
determinaram. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) 
 
b.3) Capacidade postulatória autônoma e distinta do acusado: ainda que o acusado não seja 
profissional de advocacia, o ordenamento jurídico confere a ele capacidade postulatória para 
certos atos. Interposição de recursos contra decisão de primeira instância, Habeas corpur, 
incidentes de execução penal. 
 
Súmula 351 do STF: “é nula a citação por edital de réu preso na mesma unidade da federação 
em que o juiz exerce a sua jurisdição”. 
 
8.3. Momento procedimental adequado para a realização do interrogatório no procedimento 
comum e no procedimento do Júri: 
- após a reforma de 2008: o interrogatório é realizado ao final da audiência uma de instrução e 
julgamento. 
CPP. Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 
(sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das 
testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 
222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao 
reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado. (Redação dada 
pela Lei nº 11.719, de 2008). 
(...) 
 
§ 1º As provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas 
irrelevantes, impertinentes ou protelatórias. 
§ 2º Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento das partes. 
 
-Exceções: ainda há procedimentos especiais em que o interrogatório continua sendo o primeiro 
ato da instrução: Drogas, CPPM, Licitações, Procedimentos originários dos tribunais. 
STF: alterou o momento interrogatório nos procedimentos originários dos tribunais, devendo 
ser aplicado a mesma regra do CPP. 
Stf: No processo penal militar – CPPM tb deve seguir a mesma regra do CPPM 
 
8.4. Condução Coercitiva do acusado. 
 
-previsão legal: 
 
 CPP. 
 Art. 260. Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório, reconhecimento ou 
qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a autoridade poderá mandar conduzi-
lo à sua presença. 
 Parágrafo único. O mandado conterá, além da ordem de condução, os requisitos mencionados 
no art. 352, no que Lhe for aplicável. 
 
-conceito: por meio desse mandado o investigado é privado de sua liberdade de locomoção pelo 
lapso temporal necessário para ser levado a presença da polícia judiciária (ou Ministério Público 
e participar de ato de investigaçãopreliminar (ou ato processual penal) no qual sua presença 
seja considerada imprescindível. 
 
-natureza jurídica: conquanto não listada no rol das medidas cautelares diversas da prisão dos 
arts. 319 e 320 do CPP, a condução funciona como medida cautelar de coação pessoal. 
 
-restrição à liberdade de locomoção: Em comparação com a prisão preventiva (ou temporária), 
há uma redução do grau de coerção da liberdade de locomoção do investigado (ou acusado), 
que fica restrita ao tempo estritamente necessário para a preservação das fontes de provas, não 
podendo persistir por lapso temporal superior a 24 (vinte e quatro) horas, hipótese em que 
assumiria, indevidamente, as vestes de verdadeira prisão cautelar. 
 
-autoridade competente para expedir mandado de condução coercitiva de investigados (ou 
acusados: 
 
 
 
 
O ideal é concluir que a autoridade é apenas a autoridade judicial. Por ser uma medida de coação 
da liberdade pessoal 
 
- mandado de condução coercitiva do investigado (ou acusado) e o direito de não produzir 
prova contra si mesmo (princípio do nemo tenetur se degetere) : pela leitura do código o 
investigado poderia ser conduzido para o interrogatório, mas conforme a CF, ninguém é 
obrigado a produzir prova contra si mesmo, Não podendo ser conduzido para um ato no qual é 
possível o silêncio. Já Para o reconhecimento pessoal é possível, pois não demanda nenhum 
comportamento ativo por parte do investigado, não estando abarcado pelo nemo tenetur se 
detegere. Para qualquer outro ato. prestar declarações, comparecer a AIJ, a participar de 
acareação, de reconstituição do crime ... não pode ser conduzido. Mas se o ato não estiver 
protegido pelo nemo tenetur, será possivel . 
EVITAR QUE O ACUSADO, EM LIBERDADE, ATUE NO SENTIDO DE SONEGAR, DESTRUIR FONTES 
DE PROVA , JÁ QUE EMITIDOS VÁRIOS MANDADOS DE BUSCA DOMICILIAR. 
 
 
 
8.5. Interrogatório por Videoconferência. 
 
 CPP. Art. 185 
 (...) 
 § 2º Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das 
partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro 
recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que a medida seja 
necessária para atender a uma das seguintes finalidades (...) (No próprio fórum ou no próprio 
presídio) 
 
(...) 
 I - prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de que o preso integre 
organização criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir durante o deslocamento; 
II - viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando haja relevante dificuldade 
para seu comparecimento em juízo, por enfermidade ou outra circunstância pessoal; 
III - impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou da vítima, desde que não seja possível 
colher o depoimento destas por videoconferência, nos termos do art. 217 deste Código; 
IV - responder à gravíssima questão de ordem pública 
 
9. Exame de Corpo de Delito e Outras Perícias. 
 
 
CPP. Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, 
direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. (Infração não transeuntes – 
delitos de fato permanente : que deixa vestígios) 
 
9.1. Conceitos. 
a) Corpo de delito: é o conjunto de vestígios materiais deixados pela infração penal. A expressão 
“corpo de delito” não necessariamente significa o corpo de uma pessoa, mas sim os vestígios 
deixados pelo crime, ou seja, diz respeito à materialidade da infração penal. 
 b) Exame de corpo de delito: é uma análise feita por pessoas com conhecimentos técnicos ou 
científicos sobre os vestígios deixados pela infração penal, seja para fins de comprovação da 
materialidade do crime, seja para fins de comprovação da autoria 
Perito oficial: basta 1/ Se perícia complexa: pode haver mais de um 
Ausência de perito oficial: necessário 2 pessoas. 
Não há necessidade de previa autorização judicial. (Salvo, exame de insanidade mental) 
c) Laudo de exame de corpo de delito: peça técnica elaborada pelos peritos por ocasião da 
realização do exame pericial; 
-pelo menos em regra, o laudo pericial pode ser juntado durante o curso do processo, desde 
que juntado com antecedência mínima de 10 dias da audiência. 
- 
d) Peritos: é um auxiliar do juízo, dotado de conhecimentos técnicos ou científicos sobre 
determinada área do conhecimento humano, que tem a função estatal de realizar exames 
periciais, fornecendo dados capazes de auxiliar o magistrado por ocasião da sentença. 
 Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, 
portador de diploma de curso superior. 
 § 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras 
de diploma de curso superior preferencia 
 
 
9.2. Momento para Juntada do Laudo Pericial. 
- Pelo menos em regra, o laudo pericial pode ser juntado durante o curso do processo, desde 
que o seja com antecedência mínima de 10 dias em relação à audiência uma de instrução e 
julgamento. (pois é o prazo min para pedir esclarecimentos aos peritos) . 
-Exceções: laudo como condição de procedibilidade 
 
CPP. Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 
(sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das 
testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 
222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao 
reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado. (Redação dada 
pela Lei nº 11.719, de 2008). (...) 
 
- Lei de Drogas. Lei 11.343/06. Art. 50 (...) § 1º Para efeito da lavratura do auto de prisão em 
flagrante e estabelecimento da materialidade do delito, é suficiente o laudo de constatação da 
natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea. 
 
- Crimes Contra a Propriedade Imaterial. CPP. Art. 525. No caso de haver o crime deixado 
vestígio, a queixa ou a denúncia não será recebida se não for instruída com o exame pericial dos 
objetos que constituam o corpo de delito 
 
9.3. Obrigatoriedade de Realização do Exame de Corpo de Delito. a) Infrações transeuntes: b) 
Infrações não transeuntes: 
 
9.4. Exame de Corpo de Delito Direto e Indireto. 
a) Direto: é aquele realizado diretamente pelo perito oficial (ou por dois peritos não oficiais) 
sobre o próprio corpo de delito. 
 b) Indireto: 
 1ª corrente: trata-se de exame pericial feito pelos peritos com base na análise de documentos 
ou com base no relato de testemunhas, diante do desaparecimento dos vestígios. 
2ª Corrente (MAJORITÁRIA): não é propriamente um exame, mas sim a prova testemunhal ou 
documental suprindo a ausência do exame direito. 
 
9.5. Peritos. É um auxiliar do juízo, dotado de conhecimentos técnicos ou científicos sobre 
determinada área do conhe-cimento humano, que tem a função estatal de realizar exames 
periciais, fornecendo dados capazes de auxiliar o magistrado por ocasião da sentença. 
 
CPP. Art. 159 (...) § 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas 
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre 
as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame. (Redação dada pela 
Lei nº 11.690, de 2008) (...) 
 
9.6. Assistente Técnico. 
 
 
 
CPP. Art. 159 (...) § 5º Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à 
perícia: 
 (...) II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser fixado 
pelo juiz ou ser inquiridos em audiência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Súmula 574/STJ: Para a configuração do delito de violação de direito autoral e a comprovação 
de sua materialidade, É SUFICIENTE a perícia realizadapor amostragem do produto 
apreendido, nos aspectos externos do material, e é desnecessária a identificação dos titulares 
dos direitos autorais violados ou daqueles que os representem.

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