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Provas no Processo Penal

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Provas:
Princípios:
1- Princípio da Inadmissibilidade de provas obtidas por meios ilícitos:
Previsão constitucional – CF, art.5º, inciso LVI;
	- Visa à proteção de direitos e garantias fundamentais;
	- Visa dissuadir a adoção de práticas probatórias ilegais;
OBS. como todo e qualquer direito fundamental, o direito à prova não tem natureza absoluta. Está sujeito a limitações porque coexiste com outros direitos igualmente protegidos pelo ordenamento jurídico;
	- Prova ilícita “pro reo”: é admitida pela jurisprudência e pela doutrina. ÚNICA HIPÓTESE PERMITIDA. 	Princípio da proporcionalidade.
	- Prova ilícita “pro societate”: Não é admitida.
1.2 Distinção entre prova ilícita de prova ilegítima:
 Prova ilícita:
	Conceito: produzida mediante violação de norma de direito material prevista na CF ou em lei ordinária.
	Momento: produzida em momento anterior ou concomitante ao processo ( em regra é produzida fora do processo)
	Consequência: Direito de exclusão (art.157, §3º CPP)
		- Se concretiza através do desentranhamento, após o desentranhamento há a destruição (em regra);
			Exceções para destruição:
1- Quando se tratar de objeto lícito pertencente a terceiro de boa-fé;
2- Quando essa prova constituir o corpo de delito de outra infração penal;
§ 3o  Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente.
		- Reconhecida a ilicitude – recurso cabível = RESE (recurso em sentido estrito), quando for decretada por decisão interlocutória; No caso de sentença apelação;
Prova ilegítima: 
	Conceito: produzida mediante violação de norma de direito processual. Ex, CPP art.479 – apresentação de prova no júri.
	Momento: em regra é produzida dentro do processo. Ex. art. 203 CPP (juramento da testemunha.
OBS. pode haver prova ilícita dentro do processo, bem como prova ilegítima fora do processo.
	Consequência: declaração de nulidade (absoluta ou relativa)
		- Teoria da nulidade;
		Ex. apresentação de provas no júri = nulidade relativa;
OBS. Art. 157 CPP - São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.
	1ª corrente = Interpretação extensiva – conceito de prova ilícita passou a abranger a prova ilícita;
	2ª corrente = 
Descontaminação do julgado: 
§4º do art.157 – foi vetado;
Alteração de 2019:
§ 5º O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada inadmissível não poderá proferir a sentença ou acórdão.   
1.3 Teoria da Prova ilícita por derivação (Teoria dos frutos da árvore envenenada);
 Conceito: são os meios probatórios que, não obstante produzidos validamente em momento posterior, encontram-se afetados pelo vício da ilicitude originária, que a eles se transmite em virtude do nexo causal.
- Adotada pelo STF;
Previsão, Art.157, §1º do CPP;
1.4 Limitações à teoria da prova ilícita por derivação:
Exceções: 
- Teoria da fonte independente:
	- É dotada pelo STF;
	- CPP, art.157, §1º.
Conceito: se o órgão da persecução penal demonstrar que obteve, legitimamente, novos elementos de informação a partir de uma fonte autônoma de prova, que não guarde qualquer relação de dependência, nem decorra da prova originariamente ilícita, com esta não mantendo vínculo causal, tais dados probatórios são admissíveis, porque não contaminados pela mácula da ilicitude originária.
OBS. Prova objetiva – conceito §2º do art.157 CPP *;
- Teoria da descoberta inevitável:
Conceito: se restar demonstrado que a prova derivada seria produzida de qualquer modo, independentemente da prova ilícita originária, tal prova deve ser considerada válida.
	- Pressupõe dados concretos demonstrando que a descoberta seria inevitável;
	- É Criticada por parte da doutrina;
	- Previsão, §2º do art.157 do CPP – parte da doutrina entende pela sua inconstitucionalidade – Todavia, esse não é o entendimento dos tribunais superiores;
- Limitação da Mancha purgada (vícios sanados, ou tinta diluída):
Conceito: Não se aplica a teoria da prova ilícita por derivação se o nexo causal entre a prova primária e a secundária for atenuado em virtude do decurso do tempo, de circunstâncias supervenientes na cadeia probatória, da menor relevância da ilegalidade ou da vontade de um dos envolvidos em colaborar com a persecução criminal. Nesse caso, apesar de já ter havido a contaminação de um determinado meio de prova de prova em face da ilicitude ou ilegalidade da situação que o gerou, um acontecimento futuro expurga, afasta, elide esse vício, permitindo-se, assim, o aproveitamento da prova inicialmente contaminada.
- Não há precedentes do STF/STJ;
- Para alguns doutrinadores – art.157, §1º do CPP – “salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras”;
- Teoria do encontro fortuito de provas (serendipidade):
Conceito: é utilizada nos casos em que, no cumprimento de uma diligência relativa a um delito, a autoridade policial casualmente encontra provas pertinentes à outra infração, que não estavam na linha de desdobramento normal da investigação. Nesses casos, a validade da prova está condicionada à forma como foi realizada a diligência: se houve desvio de finalidade, abuso de autoridade, a prova não deve ser considerada válida; se o encontro da prova for casual, fortuito, a prova é válida.
 “outra infração” = crime achado;
	- Ex. busca domiciliar e interceptação telefônica;
 
- Teoria do encontro fortuito e a busca e apreensão em escritório de advocacia:
Escritório de advocacia = é considerado casa
- Mandado de busca, deve ser cumprido na presença de um representante da OAB;
- Não é permitido apreender documento dos clientes, exceto se os clientes também estiverem sendo investigados pelo mesmo delito que deu ensejo a busca e apreensão;
2. Ônus da Prova:
Ônus: imperativo do próprio interesse, cujo descumprimento não acarreta qualquer ilicitude;
	- Recuso ônus das partes;
Conceito: encargo que recai sobre as partes no sentido de provar a veracidade das afirmações por elas formuladas, sob pena de experimentar uma situação de desvantagem (ônus da prova subjetivo – recai sobre as partes)
2.2 Espécies:
- Ônus da prova objetivo: Regra de julgamento endereçada ao juiz, caso tenha dúvida.
	- “in dubio pro reo”
- Ônus da prova subjetivo – recai sobre as partes;
2.3 Distribuição do ônus da prova:
1ª Corrente (minoritária) = no processo penal, o ônus da prova é exclusivo da acusação;
2ª corrente (majoritário) = é possível distribuição do ônus da prova no processo penal.
Acusação:
	- Existência do fato típico;
	- Autoria/participação;	
	- Nexo causal;
	- Dolo/culpa;
		- Comprovados através de dados objetivos do caso concreto;
OBS: Grau de convencimento necessário (para condenação): juízo de certeza;
Defesa:
	- Causa excludente da ilicitude;
	- Causa excludente da culpabilidade;
	- Causa excludente da punibilidade;
	- Álibi (prova indireta);
OBS: Grau de convencimento necessário (para absolvição): dúvida razoável
3. Sistemas de avaliação da prova:
Provas em juízo Julgamento da causa pelo juiz;
3.1 Sistema da íntima convicção (certeza moral do juiz/ livre convicção):
- O juiz é livre para valorar qualquer prova, mas não tem a obrigação de fundamentar seu convencimento;
- Em regra, não é adotado pelo nosso ordenamento jurídico;
Exceção: Júri (sistema aplicado aos jurados e não ao juiz presidente);
3.2 Sistema da verdade legal/tarifado de provas/tarifário de provas/certeza moral do legislador:
- Certos meios de prova possuem seu valor probatório fixado em abstrato pelo legislador, cabendo ao juiz tão somente fazer um cálculo aritmético;
- Em regra não é adotado pelo nosso ordenamento jurídico;
OBS. nesse sistema a rainha das provas é a confissão;
Exceção: Exame de corpo de delito – art.158 do CPP: Art. 158.  Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Exceção.2: Estado das pessoas – art.155 do CPP: Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serãoobservadas as restrições estabelecidas na lei civil.      
Súmula nº74 do STJ: para efeitos penais, o reconhecimento da menoridade do réu requer prova por documento hábil.
3.3 Sistema do livre convencimento motivado ou da persuasão racional do juiz:
- O juiz é livre para valorar as provas constantes do processo, mas deve fundamentar seu conhecimento;
Art.155 do CPP: O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. 
3 afeitos: 
	- Não há prova com efeito absoluto. Mesmo no caso de confissão o juiz é obrigado a confrontar com as demais provas;
	- O juiz deve valorar todas as provas produzidas;
	- Somente são válidas as provas constantes do processo;
4. Terminologia da prova:
- Distinção entre fontes de prova, meios de prova e meios de obtenção de prova:
Fontes de prova: derivam do fato delituoso em si, independentemente da existência do processo, sendo que sua introdução no feito se dá através dos meios de prova;
Ex. pessoa que ouviu disparos, arma do crime encontrada no local;
Meios de Prova: Dizem respeito a uma atividade endoprocessual que se desenvolve perante o juiz, com a participação dialética das partes, cujo objetivo precípuo é a fixação de dados probatórios no processo.
Meios de obtenção de prova: referem-se a certos procedimentos, em regra, extraprocessuais, que têm como objetivo precípuo a identificação de fontes de prova;
	- Meios ordinários: pode ser usado para qualquer delito. Ex. busca domiciliar;
	- Meios extraordinários: TEI (técnica especial de investigação) – voltado para crimes mais graves. Possuem como características a dissimulação e a surpresa.
Indícios: 
	- Sinônimo de prova indireta: Através de pelo menos 2 operações inferenciais;
Ex. pessoa vê outra saindo com arma na mão suja de sangue, mas não vê efetuando os disparos.
Art. 239 do CPP-   Considera-se indício a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias.
OBS. Prova direta: única operação inferencial;
	- Sinônimo de prova semiplena: 
		- Prova semiplena: é uma prova de menor valor persuasivo, que não autoriza um juízo de certeza mas um juízo de probabilidade.
		- “fumus comissi delicti” - autoriza o deferimento de medidas cautelares;
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado. 
OBS. Não é permitido condenação por indício quando referente a prova semiplena, quando se tratar de prova indireta, a mesma, poderá basear a condenação.
Objeto da prova: é a verdade ou falsidade de uma afirmação sobre um fato que interessa à solução do processo
O que deve ser objeto da prova no processo penal:
	- Imputação constante da peça acusatória; 
	- Costumes;
	- Regulamentos e portarias (devem ser objeto de prova, salvo quando funcionarem como complemento de uma norma penal em branco);
	- Direito estrangeiro, estadual* e municipal*, salvo em relação a localidade em que o juiz detém competência;
	- Fatos não contestados ou incontroversos Ex. confissão;
Art. 197 do CPP -  O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas existe compatibilidade ou concordância.
OBS. Revelia no processo penal: citação pessoal ou citação por hora certa. No PP não acarreta a presunção da veracidade.
Art. 367 CPP- O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunicar o novo endereço ao juízo.
O que não deve ser objeto da prova no processo penal:
	- Fatos notórios;
	- Fatos axiomáticos/intuitivos – evidente- Cadáver está morto;
	- Fatos inúteis/irrelevantes;
		- Juiz pode indeferir as provas irrelevantes, impetinentes ou protelatórias.
	- Presunções legais;
		- Absoluta: não admite prova em sentido contrário. Ex. inimputabilidade dos menores de 18 anos;
		- Relativa: admite prova em contrária, gera a inversão do ônus da prova.
Prova Emprestada:
Conceito: consiste na utilização em um processo de prova que foi produzida em outro, sendo que esse “transporte” da prova é feito por meio de certidão extraída daquele;
Forma: sempre terá prova documentada;
Valor probatório: mesmo valor da prova originária;
OBS. Não possui valor da prova documental.
Requisitos:
	- O contraditório e a ampla defesa devem ter sido observados quanto às mesmas partes em ambos os processos;
OBS. se as partes forem diversas não será prova emprestada, mas sim prova documental.
Súmula n.591 do STJ: É permitida a prova emprestada no processo administrativo disciplinar, desde que devidamente autorizada pelo juízo competente e respeitados o contraditório e a ampla defesa.	
Ex. interceptação telefônica e a possibilidade de utilização dos elementos probatórios aí obtidos em eventual processo administrativo.
- Distinção entre prova nominada e inominada, típica e atípica, prova anômala e prova irritual:
Prova nominada: possui previsão legal, com ou sem procedimento probatório;
Prova inominada: não possui previsão legal;
	- Admitidos desde que sejam lícitos e morais.
Prova típica: Possui seu procedimento probatório regulado pela lei. Ex. reconhecimento de pessoa (art.226 do CPP).
Prova atípica: Não possui seu procedimento probatório regulado em lei;
Prova anômala: utilizada para fins diversos daqueles que lhe são próprios. Em outras palavras, existe meio de prova legalmente previsto para a colheita da prova. Todavia, deixa-se de lado esse meio de prova para se valer de outro que tem finalidade diversas. Ex. testemunho por escrito, de testemunha que poderia comparecer em audiência.
	- Prova ilegítima;
Prova irritual: é aquela colhida sem a observância do modelo previsto em lei. Ex. reconhecimento de pessoa sem observância do seu procedimento.
	- Prova ilegítima
Critérios de decisão (standards probatórios ou modelos de constatação):
- É o grau de convencimento que se exige do magistrado para a prolação de uma decisão;
Ex. Recebimento da denúncia justa causa;
Ex.2: Prisão preventiva prova da existência do crime e indícios suficientes de autoria;
Ex.3: Sentença condenatória juízo de certeza quando a autoria e materialidade além de qualquer dúvida razoável.
Cadeia de custódia das provas:
Conceito: funciona como a documentação formal de um procedimento destinado a manter e documentar a história cronológica de uma evidência, evitando-se, assim, eventuais interferências internas e externas capazes de colocar em dúvida o resultado da atividade probatória.
5. Exame de corpo de delito e outras perícias:
Arts.158 -184 CPP;
OBS. Exame de corpo de delito é uma perícia, mas nem toda perícia é exame de corpo de delito.
Corpo de delito: conjunto de vestígios sensíveis deixados pela infração penal. A expressão não necessariamente significa o corpo de uma pessoa, mas sim os vestígios deixados pelo crime, ou seja, diz respeito à materialidade da infração penal.
Exame de corpo de delito: Análise feita por pessoas com conhecimentos técnicos ou científicos sobre os vestígios deixados pela infração, seja para fins de materialidade do crime, seja para fins de comprovação da autoria.
Laudo pericial: peça técnica subscrita pelos peritos
Momento para juntada do laudo pericial: 
	- Em regra, o laudo pericial não é condição de procedibilidade;
	Exceções: 
		- Drogas – laudo de constatação;
		- Crimes contra a propriedade imaterial
Art. 525 CPP- No caso de haver o crime deixado vestígio, a queixa ou a denúncia não será recebida se não for instruídacom o exame pericial dos objetos que constituam o corpo de delito.
	- Pode ser juntado durante o processo, porém deve ocorrer com antecedência de 10 dias de antecedência da audiência de instrução e julgamento (não está prevista explicitamente em legislação);
Obrigatoriedade de realização do exame de corpo de delito;
- Infrações transeuntes: não deixa vestígios;
	- Não há necessidade de exame de corpo de delito;
- Infrações não transeuntes (delito de fato permanente): deixa vestígios;
	- Obrigatório exame de corpo de delito;
	- Prova tarifada;
Art.158 do CPP-   Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
	- Exame direto: é aquele realizado diretamente pelo perito oficial (ou por 2 peritos não oficiais) sobre o próprio corpo de delito;
		- Grau de convencimento maior;
	- Exame Indireto:
	 1ª corrente: é um exame pericial feito com base na análise de depoimentos e documentos. (Minoritária);
	2ª corrente: não é um exame propriamente dito, mas sim a prova testemunhal ou documental suprindo a ausência do exame direto (Majoritário);
Art. 167 do CPP- Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
		- Exame indireto.
Perito – auxiliar do juízo;
Perito oficial = funcionário público de carreira, que tem como obrigação realizar exames periciais nas diversas áreas;
Perito não oficial = pode ser funcionário público, todavia não possui obrigação na realização de tais exames;
OBS. O magistrado não fica vinculado à conclusão dos peritos;
	- Sistema liberatório;
Art. 182 do CPP -   O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte.
Art. 159 do CPP-   O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior.            
§ 1o  Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.   
§ 7o  Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico. 
OBS. Perícias complexas = envolve mais de uma área do conhecimento humano, fazendo-se necessário a presença de mais de 1 perito oficial;
Obrigatoriedade de realização de exames periciais em vítimas de crimes sexuais do sexo feminino por legista mulher:
- Em regra, outra mulher deverá realizar o exame;
Exceção: é permitido a realização por homem, na ausência de perita mulher, a fim de evitar o retardamento ou prejuízo da diligência;
 
Assistente técnico:
- Auxiliar as partes;
- Possui a função de auxiliar as partes, na análise do laudo apresentado pelo juízo;
- Introduzido pela lei. 11.690/08
Perito x Assistente técnico:
Perito:
- Auxiliar do juízo;
- Fase investigatória ou processual;
- Funcionário público para fins penais;
- Responde por falsa perícia;
- Imparcial;
Assistente técnico:
- Auxiliar das partes;
- Fase processual (CPP, art.159, §5º, II);
- Não é funcionário público;
- Não responde por falsa perícia;
- Parcial;
6. Interrogatório Judicial
6.1 Conceito: ato processual, através do qual ocorre a oitiva da testemunha, sobre a pessoa e sobre a imputação;
Art. 187 do CPP - O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa do acusado e sobre os fatos.                      
 § 1o Na primeira parte o interrogando será perguntado sobre a residência, meios de vida ou profissão, oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua atividade, vida pregressa, notadamente se foi preso ou processado alguma vez e, em caso afirmativo, qual o juízo do processo, se houve suspensão condicional ou condenação, qual a pena imposta, se a cumpriu e outros dados familiares e sociais. 
§ 2o Na segunda parte será perguntado sobre:                  
I - ser verdadeira a acusação que lhe é feita;                    
II - não sendo verdadeira a acusação, se tem algum motivo particular a que atribuí-la, se conhece a pessoa ou pessoas a quem deva ser imputada a prática do crime, e quais sejam, e se com elas esteve antes da prática da infração ou depois dela;                        
III - onde estava ao tempo em que foi cometida a infração e se teve notícia desta;                         
IV - as provas já apuradas;                        
V - se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou por inquirir, e desde quando, e se tem o que alegar contra elas;                         
VI - se conhece o instrumento com que foi praticada a infração, ou qualquer objeto que com esta se relacione e tenha sido apreendido;                            
VII - todos os demais fatos e pormenores que conduzam à elucidação dos antecedentes e circunstâncias da infração;                        
VIII - se tem algo mais a alegar em sua defesa. 
Art.185, § 10.  Do interrogatório deverá constar a informação sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa  
6.2 Natureza Jurídica: 
1ª corrente: meio de prova;
2ª corrente (dominante): Meio de defesa;
	- Direito de audiência;
6.3 Momento da Realização do interrogatório judicial no procedimento comum e no procedimento do júri:
- Ao final da audiência de instrução e julgamento;
Art. 400 do CPP - Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado.    
OBS. Atenção para alguns procedimentos especiais onde o interrogatório continuou sendo feito no início da instrução, entretanto posteriormente foi decidido pelo STJ que fossem realizadas à luz do art.400 do CPP ao final da instrução.
	Procedimentos:
	- Lei de Drogas;
	- CPPPM;
	- Procedimentos originários dos tribunais;
	- Procedimento especial da Lei de licitações;
6.4 Condução Coercitiva:
- Cautelar pessoal;
- Só pode ser decretada por uma autoridade judiciária;
Art. 260.  Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua presença.  
Parágrafo único.  O mandado conterá, além da ordem de condução, os requisitos mencionados no art. 352, no que Ihe for aplicável.
OBS. STF tem julgados permitindo a decretação por autoridade policial;
OBS. ADPF 395/444 – STF entendeu pela não recepção da expressão “para o interrogatório” do dispositivo, tendo em vista o direito ao silêncio.
A condução coercitiva ainda é permitida, desde que seja para prática de um ato que não esteja acobertado pelo direito ao silêncio. Ex. identificação criminal.
6.5 Ausência do interrogatório:
- Desdobramento do direito de audiência;
- Ato facultativo para o acusado;
OBS. Se o juiz se nega a fazer o interrogatório do acusado presente, haverá nulidade absoluta, em razão do cerceamento da ampla defesa.
6.6 Características do interrogatório:
 Ato personalíssimo;
	- Só pode ser exercido pelo próprio acusado;
Exceto = pessoa jurídica (representante legal);
 Ato contraditório;
	- Sujeito ao contraditório;
Antes da Lei 10.792/03 – o ato era privativo do juiz;
OBS. Quando se trata de interrogatório o juiz pergunta primeiro;
Art. 188 do CPP - Após proceder ao interrogatório, o juiz indagará das partes se restou algum fato para ser esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o entender pertinente e relevante.  
Ordem: juiz 1º, MP 2º, defesa 3º;
 Assistido tecnicamente;
	- Presença do defensor é obrigatória;
OBS. ausênciade defensor = nulidade absoluta;
 Pluralidade de acusados e direito de reperguntas pelos demais defensores:
	- Todos defensores poderão fazer reperguntas;
 Ato público;
	- Em regra, a publicidade deve ser ampla;
Exceção: Publicidade restrita – interesse social/público;
Art.185 do CPP- § 1o  O interrogatório do réu preso será  realizado, em sala própria, no estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a segurança do juiz, do membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a presença do defensor e a publicidade do ato. 
 Ato oral:
Art. 192 do CPP O interrogatório do mudo, do surdo ou do surdo-mudo será feito pela forma seguinte:                           
I - ao surdo serão apresentadas por escrito as perguntas, que ele responderá oralmente;                         
II - ao mudo as perguntas serão feitas oralmente, respondendo-as por escrito;                       
III - ao surdo-mudo as perguntas serão formuladas por escrito e do mesmo modo dará as respostas.                         
Parágrafo único. Caso o interrogando não saiba ler ou escrever, intervirá no ato, como intérprete e sob compromisso, pessoa habilitada a entendê-lo.              
 Ato individual;
	- Os defensores dos outros acusados podem estar presente;
Art. 191. Havendo mais de um acusado, serão interrogados separadamente.    
 Interrogatório por videoconferência;
	- Lei paulista 11.819/05 – STF entendeu pela sua inconstitucionalidade formal, uma vez que cabe a União legislar sobre processo penal;
	Lei Federal – 11.900/09 – Todos os interrogatórios realizados antes dessa lei foram anulados;
Art.185 do CPP-	§ 2o  Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender a uma das seguintes finalidades:                       
I - prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de que o preso integre organização criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir durante o deslocamento;                     
II - viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando haja relevante dificuldade para seu comparecimento em juízo, por enfermidade ou outra circunstância pessoal;                        
III - impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou da vítima, desde que não seja possível colher o depoimento destas por videoconferência, nos termos do art. 217 deste Código;                    
IV - responder à gravíssima questão de ordem pública. 
 7. Confissão:
Conceito: aceitação por parte do acusado da imputação da infração penal, quer perante a autoridade policial, quer perante a autoridade judiciária;
Alguns doutrinadores chamam de: testemunho duplamente qualificado;
7.1 Valor probatório;
	- Valor relativo, deverá ser confrontada com as demais provas do processo
 Art. 197 do CPP- O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas existe compatibilidade ou concordância.
7.2 Espécies de confissão;
- Confissão extrajudicial;
	- Feita fora do processo penal, feita pela autoridade policial;
	- Valor probatório menor;
- Confissão judicial;
	- Feita em juízo;
	- Valor probatório maior;
- Confissão explícita;
	- Feita de maneira evidente;
- Confissão implícita;
	- Quando há por exemplo= pagamento de indenização;
	- No Processo penal não possui valor;
- Confissão simples;
	- Quando o acusado confessa, entretanto não invoca nenhuma causa excludente da ilicitude ou culpabilidade;
- Confissão qualificada;
	- Quando o acusado confessa, entretanto invoca alguma excludente de ilicitude ou culpabilidade;
- Confissão ficta;
	- Quando o acusado não contesta os fatos que lhe são imputados;
	- Ex. silêncio;
	- Não é adotado pelo nosso ordenamento jurídico;
- Confissão delatória;
	- Indivíduo confessa e delata seus antigos comparsas;
	- Chamamento do corréu;
7.3 Características da confissão:
- Ato personalíssimo;
- Ato livre e espontâneo;
- Ato retratável;
- Ato divisível;
Acusado pode confessar parte do delito que lhe são imputados;
Art. 200 do CPP A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto.
8. Prova testemunhal:
8.1 Conceito: É toda pessoa humana capaz de depor e estranha ao processo, chamada para declarar a respeito de fato percebido por seus sentidos e relativos à causa.
- Em regra, qualquer pessoa pode ser testemunha;
Art. 202.  Toda pessoa poderá ser testemunha.
8.2 Deveres das testemunhas: 
 Dever de depor;
Art. 206 do CPP- A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.
Art. 207 do CPP- São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.
OBS. Acerca do advogado, há regramento específico, visto que o mesmo pode se recusar de depor, ainda que seja autorizado ou solicitado pelo constituinte;
 Dever de comparecimento;
- Em regra;
- Condução coercitiva;
- Multa/crime de desobediência/custas
Exceções:
Art. 221 do CPP- O Presidente e o Vice-Presidente da República, os senadores e deputados federais, os ministros de Estado, os governadores de Estados e Territórios, os secretários de Estado, os prefeitos do Distrito Federal e dos Municípios, os deputados às Assembléias Legislativas Estaduais, os membros do Poder Judiciário, os ministros e juízes dos Tribunais de Contas da União, dos Estados, do Distrito Federal, bem como os do Tribunal Marítimo serão inquiridos em local, dia e hora previamente ajustados entre eles e o juiz.  
OBS. as regras do art.221 só se aplica, quando tais pessoas foram testemunhas;
 Testemunha de fora da terra:
- Reside em outra comarca;
	- Carta precatória ou videoconferência;
Art. 222.  A testemunha que morar fora da jurisdição do juiz será inquirida pelo juiz do lugar de sua residência, expedindo-se, para esse fim, carta precatória, com prazo razoável, intimadas as partes.
 OBS. Se as partes não foram intimadas = nulidade relativa;
§ 1o  A expedição da precatória não suspenderá a instrução criminal.
§ 2o  Findo o prazo marcado, poderá realizar-se o julgamento, mas, a todo tempo, a precatória, uma vez devolvida, será junta aos autos.
§ 3o  Na hipótese prevista no caput deste artigo, a oitiva de testemunha poderá ser realizada por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, permitida a presença do defensor e podendo ser realizada, inclusive, durante a realização da audiência de instrução e julgamento. 
OBS. A jurisprudência entende que a intimação quanto a data da audiência no juízo deprecado não é obrigatória.
Súmula n.155 STF = é relativa a nulidade do processo criminal por falta de intimação da expedição de precatória para inquirição de testemunha;
Súmula n.273 STJ = intimada a defesa da expedição da carta precatória, torna-se desnecessária a intimação da data da audiência no juízo deprecado;
- Testemunha que reside em outro país:
	- Vídeo conferência ou carta rogatória;
Art. 222-A do CPP- As cartas rogatórias só serão expedidas se demonstrada previamente a sua imprescindibilidade, arcando a parte requerente com os custos de envio.            
Parágrafo único.  Aplica-se às cartas rogatórias o disposto nos §§ 1o e 2o do art. 222 deste Código.  
STF = constitucionalidade do art.222-A;
 Dever de prestar o compromisso de dizer a verdade:
- Regra;
- Há exceções;
Art. 203.  A testemunhafará, sob palavra de honra, a promessa de dizer a verdade do que souber e Ihe for perguntado, devendo declarar seu nome, sua idade, seu estado e sua residência, sua profissão, lugar onde exerce sua atividade, se é parente, e em que grau, de alguma das partes, ou quais suas relações com qualquer delas, e relatar o que souber, explicando sempre as razões de sua ciência ou as circunstâncias pelas quais possa avaliar-se de sua credibilidade.
Exceção:
Art. 208.  Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a que se refere o art. 206.
8.3 Espécies de testemunhas:
- Testemunhas numerárias:
	- São as computadas para aferição do número máximo de testemunhas;
	- Arroladas pelas partes e prestam compromisso com a verdade;
- Testemunhas extranumerárias:
	- Não é computada para aferição do número máximo de testemunhas;
	- Testemunha do juízo;
	- As que não prestam compromisso de dizer a verdade;
	- As que nada souberem que interessa ao processo;
Art. 209 do CPP-  O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras testemunhas, além das indicadas pelas partes.
§ 1o  Se ao juiz parecer conveniente, serão ouvidas as pessoas a que as testemunhas se referirem.
- Testemunha referida;
§ 2o  Não será computada como testemunha a pessoa que nada souber que interesse à decisão da causa.
- Testemunha direta;
	- Depõe sobre um fato que ela testemunhou;
- Testemunha indireta;
	- Auricular;
	- Não presenciou o fato delituoso, mas ouviu falar;
- Testemunha própria;
	- Depõe sobre a imputação;
- Testemunha imprópria, instrumentária ou fedatária;
	- Depõe sobre a regularidade de um ato ou fato processual.
Ex. Art.304, § 2o  A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.
- Informante;
	- São ouvidas, mas não prestam o compromisso;
- Testemunha referida;
	- Citada por uma outra testemunha;
- Depoimento ad perpetuam rei memoriam;
	- Prova antecipada;
	- Art. 225 do CPP-  Se qualquer testemunha houver de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que ao tempo da instrução criminal já não exista, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, tomar-lhe antecipadamente o depoimento.
- Testemunha anônima;
	- Cuja verdadeira identidade não é revelada ao acusado;
- Testemunha ausente;
	- Testemunha que não comparece em juízo para prestar seu depoimento;
- Testemunha remota;
	- Testemunha ouvida por vídeo conferência;
- Testemunhas vulneráveis e depoimento sem dano;
	- Quando a testemunha é criança;
	- Prova antecipada;
	- Ouve 1 vez só;
8.4 Procedimento para a oitiva de testemunhas:
 Substituição de testemunha;
- Aplica por analogia o art.451 do NCPC;
 Desistência da oitiva da testemunha;
- Iniciado o depoimento da testemunha não há mais como desistir;
- A parte pode desistir da oitiva da testemunha, desde que não iniciado o depoimento da testemunha, a qualquer tempo, e independente da concordância da parte contrária;
Art. 401.  Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas arroladas pela acusação e 8 (oito) pela defesa.     
§ 2o  A parte poderá desistir da inquirição de qualquer das testemunhas arroladas, ressalvado o disposto no art. 209 deste Código.(testemunha do juízo);
 Contradita e arguição de parcialidade;
Art. 214 do CPP-  Antes de iniciado o depoimento, as partes poderão contraditar a testemunha ou argüir circunstâncias ou defeitos, que a tornem suspeita de parcialidade, ou indigna de fé. O juiz fará consignar a contradita ou argüição e a resposta da testemunha, mas só excluirá a testemunha ou não Ihe deferirá compromisso nos casos previstos nos arts. 207 e 208.
Contradita uma testemunha = impugnar o depoimento de uma testemunha;
	- Testemunha não é ouvida;
Arguição de parcialidade = arguir circunstâncias que possam levar a dúvida a parcialidade da testemunha;
	- A testemunha é ouvida
 Retirada do acusado da sala de audiências:
Art. 217 do CPP- Se o juiz verificar que a presença do réu poderá causar humilhação, temor, ou sério constrangimento à testemunha ou ao ofendido, de modo que prejudique a verdade do depoimento, fará a inquirição por videoconferência e, somente na impossibilidade dessa forma, determinará a retirada do réu, prosseguindo na inquirição, com a presença do seu defensor. 
 Método de colheita do depoimento:
- Exame direto e cruzado (cross-examination);
- As partes perguntam primeiro, e o juiz apenas complementa;
Regra Geral = Art. 212 do CPP- As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com a causa ou importarem na repetição de outra já respondida.            
Parágrafo único.  Sobre os pontos não esclarecidos, o juiz poderá complementar a inquirição. 
A não observância da regra do art.212 é causa de nulidade relativa;
Exceção = Art. 473 do CPP- Prestado o compromisso pelos jurados, será iniciada a instrução plenária quando o juiz presidente, o Ministério Público, o assistente, o querelante e o defensor do acusado tomarão, sucessiva e diretamente, as declarações do ofendido, se possível, e inquirirão as testemunhas arroladas pela acusação.           
§ 1o  Para a inquirição das testemunhas arroladas pela defesa, o defensor do acusado formulará as perguntas antes do Ministério Público e do assistente, mantidos no mais a ordem e os critérios estabelecidos neste artigo
OBS. juiz presidente fala primeiro; 
OBS. Se tratando de testemunha do juízo, o próprio juiz pergunta primeiro;
 Inversão da ordem da oitiva de testemunha;
Em regra, não é possível ouvir a testemunha da defesa antes da testemunha da acusação;
Exceções:
- Carta precatória ou rogatória;
- Concordância da defesa;
OBS. discordância da defesa na inversão = nulidade relativa;
9. Busca e Apreensão:
9.1 Distinção entre busca e apreensão;
Busca = diligência que possui a finalidade de encontrar pessoas/coisas;
Apreensão = medida de constrição por meio da qual determinado objeto/pessoa passará a ficar sobre a custódia do estado;
9.2 Objeto:
Art. 240 do CPP  A busca será domiciliar ou pessoal.
§ 1o  Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a autorizarem, para:
a) prender criminosos;
b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos;
c) apreender instrumentos de falsificação ou de contrafação e objetos falsificados ou contrafeitos;
d) apreender armas e munições, instrumentos utilizados na prática de crime ou destinados a fim delituoso;
e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou à defesa do réu;
f) apreender cartas, abertas ou não, destinadas ao acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de que o conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à elucidação do fato;
g) apreender pessoas vítimas de crimes;
h) colher qualquer elemento de convicção.
§ 2o  Proceder-se-á à busca pessoal quando houver fundada suspeita de que alguém oculte consigo arma proibida ou objetos mencionados nas letras b a f e letra h do parágrafo anterior.
STF = A administração penitenciária, com fundamento em razões de segurança pública, de disciplina prisional ou de preservação da ordem jurídica, pode, sempre excepcionalmente, e desde que respeitada a norma inscrita no art.41 parágrafo único da Lei 7.210/84, proceder à interceptação da correspondência remetida pelos sentenciados, eis que a cláusula tutelar da inviolabilidade do sigilo epistolar não pode constituir instrumento de salvaguarda de práticas ilícitas.
9.3 Espécies de busca:
 Pessoal:
- Toda busca feita em local que não é considerado casa;
 Domiciliar:
- Toda busca que for realizada em uma casa;
Conceito de casa = 
Art.150 do CP, § 4º - A expressão "casa" compreende:
        I - qualquer compartimento habitado;
        II - aposento ocupado de habitação coletiva;
	Ex. quarto de hotel;
        III - compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissãoou atividade.
	Ex. consultório médico, escritório da advocacia;
OBS. É considerado casa a parte que não é aberta ao público;
§ 5º - Não se compreendem na expressão "casa":
        I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição do n.º II do parágrafo anterior;
        II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero.
OBS. Veículos não são considerados casa. Salvo, quando se trata de um trailer residencial;
9.4 Busca Pessoal:
 Por razões de segurança;
Ex. busca que é feita na entrada de baladas, restaurantes, aeroportos, rodoviária...
 De natureza processual penal;
- Não goza da proteção da inviolabilidade domiciliar;
- Não depende de autorização judicial;
- Se baseia em fundada suspeita;
Art.240 §2º- Proceder-se-á à busca pessoal quando houver fundada suspeita de que alguém oculte consigo arma proibida ou objetos mencionados nas letras b a f e letra h do parágrafo anterior.
Art. 244 do CPP-  A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisão ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de busca domiciliar.
STF= A fundada suspeita prevista no art.244 do CPP, não pode fundar-se em parâmetros unicamente subjetivos, exigindo elementos concretos que indiquem a necessidade da revista, em face do constrangimento que causa. 
STF = Havendo fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de objetos ou papéis que constituam corpo de delito, como no caso, a busca em veículo, a qual é equiparada à busca pessoal, independerá da existência de mandado judicial para sua realização.
9.5 Busca Domiciliar:
- Inviolabilidade domiciliar;
CF, art.5º, XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;  
OBS. basta o consentimento de 1 morador;
OBS. A busca por determinação judicial, que se iniciar durante o dia, pode se prorrogar para a noite.

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